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EM AGRIMENSURA
Cartograa
CARTOGRAFIA
Ficha Técnica
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É preciso buscar um modelo mais simples para re- Muitos foram os intentos realizados para cal-
presentar o nosso planeta. Para contornar o problema que cular as dimensões do elipsóide de revolução que
acabamos de abordar lançou-se mão de uma Figura geomé- mais se aproxima da forma real da Terra, e muitos
trica chamada ELIPSE que ao girar em torno do seu eixo me- foram os resultados obtidos. Em geral, cada país ou
nor forma um volume, o ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO, achata- grupo de países adotou um elipsóide como referên-
do no pólos (Figura 1.1). Assim, o elipsóide é a superfície de cia para os trabalhos geodésicos e topográficos, que
referência utilizada nos cálculos que fornecem subsídios para mais se aproximasse do geóide na região considera-
a elaboração de uma representação cartográfica. da.
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A forma e tamanho de um elipsóide, bem como básica do mapeamento e trabalhos topográficos, consti-
sua posição relativa ao geóide define um sistema geodé- tuindo estes fins práticos razão de seu desenvolvimento e
sico (também designado por datum geodésico). No caso realização, na maioria dos países.
brasileiro adota-se o Sistema Geodésico Sul Americano - Os levantamentos geodésicos compreendem o
SAD 69, com as seguintes características: conjunto de atividades dirigidas para as medições e ob-
- Elipsóide de referência - UGGI 67 (isto é, o reco- servações que se destinam à determinação da forma e di-
mendado pela União Geodésica e Geofísica Internacional mensões do nosso planeta (geóide e elipsóide). É a base
em 1967) definido por: para o estabelecimento do referencial físico e geométrico
- semi-eixo maior - a: 6.378.160 m necessário ao posicionamento dos elementos que com-
- achatamento - f: 1/298,25 põem a paisagem territorial.
- Origem das coordenadas (ou Datum planimé- Os levantamentos geodésicos classificam-se em
trico): três grandes grupos:
- estação : Vértice Chuá (MG) a) Levantamentos Geodésicos de Alta Precisão
- altura geoidal : 0 m (Âmbito Nacional)
- coordenadas: Latitude: 19º 45º 41,6527’’ S - Científico: Dirigido ao atendimento de progra-
Longitude: 48º 06’ 04,0639” W mas internacionais de cunho científico e a Sistemas Geo-
- azimute geodésico para o Vértice Uberaba : désicos Nacionais.
271º 30’ 04,05” - Fundamental (1ª Ordem): Pontos básicos para
O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é constitui- amarração e controle de trabalhos geodésicos e cartográ-
do por cerca de 70.000 estações implantadas pelo IBGE ficos, desnvolvido segundo especificações internacionais,
em todo o Território Brasileiro, divididas em três redes: constituindo o sistema único de referência.
- Planimétrica: latitude e longitude de alta precisão b) Levantamentos Geodésicos de Precisão (Âm-
- Altimétrica: altitudes de alta precisão bito Nacional)
- Gravimétrica: valores precisos de aceleração da - Para áreas mais desenvolvidas (2ª ordem):
gravidade Para origem das altitudes (ou Datum altimétri- Insere-se diretamente no grau de desenvolvimento so-
co ou Datum vertical) foram adotados: cioeconômico regional. É uma densificação dos Sistemas
Porto de Santana - correspondente ao nível médio Geodésicos Nacionais a partir da decomposição de Figura
determinado por um marégrafo instalado no Porto de San- s de 1ª ordem.
tana (AP) para referenciar a rede altimétrica do Estado do - Para áreas menos desenvolvidas (3ª ordem):
Amapá que ainda não está conectada ao restante do País. Dirigido às áreas remotas ou aquelas em que não se justi-
Imbituba - idem para a estação maregráfica do fiquem investimentos imediatos.
porto de Imbituba (SC), utilizada c) Levantamentos Geodésicos para fins Topográ-
como origem para toda rede altimétrica nacional à exce- ficos (Local)
ção do estado Amapá. Têm características locais. Dirigem-se ao atendi-
mento dos levantamentos no horizonte topográfico. Têm
1.3 - LEVANTAMENTOS a finalidade de fornecer o apoio básico indispensável às
operações topográficas de levantamento, para fins de
Compreende-se por levantamento o conjunto de mapeamento com base em fotogrametria
operações destinado à execução de medições para a de- Os levantamentos irão permitir o controle hori-
terminação da forma e dimensões do planeta. zontal e vertical através da determinação de coordenadas
Dentre os diversos levantamentos necessários à geodésicas e altimétricas.
descrição da superfície terrestre em suas múltiplas carac-
terísticas, podemos destacar: MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS
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a partir de triângulos formados através da medição dos altitude. É o de mais baixa precisão, usado em regiões
ângulos subtendidos por cada vértice. Os pontos de trian- onde é impossível utilizar-se os métodos acima ou quan-
gulação do se queira maior rapidez.
são denominados vértices de triangulação (VVTT). É o
mais antigo e utilizado processo de levantamento plani- · LEVANTAMENTO GRAVIMÉTRICO
métrico. A gravimetria tem por finalidade o estudo do
- Trilateração: Método semelhante à triangula- campo gravitacional terrestre, possibilitando, a partir dos
ção e, como aquele, baseia-se em propriedades geomé- seus resultados, aplicações na área da Geociência como
tricas a partir de triângulos superpostos, sendo que o le- por exemplo, a determinação da Figura e dimensões da
vantamento será efetuado através da medição dos lados. Terra, a investigação da crosta terrestre e a prospecção de
- Poligonação: É um encadeamento de distâncias recursos minerais.
e ângulos medidos entre pontos adjacentes formando li- As especificações e normas gerais abordam as
nhas poligonais ou polígonos. Partindo de uma linha for- técnicas de medições gravimétricas vinculadas às deter-
mada por dois pontos conhecidos, determinam-se novos minações relativas com uso de gravímetros estáticos.
pontos, até chegar a uma linha de pontos conhecidos. À semelhança dos levantamentos planimétricos
e altimétricos, os gravimétricos são desdobrados em: Alta
precisão, precisão e para fins de detalhamento.
Matematicamente, esses levantamentos são bas-
tante similares ao nivelamento geométrico, medindo-se
diferenças de aceleração da gravidade entre pontos su-
cessivos.
· LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO
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- O GPS
Em 1978 foi iniciado o rastreamento dos primei-
ros satélites NAVSTAR, dando origem ao GPS como é hoje
conhecido. No entanto, somente na segunda metade da
década de 80 é que o GPS se tornou popular, depois que
o Sistema foi aberto para uso civil e de outros países, já
que o projeto foi desenvolvido para aplicações militares,
e também em consequência do avanço tecnológico no
campo da microinformática, permitindo aos fabricantes
de rastreadores produzir receptores GPS que processas-
sem no próprio receptor os códigos de sinais recebidos
do rastreador.
- Referência
O sistema geodésico adotado para referência é o
World Geodetic System de 1984 (WGS-84). Isto acarreta
que os resultados dos posicionamentos realizados com
o GPS referem-se a esse sistema geodésico, devendo ser
transformados para o sistema SAD-69, adotado no Brasil,
Figura 1.4 - Rede de nivelamento geodésico executado pelo IBGE através de metodologia própria. Ressalta-se que o GPS
fornece resultados de altitude elipsoidal, tornando obri-
POSICIONAMENTO TRIDIMENSIONAL POR GPS gatório o emprego do Mapa Geoidal do Brasil, produzido
pelo IBGE, para a obtenção de altitudes referenciadas ao
Na coleta de dados de campo, as técnicas geo- geóide (nível médio dos mares).
désicas e topográficas para determinações de ângulos e O Sistema GPS subdivide-se em três segmentos:
distâncias utilizadas para a obtenção de coordenadas bi espacial, de controle e do usuário.
e/ou tri-imensionais sobre a superfície terrestre, através - Segmento Espacial (A Constelação GPS)
de instrumentos ópticos e mecânicos tornaram-se obso- O segmento espacial do GPS prevê cobertura
letos, sendo mais utilizada na locação de obras de enge- mundial de tal forma que em qualquer parte do globo,
nharia civil e de instalações industriais. Posteriormente, incluindo os pólos, existam pelo menos 4 satélites visíveis
sistemas eletrônicos de determinações de distâncias por em relação ao horizonte, 24 horas ao dia. Em algumas re-
mira “laser” ou infravermelhas determinaram uma gran- giões da Terra é possível a obtenção de 8 ou mais satélites
de evolução. visíveis ao mesmo tempo.
A geodésia por satélites baseados em Radar A constelação de satélites GPS, é composta por
(NNSS), em frequência de rádio muito altas (bandas de 24 satélites ativos que circulam a Terra em órbitas elípti-
microondas) foi desenvolvido pela Marinha dos Estados cas (quase circulares). A vida útil esperada de cada saté-
Unidos com a finalidade básica da navegação e posicio- lite é de cerca de 6 anos, mas existem satélites em órbita
namento das belonaves americanas sobre superfície, em com mais de 10 anos e ainda em perfeito funcionamento.
meados dos anos 60. Surgiu através de pesquisas sobre - Segmento de Controle (Sistemas de Controle)
distanciômetros durante a 2ª Grande Guerra e foi ampla- Compreende o Sistema de Controle Operacional, o qual
mente utilizado até o início de 1993. consiste de uma estação de controle mestra, estações de
Atualmente, o Sistema de Posicionamento Glo- monitoramento mundial e estações de controle de campo.
bal (GPS) com a constelação NAVSTAR (“Navigation Sys- - Estação mestra: Localiza-se na base FALCON da
tem With Timing And Ranging”), totalmente completa e USAF em Colorado Springs - Colorado. Esta estação, além
operacional, ocupa o primeiro lugar entre os sistemas e de monitorar os satélites que passam pelos EUA, reúne os
métodos utilizados pela topografia, geodésia, aerofoto- dados das estações de monitoramento e de campo, pro-
grametria, navegação aérea e marítima e quase todas as cessando-os e gerando os dados que efetivamente serão
aplicações em geoprocessamento que envolvam dados transmitidos aos satélites.
de campo. - Estações de monitoramento: Rastreiam con-
tinuamente todos os satélites da constelação NAVSTAR,
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calculando suas posições a cada 1,5 segundo. Através de interpretação dos dados levantados ou sua tradução sob
dados meteorológicos, modelam os erros de refração e qualquer forma.
calculam suas correções, transmitidas aos satélites e atra- O aerolevantamento engloba as atividades de ae-
vés destes, para os receptores de todo o mundo. rofotogrametria, aerogeofísica e sensoriamento remoto,
Existem quatro estações, além da mestra: - Ha- constituindo-se das fases e operações seguintes:
wai; 1ª fase: Aquisição dos dados, constituída de ope-
- Ilha de Assención, no Atlântico sul; rações de cobertura aérea e/ou espacial.
- Diego Garcia, no Oceano Índico; 2ª fase: Operação relativa à interpretação ou tra-
- Kwajalein, no Pacífico. dução dos dados obtidos em operação aérea e/ou espa-
- Estações de campo: Estas estações são forma- cial.
das por uma rede de antenas de rastreamento dos saté- Operações:
lites NAVSTAR. Tem a finalidade de ajustar os tempos de a) Processamento fotográfico de filme aéreo ou
passagem dos satélites, sincronizando-os com o tempo espacial e respectiva obtenção de diafilme, diapositivo,
da estação mestra. fotografia, fotoíndice e mosaico não controlado.
- Segmento do Usuário b) Confecção de mosaico controlado e fotocarta.
O segmento dos usuários está associado às apli- c) Confecção de ortofotografia, ortofotomosaico
cações do sistema. Refere-se a tudo que se relaciona com e ortofotocarta.
a comunidade usuária, os diversos tipos de receptores e d) Interpretação e tradução cartográfica, median-
os métodos de posicionamento por eles utilizados. te restituição estereofotogramétrica ou de imagem obti-
- Métodos de Posicionamento da com outro sensor remoto.
- Absoluto (Ponto isolado): Este método fornece e) Processamento digital de imagem.
uma precisão de 100 metros. f) Preparo para impressão de original de restitui-
- Diferencial: As posições absolutas, obtidas com ção estereofotogramétrica ou elaborado a partir de ima-
um receptor móvel, são corrigidas por um outro receptor gem obtida com outro sensor remoto.
fixo, estacionado num ponto de coordenadas conhecidas. g) Reprodução e impressão de cartas e mapas.
Esses receptores comunicam-se através de link de rádio.
Precisão de 1 a 10 metros.
2. Representação Cartográfica
- Relativo: É o mais preciso. Utilizado para aplica-
ções geodésicas de precisão.
Dependendo da técnica utilizada (estático, cine- 2.1 - TIPO DE REPRESENTAÇÃO POR TRAÇO
mático ou dinâmico), é possível obter-se uma precisão de
até 1 ppm. GLOBO - representação cartográfica sobre uma
Para aplicações científicas, por exemplo, o esta- superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos na-
belecimento da Rede Brasileira de Monitoramento Contí- turais e artificiais de uma figura planetária, com finalida-
nuo - RBMC, essa precisão é de 0,1 ppm. de cultural e ilustrativa.
MAPA (Características):
AEROLEVANTAMENTOS - representação plana;
- geralmente em escala pequena;
Baseados na utilização de equipamentos aero ou - área delimitada por acidentes naturais (bacias,
espacialmente transportados (câmaras fotográficas e mé- planaltos, chapadas, etc.), políticoadministrativos;
tricas, sensores), prestam-se à descrição geométrica da - destinação a fins temáticos, culturais ou ilustra-
superfície topográfica, em relação a uma determinada tivos.
superfície de referência. A partir dessas características pode-se generali-
A legislação brasileira amplia o campo das ativi- zar o conceito:
dades de aerolevantamento à interpretação ou tradução, “Mapa é a representação no plano, normal-
sob qualquer forma, dos dados e observações afetuadas. mente em escala pequena, dos aspectos geográficos,
Aerolevantamento é definido como sendo o conjunto de naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na
operações aéreas e/ouespaciais de medição, computa- superfície de uma Figura planetária, delimitada por ele-
ção e registro de dados do terreno, com o emprego de mentos físicos, político-administrativos, destinada aos
sensores e/ou equipamentos adequados, bem como a mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos.”
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CARTA (Características): fotos não corrigidas; ou fotos corrigidas, mas sem pontos
- representação plana; de controle.
- escala média ou grande; FOTOCARTA - é um mosaico controlado, sobre o
- desdobramento em folhas articuladas de ma- qual é realizado um tratamento cartográfico (planimétri-
neira sistemática; co).
- limites das folhas constituídos por linhas con- ORTOFOTOCARTA - é uma ortofotografia - foto-
vencionais, destinada à avaliação precisa de direções, dis- grafia resultante da transformação de uma foto original,
tâncias e localização de pontos, áreas e detalhes. que é uma perspectiva central do terreno, em uma proje-
Da mesma forma que da conceituação de mapa, ção ortogonal sobre um plano - complementada por sím-
pode-se generalizar: bolos, linhas e georreferenciada, com ou sem legenda,
“Carta é a representação no plano, em escala podendo conter informações planimétricas.
média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de ORTOFOTOMAPA - é o conjunto de várias ortofo-
uma área tomada de uma superfície planetária, subdi- tocartas adjacentes de uma determinada região.
vidida em folhas delimitadas por linhas convencionais FOTOÍNDICE - montagem por superposição das
- paralelos e meridianos - com a finalidade de possibi- fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira
litar a avaliação de pormenores, com grau de precisão imagem cartográfica da região. O fotoíndice é insumo ne-
compatível com a escala.” cessário para controle de qualidade de aerolevantamen-
PLANTA - a planta é um caso particular de carta. tos utilizados na produção de cartas através do método
A representação se restringe a uma área muito limitada e fotogramétrico. Normalmente a escala do fotoíndice é
a escala é grande, consequentemente o nº. de detalhes é reduzida de 3 a 4 vezes em relação a escala de vôo.
bem maior. CARTA IMAGEM - Imagem referenciada a partir
“Carta que representa uma área de extensão de pontos identificáveis e com coordenadas conhecidas,
suficientemente restrita para que a sua curvatura não superposta por reticulado da projeção, podendo conter
precise ser levada em consideração, e que, em consequ- simbologia e toponímia.
ência, a escala possa ser considerada constante.”
2.2. ESCALA
POR IMAGEM
MOSAICO - é o conjunto de fotos de uma deter- INTRODUÇÃO
minada área, recortadas e montadas técnica e artística-
mente, de forma a dar a impressão de que todo o conjun-
Uma carta ou mapa é a representação convencio-
to é uma única fotografia. Classifica-se em:
nal ou digital da configuração da superfície topográfica.
- controlado - é obtido a partir de fotografias aé-
reas submetidas a processos específicos de correção de Esta representação consiste em projetarmos esta
tal forma que a imagem resultante corresponda exata- superfície, com os detalhes nela existentes, sobre um pla-
mente a imagem no instante da tomada da foto. Essas no horizontal ou em arquivos digitais.
fotos são então montadas sobre uma prancha, onde se Os detalhes representados podem ser:
encontram plotados um conjunto de pontos que servirão - Naturais: São os elementos existentes na natu-
de controle à precisão do mosaico. Os pontos lançados na reza como os rios, mares, lagos,
prancha tem que ter o correspondente na imagem. Esse montanhas, serras, etc.
mosaico é de alta precisão. - Artificiais: São os elementos criados pelo ho-
- não-controlado - é preparado simplesmente mem como: represas, estradas, pontes, edificações, etc.
através do ajuste de detalhes de fotografias adjacentes. Uma carta ou mapa, dependendo dos seus obje-
Não existe controle de terreno e as fotografias não são tivos, só estará completa se trouxer esses elementos de-
corrigidas. vidamente representados.
Esse tipo de mosaico é de montagem rápida, mas Esta representação gera dois problemas:
não possui nenhuma precisão. Para alguns tipos de traba- 1º) A necessidade de reduzir as proporções dos
lho ele satisfaz plenamente. acidentes à representar, a fim de tornar possível a repre-
- semicontrolado - são montados combinando-se sentação dos mesmos em um espaço limitado.
características do mosaico controlado e do não contro- Essa proporção é chamada de ESCALA
lado. Por exemplo, usando-se controle do terreno com 2º) Determinados acidentes, dependendo da es-
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reduções, em que as dimensões no desenho são menores Sendo em = erro tolerável em metros
que as naturais ou do modelo.
O erro tolerável, portanto, varia na razão direta
ESCALA NUMÉRICA do denominador da escala e inversa da escala, ou seja,
quanto menor for a escala, maior será o erro admissível.
Indica a relação entre os comprimentos de Os acidentes cujas dimensões forem menores
uma linha na carta e o correspondente comprimento que os valores dos erros de tolerância, não serão repre-
no terreno, em forma de fração com a unidade para sentados graficamente. Em muitos casos é necessário
numerador. utilizar-se convenções cartográficas, cujos símbolos irão
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ESCOLHA DE ESCALAS
𝑒𝑒𝑚𝑚
Dá fórmula: em = 0,0002m x M tira-se: 𝑀𝑀 =
0,0002
Considerando uma região da superfície da
Terra que se queira mapear e que possua muitos aci-
dentes de 10m de extensão, a menor escala que se
deve adotar para que esses acidentes tenham repre-
sentação será:
10𝑚𝑚 100.000
𝑀𝑀 = = =500.00
0,0002𝑚𝑚 2
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(Atenção: tudo o que se vê num mapa corresponde à superfície terrestre projetada sobre o nível do mar aproximada-
mente);
3º) Relacionar por processo projetivo ou analítico pontos do modelo matemático com o plano de representa-
ção escolhendo-se uma escala e sistema de coordenadas.
Antes de entrarmos nas técnicas de representação propriamente ditas,
introduziremos alguns Sistemas de Coordenadas utilizados na representação cartográfica.
SISTEMAS DE COORDENADAS
Os sistemas de coordenadas são necessários para expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja
ela um elipsóide, esfera ou um plano. É com base em determinados sistemas de coordenadas que descrevemos geo-
metricamente a superfície terrestre nos levantamentos referidos no capítulo I. Para o elipsóide, ou esfera, usualmente
empregamos um sistema de coordenadas cartesiano e curvilíneo (PARALELOS e MERIDIANOS). Para o plano, um siste-
ma de coordenadas cartesianas X e Y é usualmente aplicável.
Para amarrar a posição de um ponto no espaço necessitamos ainda complementar as coordenadas bidimen-
sionais que apresentamos no parágrafo anterior, com uma terceira coordenada que é denominada ALTITUDE. A altitu-
de de um ponto qualquer está ilustrada na fig .2.1-a, onde o primeiro tipo (h) é a distância contada a partir do geóide
(que é a superfície de referência para contagem das altitudes) e o segundo tipo (H), denominado ALTITUDE GEOMÉ-
TRICA é contada a partir da superfície do elipsóide.
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b) Na esfera
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Latitude Geodésica ( j )
É o ângulo formado pela normal ao elipsóide de um determinado ponto e o plano do Equador.
Longitude Geodésica ( l )
É o ângulo formado pelo plano meridiano do lugar e o plano meridiano tomado como origem (GREENWICH).
(Figura 2.1.a)
QUANTO AO MÉTODO
a) Geométricas - baseiam-se em princípios geométricos projetivos. Podem ser obtidos pela interseção, sobre a
superfície de projeção, do feixe de retas que passa por pontos da superfície de referência partindo de um centro pers-
pectivo (ponto de vista).
b) Analíticas - baseiam-se em formulação matemática obtidas com o objetivo de se atender condições (carac-
terísticas) préviamente estabelecidas (é o caso da maior parte das projeções existentes).
a) Planas - este tipo de superfície pode assumir três posições básicas em relação a superfície de referência:
polar, equatorial e oblíqua (ou horizontal) (Figura 2.4).
b) Cônicas - embora esta não seja uma superfície plana, já que a superfície de projeção é o cone, ela pode ser
desenvolvida em um plano sem que haja distorções (Figura 2.5), e funciona como superfície auxiliar na obtenção de
uma representação. A sua posição em relação à superfície de referência pode ser: normal, transversal e oblíqua (ou
horizontal) (Figura 2.4).
c) Cilíndricas - tal qual a superfície cônica, a superfície de projeção que utiliza o cilindro pode ser desenvolvida
em um plano (Figura 2.5) e suas possíveis posições em relação a superfície de referência podem ser: equatorial, trans-
versal e oblíqua (ou horizontal) (Figura 2.4).
d) Polissuperficiais - se caracterizam pelo emprego de mais do que uma superfície de projeção (do mesmo
tipo) para aumentar o contato com a superfície de referência e, portanto, diminuir as deformações (plano-poliédrica ;
cone-policônica ; cilindropolicilíndrica).
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Figura 2.4
4. Projeções Cartográficas
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QUANTO ÀS PROPRIEDADES
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- Cônica.
- Conforme.
- Analítica.
- Secante.
- Os meridianos são linhas retas convergentes.
- Os paralelos são círculos concêntricos com cen-
tro no ponto de interseção dos meridianos.
- Aplicações: A existência de duas linhas de con-
tato com a superfície (dois paralelos padrão) nos fornece
uma área maior com um baixo nível de deformação. Isto
faz com que esta projeção seja bastante útil para regiões
que se estendam na direção esteoeste, porém pode ser
utilizada em quaisquer latitudes.
A partir de 1962, foi adotada para a Carta Inter-
nacional do Mundo, ao Milionésimo.
- Cilíndrica.
- Conforme.
- Secante.
- Só o Meridiano Central e o Equador são linhas
Figura 2.8 - Projeção Cônica Normal de Lambert (com dois paralelos- retas.
-padrão) - Projeção utilizada no SISTEMA UTM - Universal
Transversa de Mercator desenvolvido durante a 2ª Guer-
Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator (Tangente) ra Mundial. Este sistema é, em essência, uma modifica-
ção da Projeção Cilíndrica Transversa de Mercator.
- Cilíndrica. - Aplicações: Utilizado na produção das cartas to-
- Conforme. pográficas do Sistema Cartográfico Nacional produzidas
- Analítica. pelo IBGE e DSG.
- Tangente (a um meridiano).
- Os meridianos e paralelos não são linhas
retas, com exceção do meridiano de tangência e do
Equador.
- Aplicações: Indicada para regiões onde há
predominância na extensão Norte- Sul. É muito utili-
zada em cartas destinadas à navegação.
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GERAL
CADASTRAL
TOPOGRÁFICA
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clui os acidentes naturais e artificiais, em que os ele- pecial para dar suporte as atividades de coleta e disse-
mentos planimétricos (sistema viário, obras, etc.) e minação de pesquisas do IBGE.
altimétricos (relevo através de curvas de nível, pontos
colados, etc.) são geometricamente bem representa- GEOGRÁFICA
dos.
As aplicações das cartas topográficas variam Carta em que os detalhes planimétricos e al-
de acordo com sua escala: timétricos são generalizados, os quais oferecem uma
1:25.000 - Representa cartograficamente áre- precisão de acordo com a escala de publicação. A re-
as específicas, com forte densidade demográfica, for- presentação planimétrica é feita através de símbo-
necendo elementos para o planejamento socioeconô- los que ampliam muito os objetos correspondentes,
mico e bases para anteprojetos de engenharia. Esse alguns dos quais muitas vezes têm que ser bastante
mapeamento, pelas características da escala, está diri- deslocados.
gido para as áreas das regiões metropolitanas e outras A representação altimétrica é feita através
que se definem pelo atendimento a projetos específi- de curvas de nível, cuja equidistância apenas dá uma
cos. Cobertura Nacional: 1,01%. idéia geral do relevo e, em geral, são empregadas cores
1:50.000 - Retrata cartograficamente zonas hipsométricas. São elaboradas na escala. 1:500.000 e
densamente povoadas, sendo adequada ao planeja- menores, como por exemplo a Carta Internacional do
mento socioeconômico e à formulação de anteproje- Mundo ao Milionésimo (CIM).
tos de engenharia. Mapeamento das Unidades Territoriais : Re-
A sua abrangência é nacional, tendo sido co- presenta, a partir do mapeamento topográfico, o es-
bertos até agora 13,9% do Território Nacional, concen- paço territorial brasileiro através de mapas elabora-
trando-se principalmente nas regiões Sudeste e Sul do dos especificamente para cada unidade territorial do
país. país.
1:100.000 - Objetiva representar as áreas com Produtos gerados:-Mapas do Brasil (escalas 1:
notável ocupação, priorizadas para os investimentos 2.500.000,1:5.000.000,1:10.000.000, etc.).
governamentais, em todos os níveis de governo- Fede- -Mapas Regionais (escalas geográficas diver-
ral, Estadual e Municipal. sas).
A sua abrangência é nacional, tendo sido co- -Mapas Estaduais (escalas geográficas e topo-
berto até agora 75,39% do Território Nacional. gráficas diversas).
1:250.000 - Subsidia o planejamento regional,
além da elaboração de estudos e projetos que envol- TEMÁTICA
vam ou modifiquem o meio ambiente.
A sua abrangência é nacional, tendo sido co- São as cartas, mapas ou plantas em qualquer
berto até o momento 80,72% do Território Nacional. escala, destinadas a um tema específico, necessária às
Mapa Municipal: Entre os principais produ- pesquisas socioeconômicas, de recursos naturais e es-
tos cartográficos produzidos pelo IBGE encontra-se o tudos ambientais. A representação temática, distinta-
mapa municipal, que é a representação cartográfica mente da geral, exprime conhecimentos particulares
da área de um município, contendo os limites estabe- para uso geral.
lecidos pela Divisão Político-Administrativa, acidentes Com base no mapeamento topográfico ou
naturais e artificiais, toponímia, rede de coordenadas de unidades territoriais, o mapa temático é elabo-
geográficas e UTM, etc.. rado em especial pelos Departamentos da Diretoria
Esta representação é elaborada a partir de ba- de Geociências do IBGE, associando elementos re-
ses cartográficas mais recentes e de documentos car- lacionados às estruturas territoriais, à geografia, à
tográficos auxiliares, na escala das referidas bases. estatística, aos recursos naturais e estudos ambien-
O mapeamento dos municípios brasileiros é tais.
para fins de planejamento e gestão territorial e em es- Principais produtos: -Cartogramas temáticos
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Este índice tem origem nas folhas ao Milionésimo, e se aplica a denominação de todas as folhas de cartas do
mapeamento sistemático (escalas de 1:1.000.000 a 1:25.000).
A Figura 2.15 apresenta a referida nomenclatura.
Para escalas maiores que 1:25.000 ainda não existem normas que regulamentem o código de nomenclatura.
O que ocorre na maioria das vezes é que os órgãos produtores de cartas ou plantas nessas escalas adotam seu próprio
sistema de articulação de folhas, o que dificulta a interligação de documentos produzidos por fontes diferentes.
Existem dois sistemas de articulação de folhas que foram propostos por órgãos envolvidos com a produção de
documentos cartográficos em escalas grandes:
O primeiro, proposto e adotado pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao vôo (e também adotado pela CO-
CAR), se desenvolve a partir de uma folha na escala 1:100.000 até uma folha na escala 1:500.
O segundo, elaborado pela Comissão Nacional de Região Metropolitana e Política Urbana, tem sido adotado
por vários órgãos responsáveis pela Cartografia Regional e Urbana de seus estados. Seu desenvolvimento se dá a partir
de uma folha na escala 1:25.000 até uma folha na escala 1:1.000.
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- Ativos: Possuem sua própria fonte de radiação, É o procedimento pelos quais os sinais são detec-
a qual incide em um alvo, captando em seguida o seu re- tados, gravados e interpretados. A detecção da energia
flexo. Ex.: Radar eletromagnética pode ser obtida de duas formas:
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- Fotograficamente: O processo utiliza reações sendo utilizado pelos sensores MSS e TM a bordo dos
químicas na superfície de um filme sensível à luz para satélites da série LANDSAT. O espelho de varredura os-
detectar variações de imagem dentro de uma câmara e cila perpendicularmente em direção ao deslocamento
registrar os sinais detectados gerando uma imagem foto- da plataforma, refletindo as radiâncias provenientes
gráfica. dos pixels no eixo de oscilação. Após uma varredura
- Eletronicamente: O processo eletrônico gera si- completa, os sinais dos pixels formam uma linha, e
nais elétricos que correspondem às variações de energia juntando os sinais linha a linha, forma-se a imagem da
provenientes da interação entre a energia eletromagné- cena observada.
tica e a superfície da terra. Esses sinais são transmitidos 2.8.3 - Sistemas de Microondas: O sistema de
às estações de captação onde são registrados geralmente imageamento mais comum é o dos Radares de Visada
numa fita magnética, podendo depois serem convertidos Lateral, que por ser um sistema ativo não é afetado
em imagem. pelas variações diurnas na radiação refletida pela su-
perfície do terreno, podendo ser usado inclusive à noi-
2.8 SENSORES IMAGEADORES te. Pode operar em condições de nebulosidade, uma
vez que as nuvens são transparentes à radiação da fai-
Os sensores que produzem imagens podem xa de microondas.
ser classificados em função do processo de formação
de imagem, em: 2.9 IMAGENS RADARMÉTRICAS
2.8.1 - Sistemas Fotográficos: Foram os pri- O termo “Radar” é derivado da expressão In-
meiros equipamentos a serem desenvolvidos, e pos- glesa “Radio Detecting and Ranging”, que significa:
suem exelente resolução espacial. Compõem esse detectar e medir distâncias através de ondas de rá-
sistema, as câmaras fotográficas (objetiva, diafragma, dio.
obturador e o corpo), filtros e filmes. Inicialmente os radares destinavam-se a fins
2.8.2 - Sistemas de imageamento eletro-óp- militares. No decorrer da Segunda Guerra Mundial a
tico: Diferem do sistema fotográfico porque os dados Inglaterra foi equipada com eficiente rede de Radar,
são registrados em forma de sinal elétrico, possibi- mas só a partir da década de 60 os geocientistas pro-
litando sua transmissão à distância. Os componen- curaram aplicar os princípios de Radar para fins de le-
tes básicos desses sensores são um sistema óptico e vantamento de recursos naturais.
um detector. A função do sistema óptico é focalizar A grande vantagem do sensor Radar é que o
a energia proveniente da área observada sobre o de- mesmo atravessa a cobertura de nuvens. Pelo fato de
tector. A energia detectada é transformada em sinal ser um sensor ativo, não depende da luz solar e con-
elétrico. sequentemente pode ser usado à noite, o que diminui
- Sistema de Imageamento Vidicon ( sistema sobremaneira o período de tempo do aerolevanta-
de quadro): Tiveram origem a cpartir de sistema de mento.
televisão. Nesse sistema a cena é coletada de forma Um trabalho de relevância foi realizado na
instantânea. Um exemplo de produto de Sensoria- América do Sul, em especial na Região Amazônica pela
mento Remoto obtido por esse tipo de sensor são as Grumman Ecosystens. Esta realizou o levantamento
imagens RBV coletadas pelas câmaras RBV à bordo dos de todo o território brasileiro, com a primeira fase em
satélites 1, 2 e 3 da série LANDSAT. 1972 (Projeto RADAM) e posteriormente em 1976, na
- Sistema de Varredura Eletrônica: Utiliza um complementação do restante do Brasil (Projeto RA-
sistema óptico através do qual a imagem da cena ob- DAM BRASIL).
servada é formada por sucessivas linhas imageadas Desde o final da década de 70 até o presente
pelo arranjo linear de detetores na medida que a pla- momento, uma série de Programas de Sistema Radar,
taforma se locomove ao longo da linha de órbita. Esse foram executados ou estão em avançado estágio de
sistema é utilizado em diversos programas espaciais, desenvolvimento: SEAT; SIR-A; SIR-B; SIR-C (EUA); ERS-
como por exemplo o SPOT (França). 1 e ERS-2 (Europeu); JERS-1 e JERS-2 (Japão); ALMOZ
- Sistema de Varredura Mecânica: Esse sis- (Rússia) e RADAR SAT(Canadá).
tema, onde a cena é imageada linha por linha, vem
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A órbita do satélite LANDSAT é repetitiva, quase Cada vez que o espelho imageador visa o terreno,
circular, sol-síncrona e quase polar. A altitude dos satéli- a voltagem produzida por cada detector é amostrada a
tes da série 4 e 5 é inferior à dos primeiros, posicionado a cada 9,95 microssegundos para um detector, aproxima-
705 Km em relação a superfície terrestre.no Equador. damente 3.300 amostras são tomadas ao longo de uma
linha de varredura com 185,2 Km.
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As medidas individuais de radiação são arranja- amento contínuo do terreno. Entretanto, o movimento
das nas imagens, com dimensões de 30 x 30 metros. Esta de rotação provoca um pequeno deslocamento do ponto
área chama-se elemento de imagem ou pixel, que corres- inicial da varredura para oeste, a cada oscilação do espe-
ponde à menor unidade que forma uma imagem. lho.
A detecção de objetos no terreno depende da re- Tais distorções geométricas são posteriormente
lação entre o tamanho do objeto e o seu brilho (valor de corrigidas nas estações terrestres, como já visto, onde
brilho). também são criadas as referências marginais das imagens
e as informações de rodapé.
SISTEMA SPOT
CARACTERÍSTICAS DA ÓRBITA
Uma imagem LANDSAT original, é produzida na
escala de 1:1.000.000. Esta imagem não se apresenta
A altitude da órbita do SPOT é de 832 Km. É uma ór-
como um retângulo, pois durante o tempo em que os
bita polar, síncrona com o Sol, mantendo uma inclinação de
dados são tomados (25 segundos), a Terra gira um curto
98º,7 em relação ao plano do equador. A velocidade orbital é
espaço devido ao movimento de rotação, e as linhas de
sincronizada com o movimento de rotação da Terra, de forma
latitude e longitude fazem um certo ângulo com o topo e
que a mesma área possa ser imageada a intervalos de 26 dias.
a base da imagem, originando então uma imagem com a
forma de um trapézio.
O SENSOR HRV
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Outra importante possibilidade através da visa- ser em preto e branco, cores naturais, falsas cores e ou-
da “ off- nadir “ é a aquisição de pares estereoscópicos, tras formas que permitem uma variação de estudos car-
proporcionada pelo imageamento de uma mesma área tográficos, ou ainda poderão ser entregues sob a forma
segundo ângulos de visada opostos, obtendo-se assim, de fitas CCTS.
uma visão tridimensional do terreno.
NO MAPEAMENTO PLANIMÉTRICO
NO MAPEAMENTO TEMÁTICO
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Os primeiros correpondem principalmente à hi- Essas unidades são criadas através de legisla-
drografia e vegetação, os segundos decorrem da ocupa- ção própria (lei federais, estaduais e municipais), na
ção humana, sistema viário, construções, limites político qual estão discriminadas sua denominação e informa-
ou administrativos etc. ções que definem o perímetro da unidade.
A Divisão Política-Administrativa é represen-
HIDROGRAFIA tada nas cartas e mapas por meio de linhas conven-
cionais (limites) correspondente a situação das Unida-
A representação dos elementos hidrográficos é des da Federação e Municípios no ano da edição do
feita, sempre que possível, associando-se esses elemen- documento cartográfico. Consta no rodapé das cartas
tos a símbolos que caracterizem a água, tendo sido o azul topográficas a referida divisão, em representação es-
a cor escolhida para representar a hidrografia, alagados quemática.
(mangue, brejo e área sujeita a inundação), etc. Nas escalas pequenas, para a representa-
ção de áreas político-administrativas, ou áreas com
limites físicos (bacias) e operacionais (setores cen-
sitários, bairros, etc.), a forma usada para realçar e
diferenciar essas divisões
é a impressão sob diversas
cores.
Nos mapas estaduais,
por exemplo, divididos em
municípios, a utilização de
cores auxilia a identifica-
ção, a forma e a extensão
das áreas municipais. Po-
Figura 3.1 - Elementos hidrográficos (Carta topográfica esc. 1:100.000) de-se utilizar também es-
treitas tarjas, igualmente
VEGETAÇÃO em cores, a partir da linha
limite de cada área, tor-
Como não poderia deixar de ser, a cor verde é nando mais leve a apresen-
universalmente usada para representar a cobertura ve- tação.
getal do solo. Na folha 1:50.000 por exemplo, as matas e - Grandes Regiões -
florestas são representadas pelo verde claro. O cerrado e Conjunto de Unidades da Federação com a finalidade
caatinga, o verde reticulado, e as culturas permanentes e básica de viabilizar a preparação e a divulgação de da-
temporárias, outro tipo de simbologia, com toque Figura dos estatísticos. A última divisão regional, elaborada
tivo (Figura 3.2) em 1970 e vigente até o momento atual, é constituída
pelas regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-
-Oeste
- Unidades da Federação: Estados, Territórios
e Distrito Federal. São as Unidades de maior hierar-
quia dentro da organização político-administrativa
no Brasil, criadas através de leis emanadas no Con-
gresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da
Figura 3.2 - Elementos de vegetação (Carta topográfica esc. 1:100.000) República.
- Municípios: São as unidades de menor hie-
UNIDADES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS rarquia dentro da organização político-administrativa
do Brasil, criadas através de leis ordinárias das Assem-
O território brasileiro é subdividido em Unidades bléias Legislativas de cada Unidade da Federação e
Político-Administrativas abrangendo os diversos níveis de sancionadas pelo Governador. No caso dos territórios,
administração: Federal, Estadual e Municipal. A esta divi- a criação dos municípios se dá através de lei da Presi-
são denomina-se Divisão Político- Administrativa - DPA. dência da República.
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- Aglomerado Rural de extensão urbana - Lo- 8 - Aldeia - Localidade habitada por indíge-
calidade que tem as características definidoras de nas.
Aglomerado Rural e está localizada a menos de 1 Km São representadas, conforme a quantidade
de distância da área urbana de uma Cidade ou Vila. de habitantes em nº absolutos pelo seguinte esque-
Constitui simples extensão da área urbana legalmente ma:
definida.
5.2 - Aglomerado Rural isolado - Localidade
que tem as características definidoras de Aglomerado
Rural e está localizada a uma distância igual ou supe-
rior a 1 Km da área urbana de uma Cidade, Vila ou de
um Aglomerado Rural já definido como de extensão
urbana.
5.2.1 - Povoado - Localidade que tem a ca-
racterística definidora de Aglomerado Rural Isolado
e possui pelo menos 1 (um) estabelecimento comer-
cial de bens de consumo frequente e 2 (dois) dos
seguintes serviços ou equipamentos: 1 (um) estabe-
lecimento de ensino de 1º grau em funcionamento
regular, 1 (um) posto de saúde com atendimento re-
gular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo.
Corresponde a um aglomerado sem caráter privado
ou empresarial ou que não está vinculado a um úni- Figura 3.5 - Localidades (Carta topográfica esc. 1:250.000)
co proprietário do solo, cujos moradores exercem
atividades econômicas quer primárias, terciárias ou, Variando de acordo com a área, o centro urba-
mesmo secundárias, na própria localidade ou fora no é representado pela forma generalizada dos quar-
dela. teirões, que compõem a área urbanizada construída.
- Núcleo - Localidade que tem a característica A área edificada, que é representada na carta topo-
definidora de Aglomerado Rural Isolado e possui ca- gráfica pela cor rosa, dá lugar, fora da área edificada,
ráter privado ou empresarial, estando vinculado a um a pequenos símbolos quadrados em preto, represen-
único proprietário do solo (empresas agrícolas, indús- tando o casario. Na realidade, um símbolo tanto pode
trias, usinas, etc.). representar uma casa como um grupo de casas, con-
5.2.3 - Lugarejo - Localidade sem caráter priva- forme a escala.
do ou empresarial que possui característica definidora Na carta topográfica, dentro da área edificada,
de Aglomerado Rural Isolado e não dispõe, no todo ou é representado todo edifício de notável significação
em parte, dos serviços ou equipamentos enunciados local como prefeitura, escolas, igrejas, hospitais, etc.,
para povoado. independentemente da escala.
6 -Propriedade Rural - Todo lugar em que se Conforme a escala, representa-se a área edifi-
encontre a sede de propriedade rural, excluídas as já cada por simbologia correspondente.
classificadas como Núcleo. Outras construções como barragem, ponte,
7 - Local - Todo lugar que não se enquadre em aeroporto, farol, etc., têm símbolos especiais quase
nenhum dos tipos referidos anteriormente e que pos- sempre associativo.
sua nome pelo qual seja conhecido.
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3.2 - ALTIMETRIA
Figura 3.7 - Vias de Circulação (Carta topográfica esc. 1:100.000)
ASPECTO DO RELEVO
LINHAS DE COMUNICAÇÃO E OUTROS ELEMENTOS PLA-
NIMÉTRICOS
A cor da representação da altimetria do terreno
na carta é, em geral, o sépia. A própria simbologia que
As linhas de comunicação resumem-se à linha te-
representa o modelado terrestre (as curvas de nível) é
legráfica ou telefônica e às linhas de energia elétrica (de
impressa nessa cor. Os areais representados por meio de
alta ou baixa tensão).
um pontilhado irregular também é impresso, em geral, na
No rodapé das cartas topográficas constam ainda
cor sépia.
outros elementos:
À medida que a escala diminui, acontece o mes-
mo com os detalhes, mas a correspondente simbologia
tende a ser tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM), o relevo,
além das curvas de nível, é representado por cores hip-
sométricas, as quais caracterizam as diversas faixas de
altitudes.
Também os oceanos além das cotas e curvas ba-
Figura 3.8 - Linhas de comunicação e outros elementos planimétricos
timétricas, têm a sua profundidade representada por fai-
(Carta topográfica esc. 1:100.000)
xas de cores batimétricas.
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CURVAS DE NÍVEL
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a) As curvas de nível tendem a ser quase que pa- A natureza da topografia do terreno determina
ralelas entre si. as formas das curvas de nível. Assim, estas devem ex-
b) Todos os pontos de uma curva de nível se en- pressar com toda fidelidade o tipo do terreno à ser re-
contram na mesma elevação. presentado.
c) Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si As curvas de nível vão indicar se o terreno é pla-
mesma. no, ondulado, montanhoso ou se o mesmo é liso, íngre-
d) As curvas de nível nunca se cruzam, podendo me ou de declive suave.
se tocar em saltos d’água ou despenhadeiros.
e) Em regra geral, as curvas de nível cruzam os
cursos d’água em forma de “V”, com o vértice apontando
para a nascente.
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REDE DE DRENAGEM por elevações. Uma bacia se limita com outra pelo divisor
de águas.
A rede de drenagem controla a forma geral da Cabe ressaltar que esses limites não são fixos,
topografia do terreno e serve de base para o traçado das deslocando-se em conseqüência das mutações sofridas
curvas de nível. Desse modo, antes de se efetuar o traçado pelo relevo.
dessas curvas, deve-se desenhar todo o sistema de drena- - Divisor de Águas: Materializa-se no terreno
gem da região, para que possa representar as mesmas. pela linha que passa pelos pontos mais elevados do ter-
- Rio: Curso d’água natural que desagua em outro reno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo
rio, lago ou mar. Os rios levam as águas superficiais, rea- as águas de um e outro curso d’água. É definido pela linha
lizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento de cumeeira que separa as bacias.
das águas. Seus cursos estendem-se do ponto mais alto - Lago: Depressão do relevo coberta de água, ge-
(nascente ou montante) até o ponto mais baixo (foz ou ralmente alimentada por cursos d’água e mananciais que
jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um variam em número, extensão e profundidade.
lago ou de outro rio do qual é afluente. - Morro: Elevação natural do terreno com altura
De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os de até 300 m aproximadamente.
cursos d’água recebem diferentes nomes genéricos: ribei- - Montanha: Grande elevação natural do terreno,
rão, lajeado, córrego, sanga, arroio, igarapé, etc. com altura superior a 300 m, constituída por uma ou mais
- Talvegue: Canal de maior profundidade ao lon- elevações.
go de um curso d’água. - Serra: Cadeia de montanhas. Muitas vezes pos-
- Vale: Forma topográfica constituída e drenada sui um nome geral para todo o conjunto e nomes locais
por um curso d’água principal e suas vertentes. para alguns trechos.
- Bacia Hidrográfica: “Conjunto de terras drena- - Encosta ou vertente: Declividade apresentada
das por um rio principal e seus afluentes”. pelo morro, montanha ou serra.
É resultante da reunião de dois ou mais vales, for- - Pico: Ponto mais elevado de um morro, monta-
mando uma depressão no terreno, rodeada geralmente nha ou serra.
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Na representação cartográfica, sistematicamen- Nos mapas em escalas pequenas, além das cur-
te, a eqidistância entre uma determinada curva e outra vas de nível, adotam-se para facilitar o conhecimento
tem que ser constante. geral do relevo, faixas de determinadas altitudes em dife-
Equidistância é o espaçamento, ou seja, a distân- rentes cores, como o verde, amarelo, laranja, sépia, rosa
cia vertical entre as curvas de nível. Essa eqüidistância va-
e branco.
ria de acordo com a escala da carta com o relevo e com a
Para as cores batimétricas usa-se o azul, cujas
precisão do levantamento.
Só deve haver numa mesma escala, duas altera- tonalidades crescem no sentido daprofundidade (Figura
ções quanto à eqüidistância. A primeira é quando, numa 3.10).
área predominantemente plana, por exemplo a Amazô-
nia, precisa-se ressaltar pequenas altitudes, que ali são RELEVO SOMBREADO
de grande importância. Estas são as curvas auxiliares. No
segundo caso, quando o detalhe é muito escarpado, dei- O sombreado executado diretamente em função
xa-se de representar uma curva ou outra porque além de das curvas de nível é uma modalidade de representação
sobrecarregar a área dificulta a leitura. do relevo.
Imprescindível na representação altimétrica em É executada, geralmente, à pistola e nanquim e é
curvas de nível é a colocação dos valores quantitativos constituida de sombras contínuas sobre certas vertentes
das curvas mestras. dando a impressão de saliências iluminadas e reentrân-
cias não iluminadas.
ESCALA EQUIDISTÂNCIA CURVAS MESTRAS Para executar-se o relevo sombreado, imagina-se
1:25.000 10m 50m
uma fonte luminosa a noroeste, fazendo um ângulo de
45º com o plano da carta, de forma que as sombras sobre
1:50.000 20m 100m
as vertentes fiquem voltadas para sudeste.
1:100.000 50m 250m
1:250.000 100m 500m
1:1.000.000 100m 500m
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PERFIL TOPOGRÁFICO
ESCALAS
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2 - Fotografias ou imagens orbitais: São toma- classificar os elementos naturais e artificiais e deter-
das em plataformas a nível orbital. Por exemplo, as minar o seu significado.
obtidas pelo laboratório espacial SKYLAB, utilizadas Existem diferentes tipos de imagem, sendo a
para foto interpretação e fins militares e satélites or- fotografia aérea apenas um dos vários tipos resultan-
bitais com uma grande variedade de sensores (faixa tes do sensoriamento remoto, o qual inclui também
do visível, infravermelho, microondas, etc.). imagem de radar (microondas) e imagens orbitais
3 - Fotografias terrestres: São tomadas a par- (pancromáticas, coloridas, termais e infravermelhas).
tir de estações sobre o solo. Utilizadas para recupera-
ção de obras arquitetônicas e levantamento de feições CÂMARAS FOTOGRAMÉTRICAS
particulares do terreno, como pedreiras, encostas,
etc. As câmaras aerofotogramétricas subvividem-
b) Quanto à orientação do eixo da câmara/ -se em dois grandes grupos, classificados quanto ao
sensor seu uso e objetivos, a saber:
1 - Fotografia aérea ou imagem vertical: São a) Câmaras terrestres
assim denominadas aquelas cujo eixo principal é per- b) Câmaras aéreas
pendicular ao solo. Na prática tal condição não é rigo- Ambos os tipos executam a mesma função
rosamente atingida em consequência das inclinações fundamentalmente; entretanto, possuem diferenças
da aeronave durante o vôo. Esta não deve exceder a acentuadas, dentre as quais as mais importantes são:
3%, limite geralmente aceito para classificar-se uma 1º) A câmara terrestre, permanecendo esta-
fotografia como vertical. cionária durante a exposição, não necessita de grande
2 - Fotografia aérea ou imagem oblíqua: São velocidade na tomada da fotografia, assim sendo, não
tomadas com o eixo principal inclinado. Seu uso res- precisa de um sistema obturador muito sofisticado.
tringe-se mais a fotointerpretação e a estudos espe- 2º) A câmara aérea, ao contrário, se desloca du-
ciais em áreas urbanas. Subdividem-se em baixa oblí- rante a exposição, necessitando de objetivas adequadas,
qua e alta oblíqua. obturadores de alta velocidade e filmes de emulsão ultra-
3 - Fotografia terrestre horizontal: É aquela -rápida, reduzindo a um mínimo o tempo de exposição,
cujo eixo principal é horizontal. sem prejudicar a qualidade da imagem.
4 - Fotografia terrestre oblíqua: quando o eixo Classifica-se ainda as câmaras aéreas de acor-
principal é inclinado. do com o ângulo que abrange a diagonal do forma-
c) Quanto à característica do filme/sensor to, ângulo este que define a cobertura proporcionada
pela câmara:
1 - Imagens pancromáticas: São as de uso - Ângulo normal: até 75º - Para abranger uma
mais difundido, prestando-se tanto para mapeamento área a uma determinada altura de vôo.
quanto para fotointerpretação. - Grande angular: de 75º até 100º - A altura de
2 - Imagens infravermelhas: Indicadas para vôo será menor, com menor distância focal (f).
mapeamento em áreas cobertas por densa vegetação, - Super grande angular: maior que 100º - A al-
ressaltando as águas e, devido a isso, diferenciando tura de vôo e a distância focal serão ainda menores.
áreas secas e úmidas. Também são classificadas pela distância focal
3 - Imagens coloridas ou multiespectrais: da objetiva:
Além da cartografia se aplica a estudos de uso da ter- - Curta: até 150 mm
ra, estudos sobre recursos naturais, meio ambiente, - Normal: de 150 a 300 mm
etc. - Longa: acima de 300 mm
As fotografias aéreas têm como aplicação prin-
cipal, em cartografia, o mapeamento através da res- ESCALA FOTOGRÁFICA
tituição fotogramétrica, sendo utilizadas também em
fotointerpretação. A escala fotográfica é definida como sendo a
Fotointerpretação: É a técnica de analisar relação entre um comprimento de uma linha na foto-
imagens fotográficas com a finalidade de identificar e grafia e a sua correspondente no terreno.
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COBERTURA FOTOGRÁFICA
Onde:
AN = distância real
an = distância na fotografia
NO = altura de vôo = H
no = distância focal = f
Assim, a escala da fotografia pode ser determina-
da conhecendo-se a distância focal e a altura de vôo.
𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑓𝑓
𝐸𝐸 = =
𝐻𝐻
Ou ainda através de uma distância na fotografia entre
dois pontos a e b quaisquer
e a sua respectiva medida no terreno.
E = ab
AB
Exemplo: Em um recobrimento aéreo, a uma altu-
ra de vôo igual a 6.000 m, utilizando-se uma câmara com
distância focal de 100 mm, a escala da fotografia será:
𝑓𝑓 100𝑚𝑚𝑚𝑚 1
𝐸𝐸 = = =
𝐻𝐻 6.000.000𝑚𝑚𝑚𝑚 60.000 Figura 4.3 - Recobrimento Longitudinal
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plástico conterá ainda “cruzetas” referenciais das coorde- identificadas nas fotos.
nadas geográficas e das coordenadas UTM. O nome dado - Nivelar: Através de 3 pontos nivelados, focados
a esse plástico é estereominuta ou minuta de restituição . e em escala, todos os outros pontos também estarão. É
recomendável, entretanto, utilizar-se 4 ou 5 pontos, por
RESTITUIÇÃO medida de segurança.
Após a orientação, verifica-se o resultado obtido,
É a elaboração de um novo mapa ou carta, ou de acordo com tolerâncias estabelecidas e procede-se
parte dele, a partir de fotografias aéreas e levantamen- então a operação de restituição.
tos de controle, por meio de instrumentos denominados
restituidores, ou seja, é a transferência dos elementos da Fases da restituição (confecção da minuta):
imagem fotográfica para a minuta ou original de restitui-
ção, sob a forma de traços. Rios permanentes e intermitentes
Através de um conjunto de operações denomina- a) Hidrografia Massa d’ água (açudes, represas,
do ORIENTAÇÃO, reconstitui-se, no aparelho restituidor, lagos, lagoas, etc.
as condições geométricas do instante da tomada das fo- Sistema viário
tografias aéreas, formando-se um modelo tridimensional Vias de transmissão e comunicação
do terreno, nivelado e em escala - modelo estéreoscópi- b) Planimetria Edificações
co. Pontes, escolas, igrejas, cemitérios,etc.
- Orientação interior: É a reconstituição da posi- Curvas de nível
ção da foto em relação ao feixe perspectivo (é a coloca- c) Altimetria Cotas de altitude
ção do diafilme na posição correta, independente de co- Curvas batimétricas,etc.
ordenadas), a partir do conhecimento da distância focal ( Restituidor: É o nome dado tanto ao instrumento
f ) e das coordenadas do ponto principal. que se destina a realizar a restituição como ao seu opera-
- Orientação exterior: Depende do referencial dor.
externo e é realizada em duas etapas. Diapositivo / Diafilme: É a cópia em vidro ou fil-
- Relativa: Orientação do feixe perspectivo em re- me transparente do fotograma, que se destina ao uso nas
lação ao seu homólogo, através de cinco parâmetros de operações de restituição e aerotriangulação.
orientação. Estereoscopia: É a reprodução artificial da visão
binocular natural. É a observação em 3ªdimensão de ob-
jetos fotografados em ângulos distintos (visto de centros
perspectivos diferentes), por intermédio de instrumentos
óticos dotados de lentes especiais como, por exemplo, o
estereoscópio.
Estereoscópio: Instrumento ótico capaz de per-
mitir artificialmente a observação em 3ª dimensão das
- ângulo em torno do eixo z (desvio da rota) imagens que diante das lentes parecem estar situadas no
- ângulo em torno do eixo y (inclinação do nariz) infinito.
- ângulo em torno do eixo x (inclinação da asa) Dessa forma, o observador recebe duas imagens
z - diferença de altura de vôo homólogas de um mesmo objeto, um em cada olho, e o
y - deslocamento lateral cérebro as funde em uma única imagem, estereoscopica-
x - não é calculado, é a distância entre as estações mente.
(bx) Modelo estereoscópico: É o modelo tridimen-
- Absoluta: Consiste no posicionamento do con- sional em escala. do terreno, obtido pela superposição
junto de feixes perspectivos formados durante a orienta- ótica parcial de dois fotogramas tomados de dois centros
ção relativa, de maneira a estabelecer a posição correta perspectivos distintos, e uma vez restauradas as posições
do modelo em relação ao terreno, bem como no dimen- relativas de ambos quando das tomadas das fotografias.
sionamento correto de sua escala. Minuta ou estereominuta (original de restitui-
- Colocar em escala: Através de pontos no terre- ção): Em fotogrametria, denomina-se minuta (ou este-
no (2) com coordenadas plano altimétricas conhecidas e reo-minuta) o traçado, executado em instrumento foto-
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OBS: Nesta fase de seleção são incluídos os pon- de bases por compilação, em função das das diferenças
tos cotados que serão selecionados, visando a represen- apresentadas pelas reduções dos originais cartográficos
tação da malha de pontos que representarão a variação em relação à plotagem da projeção. Estas diferenças ge-
de altitude. ralmente são resultantes do material usado para seleção
c) Altimetria - Representa o relevo através de (folhas impressas), das diversas projeções utilizadas e/
convenções cartográficas na forma de curvas ou meridianos centrais diferentes dos referenciados para
de nível, escarpas, etc. cálculo das projeções. Nestes casos, a divergência apre-
- Generalização: É a simplificação da forma ge- sentada deverá estar dentro do padrão de exatidão para
ométrica dos acidentes, sem descaracterizálos, possibili- a escala de trabalho. Atendendo a esta condição, a cada
tando sua representação numa escala menor ao do docu- quadrícula ajusta-se a redução, de forma que a diferença
mento origem. seja distribuida dentro da mesma e, consequentemente,
- Interpolação: É a inserção de curvas de nível de dentro de toda a folha.
cota definida e diferente da equidistância das curvas da - Atualização da base: Na fase de planejamento,
documentação básica, visando a composição do modela- devem ser coletados todos os documentos existentes na
do terrestre. área a ser trabalhada, como imagens orbitais, cadastro de
d) Vegetação - É feita separadamente a partir da cidades e vilas,etc.. As imagens orbitais são importantes
documentação topográfica básica em base de poliéster, ferramentas para a atualização, em função da periodici-
considerando-se como elementos de seleção as matas, dade da sua tomada.
florestas, reflorestamentos, culturas temporárias e per-
manentes, campos e mangues. ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
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de campo continua sendo necessário tanto para identifi- b) Se a escala for muito grande (semicadastro),
cação de elementos nas áreas acrescidas (reambulação) deve ser levada primeiramente para uma escala interme-
como para solução de problemas de interpretação. Outro diária.
método é por meio de determinações GPS (utilizado pelo Ex: Escala de 1:10.000 para 1:250.000, a escala
México na atualização da base territorial e agora pelo intermediária será de 1:100.000.
IBGE, no Censo 2000)
ATRAVÉS DE IMAGENS ORBITAIS E RADARMÉTRICAS
ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAS AÉREAS
a) IMAGENS ANALÓGICAS
a) Através de instrumentos como “aerosketch- Pouco depois do lançamento do primeiro satélite
master” e interpretoscópio, por exemplo, pode-se atua- LANDSAT já se buscava avaliar a possibilidade de atuali-
lizar pequenas áreas onde o volume de novos dados é zação de cartas e mapas através de imagens pelo sensor
pequeno em relação ao volume de informações contidas MSS (pixel/resolução espacial de 80m). Estudos na déca-
no mapa a ser atualizado. da de 80, levaram a constatação da viabilidade do uso de
O primeiro possibilita a transferência de detalhes Imagem MSS para mapeamento na escala 1:250.000.
da foto atual para o mapa. O segundo pode ser utilizado Por ocasião do surgimento do sensor TM a bordo
para o caso da foto atual estar em escala diferente da foto do satélite LANDSAT-5, com pixel/resolução espacial de
ou carta a atualizar. 30m, realizaram-se diversas avaliações de suas imagens,
b) Os restituidores são utilizados principalmente mostrando que são viáveis para mapeamento nas escalas
na atualização onde o fator precisão é requerido e onde 1:100.000 ou menores.
grandes áreas são envolvidas. b) IMAGEM DIGITAL
c) Em função de seus recursos de ampliação e re- As metodologias para atualização cartográfica no
dução, a ortofoto é um meio utilizado na atualização pla- formato digital encontram-se em constante desenvolvi-
nimétrica, pois podem ser produzidas na mesma escala mento compreendendo as seguintes fases básicas:
do mapa a ser atualizado. - Correção geométrica e georreferenciamento.
d) Os recursos da informática estão presentes - Ajuste de contraste das imagens que compõem
atualmente em todas as etapas da cartografia. Na atu- uma carta e mosaicagem.
alização digital, num dos procedimentos, a foto atual e - Recorte segundo o contorno da carta.
o mapa a ser atualizado são transformados em arquivos - Atualização dos elementos cartográficos da car-
digitais e superpondo-se as imagens, pode-se detectar as ta digital com base na interpretação da imagem resultan-
modificações ocorridas e efetuar-se as alterações. te da etapa anterior, através de superposição com a carta.
O método utilizado para atualização a partir de A linha de obtenção de bases cartográficas por
documentação cartográfica existente e denominado compilação é única, embora, em função da apresentacão
compilação visa essencialmente analisar os documentos final do trabalho, exista uma orientação diferenciada na
cartográficos já existentes em outros órgãos que traba- sua elaboração. Principais segmentos de representação
lham na produção de cartas e mapas. de bases cartográficas:
Os métodos que envolvem a atualização carto- a) Bases Para Impressão Off-set - São elaboradas
gráfica através de documentação já existente, vão desde considerando-se a separação dos elementos topográficos
os chamados métodos convencionais até os modernos em suas cores características, representando-os confor-
que se utilizam da cartografia digital. me a impressão. A compilação da base será executada
- Cartas já existentes sobre uma prancha plotada com a projeção UTM, em
a) Se a escala da carta se aproxima do produto material estável, ajustando-se no verso as reduções ou
final, basta selecionar os elementos cartográficos, reduzir elementos básicos na escala.
e gerar uma folha original para orientar o preparo para b) Bases para Conversão para Ambiente Digital
impressão, o qual vai utilizar os fotoplásticos já existen- (Digitalização Automatizada) - São obtidas pelos mesmos
tes. procedimentos necessários à elaboração de bases para
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DECLIVIDADE
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