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SUCESSÃO LEGAL / SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA efeitos patrimoniais do casamento sendo a herança o conjunto de relações

Dentro da Sucessão Legal a sucessão legitimaria impões limites á vontade do jurídicas que não se extinguem por morte (2025 CC) pode ter relevância para a
autor da sucessão determinação da massa da herança o regime de bens adoptado no casamento.
SUCESSÃO LEGITIMA
No momento da abertura da sucessão, o casamento também se dissolve, pelo
È a que ocorre quando a Lei chama aquele que são os sucessores do Autor da
que deve integrar a herança o direito à meação dos bens comuns do dissolvido
Sucessão srt. 2133.
SUCESSÃO LEGITIMÁRIA casamento. Assim, se o autor da herança for casado no regime da separação de
Dentro das classes sucessíveis, os das duas primeiras Classes não podem ser bens - artº 1735 fazem parte da herança apenas os bens do falecido, já que cada
afastados, tendo a LEGITIMA expectativa de sucederem ao Autor. um dos cônjuges conserva o domínio e a propriedade dos seus bens.... no regime
SUCESSÃO TESTAMENTARIA E CONTRATUAL da comunhão de adquiridos, constituem a massa da herança os bens próprios do
São limitados pela Sucessão Legitimaria falecido (adquiridos antes do casamento ou mesmo posteriormente por sucessão
SUCESSÃO LEGITIMÁRIA – É a que é deferida ao cônjuge, descendentes, e
ou doação) e a meação dos seus bens comuns (os adquiridos a título oneroso
ascendentes. A lei reserva uma legítima expectativa de receberem uma parte da
herança. após o casamento - 1721º CC
(distingue-se pelo facto de não poder ser afastada pela vontade do autor da cônjuge + 2 filhos três partes iguais 1/3,1/3, 1/3 ou 33,33% cada
sucessão) cônjuge e + filhos 4 partes iguais 1/4,1/4, 1/4, 1/4 ou 25% cada
Mesmo em vida aquele que tem herdeiros legitimários só pode dispor livremente cônjuge + 4 filhos partes iguais mas o cônjuge tem o mínimo (1/4) 3/4 são
deles ATÉ AO LIMITE DA LEGÍTIMA divididos pelos 4 filhos = 3/16 ou 25% para o cônjuge e 18.8% para cada filho
O valor da herança para efeitos de cálculo da legítima, obtém-se somando o valor cônjuge + 5 filhos partes iguais mas o cônjuge tem o mínimo (1/4) 3/4 são
das existências e dos bens doados, subtraindo o passivo divididos pelos 5 filhos = 3/20 ou 25% para o cônjuge e 15% para cada filho
Direito de Representação dá-se quando a Lei chama os Descendentes daquele cônjuge + 6 filhos partes iguais mas o cônjuge tem o mínimo (1/4) 3/4 são
que não PODE ou não quis aceitar a herança divididos pelos 6 filhos = 3/24 ou 25% para o cônjuge e 12,5% para cada filho
Se “B” faleceu antes de “A” ou se repudiou a herança são chamados os seus 1 = 2 = 3 = 4  = 5 = 6 = 7 = 8 = 10 = 15
descendentes, cabendo-lhes o direito que caberia ao seu ascendente 4 8 12 16 20 24 28 32 40 60
para manter a mesma proporção multiplicamos o numerador e o denominador
Direito deTRANSMISSÃO dá-se quando a Lei chama os Herdeiros aquele que
pelo número que necessitamos  mesmo - o numerador tem que ser inteiro, não
faleceu sem PODER aceitar ou repudiar a herança pode ser fração de fracção - não podemos ter 0,5/2 - temos 1/4 que é metade de
Direito de ACRESCER Quando um dos herdeiros não pode ou não quer aceitar a 1/2 assim, se precisarmos de dividir 3 / 3 por 3 dá 1/3 para cada um. dividimos o
herança e não há lugar à representação sucessória ou à transmisão, a Lei numerador - Ou seja como o numerador é divisível por 3, aparentemente não
determina que a sua parte acresce aos restantes fizemos nenhuma operação. O mesmo não sucede com 4/5 Como 4 não é
sucessão do cônjuge e dos descendentes Legítima de divisível por 3 por forma a obter um número inteiro, temos que seguir a regra em
1/2 CÔNJUGE quando não concorre com ascendentes ou ascendentes - 2158º CC cima. 4/5 = 8/10 = 12/15 temos então a possibilidade de chegar a uma fração
cujo numerador é divisível pelos 3 indivíduos, ficando com 12 partes para dividir
2/3 CÔNJUGE e FILHOS - 2159º CC
por 3 o que dá 4 partes para cada um - 4/15 Ou seja para, tendo que dividir
1/2 ou 2/3 quando não há cônjuge, caso haja 1 ou mais filhos - 2159º CC 12/100 por cinco pessoas, e tendo que obter um denominador que permita que
2/3 CÔNJUGE e ASCENDENTES - 2160º CC o numerador seja divisível, temos que multiplicar ambos pelo número de
1/2 ascendentes de 1º Grau ou 1/3 se 2º grau ou seguintes - 2161º CC indivíduos (12x5 /100x5 =60/500) Basta, pois, multiplicar o denominador e
Cálculo da Legítima corresponde ao cálculo do valor da herança = existências manter o numerador para completar a operação 12/100 : 5 indivíduos = 12/500
(activo) relliquium + doações donatum menos o passivo para cada um
Classes Sucessíveis 2133º CC cônjuge e descendentes; cônjuge e ascendentes ; sucessão legitimária 2142 CC ao cônjuge 2/3 ascendentes 1/3 se não houver
irmãos e seus descendentes outros colaterais até ao 4º grau estado dispõe o cônjuge os ascendentes são chamados à totalidade da herança, sucedendo por
artigo 2134º que os sucessíveis de cada uma das classes, preferem aos das cabeça, preferindo os de grau mais próximo (há direito de acrescer 2143 CC)
classes imediatas. São parentes na linha reta os que descendem um do outro, e DETERMINAÇÃO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO NA SUCESSÃO LEGAL SUCESSÃO
na linha colateral os que procedem de um progenitor comum; cada geração DOS IRMÃOS E SEUS DESCENDENTES
forma um grau - 1576º e sgs CC sucessão legítima 2145 CC concorrendo à sucessão irmãos germanos e uterinos
contagem dos graus de parentesco, na linha reta para o cômputo dos graus, ou consanguíneos o quinhão dos irmãos germanos é o dobro dos uterinos ou
exclui-se o progenitor, consanguíneos, cabendo aos seus descendentes a parte que caberia ao seu
Avô – Pai –Filho ascendente
contagem dos graus de parentesco na linha colateral DETERMINAÇÃO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO NA SUCESSÃO LEGAL SUCESSÃO
Avô – Pai- Filho – Neto – Bisneto DOS OUTROS COLATERAIS
« sucessão legítima 2147 CC
Avô – Tio- Primo – Primo 2º grau- Primo 3º grau SÃO CHAMADOS ATÉ AO 4º GRAU, preferindo sempre os de grau mais próximo
os graus contam-se subindo por um dos lados e descendo pelo outro, sem contar A partilha faz-se por cabeça, mesmo que algum seja duplamente parente do
o progenitor comum sucessível
Aceitação da herança 2050 CC e segs A aceitação de uma herança pode ocorrer SUCESSÃO DO ESTADO 2152 e seguintes CC depende da declaração judicial de
de forma expressa ou tácita. A aceitação é expressa quando em algum herança vaga desconhece-se a existência de herdeiros legais a aquisição não
documento escrito o sucessível declara aceitá-la ou assume o título de herdeiro depende de aceitação e o estado não pode repudiar a herança
com a intenção de a adquirir, sendo que os actos de administração praticados
pelo sucessível não implicam a aceitação da herança (2056 CC) A aceitação pode A sujeição à Colação e a Redução de liberalidades
ser pura (simples) ou a benefício de inventário 2053 CC Colação
Conceto - restitução dos bens ou valores doados pelo Autor da sucessão à massa
Administração da herança 2079 CC e segs A administração de uma herança da herança , para efetos de igualação art. 2104 CC , Só estão sujeitos a ela os
compete ao cabeça de casal, pela ordem imposta pelo artigo 2080º Porém, por descendentes que à data da doação eram presuntivos herdeiros legitimários do
acordo, pode entregar-se a administração da herança a qualquer outra pessoa. doador art. 2105
Como a aceitação pode ser tácita, também o acordo previsto no artigo 2084 CC Presume-se dispensada nas doações manuais e remuneratórias art. 2113 e pode
não está sujeito a qualquer forma. O exercício do cargo é gratuito, excepto ser dispensada no acto da doação ou posteriormente por documento idêntico ou
quanto ao testamenteiro se o testador assim o consignar no próprio testamento por testamento. Assim, a doação feita a descendente naquela condição ,
O repúdio da herança 2062 CC e segs O repudiante nenuncia à sua condição de presume-se feita por conta da LEGÍTIMA e o contrário
sucessível, considerando-se como não chamado, excepto para efeitos de A doação feita por conta da Legítima é assim feita com a intenção de destinar a
representação - 2039 e segs A forma exigida é a mesma que a alienação dos propriedade o bem doado a um determinado descendente, por conta daquilo
bens. que este teria direito a receber à morte do doador, ficando o donatário com a
DETERMINAÇÃO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO NA SUCESSÃO LEGAL obrigação de a conferir, após a abertura da sucessão, com os demais herdeiros,
SUCESSÃO DO CÔNJUGE E DOS DESCENDENTES sucessão legitimária 2139 CC enquanto que a doação feita por conta da quota disponível constitui um
partilha por cabeça, sendo que o cônjuge não pode receber menos que 1/4; na benefício dado ao donatário, em detrimento dos demais herdeiros Enquanto a
falta do cônjuge a herança divide-se pelos filhos em partes iguais na falta de primeira está sujeita a conferência, com o intuito de verificar se cabe, ou não na
descendentes passa à classe seguinte LEGÍMA do herdeiro legitimário, a doação feita por conta da quota disponível fica
DETERMINAÇÃO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO NA SUCESSÃO LEGAL SUCESSÃO apenas sujeita a redução (a requerimento de qualquer herdeiro legitimário) na
DO CÔNJUGE E DOS ASCENDENTES medida em que afete a LEGÍTIMA dos herdeiros legitimários. A Colação constitui
um ónus de natureza real, facto que é oficiosamente levado ao registo - artigo
2118º CC conjugado com os artigos 97 do Código do Registo Predial, ónus que
caduca 20 anos após a morte do doador, nos termos do artigo 12º do mesmo Se não for suficiente para assegurar a legítima, reduzem-se as doações feitas em
diploma vida, da mais recente para as anteriores, na medida necessária, ficando os
donatários obrigados à reposição do valor ou do próprio bem, caso a
inoficiosidade seja superior a 50% o valor 2168º e seguintes do CC
A , CASADO COM B, TEVE DOIS FILHOS : C; D Adriana, ficou viúva muito cedo e com 4 filhos para criar: Bonifácio, Cristina,
Em vida doou uma casa a D no valor de 150.000€; faleceu, deixando uma conta Dulce e Esmeralda Quando estes cresceram, conheceu Fabiano, também viúvo
bancária com 300.000€ e pai de Germano, e casou com o Fabiano, adoptando o regime da separação de
A SUA HERANÇA É ASSIM DE 450.000€ sendo a legítima de 2/3 da herança. bens.
A doação presume-se feita por conta da legítima. Em 1990, fez uma doação de um apartamento a Germano, no valor de 100.000€
NA PARTILHA Em 1995 doou à Cristina 100.000€ por escritura pública, para que esta
D fica com a casa que recebeu por doação sendo a conta bancária para B e C construísse uma casa num terreno que comprou Ficou novamente viúva em 2000
A , CASADO COM B, TEVE DOIS FILHOS : C; D Veio a falecer em 2018, com testamento em que institui herdeira da sua quota
Em vida doou uma casa a D no valor de 150.000€, com dispensa de colação disponível a sua filha Dulce
faleceu, deixando uma conta bancária com 300.000€ PARTILHA
A SUA HERANÇA É ASSIM DE 450.000€ sendo a legítima de 2/3 da herança. A QUANDO MORREU TINH A OS SEGUINTES BENS conta bancária na CGD com
doação não fere a legítima pelo que não tem que ser reduzida. 60.000€
NA PARTILHA CASA DE HABITAÇÃO avaliada em 100.000€
D fica com a casa que recebeu por doação sendo a conta bancária para B , C e D BONIFÁCIO FALECEU EM 2019
IMAGINANDO A MESMA SITUAÇÃO, MAS COM UMA CONTA BANCÁRIA DE
150.000€ 1 TENDO EM CONTA O ENUNCIADO E OS BENS EXISTENTES, DETERMINE O
VALOR DA HERANÇA QUINHÃO DE CADA INTERESSADO.
Não existindo passivo o valor da herança é o correspondente à soma do activo 2 HAVENDO ACORDO EM QUE A CASA FIQUE PARA A DULCE, ELABORE O MAPA
com o bem doado 300.000. Sendo a Legítima de 2/3 a quota disponível é de cem DA PARTILHA.
mil euros VTH - Herança – 360.000€
DOAÇÃO POR CONTA DA LEGÍTIMA 2/3 legitima 240.000€
Como a quota ideal de cada um é de 100.000, o donatário D repõe o bem à Q/D 120.000€
massa da herança, verificando-se que levou em excesso 50.000€ que deve pagar A soma dos quinhões tem que ser igual ao VTH .
de tornas a B e C
POR CONTA DA QUOTA DISPONÍVEL. RELAÇÃO DE BENS:
Sendo a Quota disponível de 100.000€ a liberalidade é inoficiosa porque fere a Herdeiros Quinhão Verba A Pagar A receber OBS
Germano V1
legítima em 50.000€, valor que o donatário deve repor , para que a legítima
Cristina V2 Paga a recebe de
200.000 seja dividida em 3 partes iguais
Dulce V3
Forma da redução Helena V4
PARA PREENCHER A LEGÍTIMA DOS HERDEIROS LEGITIMÁRIOS Fabiano V5
Se as liberalidades ultrapassarem a quota disponível elas são redutíveis na V6
medida necessária pela seguinte ordem V7
1º DEIXAS TESTAMENTÁRIAS
A título de herança, e caso não seja suficiente a título de Legado - sendo estes
reduzidos proporcionalmente em relação ao seu valor
2º AS DOAÇÕES FEITAS EM VIDA

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