Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I.
R. foi a pessoa mais cruel e narcisista com quem eu já me envolvi. Aos poucos ele me
De relacionamento abusivo eu entendo. Eu cresci em um. Uma mulher que apanha do marido
uma dezena de vezes e continua casada é o quê? Conformada? Otária? Puta? Prefiro evitar o
julgamento. Fato é que uma criança que cresce nestas condições de violência doméstica
aposentou no banco. Ora, veja se pode. E em seguida arrematava e amenizava: “Todo mundo
é puta.”
Deus, como ela era narcisista, palestrinha. Uma vez nos encontramos e ele falou 3h sem parar
Como pode um homem que acha normal gritar em público com uma mulher e ainda quebrar
Ele chamava mulher gordas de “deformadas”. R. não era do bem. Ou ainda era do mal. Vai
II.
A. parecia ser um cara legal. Eu fui encontrá-lo pela primeira vez na casa dele, uma kitnet no
centro. Ao chegar já tarde da noite estava sonolenta, havia bebido antes e, ainda, ele me
ofereceu um back. Me sentei e me senti numa entrevista de emprego. Ele me perguntava sobre
os mais diversos aspectos da minha vida até que propus afinal: “vamos ficar na horizontal?”
O dia em que pela primeira vez me senti inadequada como mãe foi o dia em que A. mudou
repentinamente o humor quando minha filha acordou e se juntou a nós na cama. Dei-lhe um
selinho e ele levantou dizendo que iria embora. Que não se sentiu confortável com o beijo na
Dias depois ele me escreve esta mensagem em que diz que gostaria de me explicar o que ele
sentiu se fizer sentido para mim. Eu lhe escrevi se ele estava em casa, se ele prefereria hoje.
Hoje no caso era o dia da eleição mais acirrada da história do país. Ele disse que preferia
Vc não acha melhor terminarmos por aqui? Acho que vc não está pronto ou não quer se
III.
L. supôs que me abraçar encostando seu pau em mim, dizer que me queria e me implorar um
beijo por mais que fosse um selinho, tudo na frente da minha filha era uma boa ideia. Eu
proferi “não” pelo menos umas dez vezes. Não quero me envolver com ninguém do trabalho,
porque isso só traz dor de cabeça. Ainda mais se for pobre como eu.
IV.
R. é o pai da minha filha. Tivemos um relacionamento conturbado que durou 1 ano e meio. Os
primeiros seis meses foram perfeitos, os últimos tempos foram sofridos. Ele mantinha duas
relações ao mesmo tempo. Hoje ele é casado com a segunda e tem uma filha com ela. Nossa
filha mora comigo. Moramos na maior cidade da América do Sul e eles moram na capital do
Brasil em meio ao planalto central, 1000km de distância. Ontem ele me disse que não pagaria
para que nossa filha de 4 anos fosse à festa da escola que custava 170 reais. Disse que já
pagava a pensão e gastava com passagens e presentes quando a via. Se não estivesse bom que
eu a entregasse a ele para criar. O ponto fraco dele é dinheiro, o meu ponto fraco é sugerirem
V.
M. me contou que este ano vai se casar. Namora há sei lá quantos anos. Conhecemo-nos há
quase 20 anos. De vez em quando marcamos um encontro para pura e simplesmente transar
no meio de qualquer dia de semana. Neste dia foi após o meu treino. Comemos um
hambúrguer e, como de costume, ele pagou a conta. Andamos até o seu carro e quando entrei
ele encostou na minha perna e me perguntou “Você quer que eu te dê banho?”, ao que eu ri e
afirmei “Eu sabia!”. Casamento uma ova, ele queria era me comer. Precisei me livrar da
diarista, inventei alguma desculpa e ele subiu meia hora depois. Ele me fodia e perguntava se
eu gostava de apanhar, me fodia e me xingava de puta, vadia. Eu talvez esteja com HPV,
preciso ir a um médico. Mas não vou dizer isso a ele. Senão não gozo hoje.
VI.
Eu dei como uma puta. Eu dei sem vontade de dar, com repulsa, pensando que o objetivo era
fazer o macho gozar pra eu me livrar do fardo que é um cara te foder tão forte. Até a forma
como ele me beijava os seios me dava asco. O cheiro do suor que impregnou o meu lençol me
causava repugnância. Mas ele me pagou 1500 pelo gozo e eu dei. Com 1500 faço um senhor
supermercado para quase um mês com tudo o que a minha filha gosta de comer.
VII.
O Sr. K. era noivo. Ele se casaria em breve. Setembro seu casamento. Outubro sua licença
gala. Era servidor público. Em Outubro iria para Praga. Sua noiva R. havia conseguido há
pouco um namorado que valia a pena. Ele era um homem jovem de 24 anos, ela no auge de