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Definição de processo civil romano: conjunto de regras que o cidadão romano deve seguir para
realizar seu direito. Direito e ação são conceitos estritamente conexos no sistema jurídico
romano. Durante toda a época clássica, o direito romano é mais um sistema de ações e de
meios processuais do que de direitos subjetivos.
Chama-se ação o direito de perseguir em juízo o que a si é devido (D. 44, 7, 51). Mediante o
actio o particular procura concretizar a defesa de direitos, pondo em movimento o
aparelhamento judiciário do Estado.
Ações da lei:
Legis actio per sacramentum é utilizada sempre que a lei não recomenda outro tipo especial
de ação. É o processo do direito comum, sendo, no início, o único modo de propor ação. Pode
ser intentada contra uma pessoa (in persona) ou contra uma coisa (in rem).
Judicis postulatio é uma ação especial e concreta, que não comina pena para o litigante
temerário, acrescendo que é a ação na qual o judex ou arbiter é imediatamente designado
pelo magistrado, sem o intervalo de 30 dias fixado pela Lex Pinaria. O autor afirmava que o réu
lhe devia algo; o réu podia confirmar ou negar; caso negasse, era designado um juiz ou árbitro.
Condictio era usada para os casos de dívida em dinheiro. O autor dizia in jure: “digo que me
deves entregar 100. Peço-te que confesses ou negues”. Se o réu negasse, era intimado a
comparecer dentro de 30 dias in jure.
Processo formular: substituiu o sistema das ações da lei, que era excessivamente formalista.
Criado pela atuação pretoriana.
Processo extraordinário
Tem sua fonte no hábito do imperador em julgar pessoalmente os processos, desprezando por
completo as formas tradicionais, bem como as normas jurídicas em vigor, confiando aos
funcionários imperiais a tarefa de julgarem os litígios entre particulares quando se referissem
direta ou indiretamente à administração.
O processo extraordinário continua a ganhar terreno sem cessar, por causa da administração
imperial e da decadência dos magistrados de origem republicana que aplicavam o processo
formular.
Nesse período, não são os magistrados simples particulares indicados pelas partes, e sim
agentes categorizados pertencentes ao Estado. Desaparece a divisão em duas fases e a
mesma pessoa passa a reunir os atributos de magistrado e juiz.
A oralidade do processo é substituída por outro sistema em que prevalecem os atos escritos,
redigidos pelos auxiliares da justiça e pelos advogados.