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Prof.

ª Elisa Faria
DIREITO ADMINISTRATIVO
vinculação
UNIÃO INSS
subordinação
subordinação órgão órgão
órgão órgão

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
UNIÃO INSS
órgão órgão
órgão órgão

DELEGAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO


DE SERVIÇOS DIRETA INDIRETA
UNIÃO INSS
subordinação
subordinação órgão órgão
órgão órgão

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
DIRETA ÓRGÃOS

DE DIREITO
PÚBLICO
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ENTIDADES
DE DIREITO
PRIVADO

DELEGAÇÃO DE CONCESSÃO
SERVIÇOS AO PERMISSÃO
PARTICULAR
AUTORIZAÇÃO
Direta, autárquica
e fundacional
DIRETA ÓRGÃOS AUTARQUIA
ADM.
FUNDAÇÃO
INDIRETA ENTIDADES DE DIREITO
PÚBLICO
PÚBLICA

linhado equador
EMPRESA Empresas
DE DIREITO PÚBLICA
ENTIDADES estatais
PRIVADO
SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA

FUNDAÇÃO
PÚBLICA
Resolução de Questões:
Organização Administrativa

No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de
relevante interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a
inscrição dos respectivos atos constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal
entidade administrativa está em vias de iniciar suas atividades. Acerca dessa situação hipotética, na
qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta.

a) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da


entidade administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em
propriedade da União.
b) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na
medida em que a criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei.
c) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá
contar com privilégios fiscais e trabalhistas.
d) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em
regra, não precisam ser precedidos de licitação.
AGENTES PÚBLICOS
O TEMA MAIS COBRADO NA OAB
Agentes Particulares
AGENTES
políticos PÚBLICOS
em
Agentes colaboração
administrativos

Membros Agentes
carreiras Servidores em militares
especiais sentido amplo
AGENTES
ADMINISTRATIVOS

Empregados Contratados
Servidores
públicos – ocupam temporários –
públicos – ocupam
emprego público. exercem função
cargo público. pública.

ESTATUÁRIOS CELETISTAS Nem estatutários,


nem celetistas
REGIME ADMINISTRATIVO
ESPECIAL
PROCESSO DISCIPLINAR

PAD
SINDICÂNCIA
SIMPLIFICADO

PROCESSO
PENALIDADES

Advertência Instauração
Cassação de
Suspensão aposentadoria
PAD Inquérito
Demissão Destituição de
cargo
Julgamento
Destituição de PAD SUMÁRIO
função

REVISÃO
Resolução de Questões:
Processo Administrativo Disciplinar

Marcos Paulo é servidor público federal há mais de 5 (cinco) anos e, durante todo esse tempo, nunca
sofreu qualquer sanção administrativa, apesar de serem frequentes suas faltas e seus atrasos ao
serviço. No último mês, entretanto, as constantes ausências chamaram a atenção de seu chefe, que, ao
buscar a ficha de frequência do servidor, descobriu que Marcos Paulo faltara mais de 90 (noventa) dias
no último ano. A respeito do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a) Marcos Paulo, servidor público estável, só pode ser demitido após decisão judicial transitada em
julgado.
b) Marcos Paulo, servidor público estável, pode ser demitido pela sua inassiduidade após decisão em
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
c) Marcos Paulo, servidor público estável que nunca sofrera qualquer punição na esfera administrativa,
não pode ser demitido em razão de sua inassiduidade.
d) Marcos Paulo, servidor público estável, não pode ser demitido em razão de sua inassiduidade, pois
esta somente autoriza a aplicação das sanções de advertência e suspensão.
RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO
O TEMA MAIS JURISPRUDENCIAL
1º - OBJETIVA EXCLUDENTES
FATO

NEXO

DANO 2º - SUBJETIVA

RISCO INTEGRAL

FATO OMISSIVO X OMISSÃO GENÉRICA


Resolução de Questões:
Responsabilidade Civil do Estado

Um paciente de um hospital psiquiátrico estadual conseguiu fugir da instituição em que estava


internado, ao aproveitar um momento em que os servidores de plantão largaram seus postos para
acompanhar um jogo de futebol na televisão. Na fuga, ao pular de um viaduto próximo ao hospital,
sofreu uma queda e, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Nesse caso,

a) o Estado não responde pela morte do paciente, uma vez que não configurado o nexo de causalidade
entre a ação ou omissão estatal e o dano.
b) o Estado responde de forma subjetiva, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a
ação ou omissão estatal e o dano.
c) o Estado não responde pela morte do paciente, mas, caso comprovada a negligência dos servidores,
estes respondem de forma subjetiva.
d) o Estado responde pela morte do paciente, garantido o direito de regresso contra os servidores no
caso de dolo ou culpa.
IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
PARECE CRIME MAS NÃO É
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
DOLO
Tipos de (art. 9º)

Improbidade
BENEFÍCIOS INDEVIDOS
Administrativa

GRAVIDADE
(art. 10-A)

PREJUÍZO AO ERÁRIO
DOLO OU CULPA
(art. 10)

ATENTADO AOS
DOLO
PRINCÍPIOS (art. 11)
Art. 9º Art. 10. Art. 11
PENALIDADES PREJUÍZO AO ATENTADO AOS
ENRIQUECIMENTO
ILÍCITO ERÁRIO PRINCÍPIOS
Art. 10-A da
Lei 8.429/92.
SUSPENSÃO 8 a 10 anos
DIREITOS POLÍTICOS 5 a 8 anos BENEFÍCIOS 3 a 5 anos
INDEVIDOS

até 3x até 2x* até 100x


MULTA CIVIL até 3x*
acréscimo dano remune-
benefício ração

PROIBIÇÃO DE 10a 3a
CONTRATAR 5a

E a prescrição?
Resolução de Questões:
Improbidade Administrativa

O Ministério Público ajuizou ação civil pública por improbidade em desfavor de Felipe dos Santos,
servidor público federal estável, com fulcro no Art. 10, inciso IV, da Lei nº 8429/92. O servidor teria
facilitado a alienação de bens públicos a certa sociedade empresária, alienação essa que, efetivamente,
causou lesão ao erário, sendo certo que, nos autos do processo, restou demonstrado que o agente
público não agiu com dolo, mas com culpa. Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que
está em consonância com a legislação de regência.

a) Felipe não pode sofrer as sanções da lei de improbidade, pois todas as hipóteses capituladas na lei
exigem o dolo específico para a sua caracterização.
b) É passível a caracterização da prática de ato de improbidade administrativa por Felipe, pois a
modalidade culposa é admitida para a conduta a ele imputada.
c) Não é cabível a caracterização de ato de improbidade por Felipe, na medida em que apenas os atos
que atentam contra os princípios da Administração Pública admitem a modalidade culposa.
d) Felipe não praticou ato de improbidade, pois apenas os atos que importam em enriquecimento ilícito
admitem a modalidade culposa.
INTERVENÇÃO NA
PROPRIEDADE
NÃO TEMA ESTE TEMA
Restritivas

Supressivas
• Desapropriação comum
– art. 5º da CF
• Desapropriação
sancionatória urbana –
art. 182 da CF Servidão Ocupação Requisição Tombamento
• Desapropriação para a Administrativa temporária administrativa patrimônio
reforma agrária – art. perenidade transitoriedade iminente perigo histórico
184 da CF
público
• Desapropriação confisco
art. 243 da CF

Limitações
administrativas
Resolução de Questões:
Intervenção na propriedade

Virgílio é proprietário de um imóvel cuja fachada foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional – IPHAN, autarquia federal, após o devido processo administrativo, diante de seu
relevante valor histórico e cultural. O logradouro em que o imóvel está localizado foi assolado por fortes
chuvas, que comprometeram a estrutura da edificação, a qual passou a apresentar riscos de
desabamento. Em razão disso, Virgílio notificou o Poder Público e comprovou não ter condições
financeiras para arcar com os custos da respectiva obra de recuperação. Certo de que a comunicação foi
recebida pela autoridade competente, que atestou a efetiva necessidade da realização de obras
emergenciais, Virgílio procurou você, como advogado(a), para, mediante orientação jurídica adequada,
evitar a imposição de sanção pelo Poder Público. Sobre a hipótese apresentada, assinale a opção que
apresenta a orientação correta.
a) Virgílio poderá demolir o imóvel.
b) A autoridade competente deve mandar executar a recuperação da fachada tombada, às expensas da
União.
c) Somente Virgílio é obrigado a arcar com os custos de recuperação do imóvel.
d) As obras necessárias deverão ser realizadas por Virgílio, independentemente de autorização especial
da autoridade competente.
Resolução de Questões:
Intervenção na propriedade

O poder público, com fundamento na Lei nº. 8.987/1995, pretende conceder à iniciativa privada uma
rodovia que liga dois grandes centros urbanos. O edital, publicado em maio de 2018, previu a
duplicação das pistas e a obrigação de o futuro concessionário desapropriar os terrenos necessários à
ampliação. Por se tratar de projeto antigo, o poder concedente já havia declarado, em janeiro de 2011,
a utilidade pública das áreas a serem desapropriadas no âmbito do futuro contrato de concessão.
Com base na hipíotese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus das desapropriações necessárias à duplicação da rodovia não pode ser do futuro
concessionário, mas sim do poder concedente.
b) O poder concedente e o concessionário só poderão adentrar os terrenos necessários à ampliação da
rodovia após a conclusão do processo de desapropriação.
c) O decreto que reconheceu a utilidade pública dos terrenos caducou, sendo necessária a expedição de
nova declaração.
d) A declaração de utilidade pública pode ser emitida tanto pelo poder concedente quanto pelo
concessionário.
ATOS ADMINISTRATIVOS
QUASE TUDO É ATO ADMINISTRATIVO
Requisitos Atributos Extinção

QUEM? Presunção de Legitimidade:


Anulação – desfaz ato ilegal
Competência/Sujeito IMEDIATA execução

O QUÊ? Imperatividade/coercibilidade: Revogação – desfaz ato legal


Conteúdo/Objeto Independe de CONCORDÂNCIA porém desnecessário

COMO? Autoexecutoridade: Cassação – desfaz ato


Forma quando destinatário
Independe do PODER JUDICIÁRIO descumpre condição

QUAL O PORQUÊ? Tipicidade: Caducidade – lei posterior é


Motivo/Fundamento FIGURA/TIPO previsto em lei incompatível com o ato

PARA QUÊ? Contraposição – ato


Finalidade superveniente de efeito
contrário ao primeiro
Resolução de Questões:
Atos administrativos

Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se passar por filha de Astolfo
(recentemente falecido, com quem ela não tinha qualquer parentesco), movida pela intenção de obter
pensão por morte do pretenso pai, que era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos
documentos forjados e logrou a concessão do benefício junto ao órgão de origem, em março de 2011,
com registro no Tribunal de Contas da União, em julho de 2014. Contudo, em setembro de 2018, a
administração verificou a fraude, por meio de processo administrativo em que ficou comprovada a má-
fé de Luciana, após o devido processo legal. Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao
exercício da autotutela, assinale a afirmativa correta.
a) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante da má-fé de Luciana,
pois não ocorreu a decadência.
b) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao órgão de origem
importa na decadência do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício.
c) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício do ato administrativo,
de modo que a administração não mais pode exercer a autotutela.
d) Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício, na
medida em que transcorrido o prazo de três anos do registro perante o Tribunal de Contas.
PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A estrutura do raciocínio jurídico começa aqui
Formal e Material
Legalidade Supremacia do Prerrogativas
(Burocrático) Interesse Público

Eficiência Impessoalidade
Sujeições
Indisponibilidade do
Motivação
(Gerencial) Expressos na (Burocrático) Implícitos ou interesse público
Constituição reconhecidos
(todos os demais)

Razoabilidade
Publicidade Moralidade Juridicidade
(Burocrático) (Burocrático)

Leia os princípios do parágrafo


único do art. 2º da Lei n. 9784/99.
Resolução de Questões:
Raciocínio jurídico

Determinado jornal publicou a notícia de que, nos últimos dez anos, a mesma empreiteira (sociedade
empresária Beta) venceu todas as grandes licitações promovidas pelo Ministério Alfa. A sociedade
empresária Beta, ciente do risco de serem descobertos os pagamentos sistemáticos de propina a
servidores públicos em troca de vantagens competitivas, resolve procurar as autoridades competentes
para propor a celebração de acordo de leniência. Com base na hipótese apresentada, assinale a
afirmativa correta.
a) É requisito do acordo de leniência o compromisso da sociedade empresária de fazer cessar seu
envolvimento na irregularidade investigada, qual seja, o pagamento de propina a servidores públicos
em troca das vantagens competitivas.
b) A assinatura do acordo de leniência está condicionada à efetiva colaboração da sociedade empresária
na elucidação dos fatos, mas a pessoa jurídica não precisa indicar os agentes públicos recebedores da
propina.
c) Para premiar a colaboração da sociedade empresária Beta, o poder público pode isentá-la do
pagamento de multa pela prática de atos lesivos à Administração Pública.
d) A proposta e os termos do acordo propriamente dito são sempre sigilosos, medida necessária para
impedir que outras instituições públicas venham a utilizar as informações em prejuízo da sociedade
empresária leniente.
Prof. Roberto Caparroz
XXV EXAME DETRIBUTÁRIO
DIREITOS ORDEM | DIREITOS
HUMANOS
PROFª. MAÍRA ZAPATER
Direito Tributário no Exame da OAB

• Tributário na Constituição (princípios).

• Tributário no CTN (obrigação e crédito).

• Tributos em espécie (CTN e leis específicas).


Princípios Constitucionais

• Legalidade

• Igualdade

• Anterioridade
Princípios Constitucionais

Legalidade (art. 150, I, CR/88)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado


à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;


Princípios Constitucionais

Igualdade (art. 150, II, CR/88)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado


à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Princípios Constitucionais
Anterioridade (art. 150, III, CR/88)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Princípios Constitucionais

1. Tributos que aguardam o exercício seguinte e a noventena (ex: aumento de


alíquota do IPVA).
2. Tributos que têm eficácia imediata (II, IE, IOF, ECG, IEG).
3. Tributos que aguardam apenas o exercício seguinte (IR e fixação da base de
cálculo de IPTU e IPVA).
4. Tributos que aguardam apenas a noventena (Contribuições Sociais, IPI,
Restabelecimento CIDE e ICMS combustíveis).
Imunidades

• Conceito de Imunidade

• Diferença Imunidade x Isenção

• Casos mais importantes


Imunidades - Artigo 150, VI, CR/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da
lei (art. 14 do CTN)
Imunidades - Artigo 150, VI, CR/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser.
Direito Tributário no CTN

• Obrigação Tributária

• Lançamento

• Crédito Tributário
Elementos da Obrigação Tributária

- Lei (principal) e Legislação (acessória)


- Fato Jurídico
- Sujeito Ativo
- Sujeito Passivo
- Objeto = BC x Alíquota
Lançamento

Compete privativamente à autoridade administrativa


constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim
entendido o procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Efeitos do Lançamento
✓ Retroage à data do fato jurídico (exceções: novos critérios de
apuração, fiscalização, maiores poderes de investigação, maiores
garantias ao crédito).
✓ Estabelece a exigibilidade do tributo.
✓ Permite a liquidação do Crédito Tributário.
✓ Possibilita a sua revisão.
✓ Permite que o contribuinte discuta a exigibilidade do tributo
ou penalidade.
Crédito Tributário

Pode ser objeto de:


a) Suspensão da exigibilidade (artigo 151 e ss. do CTN).
b) Extinção (artigo 156 e ss. do CTN).
c) Exclusão (artigo 175 e ss. do CTN).
d) E ainda: repetição do indébito (artigos 165 a 169).
Questão 1

(XXVIII Exame da Ordem Unificado/FGV) O Distrito Federal instituiu, por lei


distrital, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Um
contribuinte insurgiu-se judicialmente contra tal cobrança, alegando que a
instituição pelo Distrito Federal seria inconstitucional.
Questão 1
Diante desse quadro, assinale a afirmativa correta.
a) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito Federal, é
a União o ente federado competente pela instituição da contribuição para o custeio do serviço
de iluminação pública na capital federal.
b) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito Federal, é
o Estado de Goiás o responsável pela instituição da contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública na capital federal.
c) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal possui delegação de capacidade
tributária ativa feita pela União para a cobrança da contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública.
d) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal pode instituir a contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública, assim como os Municípios.
Gabarito

Resposta correta: alternativa D.


d) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal pode instituir a
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, assim como os
Municípios.
Questão 2

(Exame da Ordem Unificado XXIX/FGV) O Município X, na tentativa de fazer com que


os cofres municipais pudessem receber determinado tributo com mais celeridade,
publicou, em maio de 2017, uma lei que alterava a data de recolhimento daquela
exação. A lei dispunha que os efeitos das suas determinações seriam imediatos.
Questão 2

Nesse sentido, assinale a afirmativa correta.


a) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é válida,
mas apenas poderia entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação.
b) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade.
c) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio da
anterioridade.
d) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação.
Gabarito

Resposta correta: alternativa C.


c) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio da
anterioridade.
Questão 3

(XXIX Exame de Ordem Unificado/FGV) O Chefe do Executivo do Município X editou o


Decreto 123, em que corrige o valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários
anuais de correção monetária.
Questão 3

No caso narrado, a medida:


a) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser
realizada por meio de lei em sentido formal.
b) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo
do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal.
c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base
de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto.
d) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do
IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal.
Gabarito

Resposta correta: alternativa C.


c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base
de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto.
Questão 4
4) FGV - OAB UNIFICADO – Nacional - XXVI Exame - 2018
Em março de 2016, o Município X publicou lei instituindo novos critérios de apuração e
ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. Com base
nessa nova orientação, em outubro do mesmo ano, o fisco municipal verificou a
ausência de declaração e recolhimento de valores do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISSQN devidos pela pessoa jurídica Y, referentes ao ano-calendário
2014; diante dessa constatação, lavrou auto de infração para cobrança dos valores
inadimplidos.

No que tange à possibilidade de aplicação da nova legislação ao presente caso, assinale


a afirmativa correta.
Questão 4

a) É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual.


b) É inaplicável, pois o fisco somente poderia lavrar o auto de infração com base nos
critérios de apuração previstos em lei vigente no momento da ocorrência do fato
gerador.
c) É aplicável, pois a legislação que institui novos critérios de apuração e amplia
poderes de investigação das autoridades administrativas aplica-se aos lançamentos
referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência.
d) É aplicável, pois foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal.
Gabarito

Resposta correta: alternativa C.


c) É aplicável, pois a legislação que institui novos critérios de apuração e amplia
poderes de investigação das autoridades administrativas aplica-se aos lançamentos
referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência.
Questão 5

(XXIX Exame de Ordem Unificado/FGV) A Fazenda Pública apurou que fato gerador,
ocorrido em 12/10/2007, referente a um imposto sujeito a lançamento por declaração,
não havia sido comunicado pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento
de ofício do tributo em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse
lançamento em 09/11/2012, para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga,
nem tendo o contribuinte impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em
05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em
08/01/2018.
Questão 5
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo
decadencial.
b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para propor
a ação de execução fiscal.
c) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em
05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para
propositura da ação de execução fiscal.
d) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência do
fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário
(05/10/2017).
Gabarito

Resposta correta: alternativa B.


b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para
propor a ação de execução fiscal.

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