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Introdução
VGBL e PGBL
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determinado) ou mediante pagamento único. A dife-
rença entre os planos é basicamente o tratamento
tributário aplicável durante os períodos de acumu-
lação e de pagamento ou resgate.
Dedução fiscal
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empresários (inclusive microempresários) ou sócios
de empresas cuja remuneração se dá por distribuição
de lucros de suas empresas, então o VGBL é, no mais
das vezes, o tipo de plano mais adequado.
Tributação
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é a mesma aplicável a outros tipos de rendimen-
tos, como salários e aluguéis, sendo usada a Tabela
Progressiva Mensal:
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efetivamente pago, no regime regressivo as alíquo-
tas variam apenas de acordo com o prazo da
aplicação, independentemente do valor pago ao be-
neficiário. Os prazos são os seguintes:
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Quadro comparativo
PGBL VGBL
Permite dedução do IR até o limite de
Fase de acumulação: Não permite qualquer dedução do IR
12% dos rendimentos tributáveis do ano.
Somente o valor dos rendimentos gerados
Todo o valor pago ao beneficiário é
no plano são tributados quando pagos ao
Fase de pagamento: tributado pelo IR de acordo com o
beneficiário. Os pagamentos feitos ao plano
regime escolhido na contratação.
na fase de acumulação são isentos de IR
Alíquotas de zero a 27,5% sobre Alíquotas de zero a 27,5% sobre o valor dos
qualquer valor pago ao beneficiário, rendimentos gerados no plano e pagos ao
Regime progressivo: independentemente do tempo beneficiário independentemente do tempo
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transcorrido entre a contribuição ao transcorrido entre a contribuição ao plano e
plano e o recebimento do valor. o recebimento.
Alíquotas de 35% a 10% somente sobre o
Alíquotas de 35% a 10% sobre qualquer
valor dos rendimentos pagos ao beneficiário,
valor pago ao beneficiário, de acordo
de acordo com o tempo transcorrido
Regime regressivo: com o tempo transcorrido entre a data
entre a data de contribuição ao plano e a
de contribuição ao plano e a data do
data do recebimento do valor. O valor das
recebimento do valor.
contribuições ao plano é isento de IR.
Mesmas regras da fase de pagamento. Mesmas regras da fase de pagamento.
Saques durante o plano: Tributação de acordo com o regime Tributação de acordo com o regime
escolhido na contratação. escolhido na contratação.
Regras sucessórias dos planos de
previdência
Do ponto de vista sucessório, tal como o seguro de
vida, os valores aportados em planos de previdência,
em geral, não se sujeitam às regras de sucessão. Isso
significa dizer que o contratante do plano é livre para
indicar quem serão os beneficiários e em quais pro-
porções, não havendo necessidade de respeitar as re-
gras de sucessão estabelecidas no Código Civil.
Mas essa liberdade deve ser exercida com mode-
ração e dentro de limites razoáveis, evitando usar o
plano de previdência para prejudicar o cônjuge, com-
panheiro ou herdeiro legítimo, deixando-o sem nada.
Em caso de abuso, a parte prejudicada poderá iniciar
uma discussão judicial, seja no processo de inventá-
rio, seja em ação específica contra quem recebeu os
valores da previdência privada.
Não sendo herança, o capital investido em plano
de previdência não entra em inventário e, como
consequência, não está sujeito ao imposto estadual
sobre herança (ITCMD) e aos demais custos de in-
ventário (custas processuais, honorários de advoga-
dos etc.). A economia aqui pode ser significativa, pois
os custos mínimos de inventário em São Paulo, por
exemplo, giram em torno de 11% do valor dos bens,
entre ITCMD (4%), custas processuais (1%) e honorá-
rios de advogado (6%). Em outros estados, nos quais
o ITCMD pode chegar a 8%, os custos com inventário
podem chegar a 15%.
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Mas veja que a não incidência do ITCMD não é
questão pacífica. Vários estados cobram esse impos-
to sobre pagamentos de previdência privada, mas
já há decisões judiciais limitando essa cobrança.
Falaremos sobre isso mais adiante.
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VGBL para transmitir seu patrimônio financeiro aos
herdeiros de forma rápida e em substituição ao segu-
ro de vida, pois os planos de previdência não exigem
exames de saúde para a sua contratação. Além disso,
o VGBL somente sofre tributação sobre o valor do
rendimento, e não do capital aplicado.
1
Lei nº 13.105/2015.
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necessidades comuns correspondentes a um mé-
dio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso
pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos,
os salários, as remunerações, os proventos
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios
e os montepios, bem como as quantias re-
cebidas por liberalidade de terceiro e des-
tinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autôno-
mo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2º;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os
utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis
necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em an-
damento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim defini-
da em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições
privadas para aplicação compulsória em educa-
ção, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupan-
ça, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário rece-
bidos por partido político, nos termos da lei;
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XII - os créditos oriundos de alienação de unida-
des imobiliárias, sob regime de incorporação imo-
biliária, vinculados à execução da obra.
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reconhecendo em vários casos que os saldos deposi-
tados têm natureza de investimento financeiro (e não
de previdenciário) e, por isso, podem ser penhorados.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), especial-
mente a partir de 2014, tem adotado o entendimento
de que a impenhorabilidade dos saldos depositados
em planos de previdência privada deve ser analisada
caso a caso pelo juiz e somente serão considerados
impenhoráveis os saldos cujos valores sejam utiliza-
dos para a subsistência familiar. Num caso ana-
lisado pelo STJ, o tribunal aceitou a penhora de parte
do saldo de PGBL com o argumento de que, em razão
do saldo existente no fundo, o valor penhorado (cerca
de 12%) não comprometeria ou inviabilizaria a vida fi-
nanceira do executado (participante do plano) 2.
Assim, tem-se que a impenhorabilidade da previ-
dência privada não possui uma regra clara e uniforme
para todas as situações e deverá ser analisada caso
a caso. Todavia, é possível acreditar que os tribunais
tenderão mais a aceitar a impenhorabilidade dos sal-
dos de previdência já em fase de pagamento ao bene-
ficiário do que aqueles em fase de acumulação, dado
que para esses últimos será mais difícil comprovar a
natureza alimentar do plano de previdência.
Por fim, vale destacar uma recente decisão do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, de janeiro
de 2018, que negou a penhora de saldo de VGBL
numa execução fiscal em razão da sua natureza de
2
STJ, Agravo em Recurso Especial nº 986.763-RJ, julgamento
em 22.09.2016.
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seguro de vida, e não de investimento3. Trata-se
de um argumento novo que, se aceito por outros tri-
bunais pode significar uma maior proteção do VGBL
contra penhora se comparado com o PGBL.
3
TJMG, Agravo de Instrumento nº 1.0153.16.005449-7/001, jul-
gamento em 30.01.2018.
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imposto apenas para planos PGBL, excluindo a
tributação sobre VGBL, argumentando que pla-
nos VGBL têm natureza de seguro e, por esta razão,
não são considerados herança nos termos do art.
794 do Código Civil.
Outros estados que preveem a incidência do
imposto de herança sobre planos de previdência
privada são: Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins,
Alagoas, Pernambuco e Pará.
No estado de São Paulo, o fisco paulista entende
que os planos de previdência privada possuem natu-
reza de seguro e que, portanto, não devem pagar
o ITCMD paulista4.
Assim, tem-se que a questão da tributação ou
não dos planos de previdência pelo imposto de
heranças é uma questão controversa a depender
do estado onde reside o participante do plano. No
caso do VGBL, a questão parece tender para a não
incidência do imposto em razão de sua natureza de
seguro de vida, mas para os planos PGBL a questão
é mais delicada.
Conclusões
4
Consulta Tributária nº 79/2012.
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Na parte tributária, eles não se sujeitam à anteci-
pação semestral do imposto de renda (come-cotas)
como boa parte dos fundos de investimentos dispo-
níveis no mercado, ocorrendo a tributação somente
no momento do pagamento (ou resgate). Por outro
lado, merece atenção a escolha do regime de tribu-
tação do plano no momento da contratação, pois no
regime regressivo a alíquota do IR pode chegar a 35%
para resgates nos primeiros anos. Ainda na questão
tributária, deve-se ficar atento quanto à incidência
do imposto sobre heranças (ITCMD) em vários esta-
dos, que poderá reduzir o valor a ser recebido pelos
beneficiários de participante falecido.
Por fim, são inegáveis as vantagens sucessórias
dos planos de previdência, seja por não integrarem
a herança, seja pela rapidez na disponibilização dos
recursos aos beneficiários em caso de falecimento do
participante
Contrate um especialista em
previdência
Esperamos que nossos comentários ajudem você a
entender um pouco mais sobre os aspectos legais que
envolvem os planos de previdência privada no Brasil.
Mas note que a contratação de um plano de pre-
vidência deve ser feita de maneira cuidadosa, pre-
ferencialmente com a ajuda de um especialista,
que poderá entender os seus objetivos pessoais e
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necessidades financeiras futuras para lhe recomen-
dar o melhor plano de acordo com o seu perfil.
Há muitos planos disponíveis no mercado com
diferentes políticas de investimento, riscos, taxas co-
bradas etc., fatores estes que influenciam significati-
vamente a rentabilidade do plano ao longo dos anos.
Taxas de administração e carregamento, ainda que
pareçam baixas à primeira vista, afetam enormemen-
te o valor final que você terá direito a receber na fase
de pagamento. O especialista em previdência é um
profissional capacitado para explicar o efeito de to-
dos esses fatores no plano que você deseja contratar.
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