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E ste e-book é um texto adaptado do capítulo so-

bre previdência privada do livro Planejamento


Patrimonial: Família, Sucessão e Impostos, de
autoria de David Roberto R. Soares da Silva, Priscila
Lucenti Estevam, Roberto Prado de Vasconcellos e
Tatiana Antunes Valente Rodrigues.

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Introdução

E ste e-book foi concebido para te ajudar a enten-


der alguns pontos importantes sobre previdên-
cia privada no Brasil e esclarecer alguns mitos que
rondam essa forma de planejamento financeiro.
Trataremos aqui somente dos planos de previ-
dência privada aberta, ou seja, aqueles planos
oferecidos ao público em geral por instituições finan-
ceiras, seguradoras e empresas de previdência pri-
vada. Os planos de previdência fechados, oferecidos
por empresas aos seus colaboradores, não serão tra-
tados neste e-book.

VGBL e PGBL

Os planos de previdência privada se popularizaram


com a Lei nº 9.250, de 1995, que passou a admitir a
dedução dos valores pagos nestes planos para fins de
imposto de renda da pessoa física. Até a edição dessa
lei, os valores pagos para a previdência privada não
eram dedutíveis.
O VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e o
PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) são pla-
nos de previdência privada que possuem um perío-
do de acumulação de recursos após o qual se inicia
o período de recebimento de renda, que pode se dar
por um pagamento mensal (vitalício ou por prazo

3
determinado) ou mediante pagamento único. A dife-
rença entre os planos é basicamente o tratamento
tributário aplicável durante os períodos de acumu-
lação e de pagamento ou resgate.

Dedução fiscal

Contribuições ao PGBL permitem dedução para fins


de IR de até 12% dos rendimentos tributáveis re-
cebidos durante o ano, sendo o plano ideal para
quem possui rendimentos sujeitos ao impos-
to de renda, tais como salários, honorários
de profissionais liberais ou rendimentos de
aluguel. Mas vale nota que esta dedução somente é
possível para quem utiliza o modelo completo da
Declaração de IR, pois para quem utiliza o mode-
lo simplificado há uma dedução padrão que impede
quaisquer outras deduções.
O VGBL, por sua vez, não permite qualquer
dedução para fins de IR, sendo recomendável para
aqueles que recebem rendimentos isentos ou exclu-
sivamente na fonte, como é o caso de lucros, dividen-
dos e rendimentos financeiros.
Resumindo, para quem é empregado do setor pri-
vado ou servidor público e tem o IR descontado do seu
salário, o PGBL é normalmente o tipo de plano ideal,
pois permite reduzir o IR a pagar na Declaração ou
aumentar o valor a restituir. Já para aqueles que são
recebem apenas rendimentos financeiros, e também

4
empresários (inclusive microempresários) ou sócios
de empresas cuja remuneração se dá por distribuição
de lucros de suas empresas, então o VGBL é, no mais
das vezes, o tipo de plano mais adequado.

Tributação

Em comum, VGBL e PGBL têm a vantagem de terem


seus rendimentos tributados na pessoa física somen-
te na fase de pagamento (ou resgate), não haven-
do incidência semestral do IR sobre os rendimentos,
o chamado come-cotas, como ocorre com vários fun-
dos de investimento.
O IR incide sobre todo o valor pago ou resgata-
do no PGBL, enquanto no VGBL a tributação atinge
apenas os rendimentos gerados, não alcançando
o valor das contribuições feitas pelo participante du-
rante o período de acumulação.
Há dois regimes de tributação, um dos quais deve
ser escolhido pelo participante no momento da
contratação, não sendo possível a sua modifica-
ção posterior: o regime progressivo e o regime
regressivo.
No regime progressivo, as alíquotas aumen-
tam de acordo com o valor pago mensalmente ao
participante na fase de pagamento, independen-
temente do tempo de aplicação, sendo tratado como
rendimento tributável na Declaração de IR, sujeito às
mesmas deduções do Modelo Completo. A tributação

5
é a mesma aplicável a outros tipos de rendimen-
tos, como salários e aluguéis, sendo usada a Tabela
Progressiva Mensal:

Tabela Progressiva Mensal


Base de cálculo Alíquota Parcela a
deduzir do IR
Até R$ 1.903,98 Isento -
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15% R$ 354,80
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13
Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36

Mas veja que no momento do pagamento pela


empresa de previdência privada, o valor de IR retido
é de 15%, a título de antecipação, devendo o benefici-
ário recolher a diferença. Isso exige atenção do parti-
cipante, pois o não pagamento da eventual diferença
de IR poderá resultar na cobrança do imposto devi-
do, mais multa e juros pela Receita Federal. Não se
esqueça, também, que a empresa de previdência pri-
vada irá informar para a Receita Federal o valor pago
a você e o IR retido do seu pagamento, facilitando o
cruzamento de informações pelo fisco.
No regime regressivo, aplica-se uma tabela
específica de alíquotas de IR na Fonte (tributação
exclusiva e definitiva) de acordo com os prazos de
aplicação, considerando aplicação o momento de
pagamento de cada parcela (mensal) ao plano de
previdência. Diferentemente do regime progressi-
vo, no qual a alíquota varia de acordo com o valor

6
efetivamente pago, no regime regressivo as alíquo-
tas variam apenas de acordo com o prazo da
aplicação, independentemente do valor pago ao be-
neficiário. Os prazos são os seguintes:

Prazo de aplicação Alíquota de IR


Até 2 anos 35%
De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
Mais de 10 anos 10%

A modalidade do plano de previdência mais ade-


quada dependerá da sua situação fiscal, mas algumas
características comuns podem ser ressaltadas quan-
do se trata do seu uso para fins de planejamento fi-
nanceiro, patrimonial ou sucessório.
Resumindo:

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Quadro comparativo
PGBL VGBL
Permite dedução do IR até o limite de
Fase de acumulação: Não permite qualquer dedução do IR
12% dos rendimentos tributáveis do ano.
Somente o valor dos rendimentos gerados
Todo o valor pago ao beneficiário é
no plano são tributados quando pagos ao
Fase de pagamento: tributado pelo IR de acordo com o
beneficiário. Os pagamentos feitos ao plano
regime escolhido na contratação.
na fase de acumulação são isentos de IR
Alíquotas de zero a 27,5% sobre Alíquotas de zero a 27,5% sobre o valor dos
qualquer valor pago ao beneficiário, rendimentos gerados no plano e pagos ao
Regime progressivo: independentemente do tempo beneficiário independentemente do tempo

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transcorrido entre a contribuição ao transcorrido entre a contribuição ao plano e
plano e o recebimento do valor. o recebimento.
Alíquotas de 35% a 10% somente sobre o
Alíquotas de 35% a 10% sobre qualquer
valor dos rendimentos pagos ao beneficiário,
valor pago ao beneficiário, de acordo
de acordo com o tempo transcorrido
Regime regressivo: com o tempo transcorrido entre a data
entre a data de contribuição ao plano e a
de contribuição ao plano e a data do
data do recebimento do valor. O valor das
recebimento do valor.
contribuições ao plano é isento de IR.
Mesmas regras da fase de pagamento. Mesmas regras da fase de pagamento.
Saques durante o plano: Tributação de acordo com o regime Tributação de acordo com o regime
escolhido na contratação. escolhido na contratação.
Regras sucessórias dos planos de
previdência
Do ponto de vista sucessório, tal como o seguro de
vida, os valores aportados em planos de previdência,
em geral, não se sujeitam às regras de sucessão. Isso
significa dizer que o contratante do plano é livre para
indicar quem serão os beneficiários e em quais pro-
porções, não havendo necessidade de respeitar as re-
gras de sucessão estabelecidas no Código Civil.
Mas essa liberdade deve ser exercida com mode-
ração e dentro de limites razoáveis, evitando usar o
plano de previdência para prejudicar o cônjuge, com-
panheiro ou herdeiro legítimo, deixando-o sem nada.
Em caso de abuso, a parte prejudicada poderá iniciar
uma discussão judicial, seja no processo de inventá-
rio, seja em ação específica contra quem recebeu os
valores da previdência privada.
Não sendo herança, o capital investido em plano
de previdência não entra em inventário e, como
consequência, não está sujeito ao imposto estadual
sobre herança (ITCMD) e aos demais custos de in-
ventário (custas processuais, honorários de advoga-
dos etc.). A economia aqui pode ser significativa, pois
os custos mínimos de inventário em São Paulo, por
exemplo, giram em torno de 11% do valor dos bens,
entre ITCMD (4%), custas processuais (1%) e honorá-
rios de advogado (6%). Em outros estados, nos quais
o ITCMD pode chegar a 8%, os custos com inventário
podem chegar a 15%.

9
Mas veja que a não incidência do ITCMD não é
questão pacífica. Vários estados cobram esse impos-
to sobre pagamentos de previdência privada, mas
já há decisões judiciais limitando essa cobrança.
Falaremos sobre isso mais adiante.

VGBL como instrumento


sucessório para pessoas idosas
ou doentes

Vale destacar a utilização do plano de previdência,


especialmente o VGBL, de uma forma peculiar por
pessoas em idade avançada ou com doenças graves
ou incuráveis. Em ambos os casos, a contratação de
um seguro de vida para deixar certo patrimônio aos
entes queridos é praticamente impossível, pois difi-
cilmente uma seguradora estará disposta a aceitar o
iminente risco de morte com o pagamento do capital
segurado.
Por outro lado, manter os recursos financei-
ros existentes em investimentos tradicionais, como
CDBs, fundos de investimentos, ações etc., pode-
rá trazer o inconveniente da iliquidez aos herdeiros
caso seja necessário inventário para a partilha dos
recursos financeiros. Um processo demorado de in-
ventário pode prejudicar a manutenção diária da fa-
mília até a partilha, por isso, não raro, pessoas em
idade avançada ou gravemente doentes utilizam o

10
VGBL para transmitir seu patrimônio financeiro aos
herdeiros de forma rápida e em substituição ao segu-
ro de vida, pois os planos de previdência não exigem
exames de saúde para a sua contratação. Além disso,
o VGBL somente sofre tributação sobre o valor do
rendimento, e não do capital aplicado.

Penhora dos planos de previdência

Uma dúvida frequente diz respeito à possibilidade de


saldos depositados em planos de previdência serem
objeto de execução ou penhora por dívida do parti-
cipante. Tentaremos ser didáticos sobre o tema, já
antecipando que nossos tribunais não têm uma po-
sição pacífica sobre o assunto. A questão toda gira
em torno dos arts. 832 e 833 do Código de Processo
Civil de 20151, que tratam dos bens que não estão
sujeitos à execução ou penhora. Vejamos o que
diz a lei:

Art. 832 - Não estão sujeitos à execução os bens que


a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.
Art. 833 - São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato vo-
luntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domés-
ticas que guarnecem a residência do executado,
salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as

1
Lei nº 13.105/2015.

11
necessidades comuns correspondentes a um mé-
dio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso
pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos,
os salários, as remunerações, os proventos
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios
e os montepios, bem como as quantias re-
cebidas por liberalidade de terceiro e des-
tinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autôno-
mo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2º;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os
utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis
necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em an-
damento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim defini-
da em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições
privadas para aplicação compulsória em educa-
ção, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupan-
ça, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário rece-
bidos por partido político, nos termos da lei;

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XII - os créditos oriundos de alienação de unida-
des imobiliárias, sob regime de incorporação imo-
biliária, vinculados à execução da obra.

A questão da penhorabilidade dos saldos de pre-


vidência privada tem girado em torno da sua finali-
dade e também da fase na qual se encontra o plano
(acumulação ou pagamento).
Sendo a previdência privada utilizada para pou-
par um pouco agora para uma vida mais tranquila
num futuro distante, fica difícil, na fase de acumu-
lação, tentar os saldos da previdência em qualquer
dos tipos descritos no inciso IV do art. 833 acima
transcrito e, com isso, evitar a penhora ou execução
desses saldos.
Já na fase de pagamento do benefício pela
seguradora, a situação se sustenta um pouco mais
em razão da natureza alimentar do pagamento ao
participante, sendo similar aos “proventos de apo-
sentadoria, pensões, pecúlios” descritos no inciso
IV do art. 833 acima. Essa natureza alimentar tem
sido utilizada pelos tribunais para afastar a penhora
sobre planos de previdência na fase de pagamen-
to do benefício. Outros elementos levados em con-
sideração pelos tribunais são a finalidade do plano
(investimento ou aposentadoria futura), montantes
investidos, dentre outros.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
tem relutado em aceitar a natureza alimentar da pre-
vidência privada em casos de penhora e execução,

13
reconhecendo em vários casos que os saldos deposi-
tados têm natureza de investimento financeiro (e não
de previdenciário) e, por isso, podem ser penhorados.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), especial-
mente a partir de 2014, tem adotado o entendimento
de que a impenhorabilidade dos saldos depositados
em planos de previdência privada deve ser analisada
caso a caso pelo juiz e somente serão considerados
impenhoráveis os saldos cujos valores sejam utiliza-
dos para a subsistência familiar. Num caso ana-
lisado pelo STJ, o tribunal aceitou a penhora de parte
do saldo de PGBL com o argumento de que, em razão
do saldo existente no fundo, o valor penhorado (cerca
de 12%) não comprometeria ou inviabilizaria a vida fi-
nanceira do executado (participante do plano) 2.
Assim, tem-se que a impenhorabilidade da previ-
dência privada não possui uma regra clara e uniforme
para todas as situações e deverá ser analisada caso
a caso. Todavia, é possível acreditar que os tribunais
tenderão mais a aceitar a impenhorabilidade dos sal-
dos de previdência já em fase de pagamento ao bene-
ficiário do que aqueles em fase de acumulação, dado
que para esses últimos será mais difícil comprovar a
natureza alimentar do plano de previdência.
Por fim, vale destacar uma recente decisão do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, de janeiro
de 2018, que negou a penhora de saldo de VGBL
numa execução fiscal em razão da sua natureza de

2
STJ, Agravo em Recurso Especial nº 986.763-RJ, julgamento
em 22.09.2016.

14
seguro de vida, e não de investimento3. Trata-se
de um argumento novo que, se aceito por outros tri-
bunais pode significar uma maior proteção do VGBL
contra penhora se comparado com o PGBL.

Imposto sobre herança (ITCMD)


nos planos de previdência privada
Nos últimos anos, uma nova controvérsia tem ator-
mentado os participantes dos planos de previdên-
cia privada: a exigência do imposto sobre heranças
(ITCMD) sobre os pagamentos dos saldos de previ-
dência privada aos beneficiários em caso de morte do
titular do plano. Por ora, o assunto vem sendo trata-
do apenas por alguns estados, na maioria das vezes
em prejuízo dos beneficiários, já existindo algumas
decisões judiciais a esse respeito.
Como regra, os estados que exigem o ITCMD
sobre previdência privada têm usado uma analo-
gia desses planos com os fundos de investimentos,
normalmente sujeitos ao imposto quando do faleci-
mento de seu titular.
Dentre os estados que exigem o ITCMD sobre
os pagamentos de plano de previdência por ocasião
da morte do beneficiário estão o Paraná (4%), Rio
de Janeiro (até 8%) e Minas Gerais. Mas os tribu-
nais desses três estados têm limitado a cobrança do

3
TJMG, Agravo de Instrumento nº 1.0153.16.005449-7/001, jul-
gamento em 30.01.2018.

15
imposto apenas para planos PGBL, excluindo a
tributação sobre VGBL, argumentando que pla-
nos VGBL têm natureza de seguro e, por esta razão,
não são considerados herança nos termos do art.
794 do Código Civil.
Outros estados que preveem a incidência do
imposto de herança sobre planos de previdência
privada são: Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins,
Alagoas, Pernambuco e Pará.
No estado de São Paulo, o fisco paulista entende
que os planos de previdência privada possuem natu-
reza de seguro e que, portanto, não devem pagar
o ITCMD paulista4.
Assim, tem-se que a questão da tributação ou
não dos planos de previdência pelo imposto de
heranças é uma questão controversa a depender
do estado onde reside o participante do plano. No
caso do VGBL, a questão parece tender para a não
incidência do imposto em razão de sua natureza de
seguro de vida, mas para os planos PGBL a questão
é mais delicada.

Conclusões

Do ponto de vista financeiro, os planos de previ-


dência têm a vantagem de serem disponibilizados
rapidamente, com algumas restrições quanto à pe-
riodicidade dos resgates.

4
Consulta Tributária nº 79/2012.

16
Na parte tributária, eles não se sujeitam à anteci-
pação semestral do imposto de renda (come-cotas)
como boa parte dos fundos de investimentos dispo-
níveis no mercado, ocorrendo a tributação somente
no momento do pagamento (ou resgate). Por outro
lado, merece atenção a escolha do regime de tribu-
tação do plano no momento da contratação, pois no
regime regressivo a alíquota do IR pode chegar a 35%
para resgates nos primeiros anos. Ainda na questão
tributária, deve-se ficar atento quanto à incidência
do imposto sobre heranças (ITCMD) em vários esta-
dos, que poderá reduzir o valor a ser recebido pelos
beneficiários de participante falecido.
Por fim, são inegáveis as vantagens sucessórias
dos planos de previdência, seja por não integrarem
a herança, seja pela rapidez na disponibilização dos
recursos aos beneficiários em caso de falecimento do
participante

Contrate um especialista em
previdência
Esperamos que nossos comentários ajudem você a
entender um pouco mais sobre os aspectos legais que
envolvem os planos de previdência privada no Brasil.
Mas note que a contratação de um plano de pre-
vidência deve ser feita de maneira cuidadosa, pre-
ferencialmente com a ajuda de um especialista,
que poderá entender os seus objetivos pessoais e

17
necessidades financeiras futuras para lhe recomen-
dar o melhor plano de acordo com o seu perfil.
Há muitos planos disponíveis no mercado com
diferentes políticas de investimento, riscos, taxas co-
bradas etc., fatores estes que influenciam significati-
vamente a rentabilidade do plano ao longo dos anos.
Taxas de administração e carregamento, ainda que
pareçam baixas à primeira vista, afetam enormemen-
te o valor final que você terá direito a receber na fase
de pagamento. O especialista em previdência é um
profissional capacitado para explicar o efeito de to-
dos esses fatores no plano que você deseja contratar.

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