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DE RECURSOS
HÍDRICOS
MARÇO DE
2011
RELATÓRIO FINAL
PRODUTO 7
TIÃO VIANA
2
Coordenação e Elaboração
Equipe Técnica
ELABORAÇÃO:
Plano Estadual de Recursos Hídricos
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS....................................................................................................................................5
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................................5
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................................5
SIGLAS E ABREVIATURAS.........................................................................................................................6
SIGLAS E ABREVIAÇÕES............................................................................................................................6
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................8
CAPÍTULO 1. PROGNÓSTICO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO ACRE.......................10
1.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES..................................................................................................10
1.2. CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO ACRE........12
1.2.1. O PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS, AS BACIAS HIDROGRÁFICAS E AS
UNIDADES DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS.............................................................................12
1.2.2. ALGUMAS INFORMAÇÕES RETROSPECTIVAS.........................................................................18
1.2.3. PROJEÇÕES TENDENCIAIS DE DISPONIBILIDADE E DEMANDA DE ÁGUA.......................20
II. METODOLOGIA ADOTADA PARA A ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS.......................................23
2.1. PRINCIPAIS ATORES...........................................................................................................................26
2.2. VARIÁVEIS CONDICIONANTES DE FUTURO................................................................................26
2.3. INCERTEZAS CRÍTICAS DE CONTEXTO E SUAS HIPÓTESES....................................................27
2.4. INVESTIGAÇÃO MORFOLÓGICA.....................................................................................................28
2.5. CRITICIDADE DAS MACRO-INCERTEZAS NAS UGRH................................................................31
III. CENÁRIOS ELABORADOS..................................................................................................................35
3.1. PREMISSAS PARA ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS.....................................................................35
3.2. CENÁRIO I – “ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS”.....................................................................................37
3.3. CENÁRIO II – “ÁGUAS NO LIMITE”.................................................................................................38
3.4. CENÁRIO III – “ÁGUAS SUSTENTÁVEIS”.......................................................................................39
3.5. PROJEÇÕES BASEADAS NOS CENÁRIOS GERADOS...................................................................40
IV. DIRETRIZES PARA O FUTURO..........................................................................................................48
CAPÍTULO II. PLANO DE AÇÃO...............................................................................................................51
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES..................................................................................................51
2.2. DIRETRIZES, METAS, PROGRAMAS E AÇÕES DO PLERH/ACRE..............................................56
2.2.1. DIRETRIZ I. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA DOS
RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO........................................................................................................57
2.2.2. DIRETRIZ II. CONSOLIDAÇÃO DO MARCO LEGAL E FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS..............................77
2.2.3. DIRETRIZ III. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
COMUNICAÇÃO..........................................................................................................................................88
2.2.4. DIRETRIZ IV. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS................................................................................................................................................93
2.3. PLANO DE INVESTIMENTOS..........................................................................................................117
2.4. SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLERH/AC............................................140
2.4.1. INDICADORES.................................................................................................................................142
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................144
ANEXOS......................................................................................................................................................147
1. SIMULAÇÃO NUMÉRICA DA PRECIPITAÇÃO TOTAL SOBRE A AMÉRICA DO SUL (1961-
1990).............................................................................................................................................................148
2. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NA PRECIPITAÇÃO PARA A AMÉRICA DO SUL (2011-2040)
......................................................................................................................................................................149
3. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NOS DIAS CONSECUTIVOS SEM CHUVA PARA A
AMÉRICA DO SUL (2011-2040)...............................................................................................................150
4. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NA TEMPERATURA PARA A AMÉRICA DO SUL (2011-2040)
......................................................................................................................................................................151
5. LISTA DE VARIÁVEIS DO PNRH.......................................................................................................153
6. DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS DO PNRH...........................................................................................159
7.1. PROGNÓSTICO UGRH - ABUNÃ.....................................................................................................160
7.2. PROGNÓSTICO UGRH – ACRE-IQUIRI..........................................................................................168
7.3. PROGNÓSTICO UGRH PURUS.........................................................................................................178
7.4. PROGNÓSTICO UGRH ENVIRA - JURUPARI................................................................................186
7.5. PROGNÓSTICO UGRH TARAUACÁ................................................................................................193
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Divisão territorial por mesorregiões, regionais e municípios
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Regionais de Desenvolvimento do Estado do Acre.
Figura 2. Região Hidrográfica do Amazonas e sub-bacias de nível 3.
Figura 3. Percentual de desmatamento nos municípios do Estado do Acre.
Figura 4. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH).
Figura 5. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH) e as Zonas Especiais de
Desenvolvimento (ZED) e Zonas de Atendimento Prioritário (ZAP).
Figura 6 – Precipitação Total Anual
Figura 7 – Relação entre Vazão X Precipitação X Área da UGRH.
Figura 8 – Taxa de Urbanização na Região Norte.
Figura 9 – Fluxograma indicativo dos passos metodológicos da cenarização prospectiva.
Figura 10 – Criticidade da Disponibilidade de Água.
Figura 11 – Criticidade das Alterações Antrópicas.
Figura 12 – Criticidade da Gestão dos Recursos.
Figura 13 – Criticidade da Integração.
Figura 14 – Criticidade das Mudanças Climáticas.
Figura 15 – Subsistema de definição de cenários.
Figura 16 – Subsistema de projeções Quantitativas do PLERH/AC.
Figura 17 – Projeção de oferta de água em diferentes períodos.
Figura 18 – ISRH para diferentes períodos do ano.
Figura 19 – Simulações das projeções para o ISRH no período seco nos diferentes cenários:
Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas
Insustentáveis).
Figura 20 – Simulações das projeções para o ISRH agrupada para os anos 2014, 2022 e 2030
para os cenários Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista
(Águas Insustentáveis).
Figura 21 – Simulações das incertezas (CV%) para o ISRH agrupadas para os anos 2014, 2022 e
2030 para os cenários Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e
Pessimista (Águas Insustentáveis).
Figura 22 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas
Insustentáveis.
Figura 23 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas no
Limite.
Figura 24 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas
Sustentáveis.
Figura 25 – Média de precipitação diária entre os anos de 1961-1990 sobre a América do Sul, de
acordo com os modelos ETA-HadCM3.
Figura 26 – Cenários das anomalias de precipitação sobre a América de Sul projetados para o
perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-HadCM3.
Figura 27 – Cenários para dias consecutivos sem chuva sobre a América de Sul projetados para
o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA – Echam e ETA-HadCM3
Figura 28 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o
perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-HadCM3.
Figura 29 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o
perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-Echam.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Projeções para disponibilidade de Água
Tabela 2 – Projeções para demanda de água (m 3/s) para cada UGRH
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
SIGLAS E ABREVIATURAS
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
AGEAC Agência Estadual Reguladora de Serviços Públicos
ANA Agência Nacional de Águas
APP Área de Preservação Permanente
CEGdRA Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais
CEMACT Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia
CIMI Conselho Indigenista Missionário
CMAI- Comissão permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação
PLERH/AC da implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos
CNARH Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CPI Comissão Pró Índio
CPRM Serviço Geológico do Brasil
CPTEC Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
DEPASA Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento
DERACRE Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Hidrovias e
Infraestrutura Aeroportuária
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FEMAC Fundo Especial de Meio Ambiente
FIFAU Fórum de Integração Fronteiriça Acre-Ucayali
FUNAI Fundação Nacional do Índio
FUNTAC Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
GCM Modelos de Circulação Global
GTR Grupos de Trabalho Regionais
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IFAC Instituto Federal do Acre
IMAC Instituto de Meio Ambiente do Acre
INCT/MC Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
IQA Índice de Qualidade das Águas
ITERACRE Instituto de Terras do Acre
MAP Madre de Dios, Acre e Pando
MMA Ministério do Meio Ambiente
ONG Organizações Não Governamentais
OTL Ordenamento Territorial Local
P2R2 Plano de Prevenção e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com
Produtos Perigosos
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PDC Planos de Desenvolvimento da Comunidade
PDMA Plano da Margem Direita do Rio Amazonas
PLERH/AC Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre
PLOT Planos Municipais de Ordenamento Territorial
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental
PNQA Programa Nacional de Qualidade da Água
PNRH Plano Nacional de Recursos Hídricos
PPA Plano Plurianual
RHN Rede Hidrometeorológica Nacional
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INTRODUÇÃO
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cenário estadual e sua validação (ver anexo), com presença de comissão técnica e da
consultoria.
O presente documento está organizado de forma a apresentar sucintamente uma breve
contextualização dos recursos hídricos no estado do Acre, a metodologia de cenários adotada, os
cenários desenvolvidos, tanto por UGRH (anexo), como para o estado como um todo, o nível de
criticidade das diferentes temáticas selecionadas (macro-incertezas) para cada UGRH (anexo) e
as projeções futuras destes cenários sob condições diversas de disponibilidade de água (relação
demando/oferta), através de um índice de sustentabilidade dos recursos hídricos do estado.
Por fim vale remarcar que os indicativos que serviram de base para a elaboração de
cenários foram obtidos em oficinas com atores locais e estão organizados por UGRH no Anexo,
assim como as respectivas informações obtidas do diagnóstico que serviram de base para as
discussões.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
principal de seus tributários e nascentes. Por exemplo, nos últimos dez anos tem sido observada
por navegadores do Riozinho do Rola, tributário da margem esquerda do rio Acre próximo à
capital, um crescente desmatamento nas margens, como observou VIEIRA (2005). .Tal fato tem
provocado o aumento de processos erosivos na bacia do tributário, acarretando expressivo
transporte e sedimentação no trecho do rio Acre a jusante da foz do Riozinho do Rola.
O Estado do Acre apresenta peculiaridades ímpares que devem ser levadas em
consideração durante processo de estruturação da sua política de gestão dos recursos hídricos,
devido às interfaces existentes entre os fatores sócio-econômicos, culturais e ambientais e a
disponibilidade em quantidade e qualidade das águas. Neste sentido deve ser considerado que:
a) Os principais rios do Estado são de dominialidade da União e compartilhados com
outros países e estados;
b) O Estado apresenta aproximadamente 88% de sua cobertura vegetal mantida, porém
muitos dos municípios apresentam mais de 50% da sua área desmatada, a exemplo de Plácido
de Castro, Acrelândia e Senador Guiomar;
c) O Estado está situado numa área de fronteira, com elevada diversidade etno-cultural e
biológica;
d) Apresentam diferentes usos do solo com início de um processo acentuado de pressão
antrópica sobre o seu principal ecossistema – a floresta, para a pecuária e a agricultura;
e) É área estratégica de desenvolvimento para o país, com a implantação de grandes
investimentos como a Estrada do Pacífico, o Complexo Madeira, a possibilidade de exploração
de petróleo, a produção de etanol, dentre outros aspectos.
Pelo exposto, é importante que as diversas políticas setoriais governamentais, em nível
federal, estadual e municipal sejam integradas quando da elaboração e implementação do
PLERH–AC. Com a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos, o Estado estará se
estruturando para fazer a gestão de seus recursos e ter desenvolver a institucionalidade de sua
respectiva política.
Ao desenvolver sua base de planejamento e estabelecer os critérios de gestão dos
recursos ele estará se preparando para ter mais conhecimento sobre sua realidade hídrica e para
subsidiar a União na elaboração dos Planos estratégicos das bacias dos rios da margem direita
do Amazonas, ou suas revisões, que se encontram em seu território. Nesse sentido a articulação
com a Agência Nacional de Águas (ANA) é de fundamental importância para a integração de
ações que fortaleçam o processo de gestão do país e do Estado, conforme preconiza o Plano
Nacional de Recursos Hídricos.
Destaca-se ainda a necessidade de se adotar uma metodologia participativa, a fim de
que todos os segmentos da sociedade, de governos, e dos diversos setores de usuários, possam
pactuar uma proposta que atenda às demandas de uso, mas que promova a recuperação e a
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
conservação dos recursos hídricos e dos recursos biológicos a eles associados, bem como dos
serviços ambientais fornecidos pelos ecossistemas aquáticos em geral.
O Estado do Acre apresenta 22 municípios distribuídos em duas mesorregiões político-
administrativas (Vale do Acre e Vale do Juruá) e cinco regionais de desenvolvimento (Alto
Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá/Envira e Juruá) (Quadro 1 e Figura 1), que correspondem às
microrregiões estabelecidas pelo IBGE e seguem a distribuição das bacias hidrográficas dos
principais rios.
Mesorregiões e Regionais de
Municípios
Desenvolvimento
Mesorregião Vale do Acre
Regional Purus Manoel Urbano/Santa Rosa do Purus/Sena Madureira
Regional Baixo Acre Acrelândia/Bujari/Capixaba/Plácido de Castro/Porto
Acre/Senador Guiomard/Rio Branco
Regional Alto Acre Assis Brasil/Brasiléia/Epitaciolândia/Xapuri
Mesorregião Vale do Juruá
Regional Juruá Cruzeiro do Sul/Mâncio Lima/Marechal Thaumaturgo/Porto
Walter/Rodrigues Alves
Regional Tarauacá-Envira Feijó/Tarauacá/Jordão
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeito deste estudo foram consideradas partes das bacias dos rios de domínio da
União de importância para o desenvolvimento estratégico do Estado (Juruá, Purus, Acre e
Abunã) e as bacias dos rios de dominialidade do Estado (rios de nível 4 e 5), levando em
consideração os seguintes aspectos: distribuição natural da drenagem segundo configuração
geomorfológica das bacias através da análise do Modelo Digital de Elevação – SRTM – Hydro,
com resolução espacial de 90 m, densidade de pessoas (ACRE, 2006), usos da terra, segundo
base de dados do Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE/2007 (ACRE, 2007), conforme
Anexo I. Também foram considerados os índices de desmatamento dos municípios até 2006
(INPE, 2007), conforme figura 3.
No âmbito dos estudos que subsidiarão o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre-
PLERH/AC será adotada a divisão do Estado em seis Unidades de Gestão de Recursos Hídricos
– UGRH (Figura 4), consideradas como recortes espaciais de referência para o estabelecimento
dos objetivos estratégicos de gestão de recursos hídricos correspondentes às bacias dos
principais rios do Estado: Alto Juruá, Alto Purus, Tarauacá, Envira, Acre e Abunã, alguns dos
quais compartilhados com Peru, Bolívia e Brasil, além dos Estados do Amazonas e Rondônia.
Para cada UGRH foram definidas as bacias hidrográficas de interesse para gestão no
Estado, para as quais deverão ser elaborados futuramente os Planos de Bacia ou de
Desenvolvimento Estratégico, através de uma Agenda 21 da Bacia Hidrográfica, pelos
respectivos Comitês de Bacias Hidrográficas, quando implantados. Tais planos permitirão a
implementação de programas para as Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZED) e Zonas de
Atendimento Prioritários (ZAP), recém estabelecidas pelo Governo do Estado, conforme figura
5.
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precisa ser ponderado pelosserá o peso que aspectos qualitativos do recursos como por sua
podem dar para distribuição espaço-temporal do recurso.
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Projeção
2014
9 1
ABUNA 1731 0 2 47
7 8
ACRE 1138 64 5 257
ENVIRA 1 1
_JU 1976 494 47 646
1 1
JURUA 2094 946 73 742
2 1
PURUS 1845 300 47 867
TARAU 3 3
ACA 1968 58 0 147
Total 6 5
geral 1792 951 93 2706
Projeção
2022
8 1
ABUNA 1639 5 1 44
7 8
ACRE 1078 22 0 243
ENVIRA 1 1
_JU 1871 413 39 611
1 1
JURUA 1983 840 64 702
2 1
PURUS 1747 176 39 820
TARAU 3 2
ACA 1864 39 8 139
Total 6 5
geral 1697 575 61 2560
Projeção
2030
8 1
ABUNA 1547 0 1 42
6 7
ACRE 1018 81 5 229
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
ENVIRA 1 1
_JU 1767 332 31 576
1 1
JURUA 1872 735 54 662
2 1
PURUS 1650 051 31 773
TARAU 3 2
ACA 1760 19 6 131
Total 6 5
geral 1602 198 28 2413
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Para o caso dos cenários de recursos hídricos no Acre foi identificado um conjunto de
incertezas críticas para cada UGRH (ver anexos e Tabela 3), para as quais foi formulado um
conjunto de hipóteses ou estados em que estas incertezas têm mais probabilidades de se
manifestarem. Posteriormente elas foram agrupadas em macro-incertezas (Tabela 4), para maior
consistência de análise no nível do estado como um todo, sendo elas:
1) Disponibilidade de Água (quantidade e qualidade);
2) Mudanças Climáticas;
3) Alterações Antrópicas;
4) Gestão dos Recursos Hídricos; e
5) Integração.
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chamar “priorização”, em função do que foi possível obter a partir da perspectiva dos atores
representados nas oficinas.
Os diferentes cenários descritos adiante devem ter o seu rebatimento ponderado pelas
criticidades apresentadas por cada UGRH.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
As alterações antrópicas, que historicamente têm sido mais intensas na região leste do
Estado, apresentaram como maior nível de criticidade na UGRH Abunã, e níveis significativos
para as UGRH Envira e Purus (Figura 11).
A implementação de uma política de gestão dos recursos hídricos, bem como de seus
respectivos instrumentos, é uma questão essencial para todo o Estado. Todavia, a UGRH Alto
Juruá apresentou destacada criticidade neste sentido, provavelmente em função dos atores
envolvidos possuírem a percepção de que esta temática está completamente ausente na
plataforma governamental naquela região até o presente momento.
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III) O Papel das Mudanças Climáticas: Especialmente crítico é o papel que as mudanças
climáticas podem desempenhar na dinâmica dos recursos hídricos no Estado do Acre. Isto se
deve a três fatores: 1) A amplificação no tempo da incerteza climática associada à maior parte
dos modelos de circulação global, particularmente a respeito de sua dinâmica sobre a América
do Sul (VALVERDE & MARENGO, 2010); 2) Ao desafio do aprimoramento da acurácia dos
modelos regionais, de acordo com o mais recente estado da arte, embora existam perspectivas
de alternativas promissoras no médio prazo (ALVES& MARENGO, 2010) e; 3) O fato do
território do Estado ter uma rede hidrográfica com características de cabeceiras associado a um
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
regime hidrológico marcado pela alta sazonalidade. Estes três fatores associados implicam em
uma rede hidrográfica altamente vulnerável às mudanças climáticas, e num desafio tecnológico
em se produzir previsões em uma escala que seja útil para embasar estratégias de adaptação.
Todavia, de acordo com as pesquisas realizadas no âmbito do INCT/MC, existe uma
convergência dos resultados dos diferentes modelos que apontam que a região amazônica como
um todo pode sofrer, ao longo deste século, uma redução de até 40% no volume de precipitação
(INCT/MC, 2010; VALVERDE & MARENGO, 2010). Este dado associado ao padrão da
precipitação das últimas décadas apresentado acima (Figura 2), fez com que se adotasse para o
PLERH/AC níveis de criticidade extremos para a macro-incerteza Mudanças Climáticas, nos
três cenários propostos.
Os cenários apresentados a seguir agregaram ainda todas as recomendações da consulta
pública integradora que foram julgadas pertinentes.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Este cenário é formado pela conjugação das hipóteses mais pessimistas pelas
incertezas críticas, onde as mudanças climáticas promovem a escassez dos recursos
hídricos associado ao seu uso indiscriminado e taxa elevada de degradação ambiental, além
da baixa implementação dos instrumentos de gestão e de articulação com outros programas
de desenvolvimento. Este cenário será promovido em um contexto de baixo
desenvolvimento socioeconômico (tanto do estado como do país), e/ou associado à
intensificação dos efeitos decorrentes das mudanças climáticas sem as devidas estratégias
de mitigação e adaptação. As características deste cenário são:
Ocupação e uso desordenado do solo;
Aumento da taxa de degradação ambiental;
Degradação dos cursos d’água;
Infraestrutura de saneamento ambiental deficiente;
Limitação da disponibilidade da água;
Qualidade da água péssima;
Intensificação dos eventos extremos (Inundações e secas freqüentes e de alta
intensidade) e conseqüente aumento de desabrigados, aumento de doenças de veiculação
hídrica, segurança alimentar afetada, etc.;
Alteração da sazonalidade das estações, ausência de políticas ambientais;
Baixa integração da gestão territorial e gerenciamento de água;
Não construção do sistema de informação de recursos hídricos;
Corpos de água não são enquadrados em categorias de uso;
Educação ambiental ineficiente referente a recursos hídricos;
Inexistência de plano de gestão;
Serviço público completamente ineficiente para gestão dos recursos hídricos;
Falta de integração nas bacias transfronteiriças.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Este cenário é caracterizado pela manutenção dos padrões atuais de gestão e das
tendências atuais de mudanças climáticas, das taxas de consumo e de degradação
ambiental, supondo a permanência de status do contexto socioeconômico e do modelo de
desenvolvimento atual, admitindo-se que esta já pode ser considerada uma situação
limítrofe. As características deste cenário são:
Baixa eficiência estatal, índices de degradação são mantidos, investimentos
pontuais;
Manutenção dos padrões atuais, ações pontuais de remediação, elevados índices
de perdas da água tratada;
Qualidade da água entre regular e ruim;
Baixo atendimento dos serviços de saneamento;
Inviabilidade temporária da navegabilidade;
Racionamento da água;
Inundações e secas menos freqüentes e com intensidade mediana, soluções
“socorristas”, mas não preventivas;
Baixa implementação das políticas ambientais;
Taxa de degradação mantém a tendência;
Ocupação irregular do solo;
Baixa disponibilidade de pescado na região
Manutenção da expansão da agropecuária;
Construção parcial do sistema de informação de recursos hídricos;
Enquadramento parcial dos corpos de d’água;
Ação educativa ambiental em recursos hídricos esporádica;
Plano de gestão dos recursos hídricos somente para atender a interesses
políticos;
Baixa implementação do SINGREH e de outros instrumentos de gestão;
Serviço público burocrático, centrado no controle;
Integração casual e oportunista, com outros planos nacionais ou
transfronteiriços.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Este cenário tem como premissa principal que as esferas de governo federal, estadual e
municipais estão alinhadas em torno do desenvolvimento sustentável, tendo a gestão dos
recursos hídricos como um dos seus eixos principais, promovendo o ordenamento territorial, a
eficiência na gestão pública e estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. As
características deste cenário são:
Gestão estatal eficiente, melhoria significativa dos padrões atuais, investimento
bem planejado;
Oferta de água muito superior a demanda, políticas de proteção e recuperação
de mananciais, melhorias nos sistemas de abastecimento;
Qualidade da água boa;
Implementação do sistema de saneamento;
Prevenção e mitigação de impactos;
Uso múltiplo da água garantido/assegurado;
Elaboração e implementação de programas de adaptação as mudanças
climáticas, particularmente no que se refere aos planos de adaptação e medidas preventivas
para as comunidades em áreas de risco;
Implementação massiva das políticas de gestão ambiental e seus respectivos
instrumentos, muitos dos quais já elaborados;
Taxa de degradação com redução significativa;
Planos Diretores, Ordenamento Territorial Local (OTL) e Planos de
Desenvolvimento Comunitários (PDC) implementados;
Gestão compartilhada (governo, setor privado e sociedade civil);
Plano de manejo de pastagens e implantação de sistemas alternativos de
produção sustentável ( incluindo o uso de Sistemas integrados de produção a exemplo dos
SAFs, Plantio Direto, Integração Lavoura Pecuária-ILP, Integração Lavoura Pecuária Floresta - ILPF);
alta produção com impactos mitigados;
Predomínio da visão da gestão integrada;
Garantia de acesso público às informações de forma sistematizada;
Enquadramento de todos os corpos de água conforme Res. CONAMA
354/2005;
Ação educativa ambiental coordenada e planejada cobrindo todos os usuários e
setores envolvidos;
SINGREH e seus instrumentos elaborados e implementados com ampla
cobertura, sendo utilizado na tomada de decisões;
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
O Nível crítico do ISRH é 0.2, indicando o nível mínimo de água para o funcionamento
dos ecossistemas. Este valor indica que a demanda por água utiliza cerca de 80% da oferta
potencial.
Abaixo demonstra-se os cenários em em três perspectivas: Média anula, mínimo chuvos
e mínimo seco. Apresenta-se a média anual para que possa ser feita uma avaliação global da
disponibilidade do recurso hídrico. Todavia a sazonalidade é um fator crítico na sua
disponibilidade. Do ponto de vista de sustentabilidade quantitativa, não importa aqui, o máximo
chuvoso, pois este seria período de disponibilidade máxima do recursos, embora ele surta outros
efeitos negativos relacionados às inundações, implicando em problemas sócias, especificamente
de saúde pública, como veiculação de doenças.
Neste sentido, a avaliação do ídice de sustentabilidade vias ser mais útil quando
circunscrita aos prováveis valores mínimos dos dois períodos, chuvoso e seco, sendo este último
o mais crítico.
47
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Oferta de Água
6,000
4,500
3,000
1,500
0
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030
Time (Year)
Oferta de Água : minimo seco
Oferta de Água : minimo chuvoso
Oferta de Água : media anual
48
Plano Estadual de Recursos Hídricos
0.75
0.5
0.25
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
Time (Year)
"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : OTIMISTA
"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : TENDENCIAL
"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : PESSIMISTA
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 22 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas
Insustentáveis.
51
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 23 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas
no Limite.
Figura 24 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário
Águas Sustentáveis.
52
Plano Estadual de Recursos Hídricos
53
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Neste ponto, é importante realçar que qualquer caminho que seja adota pelas diretrizes,
ele deve implicar na adoção de estratégias de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. O
PLERH-AC deve ser entendido, no seu conjunto, como uma estratégia de adaptação às
mudanças climáticas frente à particular vulnerabilidade de seus recursos hídricos.
Com base nos cenários as estratégias do programa podem ser desenhadas e planejadas de
três formas diferentes:
a) A concepção de uma visão de futuro;
b) A adoção do cenário mais provável;
c) A elaboração de uma estratégia robusta.
Cada plano de recursos hídricos opta por um destes caminhos. O Plano Nacional optou
por uma estratégia robusta. O estado do Mato Grosso, por exemplo, adotou uma visão de futuro
no seu plano. É importante investigar as premissas a partir das quais cada uma das três
abordagens pode ser melhor sucedida.
A visão de futuro é ideal para orientar um planejamento quando a maioria dos atores-
chave consegue conceber que tem alguma convergência de interesse e que, ao mesmo tempo,
possua algum nível de governabilidade e/ou influência sobre as principais incertezas críticas.
A adoção do cenário mais provável é ideal quando se opera em contextos estáveis ou
rígidos, ou que usufruam de algum tipo de previsibilidade, onde os atores têm poucas condições
ou interesse de intervir em suas condições de contorno.
A elaboração de uma estratégia robusta é ideal em um contexto de alta incerteza e baixa
governabilidade, e implica em conceber linhas de ação que possam funcionar bem em qualquer
situação e que garanta a resiliência de elementos básicos do sistema hídrico e de seus
respectivos mecanismos de gestão de uma região.
Todavia existem alguns elementos que podem definir regiões com maior gravidade ao
longo deste espectro de cenários para o Acre, que podem definir padrões para as incertezas
críticas:
Manutenção da tendência de queda da disponibilidade e aumento da demanda
de água, projetada partir de dados retrospectivos;
A disponibilidade de água supera em muito a demanda no cômputo geral, mas a
escassez durante a estiagem é crítica em algumas bacias;
As limitações quanto à qualidade da água, de acordo com os informações do
diagnóstico;
A eminente conclusão da rodovia BR-364, ligando Rio Branco a Cruzeiro do
Sul, cruzando e interligando as 6 (seis) UGRH e todas as bacias hidrográficas do estado,
54
Plano Estadual de Recursos Hídricos
55
Plano Estadual de Recursos Hídricos
56
Plano Estadual de Recursos Hídricos
57
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Implementar medidas voltadas para a preservação e conservação das nascentes dos rios
e igarapés, visando à melhoria da disponibilidade hídrica e das funções ecológicas das
áreas de matas ciliares;
Integrar a política de recursos hídricos com as demais políticas setoriais (saúde,
educação, transporte e infra-estrutura, por exemplo);
Articular junto ao governo federal a inserção do tema “Gestão dos Recursos Hídricos”
nos acordos internacionais, com os países de fronteira.
Ainda, segundo o PPA (2008-2011) os “problemas ambientais urbanos no Acre têm
sido gritantes e nossos igarapés se transformaram em escoadouros de resíduos domésticos e
industriais”.
Dentre outras medidas necessárias para a mitigação do problema, o PPA indica a
implantação de aterros sanitários consorciados entre municípios vizinhos, priorizando o
tratamento do chorume e a drenagem dos gases.
Segundo proposto no Termo de Referência do Contrato Nº 089/2010, a seleção dos
programas e ações do Plano de Ação deverão considerar as expectativas da sociedade expressas
nas propostas apresentadas nas oficinas ocorridas nas Unidades de Gestão dos Recursos
Hídricos (UGRH). Este Termo de referência indica também como importante o estabelecimento
de medidas estruturais e não-estruturais para a solução dos problemas diagnosticados e para o
alcance do cenário almejado, compatibilizando-as e integrando-as em escala estadual, de modo
a contemplar, tanto quanto possível as demandas regionais. Deverão ainda ser considerados os
seguintes aspectos:
a) Programas do Governo Estadual;
b) Ações de fortalecimento incluindo a sustentabilidade do Sistema de Gestão de Recursos
Hídricos do Estado;
c) Ações voltadas para a integração das atividades dos Sistemas de Meio Ambiente e de
Recursos Hídricos;
d) Ações voltadas para a aproximação dos municípios com o Sistema de Gestão dos
Recursos Hídricos;
e) Compatibilização das ações municipais, a exemplo dos Planos Diretores, do
Ordenamento Territorial e das Agendas 21 elaborados, e em elaboração;
f) Ações de articulação do Sistema Estadual com o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (SINGREH), nas bacias de rios de domínio da União e no diálogo
com os demais países e Estados que compartilham bacias hidrográficas no Acre;
g) Ações voltadas para a articulação com os setores usuários, em suas vertentes pública e
privada.
A integração dos programas e ações a serem incluídos nos estudos para subsidiar a
elaboração do PLERH/AC deverá ser baseada em dois enfoques principais:
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
59
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZES
As diretrizes propostas visam orientar a implantação do Sistema Estadual de Gestão dos
Recursos Hídricos do Acre (SEGRH/AC) dentro de uma visão sustentável de desenvolvimento,
que garanta a integração interinstitucional e a participação efetiva dos usuários, sociedade civil
e governo, conciliando conservação ambiental e crescimento econômico com equidade.
Foram propostas quatro diretrizes e dez programas (Quadro 1), cujos componentes
(projetos e ações) estão apresentados na seqüência.
Programa 7. Comunicação, divulgação e educação
III – Desenvolvimento tecnológico, educação ambiental para a gestão integrada dos recursos hídricos.
ambiental e comunicação
Programa 8. Desenvolvimento científico e tecnológico
para gestão de recursos hídricos.
Programa 9. Desenvolvimento de medidas de
adaptação e mitigação dos eventos extremos.
IV – Desenvolvimento de medidas de
adaptação às mudanças climáticas. Programa 10. Revitalização de Bacias Hidrográficas
(Conservação e recomposição de áreas de proteção
permanente).
62
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Reunir, organizar , georreferenciar e sistematizar as informações existentes e relativas
aos recursos hídricos do Estado levando-se em consideração as Unidade de Gestão de Recursos
Hídricos (UGRH).
JUSTIFICATIVA
O sistema de informações sobre recursos hídricos é um dos instrumentos da Política
Nacional de Recursos Hídricos, de acordo com a Lei Federal 9.433/1997. No Estado do Acre o
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (SIRENA) está previsto no Art. 8º. da Lei
Estadual de Recursos Hídricos (1.500/2003), no âmbito do Sistema Estadual de Informações
Ambientais (SEIAM), devendo ser gerido pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
De acordo com o Art. 25, da Lei Federal 9.433/1997, o sistema de informações sobre
recursos hídricos é um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de
informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
Neste sentido o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Acre (SIRENA)
deverá ser estruturado e desenvolvido, de forma compatibilizada, com o Sistema Nacional de
Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), bem como com os sistemas dos Estados
vizinhos do Amazonas e Rondônia, com os quais compartilha seus recursos hídricos.
Particularmente, é importante que sejam implantadas estruturas interativas e de fácil
compreensão, disponibilizada em ambiente Web, para que haja amplo acesso por parte da
população e das instituições.
63
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Acre (SIRENA) implantado e em
funcionamento até final de 2014.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio Ambiente do Acre
(IMAC).
PARCEIROS
DEPASA/VIGIÁGUA/ SAEB/ANA.
65
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
A outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivo principal o
controle qualitativo e quantitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso
a água.
Identificar os usos e usuários das águas superficiais e subterrâneas, de forma a conhecer
as demandas e consumos de água, o perfil do usuário, tecnologias utilizadas, dentre outras
características.
JUSTIFICATIVA
Os múltiplos usos da água podem ser concorrentes, gerando conflitos entre setores
usuários, além de impactos ambientais. Nesse sentido, gerenciar recursos hídricos é uma
necessidade premente e que tem o objetivo de ajustar as demandas econômicas, sociais e
ambientais por água em níveis sustentáveis, de modo a permitir, a convivência dos usos atuais e
futuros da água sem conflitos (Cardoso da Silva e Monteiro, 2004).
A Lei Federal 9433/97 referenda a outorga pelo uso da água, no âmbito da Política
Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), caracterizando-a como um instrumento administrativo
prerrogativo da União, do Distrito Federal e dos Estados.
No Acre, o Art. 23 da Lei 1500/2003 também define a outorga como um ato
administrativo específico de autorização, mediante o qual o órgão do poder público do Estado
faculta ao administrado o uso do recurso hídrico de domínio do Estado, por prazo determinado,
nos termos e condições expressos nesta lei, nos regulamentos e no ato outorgante.
A Resolução CEMACT nº 04 de 17/08/2010 regulamenta a concessão de outorga
provisória e de direito de uso dos recursos hídricos no Estado do Acre, disciplinando o
regime de outorga de direitos de uso dos recursos hídricos de dominialidade do Estado.
Segundo Parágrafo único da Resolução 04/2010, a outorga preventiva será concedida
na forma desta Resolução bem como na forma do Art. 22 da Lei 1.500/2003 e de norma a ser
expedida pelo IMAC.
O cadastro de usos e usuários do Estado para fins de implantação da outorga deverá se
articular com o Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) junto a
ANA, que tem por objetivos a reunir e disponibilizar de forma sistemática as informações sobre
usuários e demandas de recursos hídricos existentes em todo o país, para suporte às diversas
ações de gestão, notadamente a outorga.
AÇÕES
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Sistema de outorga de direito de uso dos recursos hídricos implantado e em
funcionamento até o final de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio Ambiente do Acre
(IMAC).
PARCEIROS
Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem
destinadas e diminuir os custos de combate à poluição das águas mediante ações preventivas
permanentes.
JUSTIFICATIVA
A Lei n.º 9.433, de 08 de janeiro de 1997, definiu o enquadramento dos corpos de água
em classes, segundo os usos preponderantes, sendo este um dos cinco instrumentos da Política
Nacional de Recursos Hídricos, o qual visa garantir qualidade das águas compatível com usos
mais exigentes.
Ressalte-se que o processo de enquadramento deve estar em consonância com as
diretrizes do Plano Estadual de Recursos Hídricos, o qual prevê a implantação da ferramenta
e a instrumentalização dos órgãos competentes para colocar em prática o seu uso.
A Resolução 357 de 17 de março de 2005, do CONAMA, estabelece os padrões de
qualidade das águas para diferentes usos, classificando-as em classes de usos
preponderantes. Esta norma “dispõe sobre a classificação dos corpos de água e dá as
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e os
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências”.
Esta Resolução estabelece, no seu Artigo 26, que “os órgãos ambientais federal,
estaduais e municipais, no âmbito de sua competência, deverão, por meio de norma
específica ou no licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga
poluidora máxima para o lançamento de substâncias passíveis de estarem presentes ou serem
formadas nos processos produtivos, listadas ou não no Art. 34, desta Resolução, de modo a
não comprometer as metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, estabelecidas
pelo enquadramento para o corpo de água”.
O enquadramento é um processo demorado e trabalhoso que envolve a participação
dos usuários e do poder público, fato este que deve ser levado em conta no planejamento.
Em particular deve ser considerada a participação da comunidade no processo, indicando a
qualidade desejada de acordo com os usos preponderantes.
O enquadramento representa, indiretamente, um mecanismo de controle do uso e
ocupação do solo e deve ser compatível com o ZEE.
Segundo a Resolução 357/2005, o enquadramento dos corpos d´água em classes de uso
preponderante é o estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser,
68
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
1.3.1. Elaboração de estudos para o enquadramento dos corpos d´água do Estado.
1.3.2. Realização de oficinas com os diversos segmentos para validação do
diagnóstico e prognóstico do enquadramento.
1.3.3. Realização das consultas públicas para validação dos cenários e
estabelecimento de metas e alternativas de enquadramento.
1.3.4. Publicação do documento final contendo os procedimentos e propostas para
implantação do enquadramento.
METAS
Enquadramento dos corpos d´água em classes de usos preponderantes implantado até
2020.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio Ambiente do Acre
(IMAC).
PARCEIROS
Organizações não governamentais (ONG) locais.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Fomentar a (OBS: Vera) elaboração dos planos de bacias hidrográficas para
fundamentar o gerenciamento dos recursos hídricos e orientar a implementação dos programas
e projetos nas respectivas bacias.
JUSTIFICATIVA
Os planos de bacia são considerados instrumentos de gestão dos recursos hídricos (Art.
6º. e 7º. da Lei 9.433 de 1997 e Art. 8º. e 13º. da Lei 1.500 de 2003), devendo ser elaborados
em conformidade com o Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Durante as oficinas de capacitação realizadas nas UGRH para formação dos Grupos de
Trabalho Regionais (GTR) foram apontados os sistemas aquáticos mais comprometidos pelo
lançamento de efluentes domésticos nas áreas urbanas, devendo estes ser os primeiros alvos de
gerenciamento no Estado (Quadro 2).
Quadro 2. Relação dos rios e igarapés comprometidos em áreas urbanas nos municípios
do Estado.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
1.4.1. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para apresentação da proposta de
elaboração dos planos de bacia dos igarapés prioritários.
1.4.2. Realização dos estudos necessários para viabilizar os planos de bacias dos
igarapés prioritários.
1.4.3. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para formação de comissões pró-
organização de comitês de bacias hidrográficas.
1.4.4. Articulação entre o PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia, os planos
diretores e demais planos setoriais, conforme peculiaridades de cada região.
METAS
Planos de bacia dos igarapés prioritários em processo de construção a partir de 2011 até
2016.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Organizações não governamentais
(ONG) locais e Organismos de bacias existentes.
PARCEIROS
Organizações não governamentais (ONG) locais.
71
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Promover a educação e a orientação dos usuários de recursos hídricos e prevenir
condutas violadoras da legislação aplicável.
JUSTIFICATIVA
O Art. 56 da Lei Estadual de Recursos Hídricos (1.500/2003) indica que cabe ao
Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC) exercer a ação fiscalizadora dos usos dos recursos
hídricos no Estado, com poder de polícia, inclusive mediante imposição de penalidades pelas
condutas violadoras, na forma desta lei e dos regulamentos.
Segundo informações contidas no Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) as
ações de fiscalização devem ser pautadas em ações preventivas e de orientação aos usuários de
recursos hídricos, através de um processo contínuo de educação ambiental. Tem também função
corretiva/repressiva, na medida em que estimula o cumprimento da legislação pelos usuários de
recursos hídricos e os informa quanto aos preceitos legais e os procedimentos para sua
regularização (MMA, 2006).
A fiscalização dos usos dos recursos hídricos, integrada ao processo de fiscalização dos
recursos naturais, permitirá uma maior eficiência e otimização no uso dos recursos e
instrumentos, bem como a harmonização das condutas e procedimentos estabelecidos,
proporcionando tratamento justo aos usuários, com a constatação e aplicação de penalidades de
forma harmônica, conforme preconizado no PNRH.
Ainda, segundo dados do Programa de Desenvolvimento e Implementação dos
Instrumentos de Gestão do PNRH, as ações de fiscalização devem ser desenvolvidas segundo
uma abordagem sistêmica, planejada por bacia hidrográfica, com observância das inter-relações
entre os usuários, de maneira a garantir os usos múltiplos da água.
AÇÕES
1.5.1. Estruturação do Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado,
com o estabelecimento de normas e procedimentos.
1.5.2. Integração do Sistema de fiscalização dos recursos hídricos com o Sistema de
fiscalização ambiental realizado pelo IMAC, com harmonização de condutas e
procedimentos.
1.5.3. Capacitação de recursos humanos para a fiscalização do uso dos recursos
hídricos no Estado.
1.5.4. Fortalecimento do corpo técnico do IMAC.
1.5.5. Incentivos a realização de denúncias contra crimes ambientais,
72
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos implantado em todas as
UGRH até final de 2014.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
PARCEIROS
Prefeituras Municipais.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Reconhecer a água como bem econômico, dar ao usuário uma indicação de seu
real valor e promover o uso racional dos recursos hídricos e a sustentabilidade
financeira dos sistemas.
JUSTIFICATIVA
Segundo o Art. 30 da Lei 1500/2003 serão cobrados os usos de recursos
hídricos de domínio do Estado do Acre sujeitos a outorga, nos termos desta lei e dos
regulamentos.
O Parágrafo 1º. da referida lei estabelece que as cobranças pelo uso dos
recursos hídricos deverão ser realizadas pelo Instituto do Meio Ambiente do Acre
(IMAC), nos termos do ato impositivo, podendo delegar à Agência Reguladora de
Serviços Públicos do Acre.
Segundo o Art. 30 a cobrança objetiva ainda:
I – incentivar a racionalização do uso da água;
II – melhorar a qualidade dos corpos de água do Estado;
III – obter recursos para o financiamento dos programas e projetos constantes dos
planos de recursos hídricos;
IV – custear parte das atividades dos agentes envolvidos na gestão de recursos
hídricos do Estado, mormente no controle e fiscalização dos usos da água.
AÇÕES
1.6.1. Estudo de instrumentos econômicos de gestão de recursos hídricos adequados à
realidade do Estado, com foco na cobrança pelo uso da água.
1.6.2. Identificar as bacias onde haja a viabilidade para aplicação da cobrança.
1.6.3. Operacionalização de um sistema integrado de cadastro, outorga e cobrança.
1.6.4. Estudos para implementação de pagamento por serviços ambientais - fração
água.
METAS
Estudos realizados até 2011. Cobrança pelo uso dos recursos hídricos implantada até
final de 2014.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Agência Nacional de Águas (ANA).
74
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA), Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Serviço de Água e Esgoto de
Rio Branco (SAERB).
75
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Avaliar a evolução da qualidade e quantidade das águas em todas as UGRH do
Estado para dar subsídios técnicos aos planos de bacia e demais programas do
PLERH/AC e garantir o uso múltiplo das águas no Estado.
JUSTIFICATIVA
Segundo dados do diagnóstico do PLERH/AC, o Estado, de modo geral,
encontra-se em uma situação excelente para atendimento dos usos múltiplos frente à
disponibilidade hídrica representada pela vazão média no exutório das bacias
hidrográficas (SEMA, 2010).
No entanto, os dados de qualidade apontam valores preocupantes para o Índice
de Qualidade das Águas (IQA), especialmente na estação chuvosa, devido ao excesso
de matéria orgânica, inorgânica e sólidos totais em suspensão nas águas. Informações
do Plano de Prevenção e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos
Perigosos (P2R2) do Estado mostram que os pontos de lançamento de esgoto em todos
os municípios do Estado são feitos nos principais rios e igarapés, muitos dos quais nas
proximidades dos pontos de captação de águas do DEPASA.
A ampliação do conhecimento dos principais processos e mecanismos de
funcionamento dos sistemas aquáticos poderá dar a fundamentação necessária para a
recuperação dos ecossistemas e a proteção àqueles que ainda não estão ameaçados pela
deterioração da quantidade e da qualidade.
As alterações na distribuição, quantidade e qualidade das águas representam
uma ameaça à sobrevivência humana e das demais espécies do Planetaum desafio para
a gestão dos recursos hídricos, principalmente no que tange ao tratamento necessário
para o abastecimento humano.. É necessário um esforço conjunto para aumentar a
capacidade de predição e prognóstico e para integrar continuamente ciência,
planejamento e gerenciamento na área de recursos hídricos (Tundisi, 1999, in SEMA,
2010).
Portanto, manejar os recursos naturais para fins de produção de água, em
quantidade e qualidade, salvaguardando os valores do solo, da vegetação e da água na
paisagem, representa o grande desafio que ainda requer da sociedade maior
76
Plano Estadual de Recursos Hídricos
entendimento sobre os recursos naturais, sobretudo os hídricos, uma vez que a água é
vital à sobrevivência das espécies e não tem substituto (Brigante & Espíndola, 2003, in
SEMA, 2010).
Neste sentido fazem-se necessárias a ampliação e a redefinição da rede de
monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais, com implantação de pontos de
monitoramento estratégicos em todas as UGRH.
No processo deverão ser consideradas as especificidades de cada região, bem
como os aspectos legais pertinentes, dentre os quais a Resolução 357/2005 do
CONAMA e a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
O estado do Acre apresenta um número razoável de estações fluviométricas instaladas
nas calhas dos rios principais que originam as UGRH acreanas, com exceção dos rios Juruparí
e Envira que não apresentam nenhuma estação de monitoramento. Analisando a Figura 1 com
a distribuição das estações, é fácil observar que a região central do Estado é deficiente em
dados de vazão. As estações se concentram próximas às fronteiras do Acre com o Amazonas,
restando à região central sem estações de monitoramento e, portanto, sem séries históricas de
vazão.
77
Plano Estadual de Recursos Hídricos
78
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
2.1.1. Revisão da rede de monitoramento hidrológico e de qualidade da água, com
base nos resultados e recomendações do diagnóstico do PLERH/AC.
2.1.2. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de água
superficial.
2.1.3. Estabelecimento de convênios e/ou Termo de Cooperação Técnica entre a
SEMA e a Universidade Federal do Acre (UFAC), Secretaria da Saúde,
Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA) e Serviço
de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB), Corpo de Bombeiros Militar e
Polícia Ambiental, para análise de qualidade de água e suporte de campo.
2.1.4. Aquisição de equipamentos e materiais para coleta de água (vidrarias e
reagentes) e adequação de espaço físico para recebimento das amostras.
2.1.5. Integração das informações hidrológicas e meteorológicas.
2.1.6. Implementação, operação e manutenção de uma Rede Estratégica de
Monitoramento: processamento, interpretação e difusão de informação.
2.1.7. Trabalhar em articulação com a Agência Nacional de Águas (ANA) para uso
da base de dados da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) - (Banco de
Dados HIDRO/ANA), bem como do Programa Nacional de Qualidade da Água
(PNQA).
2.1.8. Proceder o monitoramento dos açudes de piscicultura implantados no Estado.
(OBS. VERA)
METAS
Rede de monitoramento hidrológico e de qualidade da água implantada no período de
2011 a 2014.
EXECUTORES
2.1.1. Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Instituto de Meio Ambiente
do Acre (IMAC) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Indústria, Ciência
e Tecnologia (SEDICT). (OBS. VERA)
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
(FUNTAC), Instituto Federal do Acre (IFAC), Universidade Federal do Acre (UFAC),
Secretaria de Saúde e Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
79
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Criar uma base de conhecimento hidrogeológico do Estado e acompanhar a evolução da
qualidade das águas subterrâneas em todas as UGRH.
JUSTIFICATIVAS
Segundo dados do diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010) o Acre apresenta três
importantes sistemas aqüíferos: Solimões, Cruzeiro do Sul e Rio Branco. Dentre eles, o Sistema
Aqüífero Rio Branco, restrito ao município de Rio Branco, com distribuição apenas no Segundo
Distrito da Capital, apresenta um nível de solicitação oriundo de sua exploração muito intenso,
mostrando que o limite do potencial de água subterrânea a ser explorado poderá ser ultrapassado
em breve, gerando implicações na demanda ecológica natural.
O Aqüífero Rio Branco deve ser visto como prioritário para avaliação, independentemente
dos trabalhos pioneiros realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em 2006, (CPRM,
2007).
A interação com sistemas hídricos superficiais será imprescindível, além da necessidade de
se desenvolver metodologias para quantificar as interações entre aqueles sistemas e os subterrâneos.
Considerando, ainda, o confronto entre qualidade e quantidade, será necessário atentar para
a questão da interferência entre poços para determinar o grau de interferência entre poços
perfurados e produtores.
Os cenários geoambientais nos quais se inserem os sistemas aqüíferos do Acre apresentam
particularidades vinculadas ao arcabouço geológico local. Neste sentido é prioritário avaliar as
possíveis interferências, para que não coloque em risco a produtividade e a qualidade do aqüífero, e
determinar qual tecnologia poderá ser empregada para minimizá-las.
Existe a necessidade de pesquisa envolvendo a vulnerabilidade dos aqüíferos, além de
outras envolvendo a proteção das áreas de recarga, a relação entre o uso do solo nas áreas de
recarga e a qualidade da água, zonas de proteção de poços e melhoramento do projeto de poços,
com o objetivo de reduzir ou mesmo evitar que os mesmos atuem como via de contaminação,
inclusive considerando poços improdutivos, secos, dentre outros aspectos.
O diagnóstico indica ainda a necessidade de planejar e executar a gestão dos recursos
hídricos subterrâneos, considerando os seguintes aspectos:
Avaliar os mecanismos legais de gestão das águas subterrâneas no estado do Acre;
Aprimorar o banco de dados sobre exploração de águas subterrâneas;
80
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
2.2.1. Cadastro de uso e dos usuários dos recursos hídricos subterrâneos, em especial
a exploração e comercialização da água mineral.
2.2.2. Zoneamento da vulnerabilidade e risco à poluição dos aqüíferos.
2.2.3. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de águas
subterrâneas.
2.2.4. Estabelecimento de convênio com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para
fins de monitoramento quali-quantitativo das águas subterrâneas, via Sistema
de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS).
2.2.5. Estabelecer parceria coma a ANA, via Agenda Nacional de Águas
Subterrâneas.
METAS
Rede de monitoramento das águas subterrâneas funcionando até 2014. Estudo de
vulnerabilidade dos aqüíferos acreanos finalizado até final de 2012. Termo de Cooperação
técnica firmado com CPRM-SIAGAS até final de 2011.
81
Plano Estadual de Recursos Hídricos
EXECUTORES
PARCEIROS
82
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Apoiar os municípios na efetivação de investimentos públicos em saneamento
ambiental de forma a garantir qualidade ambiental e de vida para a população acreana.
JUSTIFICATIVA
Com a crise do extrativismo a população cresceu de forma desordenada nas cidades
acreanas, agravando os problemas ambientais pela falta de saneamento básico e destinação
inadequada dos resíduos sólidos. A poluição dos recursos hídricos destaca-se nesse panorama
com graves implicações para a saúde da população (PPA, 2008-2011).
O PPA (2008-2011) prevê, dentre outras ações de saneamento, a implantação de
estação de tratamento e rede e melhorias de esgotamento sanitário nos municípios com maior
índice de mortalidade infantil no Estado (Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e 103).
A degradação da qualidade da água, as alterações no regime hídrico e na sua quantidade
decorrem do crescimento demográfico, da parca infra-estrutura de saneamento e da progressiva
demanda originadas por atividades econômicas, nem sempre compatibilizadas com os
princípios da sustentabilidade ambiental.
O atendimento às demandas de água requer, portanto, o conhecimento das
condicionantes para a utilização sustentável dos recursos hídricos, organizando o uso do
território em conformidade com sua capacidade suporte.
Do ponto de vista da qualidade dos recursos hídricos, observa-se o comprometimento
da disponibilidade hídrica em muitos cursos de água pelo lançamento de efluentes domésticos
e industriais sem tratamento, que atinge inclusive mananciais de abastecimento humano.
Verifica-se a necessidade de incrementar o tratamento dos efluentes domésticos e
industriais responsáveis pelo quadro de poluição existente. O desenvolvimento tecnológico no
tratamento dos efluentes deve ser um aliado na busca da melhoria de sua eficiência do ponto
de vista sanitário e ambiental, particularmente na expansão da rede de coleta de esgoto
sanitário e seu tratamento.
Neste sentido são necessárias políticas voltadas para a gestão dos problemas
ambientais urbanos que a cada dia se tornam mais graves.
AÇÕES
83
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental estabelecido até 2011. Novas
tecnologias de tratamento implantadas até 2011. Rede de abastecimento de água ampliada e
controle de perdas efetivadas até 2011. Saneamento ambiental (coleta, tratamento e destinação
adequada do lixo, esgoto e resíduos sólidos) implantado em todas as UGRH até 2020.
EXECUTORES
Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
PARCEIROS
Governo do Estado e Governo Federal (Programa de Aceleração do Crescimento -
PAC).
84
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Apoiar a criação de organismos de bacias prioritárias no Estado e estruturas correlatas e
contribuir para a consolidação das bases do Sistema Estadual de Gestão Integrada dos Recursos
Hídricos (SEGRH) no Acre.
JUSTIFICATIVAS
Os comitês ou organismos de bacia estão previstos nos artigos 37 a 40 da Lei
9433/1997. Deverão ser instituídos, organizados e terão seu funcionamento segundo critérios
estabelecidos na Resolução 05 de 10 de abril de 2000 do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (CNRH).
O Art. 50 da Lei de Recursos Hídricos do Acre (1500/2003) indica que os comitês de
bacia hidrográfica são colegiados consultivos e deliberativos instituídos por decreto do
Governador do Estado, com atuação exclusiva na área de abrangência da respectiva bacia ou
sub-bacia hidrográfica.
Segundo o Art. 3º. da Resolução 05/2000 os Comitês de bacia hidrográfica em rios de
domínio do Estado, afluentes a rios de domínio da União, serão desenvolvidas mediante
articulação da União com os Estados, observados os critérios e as normas estabelecidas pelos
Conselhos Nacional, Estaduais e Distrital dos recursos hídricos.
AÇÕES
4.1.1. Capacitação de usuários, sociedade civil e governo das bacias prioritárias para
a instalação de organismos de bacia, conforme previsto nas políticas nacional e
estadual de recursos hídricos.
4.1.2. Apoio à estruturação das Agências de bacias.
4.1.3. Incentivo à criação, qualificação e participação de associações de usuários de
água.
METAS
85
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Atores mobilizados para conformação dos organismos de bacia dos igarapés prioritários
e suas respectivas agências a partir de 2011. Apoio a criação de bacias estruturadas a partir de
2012.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) via Conselho de Meio Ambiente
Ciência e Tecnologia (CEMACT), Organismos de Bacia existentes e Setor de Usuários.
PARCEIROS
Universidade Federal do Acre (UFAC), Instituto Federal do Acre (IFAC), Prefeituras
Municipais e Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA).
86
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVO
Promover a gestão integrada e participativa das águas e dos recursos hídricos no
Estado, com a efetiva contribuição dos municípios.
Apoiar a capacitação dos gestores municipais para sua atuação no Sistema Estadual de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SEGRH) e inclusão do tema da gestão sustentável das
águas nas políticas municipais.
JUSTIFICATIVA
A metodologia do PLERH/AC (SEMA, 2008) indica a necessidade da articulação da
gestão estadual de recursos hídricos com a gestão ambiental nos municípios, com mecanismos
que, de fato, dêem efetividade a essa integração, considerando que a qualidade e a quantidade
das águas estão diretamente dependentes dos usos do solo, cuja legislação é competência
municipal.
Considerando que o PLERH/AC é um importante instrumento de integração das
políticas de uso do solo com as políticas de recursos hídricos, poderá contribuir para fortalecer
o papel dos Municípios na gestão dos mesmos.
De acordo com a Lei Estadual 1.500/2003 (Artigo 3 o, Parágrafo Único) “na
implementação da política e da gestão de recursos hídricos estaduais, os Poderes Executivos do
Estado e dos Municípios promoverão a integração das políticas de saneamento básico, de uso,
ocupação e conservação do solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de
Recursos Hídricos”.
Na perspectiva de gestão dos recursos hídricos não se pode negligenciar a formulação e
a implementação de políticas públicas de saneamento e de saúde, cujas institucionalidade e
governança devem necessariamente se coordenar com a questão das obras e sistemas que
formam a sua base física e operacional.
Dentre esses aspectos estão: o manejo de águas fluviais e a drenagem pluvial urbana; o
gerenciamento de águas residuárias; a captação e o abastecimento de água; a manutenção da
qualidade dos mananciais; o manejo de resíduos sólidos, cujas ações são, principalmente, de
responsabilidade dos municípios (SEMA, 2010).
Neste sentido a descentralização do processo de gestão dos recursos hídricos, a partir da
integração dos Municípios na estrutura da gestão é de fundamental importância para o Estado.
87
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
4.2.1. Fortalecimento dos órgãos gestores e capacitação dos técnicos das Secretarias
municipais de meio ambiente e dos Conselhos municipais em assuntos relativos
à gestão de recursos hídricos, de forma que possam participar de todo o
processo de construção e implementação do PLERH/AC.
4.2.2. Formalização de parcerias com os municípios para proteção dos mananciais
locais e gestão das águas urbanas.
4.2.3. Criar mecanismos de articulação entre as secretarias municipais, estaduais e
órgãos federais visando à gestão dos recursos hídricos.
METAS
Parcerias formalizadas com os municípios para gestão integrada dos recursos hídricos a
partir de 2011. Capacitação dos técnicos das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e dos
Conselhos municipais em assuntos relativos à gestão de recursos hídricos a partir de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Instituto do Meio Ambiente do Acre
(IMAC) e Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
PARCEIROS
Secretarias Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente
(CONDEMA), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Órgãos Federais. (OBS. VERA)
88
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Consolidar e operacionalizar o Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMAC) para
garantir a sustentabilidade financeira do processo de gestão integrada dos recursos hídricos no
Estado.
JUSTIFICATIVA
O Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC) foi criado pela Lei 1.117 de 1994 e
deverá ser conduzido em conformidade com legislação específica e com as alterações
introduzidas pela referida lei, exclusivamente no que diz respeito aos recursos hídricos (Art. 34
da Lei 1500/2003).
O Parágrafo 1°. da Lei 1500/2003 indica que a aplicação de recursos do FEMAC
deverá atender às diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos e aos objetivos e metas
do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PLERH/AC) e dos planos das bacias hidrográficas,
quando houver.
De acordo com o Parágrafo 2°. a gestão do FEMAC deverá estar em conformidade com
o plano plurianual do Governo do Estado, com as diretrizes orçamentárias e com o orçamento
anual do Estado.
AÇÕES
4.3.1. Regulamentar Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC), no que diz
respeito a recursos hídricos. (Arts. 35 a 37 da Lei 1500/2003) e desenvolver os
mecanismos necessários para a sua implantação.
4.3.2. Identificar fontes potenciais de receita para investimento no Sistema Estadual
de Gestão Integrada de Recursos Hídricos e a implementação dos programas e
projetos previstos no PLERH/AC.
4.3.3. Criar mecanismos de rateio dos recursos do fundo entre os municípios que
possuírem organismos de bacia.
METAS
Fundo Estadual de Meio Ambiente implantado até 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via CEMACT.
89
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
Prefeituras Municipais.
90
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Promover a articulação das políticas de desenvolvimento do Estado, dos municípios, do
setor privado, usuários para fins da gestão integrada dos recursos hídricos.
Incentivar a cooperação entre o Estado, a União, entidades de pesquisa, organismos
nacionais e internacionais de desenvolvimento e fomento, com vistas ao planejamento e
gerenciamento integrado dos recursos hídricos.
JUSTIFICATIVA
A gestão participativa envolve a necessidade de articulação dos poderes públicos com
os diversos segmentos da sociedade, incluindo usuários com interesses conflitantes, além da
articulação entre os diversos órgãos e níveis de governo.
Segundo a Metodologia de elaboração do PLERH/AC (SEMA, 2008), o Plano Estadual
de Recursos Hídricos deve ser compatível com os interesses da União no que se refere às bacias
hidrográficas de rios federais, no tocante à gestão de seus recursos hídricos, com vista a
minimizar possíveis conflitos e obter uniformidade de decisões acerca dos cursos d’água de
interesse comum. Além disso, devem ser observados os conflitos com os países vizinhos
(Bolívia e Peru), onde compartilhamos rios fronteiriços e transfronteiriços.
A sua elaboração deverá apoiar-se em instrumentos jurídicos adequados e nos planos de
desenvolvimento existentes (ZEE/2006; Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado,
Plano Estratégico do Governo do Estado, Metas do Milênio, Relatório do IPCC/2007, dentre
outros). Deverá ser implantado por etapas, por um sistema integrado de gestão com a Política
Estadual de Meio Ambiente, considerando as demais políticas setoriais de interesse no Estado
(Planejamento, Saúde, Saneamento, Obras, Educação, dentre outras) e promovendo articulação
das políticas de desenvolvimento nacional e regional.
91
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
5.1.1. Identificação, no Estado e nos Municípios, programas, projetos e investimentos
que regem os setores que afetam a gestão das águas, em termos de seus
propósitos e impactos potenciais, para fins de coordenação, eliminação de
duplicidades, convergência de objetivos e incorporação de diretrizes de
interesse da gestão integrada de recursos hídricos no Estado, via Comissão
permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da
implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-PLERH/AC).
5.1.2. Criação e consolidação de espaços institucionais efetivos para discussão de
temas estratégicos relacionados à gestão dos recursos hídricos (Planejamento,
Obras, em especial construção e retificação de estradas, rodovias e ramais,
Saneamento, Educação, Saúde, dentre outros).
5.1.3. Articulação entre a SEMA e a Agência Nacional de Águas (ANA) /Secretaria
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU/MMA) e definição de
estratégias conjuntas para a gestão dos recursos hídricos fronteiriços e
transfronteiriços.
5.1.4. Elaboração de documentos estratégicos para a sinergia entre o Sistema de
Recursos Hídricos e outras políticas de desenvolvimento, a exemplo do Sistema
Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA), Planos Diretores
Municipais, Ordenamento Territorial Local (OTL), Plano de Desenvolvimento
Comunitário (PDC), dentre outros.
5.1.5. Integração entre o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
(SINGREH) e o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
(SEGRH/AC).
5.1.6. Fortalecimento das ações desenvolvidas no âmbito da Iniciativa MAP (Madre
de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO) e demais fóruns existentes (FIFAU- Fórum
de Integração Fronteiriça Acre-Ucayali), modelo de articulação integrada para
a gestão das águas fronteiriças e transfronteiriças, na fronteira Brasil, Bolívia e
Peru, priorizando a articulação entre os ministérios das relações exteriores dos
três países.
5.1.7. Articulação dos planos de bacias do Estado com o Plano da Margem Direita do
Rio Amazonas (PDMA), via ANA. (OBS. VERA)
5.1.8. Apoiar a elaboração dos Zoneamentos Ecológico-Econômicos (ZEE) locais e
planejamento territorial de áreas urbanas, bem como a implementação de
planos municipais de ordenamento territorial (PLOT), planos diretores e
desdobramentos (PPA – 2008-2011, pág. 44).
92
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Articulação inter-setorial para o planejamento e execução de atividades relacionadas a
recursos hídricos desencadeada em 2011 e com formalidades estabelecidas até 2014.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via Comissão permanente de
acompanhamento, monitoramento e avaliação da implementação do Plano Estadual de
Recursos Hídricos (CMAI-PLERH).
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Conselhos Municipais de Defesa do Meio
Ambiente (CONDEMA), Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do
Meio Ambiente (SRHU/MMA), Iniciativa MAP (Madre de Dios – PE, Acre – BR e Pando –
BO), Ministério de Relações Exteriores (MRE) e Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
93
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Identificar fontes de financiamento para apoiar a implementação do Sistema de
Gerenciamento Recursos Hídricos do Estado (SEGRH/AC) e viabilizar a execução dos projetos
previstos no PLERH/AC.
JUSTIFICATIVA
O conjunto de programas e projetos previstos no PLERH/AC demanda recursos
financeiros para sua execução, em especial para aqueles que não estão previstos no orçamento
do Estado, implicando em parcerias e na identificação de fontes de financiamento junto a
organismos de fomento nas esferas estadual, federal e internacional. Faz-se necessário traçar
estratégias que garantam a viabilidade e a sustentabilidade econômico-financeira do
PLERH/AC.
Apesar de estar em fase de revisão, o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
tem um programa de desenvolvimento institucional de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos
no Brasil, que provavelmente será mantido, e onde é previsto apoio a organização dos Sistemas
Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRH), via sub-programa, no sentido de
construir e consolidar capacidades, por meio da adoção de políticas de capacitação e fixação de
quadros nas entidades, cabendo aqui a necessária articulação do SEGRH/AC com o SINGREH
via SRHU/MMA.
AÇÕES
6.1.1. Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado
pelo Estado.
6.1.2. Identificação de fontes de financiamento junto aos órgãos federais e
internacionais e elaborar propostas de parcerias (Termos de Cooperação
Técnica ou Convênios) para implementação do SEGRH/AC.
6.1.3. Identificação de fontes de financiamento para os planos de bacia, junto a ANA,
SRHU e usuários.
6.1.4. Negociar a inserção de recursos no PPA do Governo do Estado para viabilizar
projetos estruturantes na área de recursos hídricos.
94
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado
realizado em 2011. Parcerias firmadas e convênios assinados até final de 2011. Projetos
elaborados e encaminhados para busca de financiamento até final de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via Comissão permanente de
acompanhamento, monitoramento e avaliação da implementação do Plano Estadual de
Recursos Hídricos (CMAI-PLERH) e FUNTAC. (OBS. VERA)
PARCEIROS
Prefeituras Municipais, Associações, Organizações não governamentais (ONG) e
Sindicatos.
95
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVO
Regulamentar e implantar o Programa de conservação das águas e dos recursos
hídricos e o pagamento por serviços ambientais, fração água no Estado.
JUSTIFICATIVA
Através da Lei 2.308 de outubro de 2010, o Governo do Estado criou o Sistema
Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA), o Programa de Incentivos por
Serviços Ambientais (ISA) Carbono e demais Programas de Serviços Ambientais e
Produtos Ecossistêmicos do Estado do Acre.
O objetivo do SISA é fomentar a manutenção e ampliação da oferta dos
serviços e produtos ecossistêmicos, dentre os quais a conservação das águas e dos
serviços hídricos.
Além da Agência de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Estado foi
criado o Instituto de Regulação, Controle e Registro, supervisionado pela SEMA para,
que, dentre outras funções, responsabilize-se pelo estabelecimento das normas
complementares do SISA.
Segundo o art. 30 da referida lei, as regras de funcionamento do programa
estadual dos recursos hídricos será objeto de lei.
AÇÕES
6.2.1. Desenvolvimento dos estudos necessários para implantação do Programa de
conservação das águas e dos recursos hídricos.
6.2.2. Elaboração dos procedimentos para a sua regulamentação.
METAS
Criar e regulamentar Programa de conservação das águas e dos recursos
hídricos e pagamento por serviços ambientais, fração água implantados e
regulamentados de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Conselho Estadual de Meio
Ambiente, Ciência e Tecnologia (CEMACT), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC),
Agência de Regulação, Controle e Registro e órgãos afins. (OBS. VERA)
96
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Procuradoria Geral do Estado (PGE),
WWF-Brasil, GIZ, Forest Trends, dentre outros. (OBS. VERA)
97
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Desenvolver um processo continuado de educação ambiental e difusão de
conhecimentos sobre recursos hídricos para os diversos segmentos sociais, de forma a garantir a
gestão participativa das águas e dos recursos hídricos no Estado.
Contribuir para a institucionalização política da gestão integrada de recursos hídricos
no Estado e para a efetividade da implantação do SEGRH/AC, via mecanismos de apoio
transversal continuado à implementação dos programas e projetos propostos no PLERH/AC.
Preparar a sociedade acreana para lidar com a nova realidade, advinda das mudanças
globais, tanto na incorporação de novos modos de vida, quanto na busca de atitudes que
contribuam para minimizar tais alterações (Plano Plurianual, 2008-2011, pag. 39).
JUSTIFICATIVA
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), a educação ambiental
deve proporcionar, entre outros aspectos, a construção de valores e a aquisição de
conhecimentos, atitudes e habilidades voltadas para a participação responsável em gestão
integrada de recursos hídricos (Lei Federal n° 9.795/99).
O Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA), determina a criação, manutenção e implementação de programas
de educação ambiental integrados às atividades de gestão dos recursos ambientais, inclusive dos
recursos hídricos.
A Resolução 98/2009, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabelece
princípios, fundamentos e diretrizes para a educação, o desenvolvimento de capacidades, a
mobilização social e a informação para a gestão integrada de recursos hídricos no Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).
A Lei de recursos hídricos do Acre (1500/2003) estabelece a Educação ambiental como
instrumento de gestão das águas. Segundo o Art. 42 da referida lei, o Poder Público Estadual
deverá empreender campanhas de orientação pública aos usuários de recursos hídricos e à
sociedade em geral, de forma a esclarecer e informar sobre as questões relevantes da legislação
98
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
7.1.1. Capacitação continuada de lideranças comunitárias, professores, coordenadores e
diretores de escolas, agentes de saúde, dos técnicos dos órgãos gestores da união, do
Estado e dos Municípios.
7.1.2. Intensificar os programas de Ciência e tecnologia junto a FUNTAC,
EMBRAPA, UFAC e IFAC bem como a universidades particulares e outras instituições
de pesquisas para ampliar o conhecimento sobre recursos hídricos, através de editais de
apoio a projetos de pesquisas.
7.1.3. Implantação de um Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre
recursos hídricos. (Rádio, Televisão, Internet, principalmente nas escolas).
7.1.4. Incentivo a introdução do tema Mudanças Globais no currículo do ensino
fundamental e médio das escolas públicas e particulares do Estado e também nas
Universidades.
7.1.5. Capacitação de usuários, sociedade civil para acompanhamento do PLERH/AC.
7.1.6. Fomento à realização de cursos e seminários de atualização, aperfeiçoamento e
especialização em recursos hídricos para os diferentes segmentos (sociedade civil,
usuários e poder público), sem perder de vista a questão de gênero, as comunidades
tradicionais e indígenas.
7.1.7. Desenvolver ações de sensibilização (cursos de formação) para os técnicos do
DERACRE, ITERAC E INCRA para minimizar os impactos ambientais na construção
e recuperação de rodovias, ramais e pontes. (OBS. VERA)
7.1.8. Apoiar a criação de cursos em instituição de ensino superior voltados para os
recursos hídricos.
7.1.9. Apoiar a realização de atividades de extensão: cursos, palestras, seminários de
atualização.
7.1.10. Apoiar a criação de um curso superior em recursos hídricos.
99
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.1.11. Fomento para criação de cursos de nível médio para a gestão de recursos hídricos,
a exemplo do que o estado do Acre já vem fazendo com outras áreas (agrofloresta, turismo,
agroindústria e outros).
7.1.121. Elaborar materiais informativos com ênfase na gestão de recursos hídricos.
100
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Capacitação continuada em funcionamento a partir de 2011. Programas de Ciência e
tecnologia fomentados pelo Governo a partir de 2011. Sistema de Comunicação e difusão da
informação sobre Recursos hídricos implantado até 2012. Introdução do tema Mudanças
Globais no currículo do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas do Estado
a partir de 2011 e em Universidades a partir de 2012. Elaboração de materiais informativos com
ênfase na gestão de recursos hídricos a partir de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
PARCEIROS
Secretaria Estadual de Educação (SEE), Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
(FUNTAC), Universidade Federal do Acre (UFAC), Secretarias Municipais de Educação, de
Meio Ambiente e de Saúde, Prefeituras Municipais, Organizações não governamentais (ONG),
instituições de pesquisa e entidades religiosas, dentre outras.
101
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Desenvolver estudos e pesquisas para ampliar a base de conhecimento sobre os recursos
hídricos do Estado.
Difundir os resultados de pesquisa científica e tecnológica para aplicação do
conhecimento em recursos hídricos.
JUSTIFICATIVA
A consolidação da gestão dos recursos hídricos no Estado depende de avanços e
geração de conhecimento científico e tecnológico em várias áreas (qualidade e quantidade de
águas superficiais e subterrâneas, demanda, usos consuntivos e não consuntivos, adaptação a
mudanças climáticas, hidrogeologia, relação água-floresta, dentre outros), conforme
identificado no diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010).
Neste sentido o Governo do Estado deverá investir em Ciência e Tecnologia, em
parceria com as instituições de pesquisa e de ensino superior, Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), dentre
outras.
AÇÕES
8.1.1. Estudos sobre o potencial de geração e transporte de cargas poluidoras de
origem difusa.
8.1.2. Fomento acadêmico para conhecimento hidrogeológico do Estado.
8.1.3. Desenvolvimento de estudos para conhecer a inter-relação água-solo-floresta e
suas implicações no ciclo hidrológico.
8.1.4. Desenvolvimento de tecnologia de conservação de recursos hídricos para os
usos consultivos.
8.1.5. Fortalecimento do programa de formação de pesquisas locais (PPA, 2008-2011,
pág. 101).
8.1.6. Fortalecimento do programa de iniciação científica da FUNTAC e UFAC
(PPA, 2008-2011, pág. 101).
102
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Estudos e pesquisas desencadeados a partir de 2011 e finalizados em 2016.
EXECUTORES
Fundação Tecnológica do Estado do Acre (FUNTAC).
PARCEIROS
SEMA, Instituições de pesquisa e universidades locais (UFAC, IFAC, UNINORTE,
EMBRAPA) e ONG. (OBS. VERA)
103
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Identificar as áreas sujeitas a eventos hidrológicos críticos, e propor ações integradas e
intervenções multidisciplinares que possibilitem a mitigação desses eventos e a adaptação das
comunidades e dos sistemas afetados.
Criar um Núcleo Integrado de Monitoramento de Eventos Extremos e o sistema
permanente de alerta precoce para antecipação dos mesmos nas UGRH.
JUSTIFICATIVA
Eventos extremos têm se tornando mais freqüentes no Estado. Durante a fase de seca,
em 2005, o baixo nível do Rio Acre dificultou a coleta de água para tratamento e distribuição
para a população de Rio Branco. Em 2006 e posteriormente em 2009, inundações desabrigaram
milhares de famílias assentadas ao longo das principais bacias hidrográficas do Estado,
especialmente no Rio Acre.
A abordagem da bacia hidrográfica no estudo dos perigos ambientais possibilita uma
análise integrada dos elementos físicos e sociais, considerando a relação população-ambiente,
permitindo ainda a mensuração do risco ambiental, a produção social do risco e a capacidade de
resposta da sociedade (Cutter, 1996 in Marandola e Hogan, 2009).
As ações de adaptação em bacias hidrográficas requerem, portanto, o desenvolvimento
de análises de vulnerabilidade como um diagnóstico prévio dos riscos relativos às mudanças
climáticas e aos estresses não climáticos, como as mudanças no uso e ocupação do solo a que
estão submetidas, bem como o zoneamento das áreas de risco.
A identificação das fragilidades potenciais e emergentes na bacia hidrográfica
proporciona uma melhor definição das diretrizes e ações a serem implementadas no espaço
físico-territorial, servindo como subsídios à gestão integrada dos recursos naturais (Sporl e
Ross, 2004).
104
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
9.1.1. Inventário e zoneamento das áreas de vulnerabilidade ambiental e social.
9.1.2. Estabelecimento de medidas estruturantes para minimizar a vulnerabilidade
social às enchentes e às secas, em articulação com os Municípios.
9.1.3. Criação de um Sistema de alerta precoce para antecipação dos eventos
extremos (chuvas intensas e secas prolongadas) nas UGRH, em parceria com a
Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).
9.1.4. Promoção de ações preventivas de apoio a comunidades rurais e florestais,
visando reduzir a vulnerabilidade da sociedade acreana aos efeitos locais das
mudanças climáticas (PPA, pag. 39).
9.1.5. Criação de um Núcleo Integrado de monitoramento e controle de eventos
extremos, em parceria com Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais
(CEGdRA).
9.1.6. Fortalecimento da Defesa Civil em todos os municípios.
METAS
Inventário e zoneamento das áreas vulneráveis elaborados até 2012. Núcleo Integrado
de monitoramento e controle de eventos extremos implantado em 2011. Instalar pelo menos
dois sistemas pilotos de alerta precoce nas UGRH Acre-Iquiri e Juruá em 2011 e os demais até
2013.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), através da Comissão Estadual de
Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).
PARCEIROS
Prefeituras Municipais, Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil, Defesas Civis
Municipais, ANA e SRHU/MMA. (OBS. VERA)
105
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Identificar e recuperar áreas degradadas compreendendo aquelas consideradas de
preservação permanente (nascentes e matas ciliares) nas bacias dos igarapés prioritários.
Recuperar, conservar e preservar o ambiente das bacias dos igarapés prioritários e
mitigar os impactos ambientais antrópicos, visando: a recuperação e manutenção de corpos
d’água, a redução dos processos erosivos e do assoreamento, o aumento da recarga e a elevação
da oferta de água bruta, a partir da difusão de práticas de recuperação ambiental somadas à
promoção da educação ambiental voltada para sociedade em geral.
JUSTIFICATIVA
Revitalizar significa recuperar, preservar e conservar as bacias hidrográficas em
situação de vulnerabilidade e degradação ambiental, por meio de ações integradas e
permanentes, que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições
socioambientais, o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água para usos
múltiplos.
106
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
10.1.1. Potencializar a implantação do Programa Estadual de Conservação e
Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares (APP) (PPA, 2008-2011).
10.1.2. Implantar um sistema de certificação de iniciativas de recuperação
ambiental nas bacias prioritárias.
10.1.3. 10.1. 3. Aliar as iniciativas de recuperação ambiental nas bacias prioritárias
às ações de certificação da política do ativo ambiental florestal.
10.1.4. 10.1.4. Estabelecer áreas prioritárias, de acordo com o nível de degradação,
para implantação do referido programa.
METAS
Programa Estadual de Conservação e Recuperação de nascentes e matas ciliares
implantado a partir de 2011, em no mínimo 10 microbacias até 2014 e em mais 10 microbacias
até 2012.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
ONG locais, Prefeituras Municipais, Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e
Produção Familiar (SEAPROF), SEMA, Fundação Nacional do Índio (FUNAI), lideranças
indígenas, Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pró Índio (CPI), Universidades,
pecuaristas e agricultores dentre outros.
107
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Promover e apoiar a recuperação das áreas de recarga dos aqüíferos, através da
implementação de ações não estruturantes para sua recuperação.
JUSTIFICATIVA
O diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010), referente à disponibilidade e demanda de
águas subterrâneas, aponta a necessidade de identificação das áreas de recarga, bem como de
técnicas para induzir recarga artificial, fundamental na manutenção do equilíbrio entre entrada e
saída de água do sistema.
O diagnóstico aponta a necessidade de desenvolvimento de pesquisa sobre a
vulnerabilidade dos aqüíferos, envolvendo a proteção das áreas de recarga, a relação entre o uso do
solo nas áreas de recarga e a qualidade da água no aqüífero, zonas de proteção de poços e
melhoramento do projeto de poços, com o objetivo de reduzir ou mesmo evitar que os mesmos
atuem como via de contaminação, inclusive considerando poços improdutivos, secos, dentre outros
aspectos (SEMA, 2010).
Segundo o mesmo relatório será também necessário conhecer o meio físico, as fontes
potenciais de contaminação, as técnicas de proteção dos aqüíferos, o desenvolvimento de
metodologias de avaliação da capacidade do aqüífero, ou adaptar metodologias existentes, de modo
a evitar super exploração e a conseqüente exaustão do recurso.
AÇÕES
10.2.1. Recuperação e/ou conservação de drenagens e cabeceiras dos aqüíferos,
conforme definido no diagnóstico do PLERH/AC e nos estudos do CPRM,
especialmente para Rio Branco.
METAS
Medidas de proteção dos aqüíferos estabelecidas a partir de 2011.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
CPRM, Prefeituras, SEAPROF, FUNTAC, SEMA, ONG locais, UFAC, dentre outras.
108
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Preservar as bacias prioritárias dos processos erosivos naturais ou antrópicos,
impedindo ou revertendo-os.
JUSTIFICATIVA
Processos erosivos e de assoreamento são comuns no Estado e são diretamente
proporcionais na dinâmica das bacias hidrográficas. A erosão fornece os materiais que ao serem
transportados e depositados darão origem ao assoreamento.
O desmatamento nas zonas rurais e a execução de obras em áreas frágeis do ambiente
urbano potencializam a deflagração de processos erosivos em suas mais diversas escalas
espaciais e temporais.
As intervenções junto às margens podem, igualmente, deflagrar processos erosivos ou
mesmo de solapamento, especialmente considerando-se a forte ação fluvial sobre as mesmas.
Neste sentido medidas preventivas e corretivas são necessárias para manutenção das
condições ecológicas dos sistemas e segurança das populações locais.
AÇÕES
10.3.1. Identificação e georeferenciamento das áreas críticas e dos fatores
determinantes na mitigação e controle dos processos erosivos e de
assoreamento do solo nas bacias hidrográficas prioritárias.
10.3.2. Desenvolvimento de mecanismos de defesa contra erosão do solo e
assoreamento dos rios.
10.3.3. Mobilização e engajamento social no processo de recuperação dos
processos erosivos, bem como construção de estruturas de contenção,
recomposição da vegetação, dentre outras atividades, incluindo ações do
programa PRODES da ANA.
10.3.4. Promover integração das ações aqui propostas com o Programa de
Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Estado.
10.3.5. Fazer parceria com a ANA para implantação do Programa Produtor de Água
no Acre.
10.3.6. Acompanhamento dos empreendimentos rurais (fazendas e criadouros de
peixes) para se evitar o desmatamento indiscriminado e estabelecimento de
processos erosivos.
109
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Sistema de Prevenção e defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios
implantado a partir de 2011 a 2015. Programa do Produtor de Água implantado em 5 (cinco)
microbacias até 2014 e mais 5 (cinco) microbacias até 2020.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, Organizações não governamentais (ONGs) locais, Consórcios de municípios,
Prefeituras municipais, Colônia de Pescadores, dentre outras. (OBS. VERA)
110
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Implementar sistemas de drenagem adequados, recuperar e urbanizar as áreas de fundo
de vale nas bacias prioritárias.
JUSTIFICATIVA
O escoamento superficial sofre alterações substanciais em decorrência do processo de
urbanização de uma bacia, principalmente como conseqüência da impermeabilização
superficial, alterando as vazões dos sistemas aquáticos e comprometendo a vida das pessoas.
A urbanização de áreas nas proximidades de rios e igarapés é recorrente no Acre e tem
se constituído em um sério problema para o planejamento urbano. A maior preocupação refere-
se à falta de um sistema de drenagem eficiente que contribua para enchentes e processos
erosivos, colocando em risco a vida da população.
A ocupação irregular das áreas de vales e planícies inundáveis trás como conseqüência
a vulnerabilidade do sistema natural e das comunidades e deve ser evitada. Um olhar especial
para o sistema de drenagem das cidades faz-se necessário e o estabelecimento uma política de
ocupação do solo, em especial das várzeas de inundação, que não entre em conflito com a
política de drenagem urbana, via planos diretores e ordenamento territorial local.
Programas de revitalização desses locais, como a implantação de áreas de lazer e
parques lineares são aconselháveis para evitar a ocupação humana e facilitar o escoamento das
águas pluviais nos sistemas de drenagem adequados.
AÇÕES
10.4.1. Recuperação dos fundos de vale, nos municípios do Estado, através de
processos de implantação e/ou revitalização dos sistemas de drenagem das
cidades.
10.4.2. Integração das ações dos Planos diretores e Ordenamento Territorial com
atividades previstas no PLERH/AC.
111
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Implantação e ou readequação dos sistemas de drenagem urbana a partir de 2011 em 4
(quatro) municípios até 2014 e em mais 5 (cinco) até 2020.
EXECUTORES
Prefeituras Municipais e Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). (OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, Organizações não governamentais (ONG) locais, Consórcios de municípios,
Prefeituras municipais, dentre outras. (OBS. VERA)
112
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Realizar obras de contenção das margens dos principais rios do Estado.
JUSTIFICATIVA
O regime hidrológico dos rios do Estado, com cheias rápidas, provoca o
extravasamento nas margens convexas dos meandros, facilitando a mudança do traçado dos rios
(ACRE, 2000). A vegetação que recobre o relevo apresenta raízes muito superficiais, não
conferindo estabilidade à vegetação ciliar e esta acaba caindo sobre o leito fluvial.
Outro fenômeno comum é o deslizamento das margens (ACRE, 2000), promovendo o
assoreamento dos sistemas aquáticos. Estes processos naturais, aliados ao uso e ocupação
irregular do solo, têm promovido a degradação dos sistemas, com possíveis reflexos sobre a
fauna aquática.
AÇÕES
10.5.1. Levantamento e estudos das necessidades de obras de contenção para
identificação e verificação de áreas (rural e urbana) onde não é mais possível
revitalização natural.
METAS
Obras de contenção das margens dos principais rios do Estado realizadas até 2012 –
2015.
EXECUTORES
Secretaria de Obras.
PARCEIROS
SEMA, Organizações não governamentais (ONG) locais, Consórcios de municípios,
Prefeituras municipais, dentre outras. (OBS. VERA)
113
Plano Estadual de Recursos Hídricos
OBJETIVOS
Promover a adoção de técnicas sustentáveis nos processos produtivos agropecuários.
JUSTIFICATIVA
A relação entre a ocupação agropecuária das terras e as características físicas da bacia
hidrográfica (solos e relevos) também requer atenção no Acre. Verifica-se a ocorrência
freqüente de ocupação antrópica em terras inaptas à atividade agropecuária.
O Zoneamento Ecológico- Econômico do Acre – Fase II, mostra que a evolução da
pecuária está associada com o crescimento das áreas de pastagens pela intensificação dos
sistemas de produção que vem se observando ao longo dos anos e esta atividade se constitui
no principal uso da terra nas áreas alteradas do Estado (ACRE, 2006).
Dados do Censo Agropecuário de 2006 (IBGE, 2006) indicam que houve um aumento
na extensão das pastagens no Estado, de 63.354 ha em 1970 para 1.032.430 ha em 2006.
Dada a extensão das terras ocupadas inadequadamente, os impactos sobre os recursos
hídricos são diretos e dependem de reforço nas ações de assistência técnica aos produtores
rurais, para estimular a otimização do uso em terras aptas e para reverter à condição de
degradação dos recursos naturais.
As áreas com restrições à ocupação devem ser consideradas no planejamento e no
ordenamento territorial das bacias hidrográficas, em articulação com as políticas setoriais,
particularmente a política agrícola, pecuária e de uso e ocupação do solo, de modo geral.
AÇÕES
10.6.1. Estímulo ao desenvolvimento de projetos de boas práticas agropecuárias e de
uso do solo nas UGRH.
10.6.2. Disseminação do conceito de agronegócio responsável e sustentável,
agregando características de eficiência, de boas práticas de produção,
responsabilidade social e de preservação ambiental.
10.6.3. Apoio a ações de regularização das propriedades rurais frente à legislação
ambiental (reserva legal, áreas de preservação permanente, tratamento de
dejetos e resíduos, entre outros).
10.6.4. Redução da pressão por desmatamento em novas áreas, visando à ampliação
da atividade agropecuária em áreas degradadas e que estejam sob processo de
recuperação.
114
Plano Estadual de Recursos Hídricos
META
50 Projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH até 2014 e mais
200 até 2020.
EXECUTORES
SEAPROF, IMAC e EMBRAPA. (OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, WWF-Brasil, Usuários (agricultores e pecuaristas), SEAP, SEAPROF e
Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
115
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Quadro 3. Diretrizes, Programas, Projetos, Ações, Metas, Executores e Parceiros do Plano de Ação
116
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.4. 1.4.1. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para apresentação da proposta Planos de bacia dos SEMA e ONG locais
FOMENTO E de elaboração dos planos de bacia dos igarapés prioritários. igarapés prioritários Organismos de
APOIO A 1.4.2. Realização dos estudos necessários para viabilizar os planos de bacias dos em processo de bacias existentes.
ELABORAÇÃO igarapés prioritários. construção a partir
DOS PLANOS DE 1.4.3. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para formação de comissões de 2011 até 2016.
BACIA DOS pró-organização de comitês de bacias hidrográficas.
IGARAPÉS 1.4.4. Articulação entre o PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia, os planos
PRIORITÁRIOS NO diretores e demais planos setoriais, conforme peculiaridades de cada região.
ESTADO
PROJETO 1.5. 1.5.1. Estruturação do Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos no Sistema de IMAC e IBAMA Prefeituras
FISCALIZAÇÃO Estado, com o estabelecimento de normas e procedimentos. fiscalização do uso Municipais
DO USO DOS 1.5.2. Integração do Sistema de fiscalização dos recursos hídricos com o dos recursos
RECURSOS 1.5.3. Sistema de fiscalização ambiental realizado pelo IMAC, com harmonização hídricos implantado
HÍDRICOS de condutas e procedimentos. em todas as UGRH
1.5.4. Capacitação de recursos humanos para a fiscalização do uso dos recursos até de 2014.
hídricos no Estado.
1.5.5. Fortalecimento do corpo técnico do IMAC.
1.5.6. Incentivar a realização de denúncias contra crimes ambientais.
PROJETO 1.6. 1.6.1. Estudo de instrumentos econômicos de gestão de recursos hídricos Estudos realizados IMAC e ANA DEPASA/
APLICAÇÃO DE adequados à realidade do Estado, com foco na cobrança pelo uso da água. até 2012. IBAMA/SAEB
INSTRUMENTOS 1.6.2. Identificar as bacias onde haja a viabilidade para aplicação da cobrança.
ECONÔMICOS À 1.6.3. Operacionalização de um sistema integrado de cadastro, outorga e cobrança. Cobrança pelo uso
GESTÃO DE 1.6.4. Estudos para implementação de pagamento por serviços ambientais - fração dos recursos
RECURSOS água. hídricos implantada
HÍDRICOS NO até final de 2014.
ESTADO
117
Plano Estadual de Recursos Hídricos
118
Plano Estadual de Recursos Hídricos
119
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZ II – CONSOLIDAÇÃO DO MARCO LEGAL E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS
HÍDRICOS.
PROGRAMA 4. FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS.
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES PARCEIROS
PROJETO 4.1. 4.1.1. Capacitação de usuários, sociedade civil e governo das bacias Atores mobilizados nas UGRH para SEMA via UFAC/IFAC/
FOMENTO E APOIO A prioritárias para a instalação de organismos de bacia, conforme conformação dos organismos de CEMACT, PREFEITURAS
INSTALAÇÃO E previsto nas políticas nacional e estadual de recursos hídricos. bacia dos igarapés prioritários a Organismos de MUNICIPAIS/
FUNCIONAMENTO 4.1.2. Apoio à estruturação das Agências de bacias. partir de 2001. Bacia existentes e COMDEMA
DE ORGANISMOS DE Incentivo à criação, qualificação e participação de associações de Apoio à criação de agências de Setor de
BACIA E ÓRGÃOS usuários de água. bacias estruturadas a partir de 2012. Usuários.
CORRELATOS
4.2.1. Fortalecimento dos órgãos gestores e capacitação dos Parcerias formalizadas com os IMAC, SEMA e SECRETARIAS
PROJETO 4.2. APOIO
técnicos das Secretarias municipais de meio ambiente e dos municípios para gestão integrada Secretarias MUNICIPAIS
AOS MUNICÍPIOS
Conselhos municipais em assuntos relativos à gestão de recursos dos recursos hídricos a partir de Municipais de DE SAÚDE/
PARA SUA
hídricos, de forma que possam participar de todo o processo de 2011. Meio Ambiente. COMDEMA/PG
INTEGRAÇÃO AO
construção e implementação do PLERH/AC. Capacitação dos técnicos das E/
SISTEMA DE GESTÃO
4.2.2. Formalização de parcerias com os municípios para proteção Secretarias Municipais de Meio Órgãos Federais
INTEGRADA DOS
dos mananciais locais e gestão das águas urbanas. Ambiente e dos Conselhos
RECURSOS
4.2.3. Criar mecanismo de articulação entre as secretarias municipais em assuntos relativos à
HÍDRICOS DO
municipais, estaduais e órgãos federais visando à gestão integrada gestão de recursos hídricos a partir
ESTADO
doa recursos hídricos. de 2011.
4.3.1. Regulamentar Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC), Fundo Estadual de Meio Ambiente SEMA via PREFEITURAS
PROJETO 4.3.
no que diz respeito a recursos hídricos. (Arts. 35 a 37 da Lei implantado até 2011. CEMACT MUNICIPAIS
CONSOLIDAÇÃO E
1500/2003) e desenvolver os mecanismos necessários para a sua
OPERACIONALIZAÇ
implantação.
ÃO DO FUNDO
4.3.2. Identificar fontes potenciais de receita para investimento no
ESTADUAL DE MEIO
Sistema Estadual de Gestão Integrada de Recursos Hídricos e a
AMBIENTE (FEMAC)
implementação dos programas e projetos previstos no PLERH/AC.
PARA RECURSOS
4.3.3. Criar mecanismo de rateio dos recursos do fundo entre os
HÍDRICOS
municípios que possuírem organismo de bacia.
120
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E INTERSETORIAL NA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOS NÍVEIS FEDERAL E
INTERESTADUAL.
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTO PARCEIRO
RES S
PROJETO 5.1. 5.1.1. Identificação, no Estado e nos Municípios, programas, projetos e investimentos que regem os Articulação SEMA via COMDEMA/
ARTICULAÇÃO setores que afetam a gestão das águas, em termos de seus propósitos e impactos potenciais, para fins de inter-setorial CMAI ANA/SRHU/
INTER- coordenação, eliminação de duplicidades, convergência de objetivos e incorporação de diretrizes de para o MMA/
SETORIAL interesse da gestão integrada de recursos hídricos no Estado, via CMAI da implementação PLERH/AC. planejamento INICIATIVA
PARA O 5.1.2. Criação e consolidação de espaços institucionais efetivos para discussão de temas estratégicos e execução MAP/MRE/
PLANEJAMENT relacionados à gestão dos recursos hídricos (Planejamento, Obras, em especial construção e retificação de atividades PREFEITUR
O E EXECUÇÃO de estradas, rodovias e ramais, Saneamento, Educação, Saúde, dentre outros). relacionadas AS
DE 5.1.3. Articulação entre a SEMA e a ANA/SRHU/MMA e definição de estratégias conjuntas para a a recursos MUNICIPAI
ATIVIDADES gestão dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços. hídricos S
RELACIONADA 5.1.4. Elaboração de documentos estratégicos para a sinergia entre o Sistema de Recursos Hídricos e desencadeada (OBS.
S A RECURSOS outras políticas de desenvolvimento, a exemplo do Pagamento por Serviços Ambientais (SISA), Planos em 2011 e VERA)
HÍDRICOS NO Diretores Municipais, OTL, PDC, dentre outros. com
ESTADO 5.1.5. Integração entre o SINGREH e o SEGRH/AC. formalidades
5.1.6. Fortalecimento das ações desenvolvidas no âmbito da Iniciativa MAP e demais fóruns existentes estabelecidas
(FIFAU – Fórum de Integração Fronteiriça Acre-Ucayali), modelo de articulação integrada para a gestão até 2014.
das águas fronteiriças e transfronteiriças, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru, priorizando a articulação
entre os ministérios das relações exteriores dos três países.
5.1.7. Articulação dos planos de bacias do Estado com o Plano da Margem Direita do Rio Amazonas
(PDMA), via ANA. (OBS. VERA)
5.1.8. Apoiar a elaboração dos ZEE locais e planejamento territorial de áreas urbanas, bem como a
implementação de PLOT, planos diretores e desdobramentos.
5.1.9. Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e com os países vizinhos (Bolívia e Peru) e
definição de estratégias conjuntas para a gestão de bacias compartilhadas, de forma a harmonizar os
esforços técnicos e financeiros na implantação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos e
manutenção da quantidade e qualidade das águas.
5.1.10. Definição de estratégias de articulação do SEGRH/AC com os setores usuários, consórcios
municipais e com as instituições públicas que formulam e implementam as políticas de desenvolvimento
local e regional.
5.1.11 Integrar ações da Agenda 21 local com as ações de gestão dos RH no Estado. (OBS. VERA)
5.1.12. Apoio a implementação do acordo de cooperação na Bacia do rio Acre já aprovado Na Câmara
Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT) do CNRH.
121
Plano Estadual de Recursos Hídricos
5.1.13. Construção de uma agenda comum entre o Brasil, Bolívia e o Peru para articular e definir
estratégias conjuntas de gestão compartilhada dos rios transfronteiriços. (OBS. VERA)
5.1.14. Desenvolver ações no sentido do estabelecimento de políticas de integração (Ex: Encontro
trinacional entre Peru, Bolívia e Brasil).
122
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
127
Plano Estadual de Recursos Hídricos
128
Plano Estadual de Recursos Hídricos
129
Plano Estadual de Recursos Hídricos
R$ 20,000,000.00
R$ 18,000,000.00
R$ 16,000,000.00
R$ 14,000,000.00
R$ 12,000,000.00 Investimento Total
Diretriz - I
R$ 10,000,000.00
Diretriz - II
R$ 8,000,000.00 Diretriz - III
Diretriz - IV
R$ 6,000,000.00
R$ 4,000,000.00
R$ 2,000,000.00
R$ -
2011 2012 2013 2014 2015
Do ponto de vista dos projetos e ações dentro de cada diretriz, procurou-se concentrar
um pouco mais o investimento em todos os elementos que promovem o capital social para
gestão dos recursos hídricos, como capacitação de técnicos e sociedade civil e apoio a
associações locais. Também as ações que envolvem grande investimento tecnológico, como a
compra de equipamentos para monitoramento e desenvolvimento de modelos
computacionais, são os elementos relativamente mais custosos.
Todavia, não se pode perder de vista a importância de elementos menos custosos do
ponto de vista financeiro, mas extremamente estratégicos para o PLERH-AC, que são os
processos de articulação institucional e parcerias e a concepção de um plano de
sustentabilidade financeira.
130
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Valores em Reais.
PROGRAMA
S
CORRELAT
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
OS
EXISTENTE
S
131
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA
S
CORRELAT
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
OS
EXISTENTE
S
Programa 4. Fortalecimento do
Sistema de Gestão dos Recursos 4.345.246,30 537.469,16 795.651,36 1.290.911,05 1.290.911,05 430.303,68 PNRH
Hídricos.
II – Consolidação do
marco legal e PDMA (Plano
fortalecimento Programa 5. Articulação institucional de bacia dos
institucional para a e intersetorial na gestão dos recursos rios da
3.235.707,00 662.672,79 217.439,51 588.898,67 815.398,16 951.297,86
gestão integrada dos hídricos nos níveis Federal e inter- margem direita
recursos hídricos. Estadual. do Rio
Amazonas)
Programa 6. Sustentabilidade Fundo
econômico-financeira para a gestão 632.162,40 351.453,85 195.309,73 18.964,87 28.447,31 37.929,74 Amazônia -
dos recursos hídricos no Estado. ISA/Carbono
132
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA
S
CORRELAT
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
OS
EXISTENTE
S
Programa 7. Comunicação,
divulgação e educação ambiental PPA (2008-
III – 2.632.750,00 331.726,50 398.861,63 783.243,13 783.243,13 335.675,63
para a gestão integrada dos recursos 2010)
Desenvolvimento hídricos.
tecnológico,
educação ambiental e
Programa 8. Desenvolvimento
comunicação PPA (2008-
científico e tecnológico para gestão de 4.790.648,00 519.306,24 647.216,54 1.492.286,85 1.492.286,85 639.551,51
2010)
recursos hídricos.
Programa 2 -
Comissão
Programa 9. Desenvolvimento de Estadual de
IV – medidas de adaptação e mitigação 14.069.824,00 8.184.416,62 563.496,45 2.191.375,09 2.191.375,09 939.160,75 Gestão de
Desenvolvimento de dos eventos extremos. Riscos
medidas de Ambientais
adaptação às (CEGdRA).
mudanças climáticas. Programa 10. Revitalização de Bacias
Hidrográficas (Conservação e
21.485.709,00 1.289.142,54 1.933.713,81 7.519.998,15 7.519.998,15 3.222.856,35 ISA Carbono
recomposição de áreas de proteção
permanente).
TOTAL 265.923.231,7 192.916.612,0 10.023.983,00 26.337.835,84 26.573.817,76 10.161.908,94
(*) OBS: Mais de R$ 200 milhões correspondem ao plano de saneamento
ambiental já previstos pelo PPA 2008-2011
133
Plano Estadual de Recursos Hídricos
hídricos.
Integração do Sistema de Informação
sobre Recursos Hídricos do Estado até
(SIRENA) com o Sistema Nacional de SIRENA e SNIRH integrados final de 108.932,58 108.932,58
Informação sobre Recursos Hídricos 2011
(SNIRH).
Integração do Sistema Estadual de
até
Informações Ambientais (SEIAM) com o
SEIAM e SIRENA integrados final de 81.699,44 81.699,44
Sistema de Informações sobre Recursos
2011
Hídricos (SIRENA).
SIRENA disponibilizado em até
Implantação e disponibilização do
ambiente WEB até final de final de 54.466,29 54.466,29
SIRENA em ambiente WEB.
2011 2011
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
diagnóstico do PLERH/AC.
Técnicos (12 - 2 por UGRH)
Capacitação em técnicas usuais de coleta e
capacitados em técnicas usuais
preservação de amostras de água 2011 468.983,60 468.983,60
de coleta e preservação de
superficial.
amostras de água superficial.
Estabelecimento de convênios e/ou Termo
de Cooperação Técnica entre a SEMA e a
Universidade Federal do Acre-UFAC,
Secretaria da Saúde , DEPASA e SAERB, Parcerias formalizadas. 2011 37.518,69 37.518,69
Corpo de Bombeiros Militar e Polícia
abastecimento público de água potável.
140
Plano Estadual de Recursos Hídricos
da água mineral.
Zoneamento da vulnerabilidade e risco à Estudo de vulnerabilidade dos até
281.390,16 140.695,08 140.695,08
poluição dos aqüíferos aqüíferos finalizado. 2012
Capacitação dos técnicos (12 -
Capacitação em técnicas usuais de coleta e 2 por UGRH) em técnicas
preservação de amostras de águas usuais de coleta e preservação 2012 468.983,60 234.491,80 234.491,80
subterrâneas. de amostras de águas
subterrâneas.
Estabelecimento de convênio com o
até
Serviço Geológico do Brasil para fins de Termo de Cooperação técnica
final de 14.069,51 14.069,51
monitoramento da qualidade das águas firmado com CPRM-SIAGAS.
2011
subterrâneas, via SIAGAS.
Parceria coma a ANA via
Estabelecer parceria coma a ANA via
Agenda Nacional de Águas 2011 14.069,51 14.069,51
Agenda Nacional de Águas Subterrâneas.
Subterrâneas firmada.
141
Plano Estadual de Recursos Hídricos
142
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Estratégia - Fortalecer o Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos e garantir a participação efetiva dos diversos segmentos
(usuários, sociedade civil e governo).
Projetos Ações Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
Projeto 4.1. Fomento e apoio à instalação e funcionamento dos Organismos de
Fortalecimento dos órgãos gestores e Órgãos gestores municipais a partir 605.532,50 72.663,90 108.995,85 181.659,75 181.659,75 60.553,25
Projeto 4.2. Apoio
143
Plano Estadual de Recursos Hídricos
144
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Estratégia - Promover a articulação institucional e intersetorial para a gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual no
sentido de garantir a gestão integrada e minimizar a duplicidade de recursos e esforços.
Projeto
Ações Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
s
Projeto5. 1. Articulação intersetorial para o planejamento e execução de atividades relacionadas a
145
Plano Estadual de Recursos Hídricos
146
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Estratégia - Promover a articulação institucional e intersetorial para a gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual no
sentido de garantir a gestão integrada e minimizar a duplicidade de recursos e esforços.
Projeto
Ações Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
s
Planos de bacias dos
Projeto5. 1. Articulação intersetorial para o planejamento e execução de atividades
147
Plano Estadual de Recursos Hídricos
148
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Estratégia - Buscar sustentabilidade econômico-financeira para a gestão dos recursos hídricos no Estado no sentido de viabilizar a
implementação dos projetos e ações propostos.
Projeto
Ações Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
s
hídricos.Projeto 6.1. Identificação de fontes de financiamento para o sistema de gerenciamento de recursos
Estudo de sustentabilidade
Estudo de sustentabilidade econômico-
econômico-financeira do
financeira do modelo de gestão adotado pelo 2011 a 2012 282.519,70 141.259,85 141.259,85
modelo de gestão adotado pelo
Estado.
Estado realizado.
Identificação de fontes de financiamento junto
aos órgãos federais e internacionais e elaborar Fontes de financiamento
propostas de parcerias (Termos de Cooperação identificadas junto aos órgãos 2011 a 2012 96.720,85 48.360,42 48.360,42
Técnica ou Convênios) para implementação do federais e internacionais.
SEGRH/AC.
Fontes de financiamento
Identificação de fontes de financiamento para
identificados para a elaboração a partir de
os planos de bacia, junto a ANA, SRHU e 94.824,36 3.792,97 5.689,46 18.964,87 28.447,31 37.929,74
dos planos de bacia, junto a 2011
usuários.
ANA, SRHU e usuários.
Negociar a inserção de recursos no PPA do Projetos estruturantes na área
Governo do Estado para viabilizar projetos de recursos hídricos inseridos 2011 18.964,87 18.964,87
estruturantes na área de recursos hídricos. no PPA.
Disponibilidade de recursos
Negociar junto ao Governo de Estado e a
financeiros para pesquisa,
FUNTAC a disponibilidade de recursos
estudos e desenvolvimento
financeiros para pesquisa, estudos e 2011 12.643,25 12.643,25
tecnológico previstos no
desenvolvimento tecnológico previstos no
PLERH/AC negociados junto ao
PLERH/AC.
Governo do Estado.
rP
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153
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Sistema de certificação de
Implantar um sistema de certificação de
iniciativas de recuperação
iniciativas de recuperação ambiental nas a partir
ambiental nas bacias 429.714,18 25.782,85 38.674,28 150.399,96 150.399,96 64.457,13
bacias prioritárias. de 2011
prioritárias criado e
implantado.
prioritários.
Medidas de proteção dos a partir 2.148.570,90 128.914,25 193.371,38 751.999,82 751.999,82 322.285,64
154
Plano Estadual de Recursos Hídricos
155
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Planos diretores e
Integrar ações dos Planos diretores e
Ordenamento Territorial a partir
Ordenamento Territorial com atividades 150.399,96 9.024,00 13.536,00 52.639,99 52.639,99 22.559,99
integrados com as atividades de 2011
previstas no PLERH/AC.
previstas no PLERH/AC.
rEstado.
P
Obras de contenção das 2011- 1.074.285,45 64.457,13 96.685,69 375.999,91 375.999,91 161.142,82
156
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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160
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.4.1. INDICADORES
O conjunto de indicadores deve ser gradualmente estabelecido, de modo que
satisfaça às várias necessidades do Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos
do Estado (SEGRH/AC), dentre as quais se destacam:
Monitorar a sua qualidade e os efeitos decorrentes da implementação dos programas e
projetos, bem como o progresso e o cumprimento das metas fixadas;
Corrigir o curso de programas e projetos sempre que o desvio desses se tornar
excessivo;
Determinar o impacto de ações empreendidas ou situações existentes; e
Medir e comparar a eficácia de ações alternativas.
Os indicadores deverão medir, por outras vias, como, quanto e com que
qualidade as metas do PLERH/AC vão sendo atendidas e como os programas e projetos
vão sendo implementados.
Os indicadores, especialmente os ambientais, devem denotar o estado do meio
ambiente e as tensões nele instaladas, bem como a distância em que este se encontra de
uma condição de desenvolvimento sustentável.
No caso da gestão dos recursos hídricos, os indicadores são medidas das
condições em que se encontram os recursos hídricos de uma determinada bacia e o
estado da gestão dos mesmos, bem como das transformações experimentadas, tanto por
esses recursos quanto pela sua gestão, e das relações que guardam com o
desenvolvimento sustentável.
A implantação de um indicador pode, em casos mais complexos, levar um longo
tempo até que a base de dados e os procedimentos metodológicos estejam
satisfatoriamente definidos e calibrados, a exemplo da implantação dos instrumentos de
gestão (SIRENA, outorga, enquadramento, dentre outros).
161
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DO PROGNÓSTICO
Alves L.M & José Marengo. 2010. Assessment of regional seasonal predictability using
the PRECIS regional climate modeling system over South America. Theor Appl Climatol 100:
337–350 pp.
Cândido, l.A. et alli. 2007. O clima at Ual e futuro da Amazônia nos cenários do IPCC:
a questão da savanização. Ciência e Cultura, v59, n.3, P 44-47.
INCT/MC. 2010. Relatório de Atividades. São José dos Campos, 2010. 96p.
Marengo J, Ambrizzi T, Rocha RP, Alves LM, Cuadra SV, Valverde MC, Ferraz SET,
Torres RR & Santos DC.2009: Future change of climate in South America in the late XXI
Century: Intercomparison of scenarios from three regional climate models. Climate
Dynamics, DOI 10.1007/s00382-009-0721-6. 2009.
Plano Nacional de Recursos Hídricos. 2006. Cenários para 202 – Águas para o
Futuro: Volume 2. MMA/SRH, Brasília-DF, 100p.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Sánchez-Román, S.M. et AL. 2009. Situação dos recursos hídricos nas bacias
hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí utilizando modelo desenvolvido em
dinâmica de sistemas. Eng. Agríc., Jaboticabal, v.29(4):.578-590p.
Valverde, M.C. & J.A.Marengo. 2010. Mudanças na circulação atmosférica sobre a
América do Sul para cenários futuros de clima projetados pelos modelos globais do IPCC AR4.
Revista Brasileira de Meteorologia, v.25(1), 125 – 145p.
Xu, X.X. et al. 2002. Sustainability Analysis for Yellow River Water Resources
Using the System Dynamics Approach. Water Resources Management 16: 239–261p.
World Water Assessment Programme. 2009. The United Nations World Water
Development Report 3 : Water in a Changing World. Paris: UNESCO Publishing, and
London: Earthscan, 305p.
DO PLANO DE AÇÃO
166
Plano Estadual de Recursos Hídricos
167
Plano Estadual de Recursos Hídricos
ANEXOS
3. Cenários para anomalias nos dias consecutivos sem chuva para a América do Sul (2011-
2040)
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3. Cenários para anomalias nos dias consecutivos sem chuva para a América do Sul
(2011-2040)
Figura 27 – Cenários para dias consecutivos sem chuva sobre a América de Sul
projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA – Echam e ETA-
HadCM3
Fonte: CPTEC/INPE
171
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
6. Clima
Regime climático, considerando a interação entre os elementos do clima (precipitação,
temperatura, temperatura na superfície do mar, evaporação, dentre outros); o regime de chuvas,
considerando sua freqüência, intensidade e duração; além da variabilidade climática e potenciais
mudanças.
8. Bioinvasão
Introdução intencional ou acidental de organismos (macro ou microscópicos) em ambientes
onde não estavam presentes.
175
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53. Biotecnologia
Grau de disseminação do uso de técnica de manipulação dos organismos vivos (ou parte destes)
para produzir ou modificar produtos, para o melhoramento de plantas e animais, ou para o
desenvolvimento de micro-organismos para uso específico.
181
Plano Estadual de Recursos Hídricos
182
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1. Características da UGRH
A UGRH Abunã é compreendida pela totalidade do Município de Plácido de Castro, e
parcialmente pelos municípios de Xapuri, Capixaba, Epitaciolândia e Porto Acre. È a região que
apresenta, ao lado da UGRH Acre, a maior pressão pela criação de gado, apresentando parcela
significativa de água para consumo animal (Figura 1). O seu respectivo balanço quantitativo é
considerando excelente de acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações
levantadas no Diagnóstico do PLERH-AC.
UGR H Abunã
Urbano
9% R ural
Indus trial
4% Irrigação
0%
3%
A nimal
84%
183
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no conjunto da UGRH
Abunã.
184
Plano Estadual de Recursos Hídricos
185
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Abunã, assim como todas as demais UGRH,
forma baseadas na metodologia prospectiva de Godet (GODET, 2000)
Durante o exercício de cenarização com o atores institucionais da UGRH, e a partir da
lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as variáveis consideradas mais relevantes para
aquele contexto (Tabela 3)
186
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os atores que teriam maior
peso nas atividades e decisões referentes aos recursos hídricos (Tabela 4).
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido de
que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será
probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários
187
Plano Estadual de Recursos Hídricos
De acordo com os atores da UGRH Abunã apresenta como suas principais incertezas
críticas 1) Alteração do regime dos corpos d´água, 2) Eventos hidrológicos Críticos, 3)
dinâmica de uso dos recursos hídricos e 4) Existência de planos de recursos hídricos e 5)
Atividade Agropecuária e Avícola. Isto implicou em uma alta criticidade para a macro-
incerteza Alterações Antrópicas e Integração.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade para as macro-
incertezas Alterações Antrópicas e Integração, intermediária para Mudanças Climáticas, e
baixa para Gestão dos Recursos Hídricos. Um reconsideração de caráter técnico e
conservativo, optou-se por elevar o nível de criticidade de todas as incertezas críticas para o
nível máximo nesta UGRH.
De acordo com a cadeia de causalidade do modelo sistêmico de projeções (Figura 4), a
gestão dos recursos Hídricos acaba por ter uma influência ampla, magnificando ou
minimizando as demais incertezas críticas, acabando por influenciar fortemente a
disponibilidade de água seja pelo quantidade como pela qualidade. As Mudanças Climáticas
188
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Os níveis de sustentabilidade da UGRH Abunã estão entre os mais baixos, já que esta
unidade apresenta o menor caudal mínimo de vazão no período, além de ter impactos antrópicos
amplos.
189
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Abunã
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 4,071 3,721 3,357
2022 3,919 3,717 3,364
2030 4,001 3,752 3,403
190
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1. Características da UGRH
A UGRH Acre-Iquiri é a unidade de gestão que apresenta o maior desenvolvimento
econômico e maior densidade demográfica, e por conseqüência, onde as alterações antrópicas já
se apresentam de forma mais pronunciada, apresentando a maior pressão pela criação de gado,
possuindo uma parcela significativa de água para consumo animal (Figura 1).
UGR H Ac re-Iquiri
Urbano
19%
R ural
3%
Indus trial
2%
Irrigaç ão
3%
A nimal
73%
Rio Acre-Iquiri 468,3 48,6 28,4 2,1722 0,46 4,47 7,65 Excelente
191
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
(Rio Branco)
Questões Institucionais Capacitação 11110001 - Fortalecimento da Gestão
Institucional
193
Plano Estadual de Recursos Hídricos
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
195
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Acre- Iquiri, assim como todas as demais
UGRH, forma baseadas na metodologia prospectiva de Godet (GODET, 2000)
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais da UGRH, e a partir da
lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as variáveis consideradas mais relevantes para
aquele contexto (Tabela 3).
196
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os atores que teriam maior
peso nas atividades e decisões referentes aos recursos hídricos (Tabela 4).
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido
de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
` Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será
probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários.
197
Plano Estadual de Recursos Hídricos
198
Plano Estadual de Recursos Hídricos
IC 2 - Criticidade
IC 3 - Criticidade
IC 3 - Alterações Antrópicas
IC 4 - Gestão dos recursos Hídricos
Cenário Nacional
(IC 4 - Gestão dos recursos Hídricos) IC 5 -Integração IC 2 - Disponibilidade de Água
IC 5 - Criticidade
Desvio PPT
IC 1 - Mudanças Climáticas Precipítação (mm)
PPT Média
199
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Acre-Iquiri
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Água no Limite Águas Insustentáveis
2014 26,276 24,791 20,181
2022 25,610 23,314 20,069
2030 25,885 23,815 20,003
200
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1. Características da UGRH
A UGRH Purus é a unidade de gestão que apresenta a bacia hidrográfica com a maior
vazão da região, e uma alta demanda por água para irrigação. (Figura 1).
UG R H P urus
Urbano R ural
10% 4%
Indus trial
1%
Irrigaç ão
23%
A nimal
62%
R 1 8 4 0 0 0 0 E
io 439 5,5 6,0 ,3755 ,03 ,44 ,82 xcelente
201
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no conjunto da UGRH
Purus.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Purus
PNRH - TEMAS PPA ACRE 2008-2011 (interface com os
PNRH - SUB-TEMAS
PRIORITÁRIOS RH)
11010000 - Fomento a Expansão da Oferta
Impactos ambientais que
de Planos de Manejo em Florestas Privadas e
repercutem sobre os recursos Desmatamento
Implantação do Sistema de Monitoramento
hídricos
de Reserva Legal
Atendimento às Demandas
Aqüicultura/Pesca 11030000 - Fomento e Modernização da
Hídricas
Piscicultura
Impactos ambientais que
11050000 - Fomentos à Recuperação de
repercutem sobre os recursos Desmatamento
Áreas Alteradas
hídricos
11190000 - Implantação de Pólos Moveleiros
Impactos ambientais e sociais
Efluentes industriais nos Municípios
dos usos da água
14070000 - Controle Ambiental das
Questões Institucionais Monitoramento
Atividades Poluidoras
15450000 - Modernização do Sistema de
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão Licenciamento Monitoramento e Fiscalização
Ambiental
25020000 - Implantação do Marco
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
Regulatório de Saneamento
25200000 - Controle dos desmatamentos e
Questões Institucionais Monitoramento
queimadas
12530000 - Saneamento na Regional do
Impactos ambientais e sociais Efluentes urbanos
Purus – Ampliação, Melhoria Micro medição
dos usos da água domésticos
e Controle de Perdas do Sistema Abast. Água
Atendimento às Demandas 13810000 - Manejo Participativo de Pesca
Aqüicultura/Pesca
Hídricas Artesanal
21290000 - Implementação do ZEE como
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
Instrumento de Gestão
11110001 - Fortalecimento da Gestão
Questões Institucionais Capacitação
Institucional
202
Plano Estadual de Recursos Hídricos
203
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
Os procedimentos de cenarização da UGRH Purus, assim como todas as demais UGRH,
foram baseados na metodologia prospectiva de Godet (GODET, 2000).
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais da UGRH, e a partir da
lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as variáveis consideradas mais relevantes para
aquele contexto (Tabela 3).
204
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os atores que teriam maior
peso nas atividades e decisões referentes aos recursos hídricos (Tabela 4).
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido de
que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
205
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será a
probabilidade que ele terá para ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários.
De acordo com os atores, a UGRH Purus apresenta como suas principais incertezas
críticas 1) Eventos hidrológicos críticos, 2) Regime Climático, 3) Mortalidade/morbidade
por doenças de veiculação hídrica, 4) Atividade agropecuária e avícola, 5) Gestão de
Águas urbanas e 6) Atividades de Pesca. Isto implicou em uma alta criticidade para a macro-
incerteza Integração, em função da demanda sobre outros setores que interagem com os
recursos hídricos, como pesca e agropecuária.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade para a macro-
incerteza Integração, intermediária para Gestão dos Recursos Hídricos e Disponibilidade de
Água, e baixa para Mudanças Climáticas e Alterações Antrópicas. Uma reconsideração de
caráter técnico e conservativo optou por elevar o nível de criticidade da Gestão dos Recursos
Hídricos e Mudanças Climáticas para o nível máximo.
206
Plano Estadual de Recursos Hídricos
207
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Purus.
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 92,225 83,612 74,988
2022 88,836 80,730 73,520
2030 90,032 81,186 73,442
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1. Características da UGRH
A UGRH Envira é uma das unidades de gestão que apresenta um das maiores taxas de
vazão, e uma alta demanda por água para dessedentação animal. (Figura 1).
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de acordo com índice da ONU
(Tabela 1), conforme informações levantadas no Diagnóstico do PLERH/AC. É uma das regiões
que sofre menos com escassez de água durante o período de estiagem devido ao volumoso caudal
do rio Envira.
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A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no conjunto da UGRH
Envira.
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2. Exercício de Cenarização
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Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os atores que teriam maior
peso nas atividades e decisões referentes aos recursos hídricos (Tabela 4).
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido
de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
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Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será
probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários.
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Climáticas. A avaliação técnica, neste caso, optou por manter os níveis provenientes da oficina
com os atores.
Na simulação das projeções, a UGRH Envira apresenta valores do ISRH mais altos para o
cenário Acre Insustentável (Tabela 7 e Figura 5), comparando-se com as demais UGRH. Isto é
devido a alta vazão de seus rios associado à menor concentração populacional entre as regionais.
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Envira
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 88,363 83,706 79,044
2022 86,803 82,290 77,777
2030 88,041 83,387 78,733
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1. Características da UGRH
A UGRH Tarauacá é uma das unidades de gestão que apresenta um das maiores taxas de
vazão, e uma alta demanda por água para dessedentação animal. (Figura 1).
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Agropecuaristas
IBAMA
SEMA
IMAC
DEAS
SEAPROF
Prefeituras
Empresas Madeireiras
Associações R. Extrativista
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Colônias de Pescadores
Associações Indígenas
PERU
GOV FEDERAL - Casa Civil
GOV ESTADUAL - GAB
Universidades e Instituições de Pesq. E Ensino
Defesa Civil
Outras Iniciativas Privadas
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido
de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será a
probabilidade que ele terá para ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários.
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A bacia do rio Tarauacá é uma das que apresenta menor nível de vazão durante o
período da seca (cerca de 34 m 3/s). Em função disto a oficina de cenarização apontou para um
alto nível de criticidade para a macro-incerteza Disponibilidade de Água. Todavia, uma
avaliação técnica considerou que em função da vulnerabilidade desta bacia, é razoável
incrementar os níveis de criticidades das macro-incertezas Mudanças Climática, Alterações
Antrópicas e Gestão dos Recursos Hídricos (Figura 4).
O ISRH da UGRH Tarauacá (Tabela 7 e Figura 5) apresenta os menores valores dentre
as bacias do oeste do estado (Envira, Tarauacá e Juruá). Ações para mitigar as causas passam
por aqueles fatores que incrementem a disponibilidade de água, já que o contingente
populacional desta UGRH está entre os mais baixos.
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Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Tarauacá
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 9,836 9,000 8,163
2022 9,846 9,011 8,175
2030 9,003 8,185 7,366
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1. Características da UGRH
A UGRH Juruá uma das unidades de gestão que apresenta um das maiores taxas de vazão,
e uma alta demanda relativa para abastecimento humano, já que apresenta a segundo maior
contingente populacional entre as UGRH, com cerca de 130 mil habitantes. (Figura 1).
Rio Juruá 1047,8 123,2 79,9 0,3573 0,03 0,29 0,45 Excelente
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ANA
DERACRE
INCRA
MMA
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores, onde é definido
de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas variáveis motrizes) são afetadas por
cada um dos atores.
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável, maior será
probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica” dentro do sistema dos cenários.
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Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Juruá
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) - Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 82,983 74,323 66,961
2022 81,688 74,817 69,340
2030 82,945 75,563 68,152
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