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Aplicação da Eletrólise
Eletrólise é todo processo químico não espontâneo provocado por corrente elétrica.
Substâncias iônicas possuem a capacidade de conduzir corrente elétrica quando estão
em soluções aquosas. A eletrólise provém dessa propriedade iônica, ou seja, é um
processo que se baseia na descarga de íons, onde ocorre uma perda de carga por parte de
cátions e ânions.
A eletrólise é uma transformação artificial, pois é provocada por um gerador, mas tem
uma enorme importância prática. Ela tem grande utilização em indústrias, na produção
de muitas substâncias, dentre elas metais alcalinos, alcalino-terrosos, gás hidrogênio e
gás cloro.
A eletrólise é um processo útil na obtenção de vários elementos químicos. Por exemplo:
Sódio: eletrólise ígnea de NaCl (cloreto de sódio) fundido em um processo que ocorre a
cerca de 800°C.
Cloro: eletrólise ígnea do gás cloro (Cl2). O cloro é muito utilizado na produção de
compostos orgânicos clorados e alvejantes, e também para o tratamento de água para
consumo e de piscinas.
Observação: Eletrólise ígnea é a passagem da corrente elétrica em uma substância
iônica no estado de fusão, diferente da eletrólise aquosa em que a passagem elétrica
ocorre através de um líquido condutor.
Teoria de Arrhenius
A teoria diz que uma substância dissolvida em água se divide em partículas cada vez
menores, mas, em alguns casos a divisão nas moléculas se interrompe e então a solução
não consegue conduzir corrente elétrica.
• Na solução aquosa de açúcar não existe íons, por não conduzir corrente elétrica. Sendo
assim, o açúcar dissolveu somente na água.
• Confirmou a existência de íons livres, devido à condução de corrente elétrica pela
solução aquosa de ácido clorídrico.
O HCℓ é um composto constituído por moléculas, sendo assim os íons são formados
mediante a quebra dessas moléculas pela água. Esse fenômeno é designado ionização.
Eletrólise de Metais Alcalinos e Alcalino-Terrosos
Entende-se por eletrólise as reações químicas que ocorrem em eletrodos, elas são usadas
para a redução de metais, nosso estudo diz respeito aos metais Alcalinos e Alcalino-
terrosos. Neste caso trata-se da Eletrólise Ígnea, este processo permite obter elementos
puros a partir de substâncias compostas.
Os íons neste caso são provenientes dos metais: Magnésio (metal alcalino-terroso) ou
Sódio (metal alcalino). Veja as equações do processo:
Mg2+ + 2é → Mg0
Na+ + é → Na0
Essas são as semirreações catódicas da Eletrólise Ígnea. O índice 0 nos produtos indica
que o elemento está em sua forma natural.
CA → C+ + A-
H20 → H+ + OH-
• gás hidrogênio (H2) no cátodo, evidência de que a água (H 2O) sofreu redução; o cátion
Na+ fica dissolvido na água e não sofre redução.
• gás oxigênio (O2) no ânodo, evidência de que a água (H2O) sofreu oxidação; o ânion
NO3- fica dissolvido na água e não sofre oxidação.
Cátodo Ânodo
ou ou
Redução da água Oxidação da água
Pilhas alcalinas
Vamos falar então da mais popular, a pilha alcalina. As pilhas alcalinas recebem este
nome por que são feitas a partir de bases, possuem d.d.p de 1,5 V e não são
recarregáveis.
1. Composição: A pilha alcalina é composta por uma mistura eletrolítica: pasta básica
de NaOH (hidróxido de sódio - bom condutor eletrolítico). Já a pilha seca comum
contém cloreto de amônio NH4Cl (sal ácido) e recebe a classificação de ácida.
3. Durabilidade: as pilhas alcalinas duram cerca de cinco vezes mais que as ácidas. O
Hidróxido de sódio possui maior condutividade elétrica e consequentemente vai
transportar energia mais rapidamente que o Cloreto de amônio. Esta reação rápida em
pilhas básicas proporciona maior vida útil aos seus constituintes.
Produtos da Eletrólise
Eletrólise é todo processo químico não espontâneo provocado por corrente elétrica. Mas
o que é necessário para que ela ocorra? A presença de substâncias iônicas, pois elas
possuem a capacidade de conduzir corrente elétrica quando estão em soluções aquosas.
A eletrólise provém dessa propriedade iônica, ou seja, é um processo que se baseia na
descarga de íons, onde ocorre uma perda de carga por parte de cátions e ânions.
Na eletrólise por via aquosa, temos os íons da dissociação iônica do eletrólito, e também
cátions e ânions resultantes da autoionização da água.
Os produtos da reação acima são gás cloro Cl2 (g) e Cobre metálico (Cu).
H2O → H+ + OH-
Então:
Como se vê, os produtos da eletrólise aquosa de cloreto de sódio são: gás hidrogênio:
H2(g) e gás cloro: Cl (g).
Curiosidade: através da eletrólise do NaCl (aq) é possível obter soda cáustica (hidróxido
de sódio – NaOH). A presença de OH- em meio à reação caracteriza a formação de
bases.
Eletrólise ígnea
Na+ + é → Na
A eletrólise ígnea do NaCl produz sódio metálico e gás cloro. Observe que neste
processo não há presença da água, sendo assim não haverá íons H+ e OH- no sistema.
Semi-reação catódica
Os cátions são atraídos pelo cátodo e sofrem redução, isto é, recebem elétrons do
eletrodo.
Equação geral:
Exemplos:
Ag+ + e- = Ag
Zn2+ + 2e- = Zn
Al3+ + 3e- = Al
2 H+ + 2e- = H2
Semi-reação anódica
Os ânions são atraídos pelo ânodo e sofrem oxidação, isto é, cedem elétrons ao
eletrodo.
Equação geral:
Exemplos:
Bateria de níquel-cádmio.
A bateria de níquel-cádmio é uma das mais utilizadas em todo o mundo, são elas as
responsáveis por manter aparelhos como filmadoras e celulares em funcionamento, e,
além disso, podem ser recarregadas milhares de vezes. Dizemos que uma bateria possui
este aspecto por que todas as semirreações que ocorrem para seu funcionamento podem
acontecer de forma reversível.
A energia necessária para a recarga desse tipo de bateria é fornecida por um gerador
externo (carregadores). Acompanhe as semirreações que ocorrem no interior da bateria
de níquel-cádmio:
As pilhas são produto da diferença de potencial (ddp) mantida por um gerador que é
movido pelo fluxo de elétrons de um circuito fechado. Após algum tempo a ddp
apresenta um valor insuficiente para sustentar uma corrente elétrica e a pilha é
considerada esgotada.
Mas se uma pilha não é recarregável e parou de funcionar, retire-a de dentro do aparelho
para evitar os vazamentos. Estes são decorrentes do rompimento do invólucro de zinco
no interior da pilha (polo negativo), o vazamento de uma corrosiva pasta ácida
composta de MnO2 (dióxido de manganês) e NH4Cl (cloreto de amônio) danifica os
aparelhos eletrônicos.
Evite o descarte de pilhas usadas em lixo comum, se este lixo for lançado na natureza
vai ocasionar a contaminação do solo e lençóis d’água. Obedecendo a resolução 257 e
263 do CONAMA, você deve devolvê-las ao fabricante ou realizar o descarte em local
apropriado: postos de recolhimento de pilhas de sua cidade.
Eletrólise do gás cloro
Sabemos que a Eletrólise é todo processo químico não espontâneo provocado por
corrente elétrica, e quanto à Eletrólise aquosa? Esta é a passagem da corrente elétrica
através de um líquido condutor, neste caso, este líquido é água.
A eletrólise do gás cloro (Cl2) é muito útil, já que é usada na produção de compostos
orgânicos clorados e alvejantes, e também para o tratamento de água para consumo e de
piscinas.
O curioso é que muita gente pensa que o Cloro usado para a desinfecção de águas se
encontra em seu estado natural (gasoso), ou seja, da forma que é encontrado na
natureza. Se fosse assim, um gás seria lançado na piscina para matar os
microorganismos? Nada disso, o cloro usado nesta função se encontra no estado líquido,
veja agora o processo que permite transformar Cloro gasoso em Cloro líquido:
Esquema de eletrólise.
Eletrólise é todo processo químico não espontâneo provocado por corrente elétrica.
Temos dois tipos de eletrólise: eletrólise ígnea e eletrólise aquosa. A diferença entre
elas é que uma ocorre em substância iônica no estado de fusão e outra em solução
aquosa. Vejamos:
Cátodo: É o eletrodo negativo que atrai cátions, e é nele que ocorre a redução do cátion.
Ânodo: O eletrodo positivo que atrai ânions e, por isso, é aqui que se dá a oxidação do
ânion.
Nesse processo, os elétrons emergem da pilha (gerador) pelo ânodo (-) e entram na cela
eletrolítica pelo cátodo (+), no qual produz a redução, a oxidação ocorre quando os
elétrons emergem pelo ânodo e chegam à pilha pelo cátodo.
Pilhas e baterias: uma oxidação útil
Não é apropriado saber sobre a aplicação dos vários tipos de pilhas e baterias sem antes
saber a diferença entre estes dois dispositivos. A unidade geradora básica é denominada
célula (pilha). A tensão fornecida por uma célula pode ser insuficiente para operar os
equipamentos, de forma que duas ou mais são associadas em série, formando conjuntos:
as baterias.
- Pilhas alcalinas comuns: tem como base os elementos zinco/manganês. São utilizadas
para dar vida aos brinquedos, luz às lanternas, som aos rádios, autonomia aos controles
remotos, entre outros.
- A pilha especial de zinco ar é usada para dar audição aos surdos, ela faz funcionar os
aparelhos auditivos.
As baterias quando não são mais utilizadas devem ser descartadas, mas não em qualquer
lugar. De acordo com a resolução 257 e 263 do CONAMA, você deve devolvê-las ao
fabricante.
Alguns metais não são encontrados livres na natureza, sendo preciso obtê-los através de
procedimentos em laboratório. Um dos métodos eficazes e econômicos de se purificar
metais é através da Eletrólise. A eletrólise ocorre em células eletrolíticas, com dois
eletrodos ligados aos terminais de um gerador de corrente contínua.
Sabe-se que em uma célula eletrolítica existe um cátodo e um ânodo, veja a definição
para cada um:
Cátodo: É o eletrodo negativo que atrai cátions, e é nele que ocorre a redução do cátion.
Ânodo: O eletrodo positivo que atrai ânions e, por isso, é aqui que se dá a oxidação do
ânion.
Purificação do Cobre
O Cobre da forma como é encontrado na natureza possui impurezas, como prata, ferro,
ouro, zinco. Através da eletrólise é possível isolar este metal obtendo-o na forma pura,
acompanhe o processo:
- O cobre impuro funciona como ânodo e uma solução aquosa de sulfato de cobre
funciona como eletrólito, esta fica dentro da célula eletrolítica. O cátodo da célula é o
próprio Cobre em alto grau de pureza.
- O Cobre é transferido do ânodo para o cátodo enquanto que as impurezas ficam em
solução. O Cobre no estado puro se acumula no cátodo e desta forma pode ser utilizado.
O pior é que as pilhas modernas trazem o problema agravado, são as que possuem mais
contaminantes, são elas: Baterias de chumbo (SLA), botão de mercúrio, baterias de
Níquel-Cádmio (NiCd).
Mas o que exatamente contêm nestas pilhas que as tornam tão perigosas? Mercúrio,
Cádmio e Chumbo são chamados de metais pesados, foram batizados assim porque
apresentam alta periculosidade ao homem, ou seja, são tóxicos. Quando as pilhas são
descartadas e acumuladas em nossas residências, estamos criando uma verdadeira área
de risco, rica em metais perigosos. A pilha usada costuma vazar um líquido contido em
seu interior, que é rico em metais tóxicos - os mencionados acima.
Entre os males provocados pelo contato com metais pesados estão: doenças nos rins,
pulmão, ataque ao sistema nervos central e ainda câncer.