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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Centro de Ciências da Comunicação e Gestão (CCG)
Disciplina: A576 – Legislação Tributária
Profª Juliana Monteiro
Súmula 439, STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros
comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
Registros e comprovantes devem ser mantidos até a prescrição do crédito tributário, como por
exemplo os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos
lançamentos neles efetuados.
Pessoas ou entidades são obrigadas a prestar informações que disponham com relação aos
bens, negócios ou atividades de terceiros, mediante intimação escrita, como exemplo,
tabeliões, bancos, leiloeiros, inventariantes, síndicos. Excetuam-se aqui as pessoas que
legalmente são impedidas de prestar informações em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão que exerçam ou ocupem (médicos, advogados, sacerdotes).
Atenção! Há grande discussão na doutrina acerca da quebra de sigilo bancário efetuada pelo Fisco
ao solicitar das instituições bancárias informações acerca dos contribuintes, sendo essa prática
considerada por alguns como uma violação ao direito fundamental a intimidade e vida privada. O
STF mantém entendimento (não unânime) pela constitucionalidade das normas que autorizam esse
procedimento, como forma de aumentar o poder de fiscalização do Fisco.
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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
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Disciplina: A576 – Legislação Tributária
Profª Juliana Monteiro
Art. 6º, Lei Complementar nº 105/2001: As autoridades e os agentes fiscais tributários da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e
registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais
exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. Parágrafo
único: O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão
conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
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Disciplina: A576 – Legislação Tributária
Profª Juliana Monteiro
Art. 37, CF/88: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Art. 199, CTN: A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de
informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou
convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
fiscalização de tributos.
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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
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Profª Juliana Monteiro
O Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN) é um banco de
dados no qual estão registrados os nomes de pessoas físicas e jurídicas em débito para com órgãos e
entidades federais. O CADIN é regulado pela Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002 e Portaria STN
nº 685, de 14 de setembro de 2006.
O cadastro de inadimplentes no CADIN pode ser feito por qualquer órgão integrante da
Administração Pública Federal Direta ou Indireta, inclusive dos Poderes Legislativo e Judiciário e
Conselhos de fiscalização das profissões regulamentadas.
Sua consulta prévia é obrigatória pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal nos
casos de realização de operações de crédito que envolvam a utilização de recursos públicos, na
concessão de incentivos fiscais e financeiros e na celebração de convênios, acordos, ajustes ou
contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos
aditamentos.
Tendo sido o crédito tributário devidamente constituído e efetivado o seu lançamento, inicia-se
o prazo para que o contribuinte efetue o pagamento, extinguindo a obrigação tributária, ou impugne
administrativamente ou judicialmente a sua constituição. Não havendo questionamentos acerca da
constituição do crédito e também não sendo efetuado o pagamento, dá-se a inscrição do devedor na
Dívida Ativa, ou seja, o nome do contribuinte é inserido na lista de inadimplentes junto ao Fisco,
expedindo-se a Certidão de Dívida Ativa (CDA).
Art. 201, CTN: Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente
inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
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A despeito da existência da previsão legal, o assunto não é pacífico, pois a Lei de Protesto é
instrumento do direito privado e a cobrança de tributos é um procedimento público, assim a Lei de
Protesto não teria legitimidade para alterar o devido processo legal para a cobrança de tributos.
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Documento ou ato que não se originaram de um processo judicial, mas aos quais a lei confere força de execução para o
cumprimento de uma obrigação.
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Por fim, convém sinalizar que o STJ sustenta o entendimento de que a CDA pode ser levada a
protesto em cartório e que “o sujeito passivo, portanto, não pode alegar que houve ‘surpresa’ ou
‘abuso de poder’ na extração da CDA, uma vez que esta pressupõe sua participação na apuração do
débito” (STJ, 2013 apud MAZZA, 2019, p. 758).
Dentre as suas obrigações, o Fisco tem o dever de emitir certidões comprobatórias de quitação
de tributos. Tais certidões geralmente são requeridas pelo sujeito passivo que pretenda exercer algum
direito vinculado à comprovação de regularidade fiscal, como por exemplo, participar de processo
licitatório e celebrar contratos administrativos com o Poder Público.
Art. 193, CTN: Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da
administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua
autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou
proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada,
relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.
Art. 208, CTN: A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda
Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de
mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no
caso couber.
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Certidão positiva
Declara a existência de débitos tributários.
Ainda, a emissão da certidão é ato vinculado, ou seja, o Fisco não pode se recusar a emiti-las
sempre que o contribuinte atender os requisitos legais.
Súmula nº 446, STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa
de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
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REFERÊNCIAS
BORBA, Claudio. Direito Tributário. 28. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso em: 10 maio. 2020.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Tributário. 4 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.