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F A
TUPF EDITORA
Universidade
de Passo Fundo
Cinara Sabadin Dagneze
homogeneidade da lingua
Ana Zandwais
CDU: 800.1
Bibliotecária responsável Jucelei 192 Origens filosóficas da ética em Bakhtin: releituras da
Rodrigues Domingues -
244 Macunaima
E-mail: editora@upf.br "excedente de visão"
Maria Ines Batista Campos
das
inundações,
como castig livrar
divino,
d a
a
infabilidade
i n f a b i l
ia da prescrição
ue
como os homensdeveria garantir
de
ico
úni espaço
a efica
veriam vive
seu
povo
todo o povo
num
geográfic terra, e tambem fornecer as bases 1 a8es
mo decapaz
tando
Desse modo, reunid
Desse na
n a
á mercé do povo
língua, A
A
unidade
un
das deste
na religiosoS e pela modo, ligadas, as mesmo
nãoficaria mais castigo divino. tempo, por lag
empo busca de
do
de
temor
dilúvio na terra. Entretanto0 Ou
um
novo
ou
como das
línguas faladas entre seus membros é homogeneidade
bre a onipoténcia dos a que
determina-
formas como deveriam
ira divina
seria soberana
de tal modo
cristalizar-se os sentidos en-
segundo o discurso biblico, uma comunidade, que, sendo
apreendidos como naturalizados,
nos, ao tre
espalhá-los por vários
homens consistiram
em
sentidospoderiam ser
torn -los incompreensiveis entre si
tórios
0 s
as O5
sensuais "propriedades
constituir, dessa forma, as condições
dispersos e através de neces-
suas próprias línguas. sárias para o ssujeitamento dos sujeitos de uma
Com base nesse mito, então, lutar contra
identificados, prioritariar como nação,
dispersão sujeitos de relizião.
dos povos, reunindo os homens num mesmo territirio conforme Haroche (1992).
e
identificando-os por meio de uma lingua comum, cuja modo, podemos caracterizar as formas de
Desse
ca. assu-
racteristica central seria a transparencia, parece ser uma ieitamento do sujeito nas nações mais primitivas pela e-
forma de resgatar "o sonho perdido desde Babel... tra do sagrado", a qual determina o funcionamento, o
pró-
Por outro lado, conforme Renan
(1882),3 nos povos an- prio modo de produção dos sentidos da letra da
língua" à
tigos. como os hebreus, 0s assírios, os babilõnios, os elos ca- semelhança de um código jurídico que prescreve os limites
pazes de unificar as tribos, os dispersos, em da interpretação.
múltiplos ter- Se
ritórios, além do étnico, estariam nos
reportarmos para as
sociedades modernas,
fusão entre saberes
representados por uma partir do século XIX, conforme Renan (1882) e Haroche
a
Epsdio biblico em
fato de que não há
ao
torno de
somente uma versao eo ter outras consequências sobre as formas de controle da
DID2 SeTada (1990. p. 22) Babel, uma das
capitais do reino
v de Na subjetividade dos sujeitos em uma
é colocada em
Bapel'e a confusão, o desentendimento destague uma relaçao e n c S
papéis das
naça0 e
vOS e Si2
conseqkente gerado por Jave entt organizações sociais de seus diseur
aralva, em uma notadispersão. Cabe ressaltar, por outro
de rodapé.
E, p. 22) lado, que imbolo Teli
s, voltad
OS disciplinas
para a ordem das morais, de cunho
deformada pela p. 22, Babel é caracterizada
cara como
exploradora e auto-suficiéncia, que produz uma estrutura injusta gloso, passam a ser desestabilizados, de tal modo que
Eimportarnte opressora, daí a destruiçáo. hegemonia da ordem jurídica sobre a a
TOrma austera ressaltar, religiosa
aqui, o modo com0 a presentada de passa
no
Velho Testamento.
Biblia Sagrada (1990. imagem aivue hadra consolidação de uma nova psique. onde o sujeit0
a
E para tanto, referêneia
tomamomos como
pode
tazemos referência
da por Ernest Ranc à celebre conferência "Quest ce
Centro de qu' une nation nelo
roferi-
Visto
hasSeue como
por suas perdas, responsável por proprias
por seus danos moraise.
o es
sobretudo,
suas
de
Pesquisas
Europa Central em março de1882 na Sourbo
Históriae Epis da
de
Lausanne.
upjetvidade, sentido linguagem:
e
no discurso
argumento de
que modo
sagrado, religios0,
o funcionamen
de Bignj
signi.
ni
minde
te
eito, a
dos
novas
determinações que
linguagem e o sentid.
se faz de
permeiam as
modo indepe
den-
relações entre
ficaçãoda
inquestionável, nao podendo
seria in Fuye
o Bujeito,a
-8e Com
mundo no
o precisa aprender indeter a
defrontar
binkii, da ltuequo uqui às discunsóen produzidaa por
B nOB 1930, quundo colaboravam con o peródiev "L.iteralur
minado, a fim de qual se inscreve, a lidar co ria indeter tAs, Suns dincusno*
ondo dincuNBóen de ba ociolingulsti em tona peelag
dferengan de
falaren
tradiçäo: a) de um
llar odo de divi a muitan A eale reapeito, con
um menma lingun CENMÁKI, Mika 2003)
em
Bakhtin de direito, o
sujeito
conforme
convivem m a língua,
coms
omoreconnecer-se a partir
omo s
não somente pas-
COhendoconsequentes por
sujeitos
os
do mode
, don das
formas
como
modo
do preenchendo seus
ropriam
dela,
espaços de sa como se
como se
também a
cialmente, mas estratifica
partir do modo
entes sig
sido objeto de estudos.
nificancia, nãotem por sOCs históricas que o
minações h i
constituem falam as
deter- como
parte dos linguistas.
leterminações permitem que
ele
m dele.
dele. E essas
A necessidade de
forjar um
imaginário de
língua ho-
dete
bjetividade, sentido e
linguagem: descons
onstruindo o mito da
lingua
nogeneidadeda Ana Zandwais
-180- 181
ntorme Bakhtin Volochinov
Vo (1986
Volochinov Eis porque o sujeito precisa econhecer-
L n sesta
annne
D A N a n '
consci ncia dos sujeitos, p.96) que língua monolíngue uma a partir de
uma
se
el à
um sistema de formas
omo um.
porquanto relaçõescom
zada,que
ma parece uma língu língua norma-
estrangeira
norma
vmo
hATmonIS
abstrato e aienado dos
conhecer como eque nem
rna* tempo
po
a bst
teres
imo nteresse consegue sua.
consciência do sujeito, em torno
s e m p r e
Sm
as.
tenLn as propósitos imediatos
propósitos As modalida
rno dede
io pemie cotidianas
n e a s cotidia
onversas no lações coma lingua, dentro do Estado
partir das formasmoderno,
E enfim. merca- as relay
sua
a pre-
m. nas periferias
farelas, nas vilas.
ercana compreendidas
r a .rica.
nas
sivo contingente
cisam
ser
0 s s s feitos. cada uma de nossas ações e a cada um wnidade nacional e, ao mesmo tempo, produzem a evidén-
e 08505 esaiss
consientes".
iadadesigualdade "natural"entreos sujeitos. Mas se,de
siesea linguade cultura, abstrata, é aquela que acordo com Marx, "nãoexiste coincidência entre essência e
a smete é imacessível à maioria, mas também se torna aparência", então é preciso compreender os desdobramen-
para os que so excluídos mais cedo da instituição tos que possibilitam remeter às relações idiossincráticas
entreo Estado, a sociedade e a língua.
scia imendo um contingente de falantes linguistica Esta questão que nos parece tão atual, em razão das
eees2Tarelhads
PO Uo ado, é importante ressaltar que tal reali querelas instituídas sobre a legitimidade dos registros "não
ie tão é aridental, já que ao associar a sua identidade convencionais", e que revive para testemunhar a força dos
itica a de uma lingua de cultura, o Estado moderno esquecimentos que o imaginário de Estado nação produz,
a r i a o efeito de homogeneidade da língua ao COmo unidade nacional, não é nova, e nos remete ao contex
1920-30 entre o pOvo
vemacalar, distante da língua viva, servindo-se, sOciopolítico e linguístico dos anos
entre Sta-
En2nete, das normas:
aquelas previstas no S1stena usso-soviético, maisprecisamente às querelas
uriisylitine as que fortalecemo sistema, que a naçao
O s camaradas do Círculo de Bakhtin, já
no
aiss da gamática. prevista construir uma
vietica, durante o regime de Stalin, para dominante
ca de base nacionalista teria colocado como
brasileiro
educacional
yazik (0
é a língua
que Marzisme mos referência aos escândalos causados no
contexto
registros de fala
e
, e
Virainsn, reduzido para a língua francsa ena lingua portu edifundidos por meios midiáticos, virtude da inscrição de nteúdo
PunNhR iu vnenge. Perie. Lambert, 2019. (A das camadas sem
em
instrução e linguisticamente
saparelhadas"
no
-182 -183
comopara o estudo abstrato de línguas vivas, igr
construção de um
para
a
constru
heterogl
hetero
glóssicas,as do que
e que por
poderiam ser
apagam
as
p r o d u ç õ e s
ais dentro
de
uma
m o n o g l ó s s i c a ,
linguatosse o u t r o lado,
Bakhtin/Volochinov
Assim, para Ba (p. 98), se uma
seconfinaaonível da escrita torna-se imobilizada',língua
torna
comosea lado, já está pOsta no
período
questão,
por
seC
se
1íngua estrangeira em seu próprio meio';
Essa
Marxismo e filosofia.
da linguagem como objeto - S eu m a
de sua própria ela se
1929 em vejamos.
desvincula, ortanto, realidade,.Oe
onder às demandas mais imediatas porque
Senão,
de criticas
explicitas.
capitulo da obra intitulad
desy
Se nos
reportarmos
a um deixade
dade, da socie
deixa quer porque sequer pode refletir as modalidades em
encontramos alguma
imas conside
fala e
enunciação"
de dau
Lingua.
importantes
sobre a questão.
Bakhtin/wol
Bakhtin/Voloc ovl0 que
se para configurar as formas de interação
"desdobra"
rações refletirem sobre o fato de que "a lin erodução de sentidosem diferentes esferas sociais e
(1986.p. 96),
ao agua,
dos indivíduos que a falam, de maneira
consciência
institucionais.
do pensamento filológico e linguisth (1986, p. 100) afirmam gue "a palavra da língua nativa não
vas,criticam as bases
os modelos que servem consegue ser percebida em sua condição real", senão como
coindo-europeu, considerando que
de base aos estudos indo-europeus ja em 1929 teriam abs- efeito de cruzamentosde linguas, de múltiplas hibridações,
traido de suas reflexões o funcionamento da fala viva, cons
deformas de estratificação social, enfim, de heteroglossia
truindo visdes cientificas abstratas e dispositivos analíticos Entretanto, a língua pode também ser percebida como
alienantes que tanto serviriam para o estudo de línguas "uma roupa familiar", como parte da atmosfera cotidiana
mortas que se conservaram em documentos escritos"
(p. 96) na qual "habitualmente se vive e respira" (p. 100). E. des-
se modo, por não mudar de "natureza", por não remeter a
xpressão utilizada por J. Stalin nenhum tabu, por não apresentar nenhum mistério. não
com vistas à constituiçâo de um imaginario
nomogëneo a pora e de lingua. precisa
ueremos ct.amar a atenço
para o fato de que uma leitura acurada em or
ser questionada, interpretada.
20 do midc de
composiço dos capítulos de Marxismo e filosofia da
linguage Torna-se, então, transparente, abstrata e. por fim, cor
UmEe a umas
refexõöes contraditórias em torno do
funcionamen
aue Etreranto. comno olivro foi "retocado" dadas as circunstancias U sua
publicaçào. nát naveria como ser
0DOra para o fortalecimento de uma concepção de lingua
homogêna. Uma língua desprovida de ambiguidades. de
A0trabeinarmos com a versão diferente.
portuguesa de Marrismo e filosofia da lingua-
Ee L3,traduzida da primeira versão francesa Marxisme et
rdcoes internas que necessariamente derivam dos usos
htinestamOs
e nOs reportando duplamente a Valentin philoso:ail
Russa
omo autores
da obra, embora
por Ladislav Mateka I. R.
Volochino
versão inglesa
a traduzida da língua azem dela as massas falantes, uma lingua em que 0s
ruasa
para a francesa. Titunik (1986) e as unda versão
e
a
Valentin Volochinov.
a-0s
da
iinguagem
ão
momento de
produção de Marrismo e filosofia
que POr deixar de tratar com seres e objetos reais, AcaD
etura de Nicolaientre o O russo-soviético
povo ão e ecirculação
circulaça
sobretudo às referènc feitas .
por tornar-se intangivel.
Marr em torn0 0
ios estudos indo-europeus.
Suojet idade senrido
e
linguagem: descor
nStruindo o mito da homogeneidade dalingu
Ana Zandwais
184
recisa ser real, o que e a instabilndade, já que a materialid:
língua
pred
implicai b i l i d a a
da
Mas
se
uma
enquan um corpo de um outro corp0
,
língua,
carrega as marcas
-Sua
tangibilidade?
primeiro lugar, compreender maior.
-
o social.
em
primeiro
que a ob docorpo
pois, alicerçada simples que atribui
maior
E
preciso,
não estaria, E este corpo valores às
oletivas, concretas, mutaveis, vivas palavras,
língua
Jeti
dade da
na gramática,
literalidade do s
gramâtica,
na
torna
que
na
norma,
na
que é
estaria articulada à
as
as
de mudança. E este corpo maior,
e
sensíveis a
mente
contrário,
contrári
alterações
do ma. objetos
concepção de hetero-
significa ntes glossia quese pode apreender a
das os novos
rialidade que
teria
possibilita
apreender
u m a língua.
condição real
de orgânica,
acontecimentos e aos significados ac funcionamento de
que se criam nos
que
remetem, a partir das
intervenções da A língua em funcionamento, enquanto
estes significantes linguagem, pas-
aceim, a refletir não somente os diferentes
nos
ordenamentos soCiais já sedimentad sa, modos de
infraestrutura
produção de discursos e de
cristalizadas de nlacão dos sujeitos com ela, caracterizando sua própria
nas formas já Lder. mas também as condições em que os sentidos se
certamente, articulada às no
sentidos, enfim, estaria,
vividas pelas forças sociais. deslocam de comunidade para comunidade, passando a fa-
experiências
Essas seriam as razões pelas quais
ao "lançarmos so lar dos suijeitos, em sua diversidade, em suas formas de es-
bre a língua um olhar oblíquo", segundo Bakhtin/Volochi tratificação.
90), não podemos encontrar nenhum indício de um Essa visão, entretanto, não seria compartilhada, se-
nov (p.
sistema de normas imutáveis. E nem mesmo "o lapso do gundo os autores, por filólogos e linguistas. Comparando os
tempo', que estaria na base do processo de apreensão de filólogos a0s sacerdotes, que foram, ao longo da história, os
uma lingua como um sistema sincrônico, como produto aca- primeiros filólogos e os primeiros linguistas, Bakhtin/Vo-
bado, poderia, sob tal ótica, ser considerado real. Assim, a lochinov (p. 100) observam que se a tarefa dos sacerdotes-
cOnstrução de um imaginário de língua pautado no prin- linguistas consistia em decifrar o "mistério das escrituras
Ciplo de unicidade, da monoglossia, somente pode ser da sagradas", o poder desses sempre residiu em voltar-se para
ordem do a palavra estrangeira e, pelo cultivo desta, por meio de suas
desejo, da ficção, porquanto tal representaçao ne
cessita refratar o fato de que a língua é tão desigual quanto intervenções sobre
o sentido da palavra estrangeira,
com
186- - 187-
ão de
de língua que
base a
concepção
superestrutural.
líticos, religiosos
c o n t r á r i o
onde o
ordem aos
propósitos
e interpretava a realidade a sujeito se
serviria
somente
lucacionais. Assim,
unma vez
ecifrada' a língua,
a reli
oderia perfeitamente remeter à
ideologiaEstado-nação
dos Estados
ansformando as
ue
as forças
de
gue passa a ser o Supostos preconizados | como
de linguistica geraB
(1995), onde
geral (19951, 0.
responsável por suas ações
jurídicas,po
mutabilidade
ciências
é que
da linguagem sustentam a construção de
um
imaginário.
188- - 189
riavelmente,a
às condições reais que
s condic
áculo impõem aos ddemais
emai seg ermitem
compreender
vernácul
o modoscomo os suj
identificam
com desaparelhadoe
desaparelhados
como deve ser diferentes jeitos se suh
tivam diant
se
cunstâncias vividas e dos lugares etivam
linguisticamente os
enquant
sociaise
mentos,
lingua,
enquanto
norma,
exclud
udente, essestambén não podem des partir dos
q u a i s se
reconhecem. históricos
é a
por meio das quais a lín-
estatuto
formas
cujo lado, as
nhecer, poroutromodo orgânico,
de
erentes segmentos
em
Referências
funciona,
os
modos como ntidos e, portanto,
produz senti
nto, éé ALPATOV, V. storija odnogo mifa. Moscou: Nauka, 1991
edade, dos on
condições de vida dos que a
as
utilizam linguistique
ors de L'ILSL, markiste
de espelhar Ta
capaz impostos. Negar tal reali- em USS dans
Lausanne: Université les anées 1920-
culturalmente
fora dos padrões uncionamento da
de Lausanne.
dade seria negar
o próprio língua. p. 5-22, 2003.
sendo um corpo
A lingua
de um material corpo mais BÍBLIA
SAGRADA. Edição Pastoral. Trad. de Ivo
Storniolo.
Paulo: Paulus, 1990. São
complexo, de
acordo com
Bakhtin/Volochinov
(1986), traduz
as marcas desse corpo, ificando-o, Tressignificando-o e BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV, V). Marxismo e filosofia da lin
M.
ugem. Problemas fundamentais do método sociológico
até mesmo refratando-0, todavia, nao tem como negá-la na ciência
da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo:
Desconhecer essa realidade, segundo nossa otica, é despoli
Hucitec, 1986.
tizar a língua e, portanto, retratar 0 fato de que ela exerc
HAROCHE, C. Fazer dizer, querer dizer. Trad. Eni Pulcinelli Orlandi
um papel fundamental para a observação do modo como se et al. São Paulo: Hucitec, 1992.
traduzem, por meio de seu material semiótico, as práticas HOUAISS, Antonio. A crise de nossa língua de cultura. Rio de Janei-
de classe, as correlações de força entre os desiguais, a pró- ro: Tempo Brasileiro, 1983.
pria violência exercida na ordem do simbólico. LÄHTEENMAKI, M. Estratificação social da linguagem no discur-
E somente a partir dessa ótica que deixa de ser uma lín- 80 sobre oromance: o contexto soviético oculto. In: ZANDWAIS, A.
gua estrangeira tanto para os que a investigam, como para Org.). Mikhail Bakhtin: contribuições para a filosofña da lingua-
O5 que a
falam; uma língua intangível,13 conforme Bakhtin/ gem e estudos discursivos. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto. 2005.
p. 41-58.
Volochinov. Assim, ela somente pode deixar de instru-
mento de
ser
ENAN, E. Quest ce qu'une nation? Conferência proferida na Sour.
produção de alienação se for pensada a partir de bone. Paris: Université Sourbone, 1882.
Suas
múltiplas diferenças, das condições em que "falares AUSSURE, F. de. Curso de lingiüistica geral. Trad. de Antonio Che
distintos" constituem a lini et al. São
Paulo: Cultrix, 1995.
sua identidade,
ta mais, a porque não impor
partir desse olhar, estabelecer oSINOV, V. Marxism and the philosophyoflanguage. Cambrid-
Simétricase abstratas entre as corresponaen los as
ge: Harvard University Press, 1973.
normas estruturas,
e legitimidade dos que a falam,
a
os
seni et le langage: ln:
são as r- a k o e Yazik) Quest ce que la langue
neteroglóssicas de linguagem que nosiá que Les problems fundamentaux de
ds
inalterável."
guagem: desconstruindoo mito da ngua
homog Ana Zandwais
-190