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DISCIPLINA: FISIOLOGIA
VISÃO
CLAUDIO BARBOSA
PATOS DE MINAS
MARÇO 2021
BRENDON SOARES PINHEIRO
CLAUDIO BARBOSA
VISÃO
PATOS DE MINAS
MARÇO 2021
INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo aprofundar no sentido visão. A visão é um dos cincos
sentidos, e é por meio desse sentido que temos a capacidade de enxergar tudo à nossa volta. A
visão é um sentido extremamente importante, pois nos possibilita ver todas as coisas ao nosso
redor, diferenciar cores, distinguir alguma coisa de outra, enfim, é um sentido
muitosignificativo para nós seres vivos. Os olhos humanos são órgãos responsáveis pela visão
e, apesar de parecerem simples, possuem uma série de estruturas que garantem a captação de
imagens.
Então vamos falar sobre algumas dessas estruturas, falar como, por onde e de que
forma a imagem chega para nós, será discutido também sobre algumas doenças e outros
assuntos relacionados a visão.
1. VISÃO
O olho é um órgão sensorial que funciona como uma câmera. Ele foca a luz sobre
uma superfície sensível à luz (retina) utilizando uma lente e uma abertura (pupila), cujo
tamanho pode ser ajustado para modificar a quantidade de luz que entra. A visão é o processo
pelo qual a luz refletida pelos objetos em nosso meio externo é traduzida em uma imagem
mental. Esse processo pode ser dividido em três etapas: 1. A luz entra no olho e a lente
(cristalino) a focaliza na retina. 2. Os fotorreceptores da retina transduzem a energia luminosa
em um sinal elétrico. 3. As vias neurais da retina para o cérebro processam os sinais elétricos
em imagens visuais.
O sistema visual detecta e interpreta estímulos luminosos, que são ondas
eletromagnéticas. O olho pode distinguir duas qualidades da luz: o brilho e o comprimento de
onda. Para seres humanos, os comprimentos de onda entre 400 e 750 nanômetros são
denominados luz visível.
O olho é protegido por uma cavidade óssea, a órbita, formada pelos ossos
cranianos da face. As estruturas acessórias associadas ao olho incluem seis músculos
extrínsecos, que são músculos esqueléticos que se fixam à superfície externa do bulbo do olho
(globo ocular) e controlam os movimentos oculares. Os nervos cranianos III, IV e VI inervam
esses músculos. As pálpebras superiores e inferiores se encontram na superfície anterior do
olho, e o aparelho lacrimal, um sistema de glândulas e ductos, mantém um fluxo contínuo de
lágrimas que lavam a superfície exposta, de modo que ela permaneça úmida e livre de
partículas. A secreção lacrimal é estimulada por neurônios parassimpáticos do nervo craniano
VII.
A pupila é uma abertura através da qual a luz pode entrar para o interior do olho.
O tamanho da pupila varia com a contração e o relaxamento de músculos lisos da pupila. A
pupila aparece como o ponto negro do interior do círculo de pigmento colorido, denominado
íris. Os pigmentos e outros componentes da íris determinam a cor do olho.
O olho é uma esfera oca dividida em dois compartimentos (câmaras) separados
por uma lente. A lente (cristalino), suspensa por ligamentos, denominados zônulas ciliares, é
um disco transparente que focaliza a luz. A câmara anterior na frente da lente é preenchida
com o humor aquoso, um líquido com baixa concentração de proteínas, similar ao plasma, que
é secretado pelo epitélio ciliar que sustenta a lente. Atrás da lente, está uma câmara muito
maior, a câmara postrema (câmara vítrea), preenchida principalmente pelo humor vítreo, uma
matriz clara gelatinosa que ajuda a manter a forma do bulbo do olho. A parede externa do
bulbo do olho, a esclera, é constituída de tecido conectivo.
A luz entra na superfície anterior do olho através da córnea, um disco de tecido
transparente que é a continuação da esclera. Após a luz passar pela abertura da pupila, ela
chega à lente, que possui duas superfícies curvadas (convexas). Juntas, a córnea e a lente
desviam a direção dos raios de luz que entram, para que eles sejam focalizados na retina, o
revestimento do olho sensível à luz que possui os fotorreceptores. Quando olhamos através da
pupila com um oftalmoscópio, vemos a retina com pequenas artérias e veias entrecruzadas,
que se irradiam a partir de um ponto, o disco óptico. O disco óptico é o local onde os
neurônios da via visual formam o nervo óptico (nervo craniano II) e, então, saem do olho.
Lateral ao disco óptico está um pequeno ponto mais escurecido, a fóvea. A fóvea e o tecido a
sua volta, a mácula lútea, são as regiões da retina com a visão mais acurada.
Os nervos ópticos vão dos olhos para o quiasma óptico, no encéfalo, onde
algumas fibras cruzam para o lado oposto. Após fazer sinapse no corpo geniculado lateral
(núcleo geniculado lateral) do tálamo, os neurônios da visão finalizam seu trajeto no córtex
visual do lobo occipital. As vias colaterais vão do tálamo para o mesencéfalo, onde fazem
sinapse com neurônios eferentes do nervo craniano III, os quais controlam o diâmetro pupilar.
2. RECEPTORES DA VISÃO
4. MÁCULA LÚTEA
A mácula circunda a parte central da retina, a fóvea central, onde se vê com a melhor
definição possível. Nas pessoas que precisam usar óculos ou lentes de contato, este processo
não ocorre exatamente como devia, e a imagem se forma antes ou atrás da retina, o que causa
uma visão borrada ou desfocada. Existem doenças degenerativas que afetam a mácula,
causando dificuldade para ver de perto, principalmente a leitura, mas não causa cegueira total.
A pessoa afetada normalmente tem uma mancha no centro da visão, mas a visão periférica
continua, se não afetada por outros problemas, e objetos que estejam posicionados ao lado da
mancha podem ser identificados.
5. FOVEA CENTRAL
6. PAPILA ÓPTICA
Conhece-se pelo nome de papila óptica uma região que se encontra na retina. Deste
espaço situado no olho do ser humano partem os axões das células que compõem o nervo
óptico. Tendo em conta que a papila óptica não dispõe dos elementos necessários para sentir a
luminosidade, também recebe o nome de ponto cego.
Um ponto cego, também conhecido como escotoma, é uma pequena área da retina que
não contém receptores de luz. Corresponde à porção da retina onde se insere o nervo ótico,
que transmite os estímulos nervosos da camada plexiforme interna ao córtex cerebral.
7. OS CONES E BASTONETES
Os neurônios bipolares promovem a união das células fotossensíveis com os neurônios
ganglionares, que agrupa-se com as fibras nervosas e, assim, origina o nervo óptico. Este,
transporta os impulsos nervosos até ao cérebro. As células fotossensíveis, devido a sua forma,
são denominadas em dois tipos: os cones e os bastonetes.
Existem cerca de 6 milhões de cones que estão concentrados em uma pequena
depressão localizada mácula lútea (centro da retina) denominada de fóvea. Apresentam uma
forma alongada e cilíndrica, com segmentos externos de forma cônica. É nessa região que a
imagem é formada com maior nitidez, pois são estimulados pela luz mais intensa. Os cones
são especializados na acuidade da visão diurna e em reconhecer a cor. Existem três tipos de
cones que apresentam fotopigmentos fundamentais que respondem à luz de comprimentos de
ondas (λ): o cianopigmento – cones S (λ curto) – sensível a cor azul, o cloropigmento – cones
M (λ médio) – sensível a cor verde e o eritopigmento – cones L (λ longo) – sensível a cor
vermelha. O cérebro interpreta os sinais recebidos por esses cones, o que permite processar a
diferenciação das cores.
Na edição da coluna Fique de Olho, o professorEduardo Rocha fala sobre células que
formam os tecidos dos olhos, como os cones e bastonetes, chamadas de fotorreceptoras, pois
são responsáveis por fazerem o reconhecimento da presença e da ausência de luz. Segundo o
professor, são cerca de 4,5 milhões de cones e aproximadamente 90 milhões de bastonetes,
estes distribuídos na retina e na parte sensorial do olho.
Para este trabalho exaustivo, chamado de foto transmissão, é preciso “muita energia, e
requer que essas células façam um autorreparo diariamente”, já que não são substituídas ao
longo do tempo, além de perda natural com o passar dos anos de vida. “O reparo é sustentado
pelas células pigmentadas, que estão próximas aos cones e bastonetes”, informa Rocha.
O professor ainda comenta que substituir cones e bastonetes, devido a perdas
relacionadas a traumas ou a doenças genéticas que os tornam frágeis, é um desafio para a
ciência. Evitar exposição excessiva “à luz, eclipses, excesso de luz ultravioleta” e ter uma
alimentação saudável, que “permita prover proteínas e principalmente vitamina A”, são
recomendações do especialista para o cuidado e proteção dessas células fotorreceptoras.
Os bastonetes estão concentrados em maior parte na periferia da retina (estão ausentes
na fóvea central e mácula), com cerca de 120 milhões de células, apresentam uma forma
semelhante à do cone (um pouco mais alongadas e com segmentos externos cilíndricos) e são
importantes para a visão noturna.
Em ambientes pouco iluminados, conseguem captar imagens e fazem discriminação
entre diferenciação das tonalidades de claro e escuro. E também dos movimentos e formas das
imagens.Apresentam uma substância química fotossensível, um pigmento vermelho
denominado de rodopsina. A energia luminosa fragmenta a rodopsina em substâncias que a
formaram inicialmente, o retineno e a escotopsia. Após um determinado tempo são
recombinadas, por processos metabólicos da célula, e formam uma nova rodopsina. Sua
recuperação completa pode levar de 15 a 20 minutos, motivo pelo qual é necessário aguardar
alguns minutos para conseguir obter uma visão na obscuridade de um ambiente, após ter
permanecido muito tempo em um local com claridade.
No fundo do globo ocular existe uma área sensível à luz a retina, similar a uma tela
onde se projetam as cores e se produz o foco da imagem de um objeto. Na retina existem as
células fotoreceptoras denominadas cones e bastonetes que enviam ao cérebro, por meios
químicos e elétricos os estímulos de luz e cor. Estas células altamente sofisticadas são
especializadas em detectar as longitudes de onda procedentes do entorno, ou seja,
transformam em informações de cor e volumes os diferentes estímulos de luz oferecidos pelos
objetos e espaço ao redor. Os cones são sensíveis às cores; e os bastonetes sensíveis à luz.
COMO NOSSO OLHAR VÊ LUZ E COR NAS HORAS MÁGICAS DO DIA E DA NOITE
Como vimos anteriormente nossos olhos são aparelhados para enxergar algumas ondas
do espectro eletromagnético da luz solar através dos cones e bastonetes.
Para este trabalho exaustivo, chamado de foto transmissão, é preciso “muita energia, e
requer que essas células façam um autorreparo diariamente”, já que não são substituídas ao
longo do tempo, além de perda natural com o passar dos anos de vida. “O reparo é sustentado
pelas células pigmentadas, que estão próximas aos cones e bastonetes”, informa Rocha.
8. TRANSDUÇÃO VISUAL
O sistema nervoso de qualquer organismo pode ser modelado em sua forma mais
simples como um sistema que possui entrada de dados (células receptoras), nenhum ou algum
processamento do sinal (interneurônios) e um sistema de saída (células efetoras) (Fig. 1).
O arranjo mais simples possível é chamado arcorreflexo, em que uma única célula
recebe o estímulo em um ponto do organismo e diretamente atua como uma célula efetora.
Esse arranjo já permite uma série de respostas comportamentais úteis à sobrevivência.
Eventualmente, modificou-se para um arranjo com duas células: uma receptora e outra
efetora, formando um arcorreflexomonossináptico (e.g. reflexo patelar). Ressalta-se que a
comunicação entre as duas células já poderia representar uma forma de modulação do sinal e,
portanto, flexibilizar o comportamento (Eckert, 1983).
Mesmo animais que vivem em ambientes com baixas quantidades de luz apresentam
olhos. Alguns mamíferos com hábitos noturnos são capazes de utilizar olhos para orientação
no ambiente, mediante mecanismos de compensação das condições mínimas de luz. Gatos
possuem um tecido refletivo na retina (chamado Tapetumlucidum), que faz com que a luz
passe duas vezes por ela. Outros mamíferos, como os Tarsius, têm globos oculares
extremamente grandes.
(Futuyma, 2005).
Visão
A faixa de radiação eletromagnética utilizável pelos animais como luz é
relativamente estreita (Fig. 2).
Figura 2 – Faixa de luz visível aos vertebrados (em destaque). Comprimento de onda
em nanômetros.
Modificado de Carlson (2004).
Fernald (1988) sugere que isso deve-se aos estágios inicias da evolução animal terem
ocorrido na água, meio no qual acontece significativa redução de amplitude da radiação
eletromagnética em comprimentos de onda acima do vermelho. O mesmo ocorre com
comprimentos de onda abaixo do violeta, que, além disso, podem causar dano tecidual por
alterações no DNA (Alberts, 2008).
Esses fatores devem ter sido determinantes para que a seleção natural favorecesse
mecanismos bioquímicos nessa estreita faixa de radiação que hoje chamamos de luz visível.
Mais tarde, algumas espécies de pássaros e insetos passaram a utilizar também
comprimentos de onda na faixa do ultravioleta próximo.
Mecanismo de transdução
Mesmo alguns organismos unicelulares apresentam resposta à luz – uma simples
fototaxia (movimento em direção à luz). Mas para que possamos enxergar, mais do que gerar
uma resposta intracelular em resposta à luz precisamos formar uma imagem representativa
do ambiente que nos rodeia. Isso só é possível nos organismos multicelulares e na presença
de olhos.
Os invertebrados mais bem estudados com respeito ao sistema visual são os insetos.
Eles possuem olhos compostos por unidades individuais chamadas omatídeos, cada qual
com um receptor sensorial. Este é formado por um dendrito central de uma célula chamada
excêntrica, rodeado por 6 a 12 células retinulares, as quais enviam uma densa profusão de
microvilos em direção ao dendrito da célula excêntrica, formando o rabdômero (Fig.3).
Figura 3 –
Representação de um omatídeo do olho
composto de invertebrado. Modificado de
Eckert (1983).
A formação de imagem nesse tipo de olho se dá pela composição das diversas partes
do campo visual captadas pelos diversos omatídeos, formando um mosaico. A quantidade de
tipos de pigmentos visuais é bastante variável, com alguns crustáceos apresentando até oito
diferentes pigmentos em seu sistema visual (Cronin, 2007).
A maioria dos primatas possui na retina dois tipos de cones (cada um com um
pigmento) mais bastonetes (Casagrande e col., 2007). Alguns têm três tipos de cones,
incluindo os humanos, e a habilidade de perceber cores se dá pela capacidade de comparar
diferentes comprimentos de onda absorvidos por diferentes cones (Casagrande e col., 2007).
Os bastonetes são mais sensíveis à luz do que os cones (podendo responder a apenas
um fóton – o equivalente à luz de uma vela a 1 km de distância), mas são de apenas um tipo,
absorvendo preferencialmente comprimentos de onda próximos a 496 nm. Nessas condições,
como em um quarto escuro, cones não respondem e percebemos o ambiente como imagens
acinzentadas (ou simplesmente sem cor). Bastonetes são extremamente importantes para a
detecção de bordas e movimento.
Neurônios com axônios longos, as células ganglionares (Fig. 4B), formam o nervo
óptico que transmite a alteração da atividade eletrofisiológica resultante da estimulação dos
fotorreceptores em direção ao V1 (Fig. 5).
Esse caminho, porém, não é direto. Há um cruzamento de parte das fibras que se
dirigem ao SNC (Fig. 6). As células ganglionares da hemiretina temporal em ambos os lados
não se cruzam e se projetam para o córtex ipsilatereal. As fibras da hemiretina nasal se
cruzam no quiasma óptico e se projetam para o córtex contralateral. Dessa forma, toda a
estimulação no hemicampo visual direito irá para o córtex esquerdo e vice-versa.
Figura 6 – Cruzamento das fibras do nervo óptico e hemicampos contemplados em
cada hemisfério cerebral. Modificado de Bear e col. (1996).
Note que há uma extensa área de sobreposição dos campos esquerdo e direito (Fig. 6).
É ela quem permite a visão binocular, responsável pela visão em profundidade e criada pela
proximidade entre os dois globos oculares (voltados, portanto, para um mesmo lado da
cabeça), algo constante em animais carnívoros. A grande maioria dos herbívoros, por outro
lado, tem os olhos em lados opostos da cabeça, o que reduz sensivelmente a visão binocular,
mas potencializa a visão em todas as direções, permitindo que esses animais percebam a
aproximação de predadores independentemente do local para o qual eles estejam
direcionados.
Após o cruzamento no quiasma óptico, todas as fibras projetam-se para o Tálamo nos
vertebrados. Em mamíferos e passáros, mais especificamente, para o Núcleo Geniculado
Lateral (NGL) e, em estrutura possivelmente homóloga, nos répteis (Dicke e Roth, 2007).
Esse núcleo tem seis regiões citoarquitetônicas muito bem definidas em todos os primatas. As
duas camadas mais inferiores possuem neurônios com corpos celulares grandes e trazem as
informações vindas dos bastonetes: é a camada magnocelular. As outras quatro camadas,
chamadas parvocelulares, têm neurônios com corpo celulares pequenos e trazem informações
vindas de cones com pigmentos sensíveis a um comprimento de onda médio (comumente
chamado de verde) e, em primatas possuidores de três cones diferentes, comprimento de onda
longo (comumente chamado de vermelho). Entremeado nessas camadas, há células chamadas
koniocelulares que trazem informações dos cones sensíveis a comprimento de onda curto
(comumente chamado de azul) (Casagrande e col., 2007, Wässle, 2008).
Do NGL, a estimulação segue para V1 no córtex occipital, que tem um mapa
retinotópico, isto é, tem uma região cortical para cada região na retina atendida pelo Campo
Receptivo de uma célula ganglionar.
Etapas da Fotorrecepção
A fotorrecepção é o processo de transdução que converte a energia luminosa em
energia elétrica nos cones e bastonetes. A rodopsina, o pigmento fotossensível, é composta
por opsina (uma proteína que pertence à superfamília dos receptores acoplados à proteína G) e
retinal (um aldeído da vitamina A). Quando a luz atinge os fotorreceptores, a rodopsina é
quimicamente transformada em um processo denominado fotoisomerização, que inicia o
processo de transdução.
Pode ser dito que o sentido da visão é o que nos dá uma maior quantidade de
informações sobre o meio em que vivemos. No entanto, temos algumas limitações para
perceber objetos pequenos ou objetos que estejam distantes de nós. A visão é um processo
pelo qual os seres vivos percebem a forma e a cor dos objetos. Podemos dizer que essa
percepção só é possível quando a informação sobre o meio ambiente chega aos olhos sob a
forma de luz emitida ou refletida pelos objetos, e é transformada em impulsos elétricos
envidados ao cérebro através do nervo óptico.
A retina é uma fina película composta de células sensíveis à luz e disposta no fundo do
olho, onde a imagem é focalizada. Em nossa retina existem dois tipos de células que são
sensíveis à luz: são os cones e os bastonetes. Os cones são sensíveis às luzes vermelha, verde
e azul. Dessa forma, caracterizamos três tipos diferentes de cones, que são estimulados de
formas distintas quando a luz, de qualquer frequência, atinge a retina. Assim, dizemos que
uma luz cuja frequência é de 6,5 x 1014 Hz, estimula mais os cones sensíveis ao azul do que
ao verde ou ao vermelho.
A figura abaixo ilustra, de forma simples, a sensibilidade que o olho humano tem das
diversas cores. No gráfico pode-se observar que a cor à qual o olho é mais sensível é a cor
verde, que também faz parte do espectro solar de mais intensidade. Dessa forma, pode-se
dizer que nosso olho está ajustado para a luz do Sol.
Existem três espécies de cones em nossos olhos e cada um deles é capaz de “perceber”
uma cor: vermelho, verde ou azul.
Cones para luz azul (cones S, onde S significa “short” (curto); eles reagem a
comprimentos de onda mais curtos)
Cones para luz verde (cones M, onde M significa “medium” (intermediário); para
comprimentos de onda intermediários)
Cones para luz vermelha (cones L, onde L significa “long” (longo); para
comprimentos de onda mais longos)
E como isso afeta a visão em cores? – Se uma superfície reflete, por exemplo, apenas
ondas curtas, então ela parecerá azul para o seu cérebro. Se apenas ondas longas são
refletidas, então vemos o vermelho. Raios de luz de comprimento intermediário nos fazem ver
a cor verde. Somente percebemos cores misturadas como amarelo, roxo, laranja ou violeta
quando uma superfície reflete ondas com comprimentos diferentes. Se esses tipos de cones
percebem todos os comprimentos de ondas simultaneamente, então o cérebro as vê como
branco.
Mas há outro fator importante que afeta a nossa percepção de cor: os objetos não só
refletem as cores, como também as absorvem. Uma cereja madura, por exemplo, apresenta
uma linda cor vermelha porque a superfície da fruta absorve luz verde e luz azul, refletindo
apenas ondas de luz longas, ou seja, a cor vermelha. As cores que percebemos dependem da
proporção e da força da luz absorvida pelas três cores azul, verde e vermelho.
Geralmente, os olhos processam um espectro de luz entre 380 e 780 nanômetros. Eles
não percebem luzes de ondas mais curtas (UV) e mais longas (infravermelho), ou seja, tudo o
que está abaixo e acima do espectro de luz visível.
TESTE
A via ótica é uma via aferente (sensorial) que apresenta quatro neurónios desde a retina até ao
córtex.
3º neurónio - células ganglionares (formam o nervo ótico e vão até ao corpo geniculado
externo).
Na via visual, distinguem-se vários sectores: retina, nervo ótico, quiasma ótico, fita ótica,
corpo geniculado externo,
radiações óticas e córtex
occipital.
Campos Receptivos Visuais
Cada nível da via visual pode ser descrito por seus campos receptivos. Assim, existem
campos receptivos para fotorreceptores, células bipolares e horizontais, células ganglionares,
células do núcleo geniculado lateral do tálamo e células do córtex visual. A cada nível
superior, os campos receptivos ficam mais complexos.
ECTASIAS DE CÓRNEA
Doença mais rara, é o afinamento corneal central ou paracentral. A pessoa com essa
condição enxerga imagens múltiplas “fantasmas” e pontos espalhados. No geral, a progressão
maior ocorre na adolescência e pode ser associada com síndromes de Down e de Marfan,
alergias e catarata. O problema pode ser corrigido com lentes de contato rígidas e, em casos
mais avançados, com transplante de córnea.
DALTONISMO
O daltonismo não tem cura, porém, o estilo de vida da pessoa pode ser adaptado para
que tenha uma vida próxima do normal e sem dificuldades, podendo ser indicado pelo
oftalmologista o uso de óculos para o daltonismo, por exemplo.
CATARATA
Doença que afeta o cristalino, a lente natural dos olhos. Com o envelhecimento, a
região começa a ficar opaca e a perder a transparência, dificultando a visão. Existem também
casos congênitos, quando o bebê nasce com a catarata, e secundários, quando a doença é
provocada pelo uso de corticoides, doenças metabólicas, traumas, entre outros. O tratamento é
cirúrgico.
GLAUCOMA
A doença, que tem como principal causa a pressão intraocular elevada, atinge o nervo
óptico (que leva as imagens ao cérebro para que possamos enxergar) e envolve a perda
irreversível de células da retina. O sintoma é a perda gradativa da visão e o tratamento pode
ser feito com colírios ou até cirurgia.
BLEFARITE
HETEROCROMIA
Anomalia genética benigna em que a pessoa tem olhos de cores distintas – como os do
cantor David Bowie – ou duas cores em um mesmo olho. Se desenvolvida ao longo da vida,
pode ser consequência de glaucoma, inflamação na íris, sangramento provocado por algum
trauma, diabetes, entre outras doenças.
CONJUNTIVITE
CURIOSIDADES
CONCLUSÃO
Conclui-se nesse trabalho, que a visão é um dos cincos sentidos, e é por meio desse
sentido que temos a capacidade de enxergar tudo à nossa volta. A visão é um sentido
extremamente importante, pois nos possibilita ver todas as coisas ao nosso redor, diferenciar
cores, distinguir alguma coisa de outra, enfim, é um sentido muito significativo para nós seres
vivos. Os olhos humanos são órgãos responsáveis pela visão e, apesar de parecerem simples,
possuem uma série de estruturas que garantem a captação de imagens. Os receptores
sensoriais da visão são os fotorreceptores, localizados na retina. Existem dois tipos de
fotorreceptores, os bastonetes e os cones.
Estruturas como a Mácula Lútea, a Fóvea Central, Papila Optica, Cones e Bastonetes
também foram apresentados.
Falamos também sobre a retina, também chamada túnica interna, ela tem morfologia
neurossensorial, contém células altamente especializadas em capturar a luz externa e
processar os estímulos resultantes transmitindo-os ao nervo óptico.
Também foi descrito como e de que forma a imagem chega para nosso cérebro, e
como sistema visual detecta e interpreta estímulos luminosos, que são ondas eletromagnéticas.
O olho pode distinguir duas qualidades da luz: o brilho e o comprimento de onda. Para seres
humanos, os comprimentos de onda entre 400 e 750 nanômetros são denominados luz visível.
E por fim, foram apresentadas algumas doenças referentes à visão e suas
características.
Encerrando o assunto, a visão é de extrema importância para o ser humano, e para que
chegue tudo com clareza para nós, existe vários processos que passam em várias estruturas, e
esse foi nosso trabalho, falar um pouco mais aprofundado sobre esse sentido.
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