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Perigos na Produção
de Alimentos
SérieQualidade e
Segurança dos Alimentos
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL CRÉDITOS
CONSELHO NACIONAL DO SENAI
José Manuel de Aguiar Martins COMITÊ GESTOR NACIONAL DO PAS
Armando de Queiroz Monteiro Neto Diretor Geral Antônio Carlos Dias – SENAI/DN
Diretor-Presidente Daniel Kluppel Carrara – SENAR
Regina Torres
Diretora de Operações Fernando Viga Magalhães – ANVISA/MS
CONSELHO NACIONAL DO SESI Maria Lúcia Telles S. Farias – SENAI/RJ
Maria Regina Diniz de Oliveira – SEBRAE/NA
Jair Antonio Meneguelli SEBRAE – NACIONAL Paulo Alvim – SEBRAE/NA
Presidente Paulo Bruno – SENAC/DN
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor-Presidente Paschoal Guimarães Robbs – CTN/PAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Raul Osório Rosinha – Embrapa/SNT
- ANVISA Luiz Carlos Barboza Vladmir Farsetti Favalli – ANVISA/MS
Diretor Técnico Walkyria Porto Duro – SESI/DN
Cláudio Maierovitch P. Henriques Willian Dimas Bezerra da Silveira – SESC/DN
Diretor-Presidente César Acosta Rech
Diretor de Administração e Finanças COMITÊ TÉCNICO PAS CAMPO
Ricardo Oliva
Diretor de Alimentos e Toxicologia Coordenação Geral:
SESI - DEPARTAMENTO NACIONAL Paschoal Guimarães Robbs – CTN/PAS
Armando Queiroz Monteiro Raul Osório Rosinha – Embrapa/SNT
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO - CNC
CONSELHO NACIONAL DO SENAC Diretor-Nacional Equipe:
CONSELHO NACIONAL DO SESC Rui Lima do Nascimento Antonio Tavares da Silva – UFRRJ/CTN/PAS
Diretor-Superintendente Carlos Alberto Leão – CTN/PAS
Antônio Oliveira Santos Maria Regina Diniz de Oliveira – SEBRAE/NA
Presidente José Treigger Paulo Alvim – SEBRAE/NA
Diretor de Operações
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNA TÉCNICOS RESPONSÁVEIS
CONSELHO NACIONAL DO SENAR Maria Cristina Prata Neves – Embrapa Agrobiologia
SENAC - DEPARTAMENTO NACIONAL
Paschoal Guimarães Robbs – CTN/PAS
Antônio Ernesto Werna de Salvo Sidney da Silva Cunha
Presidente Diretor Geral EDITORES TÉCNICOS
Antonio Tavares da Silva – UFRRJ/CTN/PAS
Dilma Scalla Gelli – ADOLFO LUTZ/PAS
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA SESC - DEPARTAMENTO NACIONAL
Mauro Faber Freitas Leitão – FEA/UNICAMP/PAS
AGROPECUÁRIA
Marom Emile Abi-Abib Maria Cristina Prata Neves – Embrapa Agrobiologia
Silvio Crestana Diretor Geral Paschoal Guimarães Robbs – CTN/PAS
Diretor-Presidente
Álvaro de Mello Salmito COLABORADORES
Tatiana Deane de Abreu Sá Diretor de Programas Sociais Fabrinni Monteiro dos Santos – PAS
Diretora-Executiva Francismere Viga Magalhães – PAS
Fernando Dysarz
Kepler Euclides Filho Gerente de Esportes e Saúde Paulo Henrique Simões – PAS
Diretor-Executivo
EDITORAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
José Geraldo Eugênio de França SENAR - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM CV Design
Diretor-Executivo RURAL
CONVÊNIO PAS CAMPO
Antônio Ernesto Werna de Salvo CNI/SENAI/SEBRAE/Embrapa
Presidente do Conselho Deliberativo
Geraldo Gontijo Ribeiro
Secretário-Executivo
Série Qualidade e Segurança dos Alimentos
Perigos na Produção
de Alimentos
EMBRAPA - Sede
Parque Estação Biológica - PqEB s/nº Edifício Sede Caixa Postal: 040315
CEP 70770-900 Brasília-DF
Tel.: (61) 448 4522 Fax: (61) 347 9668
Internet: www.embrapa.br/snt
FICHA CATALOGRÁFICA
PAS Campo.
Boas práticas agrícolas para produção de alimentos seguros no campo:
perigos na produção de alimentos. – Brasília, DF : Embrapa Transferência
de Tecnologia, 2005.
33 p. : il. – (Série Qualidade e segurança dos alimentos).
CDD 363.192
S UMÁRIO
A PRESENTAÇÃO ............................................... 5
I NTRODUÇÃO .................................................. 7
O QUE É UM P ERIGO ? ....................................... 9
A LIMENTOS PODEM CAUSAR DOENÇAS? .................... 10
P ERIGOS B IOLÓGICOS ....................................... 11
Q UAIS SÃO OS T IPOS DE M ICRORGANISMOS ? .............13
C OMO SE MULTIPLICAM OS MICRORGANISMOS? ...........15
O QUE AS B ACTÉRIAS E FUNGOS PRECISAM PARA SE
M ULTIPLICAR ? ..............................................17
O NDE ESTÃO OS M ICRORGANISMOS? .......................20
O QUE FAZEM OS M ICRORGANISMOS NOS ALIMENTOS ? ...23
C OMO P ODEMOS EVITAR AS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELOS
M ICRORGANISMOS P RESENTES NOS ALIMENTOS? ..........24
P ERIGOS QUÍMICOS .........................................25
P ERIGOS FÍSICOS ...........................................27
Q UE É CONTAMINAÇÃO ? ....................................28
C OMO O CORRE A CONTAMINAÇÃO DO A LIMENTO ? ......... 29
V AMOS VER SE A PRENDEMOS ! .............................31
P ARA FAZER NA SUA UNIDADE DE PRODUÇÃO .............32
B IBLIOGRAFIA C ONSULTADA ................................33
A PRESENTAÇÃO
A unidade de produção rural é o elo primário da cadeia produtiva de
alimentos. Portanto, a forma como está organizada e os procedimentos
adotados irão interferir diretamente na qualidade e na segurança dos
alimentos produzidos, com conseqüências para os demais elos da cadeia
produtiva.
Para que os alimentos possam ser seguros para a saúde das pessoas,
os cuidados devem começar no campo, na escolha da área de produção e
depois no plantio, passando por todas as etapas do cultivo até a colheita.
Tais cuidados devem estender-se às etapas de pós-colheita (seleção,
classificação, beneficiamento, empacotamento, armazenagem e transporte).
E devem continuar durante a comercialização e na hora do preparo. Estes
são os elos da cadeia produtiva dos alimentos, desde o campo até a mesa.
PISAR EM UM PREGO
B IOLÓGICOS
São os microrganismos, também chamados
de micróbios, e as toxinas que são as
substâncias tóxicas que eles produzem.
Q UÍMICOS
São os resíduos de agrotóxicos, como por
exemplo, os pesticidas, certos metais
pesados, como cobre, mercúrio e cádmio, e as
drogas veterinárias.
F ÍSICOS
São os materiais estranhos aos alimentos, como
por exemplo, caco de vidro, prego, pedaço de
metais, de plástico, de madeira, pedras e outros.
MULTIPLICAM-SE... E MORREM.
FALTA DE HIGIENE
FEZES, ESTERCO
B ACTÉRIAS
Vivem no solo, na água e no ar. A maioria das
bactérias que vivem no solo é útil e promove a
fertilidade do solo e o crescimento das culturas.
Algumas bactérias são usadas no preparo de
alimentos, como o iogurte, o vinagre, a coalhada e os
queijos.
BOLORES OU M OFOS
Os bolores são fungos que formam filamentos. São
também encontrados no solo, no ar, em pães, nas
frutas e em grãos quando guardados úmidos. Muitos
produzem toxinas, chamadas MICOTOXINAS, que
podem causar câncer. Também causam muitas
doenças nas plantas.
VÍRUS E PARASITAS
São outros tipos de microrganismos que podem estar presentes nos
alimentos e provocar problemas de saúde para as pessoas e os animais.
Alguns vírus e parasitas atacam as plantas.
Á GUA
Quanto mais água tiver o alimento, melhor para os
microrganismos. Leite, carnes, ovos, por exemplo,
estragam muito rapidamente. Todo ser vivo precisa de
água. Uns mais, outros menos. As bactérias precisam
de muita água. Os bolores ou mofos precisam de
menos água e se multiplicam, por exemplo, nas
paredes depois que ocorre uma infiltração de água ou
no pão. Também se multiplicam nos grãos quando são
guardados e ainda não estão bem secos. Por isso, o
café, o amendoim, o arroz, o feijão, a soja e muitos
outros alimentos precisam de cuidados especiais na
colheita, na secagem e no armazenamento para que
não favoreçam a multiplicação dos bolores. Alguns
bolores produzem MICOTOXINAS, que ficam nos
alimentos mesmo depois do alimento cozido e da
eliminação dos bolores.
A CIDEZ
A maioria dos microrganismos não gosta de
alimentos ácidos como frutas azedas, picles,
sucos de maracujá, de laranja e molhos de
tomate. Só os bolores, mofos e os fermentos se
multiplicam neste tipo de alimento e podem
estragá-lo.
RESUMINDO
ÁGUA
Quanto mais seco o ambiente,
NUTRIENTES pior para os microrganismos.
Restos de comida, resíduos
de colheita nas superfícies,
equipamentos e no piso.
AR
TEMPERATURA
Alguns microrganismos
Não pode ser muito quente (fervura),
precisam, outros não.
nem muito fria (congelamento).
As temperaturas de verão ou do nosso
corpo são ótimas para os
microrganismos.
NO SOLO (TERRA )
Existem milhões de microrganismos em cada grama
de terra. Pelo vento são levados para outros lugares.
Grudam nas superfícies das plantas, nos pelos dos
animais, nas roupas e na nossa pele. As verduras que
crescem junto à terra são muito sujeitas à
contaminação. O uso de esterco mal curtido, fezes e
outros resíduos permitem a contaminação do solo
com microrganismos perigosos para a saúde das
pessoas.
NO AR
Quanto mais sujo ou com poeira o ambiente estiver, maior a
quantidade de microrganismos no ar.
NA ÁGUA
Se não vier de fonte segura, se não for filtrada
ou tratada com cloro ou fervura, pode conter
microrganismos perigosos. Principalmente se a
água estiver contaminada por esgoto caseiro,
chorume, resíduos de curral, etc.
SUPERFÍCIES DE PLANTAS
As plantas são contaminadas por microrganismos vindos da terra, da
poeira e da água. Para se evitar contaminações perigosas nas frutas,
legumes e verduras não se deve usar esterco fresco ou mal curtido, nem
água de irrigação contaminada. Água tratada ou de fonte segura deve ser
usada para irrigar as plantas e para lavar os produtos após a colheita.
Ú TEIS
Microrganismos usados para produzir alimentos,
como: iogurte, coalhada, vinagre, pães, salames,
queijos e outros. Quando eles se multiplicam,
produzem substâncias que dão sabor e
características especiais e desejáveis ao alimento.
P REJUDICIAIS
Estes podem:
• estragar os alimentos, modificando a cor, consistência,
sabor e cheiro das frutas, legumes e dos tubérculos;
• causar doenças às pessoas que os comem;
• ou mesmo levar à morte, devido às doenças que causam
principalmente em pessoas idosas e crianças.
A GROTÓXICOS
São produtos químicos aplicados para combater pragas e agentes de doenças
nas lavouras. Alguns agrotóxicos são VENENOS e podem causar sérios
problemas à saúde do consumidor se alguns cuidados não forem tomados
pelo produtor. Por exemplo:
• Seleção correta do agrotóxico e uso de produtos registrados;
• Uso de doses adequadas, na época certa e aplicação correta no campo;
• Obediência ao período de carência do produto antes de proceder a
colheita.
IMPORTANTE:
• As embalagens vazias de agrotóxicos devem ser lavadas 3 vezes. Esta
prática é conhecida como tríplice lavagem.
• Devem ser perfuradas para não serem usadas para outros fins.
• Não podem ser jogadas no lixo. Devem ser devolvidas e recolhidas nos
centros de recebimento de embalagens vazias da região.
F ERTILIZANTES NITROGENADOS
Os fertilizantes nitrogenados formam nitratos e nitritos e quando
usados em excesso, se acumulam nas plantas podendo causar
problemas à saúde do consumidor.
PERIGOS FÍSICOS
SÃO PERIGOS FÍSICOS OS FRAGMENTOS SÓLIDOS COMO PEDAÇOS
DE METAL, PEDRAS, AREIA, VIDRO, MADEIRA OU QUALQUER OUTRO
MATERIAL EM DIMENSÃO QUE POSSA PROVOCAR FERIMENTOS NO
CONSUMIDOR.
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COAG/FAO. FAO's Strategy for a Food Chain Approach to Food Safety and
Quality: /A framework document for the development of future strategic
direction. /2003. Disponível em: http://www.fao.org/DOCREP/MEETING/
006/Y804e.htm. Acesso em: 11 de maio de 2004.
Perigos na Produção
de Alimentos
SérieQualidade e
Segurança dos Alimentos