Você está na página 1de 68

COMO DIFERENCIAR AS

CAUSAS DE SÍNCOPE QUE


AUMENTAM O RISCO DE
MORTE SÚBITA DAS CAUSAS
SEM SIGNIFICADO CLÍNICO?
SÍNCOPE
VINHETA DE ABERTURA
DEFINIÇÃO

“Perda de consciência: a recuperação dos sentidos


demora algum tempo (min)”
“Síncope: ocorre recuperação dos sentidos rápida”
EPIDEMIOLOGIA

SÍNCOPE ISOLADA
Homens: 79% casos
Mulheres: 88% casos
CAUSAS DE SÍNCOPE

Disautonomias ou neuromediadas ou reflexas


੦ vasovagal; hipersensibilidade do seio carotídeo;
situacional (tosse, urinar etc.)

Distúrbios do controle do ortostatismo


੦ hipotensão ortostática; neuropatia diabética;
hipo-ortostática secundária a drogas
CAUSAS DE SÍNCOPE

Arritmias cardíacas
੦ DNS; BAVs; TSV; TV; QT longo; QT curto;
síndrome de Brugada; disfunção MP
Doenças cardíacas estruturais
੦ IAM; miocárdio obstrutiva; tamponamento; TEV;
HP

Doenças cerebrovasculares
੦ doenças sistema vertebrobasilar; doença sistema
carotídeo; alterações vasculares extrínsecas
CAUSAS DE SÍNCOPE

Afecções SNC
੦ convulsões; HSA; hidrocefalia

Distúrbios metabólicos e endócrinos


੦ hipoglicemia; doença de Addison; feocromo;
hiperventilação

Doenças psiquiátricas
੦ síndrome conversiva; síndrome do pânico
#IMPORTANTE

No syncope
PROGNÓSTICO SÍNCOPE Vasovagal and other causes
Unknown cause
Neurologic cause
Probabilidade de sobrevivência

Cardiac cause

Follow-up (yr)
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

ANAMNESE
QD e HPMA
1. Periodicidade
2. Atividades relacionadas
3. Postura em que ocorre ou relacionada
a mudança postural
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

ANAMNESE
4. Fatores desencadeantes
Sinais ou sintomas premonitórios
Duração/tempo de recuperação
Semelhança entre quadros
Presença de movimentos tônico-clônicos
Liberação esfincteriana
Síndrome vestibular periférica
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

ANAMNESE
1. Anemia
2. Desidratação
3. Sopros carotídeos
4. Alterações palpação tireoide
sopros subclávios
PA deitada/sentada/ortostatismo
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

ELETROCARDIOGRAMA
Normal
Hipertrofias
Alterações isquêmicas
Arritmias atriais/ventriculares
Bloqueios de ramo e AV
Alterações repolarização
Pré-excitação
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

Ecocardiograma
੦ confirma suspeitas

Teste ergométrico
੦ avalia DAC; arritmias relacionadas ao esforço
(contraindicado em EAO grave)

Holter
੦ tendo cardiopatia documentada, ajuda a avaliar a
ocorrência de arritmias complexas
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

LOOPER
੦ casos de síncopes recorrentes

ECGAR
੦ suspeita de TV como causa da síncope
੦ determina a presença de potenciais tardios no
QRS
EEF
੦ indução de arritmias ventriculares e medição dos
intervalos (HV >100ms risco de BAVT)
OESIL – RISK SCORE

PREDITORES DE RISCO
1. Idade >65 anos
2. História de cardiopatia preexistente
3. Síncope sem sintomas premonitórios
4. ECG alterado
OESIL – RISK SCORE

70%
57,1%
60%
P(trend) <0,0001
50%

40% 34,7%
30%
19,6%
20%

10%
0% 0,8%
0%
OESIL Risk Score 0 1 2 3 4
Pacientes em risco 52 (19,2%) 123 (45,6%) 51 (18,8%) 23 (8,6%) 21 (7,8%)
#CAI NA PROVA

SÍNCOPE NEUROMEDIADA/NEUROCARDIOGÊNICA

Distúrbio do controle da PA devido a disautonomia


(alt do sistema nervoso autônomo)
੦ síncope vasovagal
੦ hipersensibilidade seio carotídeo
੦ síncope relacionada a tosse; alteração TGI;
deglutição; micção; estímulo VAS
SÍNCOPE NEUROMEDIADA

RESPOSTA FISIOLOGIA
Bradicardia
Hipotensão
SÍNCOPE NEUROMEDIADA

HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CAROTÍDEO


Massagem seio carotídeo 3-5 segundos
Resposta cardioinibitória: pausa >3 segundos com
sintomas
Resposta vasopressórica: queda da PAS ˃50mmHg
TILT TEST

MÉTODO DO EXAME
Em pacientes suscetíveis a mudança de posição
ativa barorreceptores cardiopulmonares
1º início do exame em DDH – 10 minutos
2º elevação da prancha assumindo posição
semiereta a 70º-80º
੦ 10 minutos em ortostase -> massagem seio
carotídeo
੦ 10 minutos pós-massagem
੦ 20 minutos em ortostase + nitrato SL
TILT TEST

RESPOSTA NORMAL
Resposta fisiológica
੦ aumento da FC basal em 30% ou >10bpm
੦ PAS não se altera e a PAD pode aumentar
5mmHg
15 ANOS, MASC

DDH = Decúbito Dorsal Horizontal


Tilt = Inclinação Ortostática
TILT TEST

RESPOSTA MISTA (TIPO I)


FC (mas não cai abaixo de 40bpm)
PAS >30mmHg

Resposta mista (tipo 1) – protocolo combinado Bpm


250 125
200 105
FC 85
150 65
PA
100 45
25
50
5
0 DDH Tilt Nitrato Pré-síncope
15
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59
Tempo (minutos)
TILT TEST

RESPOSTA CARDIOINIBITÓRIA (TIPO IIA)


FC<40bpm por >10seg
PA cai após queda da FC

RESPOSTA VASODEPRESSORA (TIPO III)


PAS >30mmHg
FC não cai mais que 10% em relação ao pico
TILT TEST

HIPOTENSÃO POSTURAL
PA cai e FC sobe em até 3 minutos após ortostase
Queda PAS >30mmHg PAD >10mmHg
TILT TEST

HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CAROTÍDEO


Vasodepressora
੦ PAS ≥50mmHg mesmo sem sintomas
੦ PAS ≥30mmHg com sintomas

Cardioinibitória: assistolia ≥3 segundos


TILT TEST

HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CAROTÍDEO


Resposta mista (tipo 1) – protocolo combinado bpm
250 80
70
200
FC 60
150 50
PA 40
100 30
20
50
Nitrato Trendelenburg 10
DDH Tilt
0 Pré-síncope 0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59
Tempo (minutos)
SÍNCOPE VASOVAGAL

TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO


Conhecer situações desencadeantes
Meia elástica
Tilt training
Ingestão 2L água por dia
Evitar jejum prolongado
SÍNCOPE VASOVAGAL

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Fludrocortisona
੦ CE com efeito glicocorticoide e
mineralocorticoide (absorção Na e água)
੦ dose 50-100µg 1xd cedo
SÍNCOPE VASOVAGAL

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Midrodrina
Alfa-agonista
੦ dose 2,5 a 10mg 4/4h (não tomar antes de deitar)
SÍNCOPE VASOVAGAL

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Betabloqueadores
੦ usados em doses baixas
੦ propranolol 10-20mg 8/8h
SÍNCOPE VASOVAGAL

INIBIDORES RECEPTORES DA SEROTONINA


Usados como adjuvantes
੦ fluoxetina 40mg 1xd
੦ sertralina 50mg 1xd
HOLTER 24H
24 ANOS, MASC, ECG E HOLTER 24H, WPW E FV
HOLTER 24 HORAS

QT longo – síncope convulsiva


SÍNCOPE COM TRAUMA FÍSICO

Loop recorder
INDICAÇÕES

Avaliação ritmo cardíaco


Avaliação de pausas
Esclarecimento de sintomas presumidamente
causados por alterações do ritmo cardíaco
Avaliação terapêutica
Chagas; EEF com ablação; MP; CDI
INDICAÇÕES

AVALIAÇÃO DE RISCO DE EVENTOS CARDÍACOS


Isquemia miocárdica
Arritmia cardíaca
Variabilidade da FC
GENERALIDADES

Taquicardia sinusal inapropriada: Holter mostra que


durante o sono não há diminuição da FC
Eficácia do tratamento de extrassístoles deve
diminuir 75% dos eventos
Prevalência de EV em pacientes sem cardiopatia é
de 50% no Holter, em pacientes com DAC a
prevalência é de 90%
ARRITMIA VENTRICULAR COMPLEXA

TVNS
EV polimórficas
EV monomórficas >10/h ou >1.000/dia
EXEMPLO DE LAUDO

1. RITMO
2. EV
3. ESV
4. Condução AV
5. Condução intraventricular
6. Repolarização ventricular
7. Sintomas
BLOQUEIOS
ATRIOVENTRICULARES
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 1º GRAU
“Todos os impulsos passam para os ventrículos”
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 2º GRAU
“Nem todos os impulsos passam para os ventrículos”
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 3º GRAU
“Nenhum impulso passa para os ventrículos”
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 1º GRAU
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 1º GRAU

Pri >0,20s
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 1º GRAU
BAV DO 2º GRAU TIPO I
BAV DO 2º GRAU TIPO I
BAV DO 2º GRAU TIPO II
BAV DO 2º GRAU TIPO II
BAV DO 2º GRAU TIPO 2:1
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 2º GRAU – QUAL É O TIPO?


BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 2º GRAU – QUAL É O TIPO?


BAV DO 3º GRAU

Nodo sinusal
BAV DO 3º GRAU
#CAI NA PROVA

BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 3º GRAU
“Nenhum impulso passa para os ventrículos”
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 3º GRAU
BAV DO 3º GRAU
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BAV 3º GRAU
COMO DIFERENCIAR AS
CAUSAS DE SÍNCOPE QUE
AUMENTAM O RISCO DE
MORTE SÚBITA DAS CAUSAS
SEM SIGNIFICADO CLÍNICO?

Você também pode gostar