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Música

Aula 1 – História e Legislação

→ Fonte: https://blog.musicalll.com/partitura-musical

→ Descrição da Imagem: partitura sobre piano

O século 18 chegou com novas ideias que acabaram por permitir que os autores participassem dos
resultados econômicos da exploração comercial de suas obras. Nesse momento, o monopólio de
impressão da corporação de ofício dos livreiros e seu poder de censura deixa de ser uma solução para
o desenvolvimento de nova atividade mercantil e passa a ser um atraso no desenvolvimento do
comércio. Junto com essa mudança vem o reconhecimento do direito que os autores têm em relação
a suas obras.

No entanto, o mercado para autores profissionais não se estabeleceu efetivamente até a segunda
metade do século. O que significa dizer que o desenvolvimento do mercado não depende
exclusivamente de normas e regras. Os autores ainda precisaram lutar muito para garantir sua
participação nos resultados econômicos produzidos por suas obras artísticas.

Uma obra artística é compartilhada pelo autor com o público em troca da garantia de certos direitos.
Em princípio, esses direitos não precisariam de lei para existir, pois são justificados pela natureza
humana. As leis e regulamentos são necessários para regular as relações entre os autores e aqueles
que exploram comercialmente suas obras.
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Nossa história coincide com um longo processo de mudança no qual se inclui uma nova percepção da
capacidade intelectual dos indivíduos e sua importância para a melhoria das condições de vida da
humanidade. Durante esse processo, o conceito de autoria foi objeto de debates calorosos, brigas e
reconciliações, assim como regulação nacional e internacional.

Não há tempo para detalhar séculos de história. Então, vamos pontuar informações importantes, as
quais são reflexos de anos de lutas pelos direitos autorais que produziram efeitos significativos para
autores, para o acesso às obras artísticas, para a estrutura legal de proteção e toda cadeia produtiva
da música.

Direito Moral x Direito Patrimonial

→ Fonte: autoral

→ Descrição da Imagem: boneco com coração e lâmpada da ideia simbolizando o direito moral e boneco com sacos de
dinheiro simbolizando o direito patrimonial

Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou (art. 22). Os direitos
morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis (art. 27). O autor estará sempre ligado à sua obra
original por um direito moral. O direito moral está relacionado com a autoria propriamente dita.
Portanto, é personalíssimo; por isso não pode ser transferido para terceiros.
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O direito moral existe juntamente com o direito de propriedade dos autores em relação às suas obras
e que, como no caso da propriedade sobre bens materiais, pode ser transferido a terceiros. Estes são
os direitos patrimoniais do autor que perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano
subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil (art. 41).

Em outras palavras, o direito de autor tem dupla natureza. Os autores têm direito moral que garante
o poder de reclamar a autoria da obra, de decidir a respeito de sua publicação e de impedir qualquer
interferência ou modificação na obra. Ao mesmo tempo, os autores têm direitos patrimoniais que
garantem o direito exclusivo de exploração comercial da obra, o poder de impedir terceiros de utilizá-
la, e que podem ser transferidos a terceiros através de contratos.

O autor da obra musical

As composições musicais (com ou sem letra) são obras intelectuais protegidas pela Lei dos Direitos
Autorais (lei 9.610/98). Considera-se como autor a pessoa que criou uma obra ou quem adaptou,
arranjou ou orquestrou uma obra de domínio público. Os direitos morais, que não podem ser
transferidos a terceiros, são, por exemplo, os direitos de reivindicar a autoria, exigir que seu nome ou
pseudônimo seja indicado ou anunciado na utilização da obra, modificar a obra a qualquer momento e
assegurar a sua integridade etc. Os direitos patrimoniais podem ser cedidos ou transferidos a
gravadoras, editoras, produtoras, pessoas físicas etc. Eles provêm da utilização da obra por meio de
reprodução, adaptação, gravação em disco, execução pública, radiodifusão, entre outros.

Exploração econômica

A exploração econômica da obra se dá a partir de sua utilização, que sempre depende da autorização
prévia do autor. Não existe em lei um coeficiente que fixe a importância a ser cobrada pela utilização
de uma obra intelectual. No caso da exploração comercial de uma música, os valores, estipulados em
contrato, variam de acordo com as editoras, as gravadoras, os autores, as leis de mercado. No caso
de partitura publicada e comercializada, a editora fica com uma parte da receita. Quando a música,
que estava inédita, vai ser gravada, o autor pode fazer uma cessão de parte de seus direitos
patrimoniais para uma editora musical. Fazer a edição de uma música não é, entretanto, uma prática
obrigatória. Quando a música vai ser gravada em disco independente, e o próprio compositor é quem
financia a produção do CD, é comum não fazer a edição.

Quando o contrato de edição é realizado, a editora passa a administrar os direitos autorais de uma
determinada obra intelectual, uma música, por exemplo. A partir daí, ela irá reter um valor percentual
sobre qualquer arrecadação proveniente da utilização dessa música. A arrecadação sobre execução
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pública da música é feita pelo ECAD e repassada aos autores pelas associações de titulares de direitos
autorais e conexos. Quando a música está editada, as associações repassam um percentual, de
acordo com o contrato entre autor e editora, para as editoras e o restante para os autores.
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Anotações

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