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SOCIEDADES COMERCIAIS
A sociedade comercial tem por objetivo a prática de aspetos de comércio. Nos termos do art.
1º CSC, as sociedades que tenham por objeto o exercício de uma atividade comercial têm de
adaptar um dos tipos previstos no Código das Sociedades Comerciais. Este prevê quatro tipos
de Sociedades comerciais:
A firma quando não individualize todos os sócios, deve conter o nome ou firma de um deles
sendo-lhe aditada expressão que indique a existência de outros sócios, como, por exemplo: "E
Companhia" ou "& Cª", "& Filhos", "& Sobrinhos", etc. Mesmo que não seja sócio, se colocar o
seu nome na firma, fica sujeito à mesma responsabilidade dos sócios pelas dívidas da
sociedade.
Nas sociedades em nome coletivo, a participação social recebe o nome de “parte” (artigo
176º/1, c).
As entradas dos sócios podem ser de:
Bens: bens móveis ou imóveis
TCT 34
UFCD 0563 – LEGISLAÇÃO COMERCIAL
Indústria: trabalho na sociedade
Existe responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais (artigo 175º).
Isto quer dizer que, os sócios respondem com a sua entrada na empresa, mas também com o
seu património pessoal, se a própria sociedade não responder e em conjunto com os outros
sócios.
Se um sócio pagar as dívidas da sociedade, tem direito de regresso sobre os sócios, ou seja,
pode exigir dos restantes sócios o pagamento da parte que lhes caberia suportar conforme à
sua participação nas perdas sociais.
Uma das vantagens neste tipo de sociedade, é que o sócio não responde pelas obrigações da
sociedade contraídas posteriormente à data em que sair.
Para criar uma sociedade em nome coletivo, deve seguir os seguintes passos:
Principais características:
A firma deve ser constituída de uma das formas a seguir indicadas e concluir sempre pelo
aditamento “Limitada” ou pela abreviatura “Lda”: com ou sem sigla, pelo nome ou firma de
todos, algum ou alguns dos sócios, podendo incluir ou não expressão que dê a conhecer o
objeto social; ou por fantasia, sigla ou composição podendo incluir, ou não expressão que dê a
conhecer o objeto social.
Deve ser administrada e representada por um ou mais gerentes, pessoas singulares com
capacidade jurídica plena. Quem gere a sociedade tem direito a salário, estipulado pelos
sócios.
Nas sociedades por quotas não há responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais, só o
património social responde para com os credores pelas dívidas da sociedade. Os estatutos da
sociedade podem estabelecer que determinados sócios respondem pelos credores até certo
montante. O artigo 197º/1 diz ainda que os sócios são solidariamente responsáveis por todas
as entradas convencionadas no contrato social.
Se alguém ficar a dever algo, todos os sócios ficam responsáveis pela dívida. A obrigação de
entrada é uma obrigação que consiste num direito de crédito da sociedade em que o devedor
é o sócio. Se um sócio não pagar, há responsabilidade solidária com outros sócios.
TCT 34
UFCD 0563 – LEGISLAÇÃO COMERCIAL
Nas sociedades por quotas, as participações sociais são designadas por “quotas”. Não pode
haver contribuições de indústria, mas apenas de bens. Quanto à transmissão, a regra é a
transmissão com o consentimento da maioria dos sócios.
Uma das principais vantagens da sociedade, esta na responsabilidade dos sócios limitada aos
bens afetos à empresa, havendo uma separação clara do património da empresa, há maios
probabilidade de se garantir os fundos necessários, pois são mais pessoas a entrarem no
capital.
Empresa na Hora:
1. Escolher o nome e o pacto social - é possível optar por uma denominação social e um
pacto social pré-aprovados, disponíveis no site ou num dos balcões de atendimento
da empresa na hora;
2. Comparecer presencialmente num dos balcões de atendimento empresa na hora;
3. Depositar o capital social numa instituição bancária, até 5 dias após a constituição da
sociedade por quotas;
4. Contratar um contabilista que deverá entregar a declaração de início de atividade
junto das Finanças, no prazo máximo de 15 dias após a constituição da empresa.
Constituição Online:
Regime Tradicional:
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UFCD 0563 – LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1. Obter o certificado de Admissibilidade junto do Registo nacional de Pessoas Coletivas
(RNPC);
2. Abrir uma conta bancária para depositar o capital social da empresa;
3. Proceder ao registo comercial;
4. Entregar declaração de início de atividade, com vinheta e devidamente assinada por
contabilista certificado, nas Finanças e na Segurança Social;
5. Proceder à abertura dos livros de atas.
A sociedade unipessoal por quotas é uma empresa de uma só pessoa (singular ou coletiva),
onde é titular da totalidade do seu capital.
Principais características:
A firma desta sociedade deve ser formada pela expressão “sociedade unipessoal” ou pela
palavra “unipessoal” antes da palavra “limitada” ou da abreviatura.
A partir de 2011, o capital social passou a ser livremente fixado pelo sócio. Este capital social é
constituído por uma quota única, valor mínimo € 1,00, e deve ser depositado numa conta
bancária criada exclusivamente para a sociedade unipessoal por quotas.
Uma das vantagens é o controlo absoluto do negócio, o seu património não responde pelas
dívidas contraídas no exercício da atividade.
SOCIEDADE EM COMANDITA
A sociedade em comandita simples, não hpa representação do capital por ações. Nesta
sociedade, o número mínimo de spocios é dois.
A sociedade em comandita por ações, as participações dos sócios comanditários podem ser
representadas por ações. A entrada destes sócios não pode consistir em indústria. O número
mínimo de sócios é de cinco sócios comanditários e um comanditado.
Principais características:
O nome dos sócios comanditários não pode figurar na firma da sociedade, salvo se o
consentirem expressamente.
A denominação da empresa deve conter o nome ou a firma de um, no mínimo, dos sócios
comanditados, seguido do aditamento “em Comandita por Ações” ou “& Comandita por
ações”.
As desvantagens são que cada tipo de sócio só pode influenciar a parte do negócio que lhe diz
respeito e o capital mínimo elevado.