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1. INTRODUÇÃO
A cruz, ao contrário do que muitos de nós pensamos não foi o ápice da humilhação de
Cristo. No caminho da cruz, Ele foi abandonado, esbofeteado, açoitado, ridicularizado,
contado entre bandidos, desnudo e teve morte maldita. Entretanto, foi em sua
encarnação que o Verbo Eterno, que já subsistia em forma de Deus antes que o mundo
viesse a existir, foi tecido de carne no ventre de uma mulher, Maria sua mãe.
Ser agraciada, bendita entre as mulheres por ser a mãe do Salvador, foi um risco de
vida para Maria, a mulher virgem, prometida em casamento e que de maneira
miraculosa aparecera grávida aos olhos de toda comunidade, que grande, fé, desafio
e amor que movia a mãe de Jesus. Foi por intermédio da aparição de um anjo que José
não condena a noiva e aceita o menino tendo a ciência que este era o Filho de Deus
(Mt1:20-23). “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo”.
Isaías 11:1
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de
Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).” Mateus1:23
2. DESENVOLVIMENTO
Como mensurar?
Como entender que o Salvador, que libertaria a todos, estava padecendo diante de
seus olhos? “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der
ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus
dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.” (Isaías 53:10)
Texto Base:
“E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e
Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse:
Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em
diante, o discípulo a tomou para casa.” João 19:25-27
A. Junto a cruz
Mesmo diante de uma multidão em polvorosa sedenta pelo santo sangue de Cristo,
perante os soldados de Roma, ao risco de ser condenada por ser a seguidora e mãe do
Rei dos Judeus, Maria permaneceu, junto a Cruz. Verdadeiramente, identificamos nessa
mulher o amor de uma mãe que com coragem vai até as ultimas consequências em amor
por seus filhos . “Assim como um pai se compadece dos filhos assim o Senhor se
compadece daqueles que o temem.” (Salmo 103:13)
B. O presente do céu está no outro
Jesus, pendurado no madeiro e padecendo dor física, emocional e mental, ainda pensa
nos outros, e em sua mãe e serva. desemparada de marido e seu filho, Maria estava
condenada a uma vida de miséria, talvez, além da dor da perda, temera a dor do
desamparo social. Contudo, naquela cruz o Salvador, conquistara para todo aquele que
nele crê, portando em cuidado a sua mãe, um lar eternal muito superior aos temores do
coração de Maria diante da morte eminente de seu filho.
Como o que está as claras, Jesus exclama: “Mulher, eis aí teu filho”, e diz a João “Eis aí
sua mãe”. Aqui está, veja, perceba, olhe! É na dor de Jesus que somos sarados, em seu
sacrifício somos restaurados e no abandono “Deus meu, Deu meu, por que me
desamparas-te?” (Mt27:46), somos aceitos como filhos de Deus. É impossível sermos
afastados do amor de Deus, “nem poderes nem alturas, ou, profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus.” (Romanos8:38-39), mas
essa certeza só é realidade porque um dia o Filho foi abandonado por seu Pai. Imagine
a dor do Filho em ser abandonado e a dor do Pai em abandonar seu Filho, para que
fossemos acolhidos em uma família, a família da fé.
“Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo,
conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual
nos deu gratuitamente no Amado.” (Efésios 1:5-6)
Jesus adverte a seus discípulos quando questionado, “E todo aquele que tiver deixado
casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por
causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna”. (Mateus
19:29 ). Os soldados buscaram de Jesus o que tinha de valor para o mundo o que valia dinheiro
e repartiram as suas vestes (João19:24), por estarem com olhos nesta vida não receberam o que
o ladrão recebeu, a vida eterna com Deus e uma família na fé. O maior presente que Deus tem
a nos dar não as posses desse mundo, mas o presente divido está no outro.
C. O último mandamento
“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei,
que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. João 13:34,35
Amor uns pelos outros, essa é forma com a qual o Senhor escolheu com que fossemos
reconhecidos como seus discípulos. Por isso, esse é o dom supremo (Cor13), podemos
ter todas as coisas e até falar a língua dos anjos, mas se não tivermos amor, nada disso
importa. Em amor sacrificial, humilhante e santo, Jesus nos amou até o fim. Este é o
padrão que exige de nós. O padrão se eleva de maneira incomparável, o “amaras como
a ti mesmo”, não é mais suficiente, é preciso que amemos como ele nos amou, assim
todo mundo reconhecerá que somos de estrangeiros aqui.
3. CONCLUSÃO
Hoje celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, o sangue que nos vivificou, trouxe-
nos do reino das trevas para a luz de Deus, fez com que inimigos se tornassem filhos
amados e irmãos uns dos outros. Pelo nome de Jesus, a mulher estérea hoje tem filhos,
o órfão tem mães e pais, somos unidos por toda eternidade e aguardamos com ansiosa
expectativa o dia em que do céu novamente o Filho do Homem virá para buscar toda
sua família e juntos eternamente cearmos na eternidade.