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As palavras da Cruz

A maior pregação do maior pregador foi feita num lugar com nenhum glamour.

O púlpito estava posto sobre um monte de longe poderia ser avistado, microfone não havia, precisou usar apenas sua voz
cansada e tremula, terno que vestia era a nossa nudez e nossa vergonha, luzes apenas do sol escaldante de uma terra árida
do oriente médio, de modo assombroso sua voz sem alto falantes, ecoou por toda terra e continua a ecoar em nossos
corações. Todos os dias podemos nos deparar com essa mensagem que continua tão poderosa quanto no dia que foi
ministrada. Produz o mesmo efeito e continua exigindo a mesma atenção, ontem e hoje e sempre nunca, jamais ninguém
poderá ignorar essa voz. E hoje ela ressoa neste lugar.

Céus e terra passarão, mas as suas palavras permanecem eternamente e se cumprirão, cada vírgula de sua poderosa
palavra vai se cumprir em minha vida e sua vida, se você crer.

A maior pregação foi feita por um orador pregado numa cruz, Jesus o mestre lá se derramou até a morte para entrega-la.

Graças a Deus, por sua misericórdia, foi registrada e hoje podemos desfrutar deleitar, sermos transformados e desafiados
por ela hoje. Aos estudiosos de plantão, Ele deixou um esboço de sete tópicos para refletirmos hoje.

As palavras da Cruz, essas quero relembrar aqui.

A primeira palavra da cruz é uma palavra de

1) Intercessão – Lc 23:34
1 Tm 2:5 - O único que pode fazer a mediação entre nós e Deus
Rm 8:26 -Deixou o espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis
Ele auxilia em nossas fraquezas sabe de nossas limitações e clama ao pai, Deus não precisa de nossas orações, Ele
sabe tudo que se sucede conosco, mas nós necessitamos Dele, Cristo como Intercessor e Mediador permite que
tenhamos hoje livre acesso ao Pai.
Hb 8:6 – Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas;

Essa mensagem Ele deixou para você


2) Graça - Lc 23:43
“A GRAÇA é um Presente que custa tudo para o Doador, e nada para quem a recebe!”

O que impede o perdão não é a relutância de Deus, mas a nossa. Os braços de Deus estão sempre estendidos, nós
que desviamos.
A noção do amor de Deus vindo até nós livre de retribuições, sem compromisso, parece ir contra todo instinto da
humanidade. O caminho de oito passos do budismo, a doutrina hindu do carma, a aliança judaica, o código de leis
muçulmano, cada um deles oferece um caminho para alcançar a aprovação. Apenas o cristianismo atreve-se a
dizer que o amor de Deus é incondicional.

Por estranho que pareça, às vezes descubro a ausência da graça dentro da igreja, uma instituição fundada para
proclamar, segundo Paulo “o evangelho da graça de Deus”.
Os cristãos gastam muita energia debatendo e decretando a verdade; cada igreja defende sua versão particular do
evangelho. Mas o que dizer da graça? Como é difícil encontrar uma igreja que esteja competindo com suas rivais
para supera-las em graça.

Helmut Thielicke disse: “O odor sulfuroso do inferno não é nada comparado com o cheiro ruim emitido pela graça
divina putrefata”.
O mundo tem fome de graça. A graça é gratuita para pessoas que não merecem.

Muitas vezes alguns de nós parecemos tão ansiosos em fugir do inferno que nos esquecemos de celebrar nossa
viagem para o céu.
A graça não depende do que fizemos por Deus, mas antes, do que Deus fez por nós.
Nenhum de nós recebe pagamento de acordo com mérito, pois não somos capazes de satisfazer as exigências de
Deus para uma vida perfeita. Se fossemos pagos com base na justiça, todos nós iríamos para o inferno.
No reino da graça a palavra merecer nem mesmo se aplica.
Como poderíamos não perdoar uns aos outros à luz de tudo o que Deus nos perdoou? “Apenas a experiência de
sermos perdoados capacita-nos a perdoar os outros.”

Se prestar atenção, ao sussurro vindo da cruz que diz que não recebi o que mereço. Eu merecia castigo, recebi o
perdão, merecia ira recebi o amor, merecia a prisão do devedor, recebi crédito, merecia severas advertências e
deveria me arrepender de joelhos, mas recebi um banquete colocado diante de mim.
A graça significa que não há nada que possamos fazer para que Deus nos ame mais... E graça significa que não há
nada que possamos fazer para Deus nos amar menos... Graça significa que deus já nos ama tanto quanto é possível
um Deus infinito nos amar... Significa que eu, até mesmo eu, que mereço o contrário, sou convidado a tomar meu
lugar à mesa da família de Deus.

A graça não é justa, não tem a ver com justiça. A ausência da graça tem operado como pano de fundo ao longo da
vida das famílias, Ela é infelizmente nosso estado humano natural. Por isso Jesus vinculou o perdão divino a nossa
disposição em perdoar atos de injustiça, em um mundo governado pelas leis da ausência da graça, Jesus requer,
ou melhor, exige uma reação de perdão. Negando o perdão aos outros, estamos, de fato, determinando que eles
são indignos do perdão de Deus e, da mesma forma, nós. De um modo misterioso, o perdão divino depende de
nós.
A palavra da Cruz, o evangelho da graça começa e termina como perdão... Só a graça desfaz a ausência da graça.

3) Adoração - João 19:26-27


Era um sofrimento para Jesus ver sua mãe no meio daqueles que estavam perto da cruz. Ele sofria por causa do
sofrimento dela. Parado ao lado dela estava o apóstolo João. Ninguém melhor que João entendia Jesus.
Jesus chama Maria de mulher e não de mãe, atitude gentil de cuidado, poupando-a de uma dor maior.

Adoração – chama- a de mulher para poupá-la, mas também mostrar que Maria não devia pensar nele como meramente
seu filho, pois, quanto mais ela O visse como filho, mais iria sofrer quando Ele sofresse. Maria devia começar a vê-lO como
seu Senhor. Sim, mesmo assim ela ainda iria sofrer, mas esse sofrimento seria de uma natureza diferente. Ela iria saber que,
embora Sua agonia fosse indescritivelmente terrível, essa agonia era, contudo, gloriosa por causa de seu propósito. Ela iria,
então, concentrar-se em seu significado redentor. Assim sendo, não mãe, mas mulher. O sofrimento meramente emocional
de Maria - como qualquer mãe sofreria por ver seu filho sendo crucificado - deve ser substituído por algo mais elevado e
nobre, isto é, por adoração!

Ao dizer, “Mulher, eis aí eu filho”, Jesus estava entregando Maria aos cuidados de João.

“Mas, por que Maria não foi entregue aos cuidados de seus outros filhos?” A resposta é: provavelmente porque eles ainda
não O tivessem recebido pela fé viva (ver sobre 7:5). E, além disso, quem poderia cuidar melhor de Maria do que o
discípulo a quem Jesus amava?

É verdade que aqui está implícita uma lição sobre a responsabilidade dos filhos (pense em Jesus) para com seus pais (pense
em Maria). Mas certamente essa não é a lição principal. O sofrimento de Jesus ao ver Maria sofrer, e especialmente Seu
maravilhoso amor - os cuidados do Salvador pelos seus.

4) Angústia – Mt 27:46
Angústia

Salmo 22:1-2 As palavras de Jesus são tiradas diretamente do Salmo 22:1, escrito cerca de 1000 anos antes da morte de
Cristo. O versículo inicial nos lembra de que o maior sofrimento que Cristo suportou não foi a dor física da cruel cruz, mas a
agonia emocional de morrer só.

Pode Deus abandonar seus filhos no momento em que eles mais precisam dele? E se a vida de Jesus foi uma vida de
permanente comunhão com seu Pai, por que Deus O abandonaria na hora mais difícil? Ele não abandonou o povo de Israel
quando estava diante do mar vermelho. Não abandonou os três jovens hebreus na fornalha ardente. Não abandonou a
Daniel na cova dos leões. Ele promete que nunca nos abandonará que nunca nos deixará. Ele diz até que uma mãe pode se
esquecer do filho que deu à luz, mas Deus nunca se esquecerá de nós. Como é então que, no momento mais crítico, o Pai
se esquece de Jesus? Em que sentido Deus se afastou do Filho? Vamos tentar explicar este assunto.

Deus abandonou seu Filho porque Deus é santo.


Antes de tudo, é preciso saber que na cruz do calvário o Senhor Jesus estava pagando o preço do pecado. Do pecado de
quem? Do seu, do meu, do pecado de todos os seres humanos de todos os tempos; todos os pecados havidos e por haver,
todos os pecados imaginados, todos os pecados acontecidos ao longo da história desde o primeiro pecado de Adão e Eva,
até o último pecado que neste momento está sendo cometido.

O pior do pecado não é o ato em si, o perverso do pecado é a separação que ele provoca entre Deus e a criatura.

Gálatas 5:19 a 21 – O fruto do pecado, de andar na carne é matar, roubar, adulterar, beber.

Não se peca quando se mata, mas se mata porque está em pecado. O ser humano mata porque é pecador. O ser humano é
um pecador, e porque é um pecador acaba matando, roubando, mentindo, adulterando... somos muito superficiais em
nossa maneira de encarar a vida. Estamos somente preocupados em não matar, não roubar, não adulterar, não mentir.
Estamos somente preocupados em corrigir os frutos, e não o verdadeiro problema do pecado.

Exemplo: O agricultor que tem um pomar e não quer que de laranja e fica com um facão embaixo do pé... O pecado é o pé
de laranja, e os atos pecaminosos, roubar, matar, mentir, tudo isso, são as laranjas. Nós não podemos concentrar a nossa
atenção simplesmente em cortar laranjas, temos que arrancar o pé de laranja. Temos que resolver o problema do pecado;
não somente as consequências do problema.

Gênesis 2:17, Onde Deus por primeiro anunciou que o pecado resulta em morte. Mas não morte física. Adão e Eva
Fisicamente, eles não morreram naquele dia. Mas ele e sua esposa foram separados de Deus expulsos do jardim naquele
mesmo dia.

Isaías 59:1-2 - A morte física é a separação do espírito do corpo (Eclesiastes 12:7; Tiago 2:26). A morte espiritual é a
separação do homem de Deus, que acontece por causa do pecado. O salário do pecado do primeiro casal foi sua separação
de Deus. Sofremos a mesma consequência hoje: "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23).

Pecador é quem vive separado de Jesus, se você se une a ele se torna um justo, por isso que quem se une a Ele não vive
pecando.

Jesus veio para pagar o preço por nossos pecados. Ele morreu em nosso lugar. Sua exclamação em Mateus 27:46 parece
mostrar que a verdadeira tortura de seu sacrifício vai além da dor física. Por causa de nosso pecado, ele sofreu separação
de seu Pai. Ele morreu.

"Este brado de Cristo assinala o ponto culminante dos seus sofrimentos pelo mundo perdido. Seu brado em aramaico (“
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?) testemunha que Ele experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-
se substituto do pecador. Esta é a pior tristeza, angústia e dor que ele sente. Está ferido pelas transgressões dos seres
humanos (Is 53.5) e se dá "em resgate de muitos" (Mt 20.28); 1 Tm2.6). Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez
pecado pela humanidade inteira (2 Co 5.21). Ele morre abandonado, para que nunca sejamos abandonados (cf. Sl 22).
Assim, mediante seus sofrimentos, Cristo redime a raça humana (1 Pe 1.19)".

Deus desistiu do seu próprio filho, Jesus Cristo, para não desistir da Humanidade.

5) Oportunidade de Servir – Jo 19:28


O líder servo, Jesus é para nós o maior exemplo de abnegação e serviço. Mesmo em meio a dor priorizou a
necessidade dos outros, quando intercedeu pelos soldados que o crucificavam, quando olhou para a necessidade
de Maria, do ladrão arrependido.
Somente depois de cuidar das suas responsabilidades para com os outros, Jesus comentou da sua condição.
“Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19:28).
Até nesse aspecto do seu exemplo achamos uma mensagem valiosa. Todos nós sofremos, sejam dores físicas ou
emocionais. Não é errado admitir a dor, mas a dor não justifica comportamento errado de maltratar os outros.
Quando Jesus falou da sua sede, ele abriu oportunidade para outros servirem e mostrarem compaixão. “Levai as
cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:2).
MT 25:35 -

Depois de tudo feito ele nos dá oportunidade de servir, sabendo que já foi feito por Ele, ainda nos dá esse
privilégio.

6) Obediência - (João – 19:30)


Filipenses 2:5-12 -
(2TM 4:7)- Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Marcos 1:38 - E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.
Ele completou a sua missão de redimir a humanidade, a despeito de toda dificuldade enfrentada, não murmurou ,
encarou os desafios e foi até o fim, está consumado.
Infelizmente desistimos muito facilmente:

A) A pessoa não terminou por falta de tempo


B) A pessoa não terminou por falta de recursos
C) A pessoa não terminou por que outra coisa tomou o lugar
D) A pessoa não terminou por relaxo ou preguiça - Provérbios 21:25 O desejo do preguiçoso o mata, porque as
suas mãos recusam trabalhar.
E) A pessoa não terminou porque não era aquilo que ela esperava
F) Pode acontecer que a pessoa comece algo sabendo que não poderá acabar

7) Fé (Lucas 23:46)
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

Como alguém poderia encarar a morte com tanta tranquilidade e confiança? Atrás de todas essas e muitas outras
afirmações é a crença na ressurreição dos mortos. Jesus, Estêvão, Paulo e outros acreditavam na eternidade do
espírito do homem e na ressurreição. A esperança baseada na ressurreição envolve dois aspectos principais:

1) A ressurreição de Jesus. Embora outras pessoas foram ressuscitadas antes, Jesus foi a primeira pessoa a sair viva
do sepulcro para nunca mais voltar. Nossa fé não depende da ressurreição de Lázaro (João 11:43-44) ou da filha de
Jairo (Marcos 5:41-42), embora tais casos facilitam a nossa aceitação das evidências sobre Jesus. Nossa esperança
se baseia na ressurreição de Jesus. Pedro disse: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que . . . nos
regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de
Deus, mediante a fé. . .” (1 Pedro 1:3-5).

2) A nossa ressurreição. Os servos de Jesus encaram a morte com tranquilidade porque ele prometeu a vida
eterna! “Jesus disse:”. . . Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que
tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”
(João 5:28-29). Paulo ligou a nossa ressurreição à vitória de Jesus sobre a morte: “A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15:52).

A morte não foi o fim para Jesus, e não é o fim para seus seguidores. Ele foi para a presença do Pai, onde nos
espera!

“E a fé é, afinal, um tipo de saudade — de um lar que jamais visitamos, mas que nunca deixamos de anelar.”

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