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AVIVAMENTO
FABRÍCIO FREITAS
“Aviva-nos, Senhor! Oh, dá-nos teu poder! De santidade, fé e amor reveste o nosso ser!
Chegamos à conclusão de que isso não diz respeito à doutrina ou liturgia, mas
a um relacionamento íntimo com o Senhor. Experimentar um avivamento não é
simplesmente levantar a voz com estas expressões: Aviva-nos, Senhor! Eis nossa
petição. Ateia o fogo do alto céu em cada coração!”
Sabemos que “avivamento” é uma das palavras mais desgastadas no contexto
evangé-lico brasileiro. Contudo, compreendemos que ter um coração avivado não
significa apenas mãos erguidas durante o culto ou orações simultâneas em voz
alta. Mais do que isso, é reconhecimento de pecado, quebrantamento em oração,
mudança de vida e paixão pelas vidas que estão perecendo, como muito bem
lembrado por Finney: “sem muita oração e lágrimas, não há avivamento”.
Um dos mais belos hinos traduzidos por Salomão Ginsburg foi o de nº 171 do
Cantor Cristão. “Avivamento” é uma oração em busca de um renovo do Senhor
em nossa vida, marcado por mais amor, zelo, graça e abnegação. É um clamor a
uma vida santa, de fé e amor, revestida pelo poder que vem do alto. Que façamos
hoje, desse hino, a nossa oração sincera.
RONILCE FERREIRA
Mobilizar outros para orar é um desafio que começa com o líder. Acontece
quando ele, desejoso pela busca da direção divina, inicia os primeiros passos
para o que se tornará uma grande realização.
Certa vez eu buscava a direção de Deus para uma decisão no campo missionário e pre-
cisava de parceiros de oração. Como que tateando na busca desses parceiros, encontrei
duas pessoas dispostas a passar algum tempo em oração comigo. Anos se passaram e, hoje,
nessa igreja, existe uma filosofia de vida nos crentes: a oração passou a fazer parte do jeito
de ser da igreja e as decisões são tomadas com base na oração. A oração deixou de fazer
parte do calendário semanal, um dia marcado. Aquela igreja não tinha mais tempos de
oração; ela passou a viver em oração. Alguém sempre tem que dar o primeiro passo. Você e
eu podemos ser aqueles que Deus quer usar para mobilizar nossa igreja a orar.
De que maneira prática você pode mobilizar outros para orar esta semana? Comparti-
lhe essa necessidade com outros e planejem juntos como intensificar a oração na vida da
igreja como um todo. Orem a respeito disso e conversem com o pastor.
Hoje vamos orar para que Deus nos mostre meios de envolver mais pessoas
nesta campanha de oração. Vamos orar também para que esse movimento de
oração comece em nós, em nossa vida diária de intimidade com o Senhor.
MILTON MONTE
Ao ensinar sobre o dever que temos de orar sempre e nunca esmorecer, Jesus
conta duas parábolas, em Lucas 18. A segunda me deixa preocupado e reflexivo.
Jesus mencio-na um fariseu, um homem de oração, de vida zelosa e piedosa, mas
que orava de si para si mesmo ou, em algumas versões, “consigo mesmo” (Lc 18.11).
No final das contas, aquilo sequer era uma oração; era uma meditação egoísta, uma
“oração” que não chegava aos céus, pois sequer saía do interior do fariseu.
Quando estou orando, preocupo-me com o risco de tentar convencer Deus em oração,
exigindo que Ele se molde a mim, e não eu a Ele; de crer mais na oração do que em Deus,
que responde às orações conforme a sua vontade. Fico refletindo sobre como dependo da
graça de Deus até mesmo para orar, pois nem isso sei fazer como convém, contando com o
Espírito Santo como intérprete (Rm 8.26). Crendo que a oração pode muito em seus efeitos
(Tg 5.16), peço a Deus que me ensine a orar em sinceridade e humildade.
Pense agora: que sinais, em nossa oração, podem indicar que estamos
fazendo dela apenas uma meditação egoísta?
Hoje vamos orar para que Deus nos ensine cada vez mais a orar pelas
necessi-dades das pessoas que vivem em nosso redor, e não apenas
pelos nossos próprios problemas.
“Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípu-
los: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lucas
11.1). Não tenho dúvida de que sem oração a igreja não vive como igreja; sem oração o
discípulo não vive a vida cristã. Viver a vida cristã é ser discípulo, e ser discípulo é orar.
Comecei a ter consciência do meu aprendizado na oração aos doze anos de idade. De
lá para cá, a oração que mais tenho feito é a mesma que os discípulos fizeram: “Senhor,
ensi-na-me a orar”. Tenho muito o que aprender acerca da oração; imagino que você
também. Por isso, derrame-se aos pés do Senhor. Seja sincero. Peça que Ele o ensine a
orar. Separe um tempo, hoje, para se dedicar à oração. Vá a um lugar reservado,
silencioso. Se desejar, coloque uma música. Comece lendo trechos da Bíblia que falam
sobre oração. Ore com a ajuda de uma lista de pedidos em uma folha de caderno. Deixe
um espaço para registrar o dia da resposta a cada um deles.
Pense durante alguns instantes sobre a diferença entre “saber sobre a oração”
e “ter aprendido a orar”.
Hoje vamos colocar nossa própria vida diante do Senhor, a fim de que
Ele nos ensine a orar de modo que nos tornemos exemplo de oração para
outras pessoas, como Jesus foi.
Hoje vamos orar para que nossa igreja valorize ainda mais a oração,
seja no culto de oração semanal, seja por meio de outras ações que nos
levarão mais à presença de Deus para clamarmos, não apenas por nós,
mas pelas vidas que vivem à nossa volta e que precisam de Jesus.
RENATO OUVERNEY
Hoje tire um tempo para orar, mas não como um dia comum. Fuja das distrações
e gaste um tempo considerável na presença de Deus. Se não conseguir fazer isso
hoje, programe sua agenda para um dia de folga só para buscar a face de Deus.
Seja um exemplo de vida de oração para as pessoas à sua volta.
Gostaria de sugerir que hoje você não orasse sozinho, mas convidasse
alguém na família, na igreja, no trabalho, onde você estiver, para orar com
você em voz alta, buscando a face do Senhor em quebrantamento e gratidão.
RONILCE FERREIRA
Hoje vamos orar por algumas pessoas específicas que Deus colocar
em nosso coração agora mesmo. Vamos clamar para que Deus nos ajude
a iniciar com elas um relacionamento discipulador.
MESSIAS BARBOSA
Vamos orar para que Deus nos dê visão espiritual para enxergar além do que
podemos ver fisicamente nas pessoas; para que vislumbremos o potencial de dis-
cipuladores e líderes para o avanço do reino de Deus em nossa região e no mundo.
RENATO OUVERNEY
Vamos orar, agora, por nossa igreja, para que tenhamos um senso de unidade
tal, que o amor e cuidado uns pelos outros sirvam de testemunho aos de fora. Se
sua igreja vive constantes conflitos, ore para que Deus intervenha e quebrante os
corações, a fim de que a igreja esteja unida em um só propósito.
WALTER AZEVEDO
Em um de nossos treinamentos ouvi a seguinte pergunta - e isso não faz muito tempo:
“Quantas pessoas você discipulou ou está discipulando?”. Comecei a contar todos os
que eu havia preparado para o batismo. Antes que eu terminasse a minha contagem, o
pales-trante interrompeu dizendo: “Não vale contar as pessoas que fez as oito lições e
você as batizou. Isso não é discipulado”. Ao ouvir isso, como diz o gaúcho, “me caiu os
butiá do bolso”, ou seja, fiquei boquiaberto. Não esperava ouvir aquilo.
Naquele instante, dei-me conta de que, com quase trinta anos de vida cristã, não
havia feito um discípulo sequer. A partir daquele momento comecei a orar por
discípulos de verdade. Deus me mostrou que dentre as pessoas que Ele havia me
dado para discipu-lar estava a minha filha. Passei a desenvolver um Relacionamento
Discipulador com ela e, como resultado, ela tem conseguido fazer o mesmo com
outros jovens da igreja. Hoje posso dizer que tenho discípulos.
Reflita: O que eu preciso fazer para que o discipulado que pratico seja mais do
que estu-dos bíblicos e passe a ser de fato um relacionamento discipulador?
Hoje vamos orar para que Deus nos ajude a nos relacionar
intencionalmente com pessoas, para formarmos novos imitadores de
Cristo por meio de nossas palavras e exemplo.
FABRÍCIO FREITAS
Neste dia, vamos orar pelas pessoas que discipulamos, mas, antes,
vamos tele-fonar-lhes para saber como podemos interceder pela vida
delas de forma mais específica.
RENATO OUVERNEY
Neste tempo em que as referências são escassas, nós, pastores, precisamos ser
modelo de discípulos multiplicadores para nossas igrejas, modelo de caráter, de
práticas e de obe-diência à Palavra. O apóstolo Paulo disse: “E vos tornastes nossos
imitadores e do Senhor” (1Tessalonicenses 1.6). Nós somos o referencial, em uma
igreja, depois de nosso Senhor e Salvador, é claro. Modelamos no púlpito, no PGM,
abrindo nossas casas, na escola bíblica, enfim, no dia a dia da igreja.
O resultado disso aparece descrito no versículo seguinte: “Dessa forma, tende vos tor-
nado modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (v. 7). A partir de um pastor
modelo, surgiu, então, uma igreja modelo para outras. Essa igreja possuía características que
a faziam penetrar na comunidade descrente, mas sedenta de referenciais e modelos de fé
atuante, amor prestativo, com esperança bem firmada, conforme Paulo mencionara no verso
3. Sejamos, meu amado pastor, modelos de discípulos multiplicadores!
Se você é pastor, tire um tempo para meditar sobre essa devocional e ore
para que Deus o ajude a ser esse modelo de que a igreja tanto precisa. Se você
não é um pastor, aplique os próximos minutos em intercessão pelo seu pastor, e
se colo-que à disposição dele para cooperar naquilo que você puder ser útil para
que sua igreja se torne um modelo para as demais igrejas da região.
WALTER AZEVEDO
Hoje vamos orar para que Deus nos dê paciência e sabedoria para
investir na vida de pessoas e acreditar em seu potencial, sabendo que o
Espírito Santo cos-tuma usar pessoas improváveis como instrumento para
a realização de feitos extraordinários.
Hoje vamos orar para que Deus nos ajude a encontrar alguém que sirva
para a edificação da nossa vida em uma caminhada discipuladora e que
nós mesmos frutifiquemos na vida de outra pessoa por meio do
discipulado. Se você já disci-pula e é discipulado, aproveite para orar por
aqueles que já são bênção em sua vida discipular.
A intencionalidade é um dos valores que mais mexem comigo na visão bíblica de Igreja
Multiplicadora. É muito prazeroso fazer discípulos com pessoas agradáveis, que assimi-lam
conceitos imediatamente e que nos acompanham nos nossos sonhos e paixão. Melhor ainda
se essas pessoas não precisam que ensinemos tudo, mas já tenham um bom conhe-cimento
e experiência. E se não tiverem vícios comportamentais, então, é o céu na terra. Mas, quando
isso não acontece, quando a companhia do discípulo precisa ser suportada, o ensino repetido
várias vezes e existem conflitos de ideias e aspectos do comportamento a serem tratados,
então o discipulado é cansativo e pode ser frustrante.
Intencionalidade significa insistir no RD mesmo quando não há condições
ideais. Esse tem sido um desafio para mim, mas sei que posso contar com a
presença do Senhor “todos os dias até a consumação dos séculos”, Ele, que fez
discípulos, intencionalmente, como Pedro (limitado e covarde) e João (iracundo).
Para sua reflexão em oração: Como podemos encontrar encorajamento para
persistir no RD, mesmo quando parece não haver progresso?
Quando lemos a história do grande rei Davi, vemos que ele tinha sempre Natã, ao
seu lado, como um mentor; alguém com quem compartilhava, um a um, os anseios,
medos, sonhos e visões. Esse relacionamento deu a Natã a oportunidade de exortar
o rei Davi com ousadia – “Esse homem és tu!” (2Samuel 12.7). O profeta estava tão
próximo de Davi que conseguiu perceber o momento certo, a maneira certa, as
palavras certas, a ilustração certa para chamar o amigo de volta à santidade.
Ao chamar a atenção do Rei, Natã correu o risco de ser até condenado à
morte. Mas ele não temeu, e o resultado foi arrependimento sincero e mudança
de rumo na história de uma nação.
Quando desenvolvemos relacionamentos discipuladores temos a liberdade de
exortar em amor ou, ainda, a bênção de sermos confrontados em amor,
resultando em mudança de vida para glória de Deus.
Para nossa meditação nos próximos minutos: o que podemos fazer, como
discipulado-res, para que a exortação produza arrependimento e não afastamento?
Hoje vamos orar para que tenhamos, com as pessoas que discipulamos, o mesmo
grau de amizade que Natã teve com Davi, a ponto de, com a coragem firmada no amor,
confrontarmos o pecado, se necessário. Oremos, também, para que nosso coração seja
sensível à admoestação, caso nós precisemos de confrontação.
Vamos orar agora para que Deus nos conceda a graça de termos filhos e netos
espirituais, que multipliquem o discipulado com outras pessoas e alcancem muitas
vidas com o Evangelho. Se você já discipula alguém, aproveite para interceder pelos
discípulos dele e pelos discípulos de seus discípulos, nas futuras gerações.
RENATO FLORENCIO
Hoje vamos orar para que Deus nos dê um coração amoroso como o
de Jesus, sempre disposto a dar uma segunda chance às pessoas.
Vamos orar também por aqueles discípulos vacilantes, a fim de que
vençam a inconstância e frutifiquem para a glória de Deus.
Hoje nosso pedido de oração é que Deus nos ajude a ser uma igreja
multipli-cadora, composta de discípulos que se multipliquem em nossa
cidade, no país e no mundo, a começar de cada um de nós.
WALTER AZEVEDO
Hoje vamos orar por todos os membros de igreja que são líderes em
potencial, mas que ainda não descobriram isso. Que eles sejam
despertados e capacitados pelo Espírito de Deus para influenciarem
muitos outros com vista a uma extraor-dinária multiplicação de discípulos.
Agora, vamos colocar esses planos nas mãos de Deus. Peçamos que
Ele nos capacite a ser igrejas discipuladoras para as crianças da cidade.
Oremos também pelas crianças, a fim de que sejam alcançadas pela
graça de Deus e sejam feitas discípulas de Jesus.
SAMUEL MOUTTA
“Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a
Galileia” (Mc 16.7).
Quando Jesus ressuscitou e as mulheres foram até o sepulcro, o anjo lhes pediu que
dessem um recado aos discípulos, especialmente a Pedro. Por quê? Pedro, que havia
negado Jesus três dias antes, provavelmente estaria envergonhado, triste, decepcionado
consigo mesmo. É certo que ele temia o encontro com Jesus. Mas o Mestre o amava. Ele
investia tempo e vida em cada um de seus discípulos. Estava ansioso por restaurar o
ânimo e a fé do impetuoso líder em formação, por isso insistiu: “dizei a... Pedro”.
O desenrolar da história nós conhecemos: à beira do Mar da Galileia o Senhor traba-
lha a pessoa de Pedro em uma conversa pessoal e particular, fazendo perguntas cruciais
e levando-o a uma reflexão que o mudaria definitivamente. É muito importante saber
que, ao discipular pessoas, sofreremos decepções. Mas devemos estar prontos a buscá-
las, amá-las, investir nelas novamente, confiar, apoiar, encorajar, direcionar; enfim, dar-
lhes uma segunda chance! O resultado valerá a pena!
Tire alguns momentos para meditar nos benefícios para a igreja e para o Reino,
quando estamos prontos a dar uma nova chance aos discípulos que vacilam.
Quero sugerir que você tire o restante do dia de hoje para não apenas orar por
discípulos inconstantes, mas também enviar-lhes uma mensagem de encoraja-
mento e – quem sabe? – promover um encontro, nesta semana, para
conversarem e renovarem o compromisso, um com o outro, de multiplicação.
MARÍLIA MANHÃES
“Não amaldiçoe um surdo ...Tenha respeito para comigo, o seu Deus. Eu sou o
Senhor” (Levítico 19.14).
No Brasil, são 9,7 milhões de surdos lutando por sua cidadania e buscando se fortalecer
como um povo cultural e linguístico. Quantos ainda vivem sem perceber a existência deles?
Os dados do censo IBGE 2010 mostram, no Norte, a existência de mais de 700 mil surdos; no
Nordeste, mais de 3 milhões; pouco menos de um milhão e meio, no Sul; 3 milhões e
oitocentos, no Sudeste e cerca de 600 mil no Centro-Oeste. Neste exato momento, a grande
maioria deles continua exposta a toda espécie de artimanha diabólica.
Desde o início da Bíblia, Deus ordena ao Seu povo que tenha uma boa conduta
para com o surdo (Lv 19.14). Podemos começar com oração. Coloquemos diante do
altar as realidades que as comunidades surdas têm enfrentado: desvios sexuais,
drogas, abusos sexuais, conflitos familiares, tudo isso sem que possam gritar, pois
não têm “voz” para que os ouçam. Esse clamor do silêncio tem ecoado com o desejo
de entenderem a Pala-vra de Deus, mas são impedidos pela falta de quem os ensine.
Vamos interceder em favor dos surdos brasileiros.
Reflita consigo mesmo e, depois, reparta essa questão com toda a sua igreja: além de
orar, o que mais podemos fazer para alcançar os surdos da nossa cidade e do nosso país?
Vamos hoje orar pelos surdos de nossa cidade, para que Deus nos dê
a opor-tunidade de fazer amizades intencionais com surdos a fim de
alcançá-los com o evangelho.
JEFFERSON DANTAS
Pare um tempo e ore para que sua vida de oração seja um exemplo
para seus RDs, que eles vejam em você uma vida de oração com
profundidade e um rela-cionamento discipulador íntimo com Deus a ponto
de quererem o mesmo para a vida deles também.
DIOGO CARVALHO
C. está no meu Cartão Alvo de Oração há oito meses. Já lhe fiz uma dezena
de convi-tes para o encontro do PGM e até para vir à minha casa para um jantar
com as famílias. Mas até agora tudo que ouvi de C. foram alguns “obrigado pelo
convite” e outros “vamos deixar para outra hora”. Para não ser invasivo demais,
nos últimos quatro meses convi-dei C. apenas uma vez a cada trinta dias; quase
sempre não obtive resposta. Por último, C. me respondeu agradecendo pela
lembrança e se desculpando por causa da sua rotina muito corrida.
A resposta sempre negativa traz um abatimento inevitável. A reação quase que imedia-ta
é de querermos tomar uma das duas atitudes: desistir daquela pessoa ou intensificar os
contatos, tornando-nos inconvenientes demais. Nesses momentos, lembro-me de que os
Senhor é quem acrescenta, à igreja, aqueles que se hão de salvar (Atos 2.47). Respiro fundo,
arrependo-me de ter confiado em meus próprios esforços e prossigo em oração por C.,
confiando que no tempo certo o Espírito Santo tocará em seu coração e fará acontecer a
oportunidade de que ela precisa, seja por meu intermédio ou de outra pessoa.
Hoje, pare um instante e medite: Como podemos saber se estamos ou não confiando mais
em nossas estratégias do que no agir de Deus para o acréscimo de vidas para o seu reino?
Hoje vamos orar para que a casa dos membros da nossa igreja se
transformem em pontos estratégicos de oração na cidade. Se não é o seu caso,
que hoje seja o dia de você decidir fazer do seu lar esse lugar de oração.
JUAREZ SOLINO
É simples assim. Foi para fazer discípulos e não estruturas que fomos
chama-dos. Por isso, pare um tempo para orar por pessoas. Clame a
Deus pela salvação e amadurecimento espiritual de todas as pessoas que
Deus trouxer à sua mente nos próximos minutos.
RENATO FLORENCIO
Certa vez eu instruí uma pessoa a orar mais sobre determinado assunto e a
resposta que obtive foi: “Deus sabe de tudo o que preciso. Não posso usar de vãs
repetições”. Essa pessoa estava confundindo repetições vazias com persistência.
Jesus diz, em Mateus 6.7-8: “E, orando, não useis de vãs repetições (...); porque
vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes”. Porém, em Lucas
18.1-8, Jesus nos ensina a termos persistência, perseverança, constância e, dentre
tantas palavras que poderíamos dizer aqui, quero destacar a palavra “importunação”!
O texto de Lucas 18 relata a parábola de “um juiz que não temia a Deus nem respeitava os
homens”. O texto continua: “E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamen-te
a ele [o juiz injusto]”, suplicando-lhe: “Faze-me justiça contra o meu adversário”. O juiz decide
o seguinte: “Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está
me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar”.
Passe um tempo refletindo nessas passagens e medite sobre a diferença entre
repe-tições vazias e perseverança na oração. Depois, compartilhe suas conclusões
com mais alguém, orando para que essa pessoa seja edificada por seu intermédio.
Hoje vamos orar mais uma vez pelas pessoas que queremos alcançar.
Relem-bre pessoas resistentes ao evangelho e reaqueça seu fervor em
interceder por elas, especialmente aquelas por quem você desanimou de
orar por não enxergar nenhum avanço. Deus é fiel!
FABRÍCIO FREITAS
Vamos orar hoje para que tenhamos uma relação tão íntima com Jesus
que as pessoas à nossa volta consigam perceber isso e nos deem a
oportunidade de tes-temunhar daquilo que Ele tem feito em nossa vida.
DIOGO CARVALHO
“...Por causa do amor de teu Deus para com Israel e do seu desejo de preservá-lo
para sempre, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão” (2Cr 9.8).
Quando Deus nos põe numa posição de influência, Ele não o faz por nossa
causa, mas por causa das pessoas que lideramos.
Nosso coração não se cansa de tentar nos enganar. Geralmente, quando
estamos lide-rando, seja em um relacionamento discipulador, seja gerenciando
uma equipe, conduzindo um PGM ou até pastoreando uma igreja, somos tentados
a achar que nos tornamos líderes por causa do nosso valor e méritos. “Deus
finalmente reconheceu o meu valor”, parece ser o suspiro de nosso ego.
No entanto, quando a Rainha de Sabá foi elogiar a glória de Salomão, ela conseguiu
enxergar, em tudo aquilo, muito além da bênção de Deus ao próprio rei; ela reconheceu o
cuidado do Senhor para com seu povo. Percebeu que um líder que governa com justiça e
retidão é prova da graça de Deus aos que são liderados por ele. Como líderes e discipu-
ladores, somos instrumentos de Deus para abençoar as pessoas.
Você consegue perceber que, se hoje você é líder, foi por amor às pessoas
que você lidera, e não a você, que o Senhor o colocou nessa posição? Há algo
que precise mudar no seu estilo de liderança a partir de agora?
Vamos orar para que Deus nos ajude a ser líderes servidores.
MARCOS PETRUCCI
Faça uma lista de pessoas que você deseja alcançar para Jesus! Então
ore entregando-os integralmente a Deus, pedindo-lhe oportunidades para
expressar Jesus para elas.
“Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus!” (Mateus 6.9)
Com a agenda sempre cheia de tantos compromissos, nossa prática de oração que
manifeste graça e amor tem dado lugar a orações automáticas e protocolares. Porém, no
relacionamento com Deus expresso na vida de Jesus aprendemos o sentido da verdadei-
ra oração, que parte da identificação com Deus em uma realidade paternal, em sentido
pleno, concreto, relacional e afetuoso, não apenas abstrato ou metafórico. Experimentar
Deus na oração, identifica-lo como nosso Pai, nosso “Paizinho querido”, fortalece nossa
condição humana, já que somos criaturas dele.
Creio que somente a partir dessa consciência construiremos relacionamentos disci-
puladores saudáveis, nos quais e através dos quais se manifestará a graça divina. Essa é
razão por que a prática da oração deve ser incorporada à vida, tornando-se algo absolu-
tamente natural: mais do que momentos de oração, necessitamos de uma vida de oração.
Apenas desse modo transmitiremos verdade e vida àqueles que se relacionam conosco.
Quando oramos, contemplamos o agir maravilhoso de Deus! Que nosso Abba Pai nos
abençoe, e que por meio de nossos relacionamentos vidas sejam impactadas,
alcançadas e discipuladas através da nossa vida de oração: essa é a vontade de Deus!
Reflita um pouco: sua vida de oração tem sido burocrática e superficial? De que
forma uma vida poderosa de oração poderia influenciar as pessoas a seu redor?
Neste dia, vamos orar meditando em Deus como nosso Pai, pedindo-
lhe que nos ajude a compreender no fundo da alma o que significa ser
amado e cuidado por Ele.
“Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa
e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?” (Lucas 15.4)
Jesus quebra um grande paradigma, ao permitir que publicanos e pecadores se
aproxi-massem dele. Os religiosos estavam prontos para criticá-lo por essa atitude.
Como crentes em Cristo, precisamos ficar atentos para não cometer o mesmo erro
dos religiosos e evitar que outros cheguem perto dele, e até criticar quem assim o
faz. Isso não é difícil de ocorrer, já que os próprios discípulos caíram nessa armadilha
com as crianças, em Mateus 19.14, impedindo que elas se aproximassem de Jesus.
Estamos diante de um número crescente de ovelhas perdidas. Precisamos olhar
para dentro e para fora da igreja. Para dentro, porque que os membros de nossas
igrejas também precisam de cuidado para não se tornarem ovelhas perdidas. Para
fora, para a grande multidão de pessoas que já ouviram o evangelho e deixaram a
caminhada, e outra muito maior daqueles que ainda não tomaram uma decisão ao
lado de Jesus. O fato é que precisamos ir ao encontro delas, de dentro e de fora, até
encontrá-las. Pode ser que você sofra algumas críticas, mas o resultado do nosso
cuidado com outros é o melhor que pode acontecer em nossa vida.
Pare e pense: Você consegue lembrar de alguém, agora mesmo, que se
encontra perdi-do, dentro e fora da igreja? Que iniciativas você pode tomar, hoje,
para se aproximar dessa pessoa visando discipulá-la?
Aproveite os próximos minutos para interceder pela vida dessa ou dessas pessoas.
“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não
choves-se e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.” (Tiago 5.17)
A carta de Tiago nos traz ricos ensinamentos. O autor não atenta muito para
ensinos teológicos teóricos, mas se concentra em nos exortar a não sermos
apenas ouvintes da Palavra de Deus, mas verdadeiros praticantes.
O último trecho da carta fala da perseverança na oração. Acredito que oração e
leitu-ra bíblica sejam os assuntos sobre os quais mais ouvimos em nossas igrejas,
no entanto, parece que são as áreas de maior fracasso dos crentes.
Tiago afirma que, assim como Elias, eu e você podemos orar, com insistência,
porque seremos ouvidos e respondidos por Deus. A citação que Tiago faz de
Elias não é para nos encorajar a orar com insistência por nossos sonhos ou
projetos de vida. Não! (Pelo menos não aqui nesse contexto.) Todo o texto está
falando de pessoas, ou seja, aquilo que é mais importante para Deus.
Você já parou para pensar quantas pessoas perdidas existem no Brasil? Quantas estão
sem Cristo em sua vizinhança, seu bairro, e até em sua família? Quantos milagres poderiam
acontecer em favor das pessoas, se orássemos como Elias, um homem falho como nós!
DIOGO CARVALHO
“Amigo, fico impressionado como você consegue extrair tanta coisa boa de um único
versículo”. Quando ouvi isso de um discípulo meu, o sinal amarelo acendeu. Eu estava
usando os momentos de RD com ele para expor a Bíblia de uma forma que dificilmente
ele seria capaz de reproduzir. Eu me esmerava para retirar do texto as verdades mais
profun-das que encontrava e, sem perceber, estava ensinando para meu discípulo que
discipular alguém é algo que só um pastor, um teólogo, seria capaz de fazer.
A partir de então, passei a utilizar um material escrito que o discípulo seria
capaz de reproduzir com outra pessoa com segurança. De vez em quando,
abordo algum outro texto bíblico como antes, mas com a diferença de que agora
isso não é mais a base do discipu-lado; é apenas um recurso ocasional para dar
mais profundidade ao ensino do Evangelho. E faço isso, ainda assim, sem perder
a noção de que tudo o que eu ministrar no RD deve ser multiplicável.
Faça uma autoanálise: Estou conduzindo meu discipulado de modo a gerar a multi-
plicação, ou estou impedindo a reprodução por usar uma estratégia complexa demais?
Hoje vamos orar para que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria para
ensinar os discípulos com simplicidade, e para que eles multipliquem tudo
o que têm apren-dido de nós com outras pessoas.