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Universidade Federal de Viçosa

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Departamento de Matemática

MAT 040 – Estudo Dirigido de Cálculo I – 2017/I

Encontro 3 - 30/03/2017:

Exercı́cio 1:

Calcule os seguintes limites:

tg(ax) 2 − cos(x)
(a) lim (g) lim
x→0 x x→+∞ x+3
(b) lim [x cotg(ax)]
x→0 cos2 (2x)
(h) lim
1 − cos(ax) x→+∞ 3 − 2x
(c) lim
x→0 x2  x
3
sen(x) (i) lim 1+
(d) lim x→−∞ x
x→π π − x
 x
tg(x) x+3
(e) lim (j) lim
x→−π x + π x→+∞ x+2
sen(x) 4
(f) lim (k) lim (1 + 5x) x
x→+∞ x x→0

Solução do Exercı́cio 1:

(a) Notemos que :

sen(ax)
tg(ax) cos(ax) sen(ax) 1 sen(ax) 1
= = · = ·a· .
x x cos(ax) x ax cos(ax)

Façamos u = ax. Se x → 0, então u → 0. Assim,

sen(ax) sen(u) 1 1
lim = lim =1 e lim = lim = 1.
x→0 ax u→0 u x→0 cos(ax) u→0 cos(u)

Portanto,
 
tg(ax) sen(ax) 1 sen(ax) 1
lim = lim ·a· = lim · lim a · lim = 1 · a · 1 = a.
x→0 x x→0 ax cos(ax) x→0 ax x→0 x→0 cos(ax)

(b) Notemos que:

cos(ax) cos(ax) 1 cos(ax)


x cotg(ax) = x · = · = .
sen(ax) sen(ax) 1 sen(ax)
·a
x ax
Façamos u = ax. Se x → 0, então u → 0. Assim,

sen(ax) sen(u)
lim = lim =1 e lim cos(ax) = lim cos(u) = 1.
x→0 ax u→0 u x→0 u→0
Continuação da Solução do Exercı́cio 1:

(b) Portanto,

lim cos(ax) 1 1
x→0
lim [x cotg(ax)] = = = .
x→0 sen(ax) 1·a a
lim · lim a
x→0 ax x→0

(c) Temos:

1 − cos(ax) (1 − cos(ax))(1 + cos(ax)) 1 − cos2 (ax) sen2 (ax)


= = = =
x2 x2 (1 + cos(ax)) x2 (1 + cos(ax)) x2 (1 + cos(ax))
2
sen2 (ax) · a2

sen(ax) 1
= · a2 · .
(ax)2 (1 + cos(ax)) ax (1 + cos(ax))

Façamos u = ax. Se x → 0, então u → 0. Assim,


 2  2  2
sen(ax) sen(ax) sen(u)
lim = lim = lim =1 e lim cos(ax) = lim cos(u) = 1.
x→0 ax x→0 ax u→0 u x→0 u→0

Logo,
" 2 #  2
1 − cos(ax) sen(ax) 2 1 sen(ax)
lim = lim ·a · = lim · lim a2 ·
x→0 x2 x→0 ax (1 + cos(ax)) x→0 ax x→0

lim 1 1 a2
x→0
= 1 · a2 · = .
lim (1 + cos(ax)) 2 2
x→0

(d) Façamos u = π − x. Então x = π − u. Se x → π, u → 0.

Logo,

sen(x) sen(π − u) sen(π) · cos(u) − sen(u) · cos(π)


lim = lim = lim =
x→π π−x u→0 u u→0 u

0 · cos(u) − sen(u) · (−1) sen(u)


lim = lim = 1.
u→0 u u→0 u

(e) Façamos u = x + π. Então x = u − π. Se x → −π, u → 0.

Assim,

sen(x) sen(u − π) sen(u) · cos(π) − sen(π) · cos(u)


lim = lim = lim =
x→−π x+π u→0 u u→0 u

sen(u) · (−1) − 0 · cos(u) sen(u)


lim = − lim = −1.
u→0 u u→0 u
Portanto,

sen(x)
 
tg(x) cos(x) sen(x) 1 sen(x) 1
lim = lim = lim · = lim · lim = −1 · (−1) = 1
x→−π x + π x→−π x + π x→−π x + π cos(x) x→−π x + π x→−π cos(x)
Continuação da Solução do Exercı́cio 1:

(f) Neste exercı́cio, faremos uso do Teorema do Anulamento:


 
sen(x)  1 
lim = lim  sen(x) · =0
x→+∞ x x→+∞  x 
| {z } |{z}
limitada →0

(g) Neste exercı́cio faremos uso do Teorema do Confronto. Observemos que

−1 ≤ cos(x) ≤ 1, para todo x.

Multiplicando esta desigualdade por −1, obtemos

−1 ≤ −cos(x) ≤ 1,

e somando 2 a cada membro desta desigualdade obtemos

1 ≤ 2 − cos(x) ≤ 3.

Uma vez que estamos calculando o limite quando x tende a infinito, é razoável supor que x + 3 > 0. Assim,

1 2 − cos(x) 3
≤ ≤ .
x+3 x+3 x+3
1 3
Como lim = lim = 0, segue do Teorema do Confronto que
x→+∞ x + 3 x→+∞ x + 3
2 − cos(x)
lim = 0.
x→+∞ x+3

(h) Neste exercı́cio também faremos uso do Teorema do Confronto. Temos:

−1 ≤ cos(2x) ≤ 1, para todo x.

Daı́
0 ≤ cos2 (2x) ≤ 1.

Uma vez que estamos calculando o limite quando x tende a infinito, é razoável supor que 3 − 2x < 0.
Assim,

1 cos2 (2x) 0
≤ ≤ .
3 − 2x 3 − 2x 3 − 2x
1 0
Como lim = lim = 0, segue do Teorema do Confronto que
x→+∞ 3 − 2x x→+∞ 3 − 2x

cos2 (2x)
lim = 0.
x→+∞ 3 − 2x
Continuação da Solução do Exercı́cio 1:

1 3
(i) Façamos a mudança de variável
= . Então x = 3t e t → −∞ se x → −∞. Assim,
t x
 x  3t  x 3   x 3
3 1 1 1
lim 1+ = lim 1+ = lim 1+ = lim 1+ = e 3.
x→−∞ x t→−∞ t t→−∞ t t→−∞ t

(j) Notemos que


 x  x  x  x
x+3 x+2+1 x+2 1 1
= = + = 1+ .
x+2 x+2 x+2 x+2 x+2

Façamos t = x + 2. Então x = t − 2. Se x → ∞, então t → ∞.

Assim,
 t
1
 x  x  t−2 lim 1+
x+3 1 1 t→+∞ te
lim = lim 1+ = lim 1+ = 2 = 2 = e.
x+2 x+2 t 1
x→+∞ x→+∞ t→+∞

1
lim 1+
t→+∞ t

t
(k) Façamos a mudança de variável t = 5x. Então x = e t → 0 se x → 0. Portanto,
5
1 4 5 4 1 20 1 20
4
h i h i h i h i
lim (1 + 5x) x = lim (1 + 5x) x = lim (1 + t) t = lim (1 + t) t = lim (1 + t) t = e20 .
x→0 x→0 t→0 t→0 t→0

Exercı́cio 2:

Em cada item:

(i) Faça um esboço do gráfico da função;

(ii) Ache os limites laterais quando x → a − e quando x → a + ;

(iii) Determine, caso exista, o limite da função quando x → a;

(iv) Determine se a função é contı́nua em x = a.


( (
2x + 1 se x<3 3 − x2 se x≤1
(a) f (x) = , a = 3. (c) f (x) = , a = 1.
10 − x se x≥3 1 + x2 se x>1
(
| x − 2 | se x 6= 2
(b) f (x) = , a = 2.
1 se x = 2
Solução do Exercı́cio 2:

(a) (i) O gráfico de f é:

(ii) Temos:

lim f (x) = lim− (2x + 1) = 7 e lim+ f (x) = lim+ (10 − x) = 7.


x→3 − x→3 x→3 x→3

(iii) Como lim− f (x) = lim+ f (x), existe o limite lim f (x) e lim f (x) = 7.
x→3 x→3 x→3 x→3

(iv) Observemos que f (3) = 10 − 3 = 7. Assim, como

lim f (x) = 7 = f (3),


x→3

a função f é contı́nua em a = 3.

(b) (i) Observemos que



 x−2
 se x > 2
f (x) = 1 se x = 2

−x + 2 se x < 2

Assim, o gráfico de f é:


Continuação da Solução do Exercı́cio 2:

(b) (ii) Temos:

lim f (x) = lim− (−x + 2) = 0 e lim+ f (x) = lim+ (x − 2) = 0.


x→2 − x→2 x→2 x→2

(iii) Como lim− f (x) = lim+ f (x), existe o limite lim f (x) e lim f (x) = 0.
x→2 x→2 x→2 x→2

(iv) Observemos que f (2) = 1. Assim, como

lim f (x) 6= f (3),


x→3

a função f não é contı́nua em a = 2.

(c) (i) O gráfico de f é:

(ii) Temos:

lim f (x) = lim− (3 − x2 ) = 2 e lim+ f (x) = lim+ 1 + x2 ) = 2.


x→1 − x→1 x→1 x→1

(iii) Como lim− f (x) = lim+ f (x), existe o limite lim f (x) e lim f (x) = 2.
x→1 x→1 x→1 x→1

(iv) Observemos que f (1) = 3 − 12 = 2. Assim, como

lim f (x) = 2 = f (1),


x→1

a função f é contı́nua em a = 1.

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