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empresa como gastos de produção, definido dessa forma um setor responsável por
estes dados e informações que passou a ser denominada de contabilidade de
custos (VICECONTI, 2013).
Segundo Viceconti (2013, p. 8):
A contabilidade de custos, nos seus primórdios, teve como principal
função a avaliação de estoques em empresas industriais, que é um
procedimento muito mais complexo do que nas comerciais, uma vez que
envolve muito mais que a simples compra e revenda de mercadoria, são
feitos pagamentos a fatores de produção tais como salários, aquisições e
utilização de matérias-primas, etc.
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Investimento: gasto feito em função de sua vida útil ou de ganhos
futuros. Exemplos: compra de maquinário (imobilizado) e compra de matéria-prima
(investimento circulante).
Custo: é um gasto relacionado a um bem ou serviço utilizado para
produzir outros bens ou serviços. Exemplo de custo: consumo de matéria prima para
produzir produtos.
Despesa: é o bem ou serviço consumido de forma direta ou indireta
para se obter receitas. Em resumo compreende os gastos com consumo de bens ou
da utilização de serviços nas áreas administrativas, comercial e financeira.
Desembolso: é o pagamento relacionado à aquisição do bem ou
serviço.
Perda: bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
Exemplo: perdas com incêndios em estoques de materiais e alagamentos.
Destaca-se que as perdas anormal e involuntária não são consideradas como
custo das unidades produzidas no período e são consideradas como
despesas indo diretamente para o DR Demonstrativo de Resultado.
Existem também as perdas que ocorrem no processo produtivo que são
consideradas normais e voluntarias na qual compõe o custo das unidades
produzidas.
1.2.2 Conceitos e Classificação de Custos
Para um bom entendimento na hora de levantar os gastos que se tem para
produzir um determinado produto, precisamos entender o que são custos e
despesas para que a atividade gere lucro para a empresa. Sendo assim,
segue as principais classificações de custos.
Em relação ao produto: Custos diretos e Custos indiretos;
Em relação ao volume de produção: Custos Fixos e Custos Variáveis.
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outros objetos de custo. Sua alocação se dá de maneira indireta, através de
critérios de distribuição (rateio, alocação, apropriação etc.).
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A utilização dos custos fixos como forma de rateios pode dificultar as decisões
de gerência da empresa quanto à formação do preço de venda do produto, uma vez
que, por mais objetivos que sejam feitos estes rateios, não deixa de ser uma
maneira de arbitrar os resultados.
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os custos variáveis (indiretos e/ou diretos), motivo que leva a legislação a
não aceitá-lo, ou ainda, dentro desse método os custos variáveis são
considerados como atribuíveis aos produtos; é o caso de materiais e mão
de obra direta. Já os custos fixos são tratados como despesas do período e,
portanto, não são ativados na conta de estoques.
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permitindo um controle mais efetivo dos mesmos e oferecendo melhor suporte às
decisões gerenciais (LEONE 2000).
O grande objetivo do ABC é criar informações para decisão visando melhorar
a competitividade das empresas. Neste contexto, surgem as atividades, que se
transformam no fundamento básico do ABC, que segundo Nakagawa (1994) pode
ser definida como um processo que combina pessoas, tecnologias, materiais,
métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos e serviços,
descrevendo a maneira como a empresa utiliza seu tempo e recursos para cumprir
sua missão, objetivos e metas.
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Define com maior precisão o custo final de cada produto.
É menos complexo e pode ser utilizado em alguma apresentação
externa. A tomada de crédito, por exemplo.
Desvantagens do Custeio por Absorção:
A dificuldade em elaborar um preço de venda competitivo. Isso porque
não existe clareza sobre a margem de contribuição de cada produto comercializado
A demora para gerar as informações completas, pois é necessário
findar um ciclo para ter todos os custos em mãos
Não considera os momentos de parada da empresa Utiliza-se, na
maioria das vezes, de arbitrariedade ao considerar o rateio entre os produtos.
Muitas vezes essa decisão é injusta.
Vantagens do Custeio Variável
Impede que aumentos de produção que não correspondam a aumento
de vendas distorçam o resultado: Como os Custos Fixos são abatidos diretamente
do resultado no Custeio Variável, o aumento de produção desvinculado do aumento
de vendas não provoca qualquer alteração no lucro líquido da empresa;
É uma ferramenta melhor para a tomada de decisões dos
administradores.
O uso do Custeio por Absorção pode induzir a decisões errôneas sobre
a produção.
Desvantagens do Custeio Variável
No caso de Custos Mistos (custos que têm uma parcela fixa e outra
variável) nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da parcela
variável.
Embora existam técnicas estatísticas para efetuar tão divisão, muitas
vezes ela é tão arbitrária quanto a rateio dos CIF no Custeio por Absorção.
O Custeio Variável não é aceito pela Auditoria Externa das empresas
que tem capital aberto e nem pela Legislação do Imposto de Renda, bem como por
uma parcela significativa de contadores.
4. Ponto de Equilíbrio
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O ponto de equilíbrio é o indicador de segurança da empresa, pois indica o
valor mínimo que é necessário comercializar, vender para que as receitas se
igualem aos custos e despesas da empresa; Atingindo tal valor, é excluída a
hipótese de prejuízo e, ultrapassando o mesmo, inicia-se a obtenção do lucro.
A análise do equilíbrio entre receitas de vendas e custos é muito importante
como instrumento de decisão gerencial. O sucesso financeiro de qualquer
empreendimento empresarial está condicionado à existência da melhor informação
gerencial. Santos (2011, p.37) Santos, 2011, em seu livro: Contabilidade e Análise
de Custos traz uma definição simplicista do ponto de equilíbrio:
É a expressão usada para definir o equilíbrio entre o faturamento de
vendas e os custos totais, equivalente ao lucro zero. A partir do ponto de
equilíbrio (Break even point) é que as operações de uma empresa começam
a gerar lucro. O gráfico expresso abaixo traz uma representação do ponto
de equilíbrio.
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sentido, o ponto de equilíbrio é visto pela maioria dos gestores empresarias como
necessário e suficiente para gerir seus resultados.
A utilização do ponto de equilíbrio é capaz de agir de forma eficiente no
planejamento da gestão empresarial, identificando possíveis descontroles ocorridos,
oscilações positivas ou negativas nos inúmeros itens que o compõem, assim como
possibilitar avaliação e correções, quando necessário, em tempo que possa
recuperar os resultados negativos e melhorar os almejados para futuros períodos.
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O mark-up é um dos métodos mais utilizados pelas empresas para determinar
os preços de seus produtos.
A tradução mais comum de mark-up é “taxa de marcação”, um termo que
indica quanto do preço do produto está acima de seu custo de produção e
distribuição. Assim, o mark-up pode ser definido como um índice aplicado sobre o
custo unitário de produtos e serviços para definição do preço de venda, que garante
a obtenção da margem de lucro desejada.
A popularidade do método se deve à sua facilidade de implantação na política
de preços, que muitas vezes é um desafio para os gestores. Afinal, a formação do
preço de venda é um processo complexo, que depende de aspectos como a oferta e
procura, concorrência e condições de mercado.
Com o mark-up, os gestores têm maior segurança para definir preços a partir
dos custos, que são mais fáceis de apurar do que outros fatores ligados ao mercado
pois sabemos que o principal objetivo das empresas é o lucro. No entanto, não
existe uma fórmula mágica para definir preços de venda sem considerar o custo total
do produto, elasticidade da demanda, preços dos concorrentes e outros fatores
essenciais.
Com tantas variáveis, o mark-up se torna uma ferramenta valiosa, pois
o mesmo pode ser adicionado como um incremento ao custo, cobrindo as seguintes
contas:
Impostos sobre vendas Despesas administrativas fixas
Despesas de vendas fixas Custos indiretos de produção fixos
Taxas variáveis sobre vendas.
Segundo Trevisan (2018), o mark-up é fundamental para guiar o empresário
na precificação. Isso porque um dos grandes erros dos gestores é levar em conta os
preços da concorrência e do mercado sem priorizar os próprios custos.
Portanto, com a aplicação do mark-up, o gestor garante que o preço de venda
será o suficiente para cobrir os custos de produção e gerar lucro, sem ameaçar a
competitividade do produto ou serviço no mercado.
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Para a formação do preço de venda no presente trabalho, será utilizado o
método com base no custeio direto ou variável. Para obtenção do preço de venda
será considerado o Mark-up multiplicador conforme fórmula a ser demonstrada.
Memória de calculo
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Preço de venda 47,12
(-) Custos direto 28,75
(-) % Simples nacional 5%
= Margem de contribuição 16,02
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRUNI, Adriano Leal. Gestão e Formação de Preços. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
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CORBARI, Ely Célia; MACEDO, Joel de Jesus. Administração de estratégica
de custos. Curitiba: Iesde, 2012.
DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana, SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de custos e
formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de
giro e da margem de competividade. São Paulo: Atlas, 2006.
FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade geral: porvas e concursos. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008.
KROETZ, Cesar Eduardo. Apostila de Contabilidade de Custos I. Ijuí: Unijuí,
2001.
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