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REVISTA BRASILEIRA DE
REUMATOLOGIA
www.reumatologia.com.br
1 Artigo original
14
d Universidade de Brasília (UnB), Faculdade de Ciências da Saúde (FS), Brasília, DF, Brasil
15
e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
16
f Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
17
g Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
18
h Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
19
i Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), São Paulo, SP, Brasil
20
j Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
21
k Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
22
l Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Fortaleza, CE, Brasil
23
m Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR, Brasil
24
n Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
25
28 Histórico do artigo: A osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos. É uma doença
29 Recebido em 8 de novembro de 2016 silenciosa que afeta especialmente as mulheres na pós-menopausa e idosos e tem ele-
30 Aceito em 24 de maio de 2017 vada taxa de morbimortalidade. O principal objetivo do tratamento da osteoporose é a
31 On-line em xxx prevenção das fraturas. A identificação dessa população de risco através do diagnóstico e
32 tratamento precoces é de fundamental importância. A última diretriz brasileira para trata-
33 Palavras-chave: mento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa foi elaborada em 2002. Desde então
34 Osteoporose foram desenvolvidas novas estratégias de diagnóstico da osteoporose, bem como fárma-
35 Mulher cos com novos mecanismos de ação foram adicionados ao arsenal terapêutico. A Comissão
36 Menopausa de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia em
∗
Autor para correspondência.
E-mail: rbr@uol.com.br (S.C. Nn).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.001
0482-5004/© 2017 Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob uma licença CC BY-NC-ND (http://
creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Como citar este artigo: Nn SC, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev
Bras Reumatol. 2017. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.001 RBR 376 1–15
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Diretrizes conjunto com a Associação Médica Brasileira e sociedades afins desenvolveu esta
Diagnóstico atualização da diretriz do tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa de
Terapia acordo com as melhores evidências científicas disponíveis. Esta atualização é destinada aos
profissionais das várias especialidades médicas e da área da saúde envolvidos no tratamento
da osteoporose, médicos em geral e organizações relacionadas à saúde.
© 2017 Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob uma licença
CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
37 a b s t r a c t
38
39 Keywords: Osteoporosis is the leading cause of fractures in the population older than 50 years. This
40 Osteoporosis silent disease affects primarily postmenopausal women and the elderly, and the morbidity
41 Woman and mortality rates are high. The main goal of treating osteoporosis is the prevention of
42 Menopause fractures. The identification of populations at risk through early diagnosis and treatment
43 Guidelines is essential. The last Brazilian guideline for the treatment of postmenopausal osteoporo-
44 Diagnosis sis was elaborated in 2002. Since then, new strategies for diagnosis and risk stratification
45 Therapy have been developed, and drugs with novel action mechanisms have been added to the
46 therapeutic arsenal. The Osteoporosis and Osteometabolic Diseases Committee of the Bra-
47 zilian Society of Rheumatology, in conjunction with the Brazilian Medical Association and
48 other Societies, has developed this update of the guidelines for the treatment of postme-
49 nopausal osteoporosis according to the best scientific evidence available. This update is
50 intended for professionals in many medical and health specialties involved in the treatment
51 of osteoporosis, for physicians in general and for health-related organizations.
© 2017 Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC
52 BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
63 As fraturas por osteoporose ocorrem mais frequentemente ficas até que ocorra a primeira fratura. Portanto, a história 85
64 nas vértebras, no rádio distal e no fêmur proximal. Essas clínica e o exame físico detalhados devem ser feitos em todos 86
65 fraturas ocasionam dor, incapacidade física, deformidades e os pacientes com o objetivo de identificar fatores que pos- 87
66 promovem deterioração da qualidade e expectativa de vida. sam contribuir para perda de massa óssea, bem como avaliar 88
67 As fraturas do quadril são as mais graves e aumentam a taxa fatores preditivos para futuras fraturas e excluir causas secun- 89
68 de mortalidade em 12 a 20% nos dois anos seguintes à fratura. dárias de osteoporose. Alguns fatores de risco são passíveis de 90
70 são incapazes de ter uma vida independente e muitos deles Os fatores de risco mais importantes relacionados à oste- 92
71 necessitam viver em ambientes institucionalizados.4 oporose e a fraturas na pós-menopausa são: idade, sexo 93
72 A baixa densidade mineral óssea (DMO), especialmente no feminino, etnia branca ou oriental, história prévia pessoal 94
73 colo femoral é um forte preditor de fraturas. A cada redução de e familiar de fratura, baixa DMO do colo de fêmur, baixo 95
74 um desvio padrão na DMO, o risco de fratura aumenta em duas índice de massa corporal, uso de glicocorticoide oral (dose ≥ 96
75 a três vezes. Além da baixa DMO, é importante a identificação 5,0 mg/dia de prednisona por período superior a três meses), 97
76 dos fatores clínicos de risco para osteoporose e fraturas, pois fatores ambientais, inclusive o tabagismo, ingestão abusiva de 98
77 nos auxiliam na avaliação do risco absoluto de fratura para bebidas alcoólicas (≥ três unidades ao dia), inatividade física 99
78 cada indivíduo e na seleção dos pacientes a serem tratados.5 e baixa ingestão dietética de cálcio.11 100
Como citar este artigo: Nn SC, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev
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30 vezes.22 150
Exames de rotina
Hemograma completo
Cálcio, fósforo e fosfatase alcalina Recomendação 151
De acordo com a suspeita clínica de suspeita clínica, testes laboratoriais específicos devem ser 156
dária. 158
101 Devido à alta prevalência de causas secundárias de oste- Deve-se intervir sobre os fatores de risco que são modificá- 159
102 oporose, sendo muitas delas subclínicas, recomenda-se para veis nas mulheres na pós-menopausa, inclusive estímulo para 160
103 todos os pacientes antes de se iniciar qualquer tratamento uma a prática de atividade física, abandono do tabagismo, restrição 161
104 avaliação laboratorial mínima que inclua hemograma com- de medicações sedativas e hipnóticas, bem como outros moti- 162
105 pleto, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, função tireoidiana e vos que possam reduzir a massa óssea. A correção de déficits 163
106 dosagem da 25(OH) vitamina D sérica, calciúria de 24 horas, visuais e a implantação de medidas para minimizar o risco 164
107 além de radiografia simples lateral da coluna torácica e lombar de quedas são de fundamental importância (apoios e tape- 165
108 e a medida da DMO na coluna lombar e fêmur proximal. Outros tes antiderrapantes no banheiro, pisos escorregadios, tapetes 166
109 testes específicos devem ser feitos, apenas, em pacientes com soltos, melhoria da luminosidade e cuidados com escadas e 167
110 suspeita clínica de doenças associadas como as doenças gas- degraus). 168
111 trointestinais (síndrome de má absorção intestinal, doença
112 inflamatória, doença celíaca), de doenças endocrinológicas
113 (hiperparatireoidismo primário, tireotoxicose, síndrome de Tratamento não farmacológico da osteoporose
114 Cushing, hipogonadismo e diabetes mellitus), reumatológicas, pós-menopausa
115 doenças pulmonares crônicas e outras (tabela 1).10
116 Os marcadores de remodelação óssea são úteis para ava- Quais as evidências de exercícios físicos para redução no 169
117 liar o efeito de medicamentos, do próprio envelhecimento ou risco de queda e melhoria na qualidade de vida de 170
118 de alguma doença sobre as taxas de reabsorção e formação mulheres com osteoporose pós-menopausa? 171
121 para a escolha da medicação a ser prescrita. Os mais usa- programa de atividade física supervisionada promove melho- 173
122 dos são o CTx sérico, como marcador de reabsorção, e o rias da capacidade funcional, força muscular, equilíbrio, 174
123 P1NP sérico, como marcador de formação óssea. Índices ele- coordenação, melhoria da flexibilidade e qualidade de 175
124 vados do CTx sérico podem indicar perda rápida de massa vida.23,24 Um programa de exercícios para a prevenção de 176
125 óssea e apresentam correlação moderada como fator de risco quedas randomizou mulheres na pós-menopausa (entre 55 177
126 para osteoporose e fraturas, independentemente da densi- e 75 anos), com diagnóstico de osteoporose, em dois gru- 178
127 dade óssea.12–14 Seu uso na prática clínica é limitado por sua pos: o primeiro para fortalecimento progressivo de quadríceps 179
128 alta variabilidade entre os ensaios e pobre valor preditivo em e treinamento de propriocepção associada à terapia medi- 180
129 um mesmo paciente. Podem se alterar rapidamente em res- camentosa e o segundo para tratamento medicamentoso 181
130 posta ao tratamento medicamentoso e ser úteis em algumas apenas com bifosfonatos, com duração de 18 semanas.25 182
131 situações específicas como para avaliar a adesão, absorção ou Nesse estudo, pode-se verificar que mulheres submetidas ao 183
132 falha de resposta ao tratamento medicamentoso.15,16 programa de exercícios tiveram menor incidência de quedas 184
133 Os inibidores de aromatase,17 os análogos de GnRH,18 a em comparação com aquelas mantidas apenas sob trata- 185
134 terapia antirretroviral19 e medroxiprogesterona,20 bem como mento farmacológico em seis meses de seguimento (RRA = 186
135 os anticonvulsivantes e anticoagulantes,11 têm sido relacio- 0,38; IC95% 0,18-0,52; NNT = 2).25 Do mesmo modo, outro 187
136 nados como fatores de risco para a osteoporose. programa de exercícios de fortalecimento muscular, com o 188
137 O risco de quedas deve ser considerado na avaliação dos intuito de melhorar o controle postural, randomizou mulhe- 189
138 pacientes com osteoporose, uma vez que eventos recorrentes res na pós-menopausa (72,8 ± 3,6 anos) com osteoporose para 190
139 constituem, per se, fator de risco independente para fraturas, três grupos de intervenção: 1) treinamento do equilíbrio com 191
140 particularmente quando existe comprometimento neuroló- fortalecimento muscular; 2) treinamento do equilíbrio com 192
141 gico como hemiparesia, doença de Parkinson, demência e alongamento e 3) controles, mantidas sem atividade física.26 193
142 quadros de vertigens, alcoolismo e deficiência visual21 . Apesar Após oito semanas, foi possível observar que mulheres dos 194
143 disso, sua importância é frequentemente negligenciada. Em grupos 1 e 2 tiveram aumento significante da força de dor- 195
144 termos comparativos, enquanto um desvio padrão de redução siflexão, flexão do joelho, bem como aumento na amplitude 196
145 na DMO aumenta o risco para fratura de quadril em cerca de de movimento.26 Um estudo randomizado, controlado, com 197
146 duas a duas vezes e meia, uma queda para o lado, incrementa o duração de 12 meses, analisou o impacto exercido pela prática 198
147 risco em três a cinco vezes. Quando esse tipo de queda provoca de exercício físico em circuito, sobre a mobilidade, equilíbrio e 199
Como citar este artigo: Nn SC, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev
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200 qualidade de vida em mulheres na pós-menopausa com oste- = 1,17; IC95% 1,02-1,34), mas sem diferença significante dos 252
201 oporose estabelecida (fratura vertebral prévia). Foi possível eventos cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais, como 253
202 verificar, após três meses do início da intervenção, melho- constipação, e neoplasias.32 254
203 ria significativa da mobilidade e dos domínios analisados O papel da suplementação do cálcio, isoladamente, para 255
204 para qualidade de vida pelos questionários GHQ-20 (General a redução da perda óssea é comprometido em muitos estu- 256
205 Health Questionnaire) e QUALEFFO-41 (Quality of Life Question- dos, porque na maioria das vezes, os suplementos de cálcio 257
206 naire issued by the European Foundation for Osteoporosis).27 apresentam-se associados à administração de vitamina D.33 258
sos. Uma coorte sueca de pacientes com alta ingestão diária 261
208 Exercícios físicos resistidos, supervisionados, principalmente de cálcio (> 1500 mg/d considerando o cálcio da dieta mais 262
209 que envolvam fortalecimento de quadríceps e exercícios com suplemento) mostrou aumento de 40% em todas as causas de 263
210 suporte do próprio peso devem ser recomendados para paci- mortalidade (HR = 1,40; IC95% 1,17-1,67).34 264
211 entes nos pós-menopausa com diagnóstico de osteoporose Uma metanálise que incluiu uma subpopulação de 16.718 265
212 ou osteopenia, uma vez que se encontram associados com pacientes do estudo WHI que não usavam suplemento de 266
213 redução do número de quedas. Ensaios clínicos randomizados cálcio ou vitamina D no início do estudo e que foram randomi- 267
214 têm confirmado que a implantação de programa de atividade zados para começar a usá-los, foi possível identificar aumento 268
215 física contribui, de maneira significante, para melhor flexi- significativo para a ocorrência de infarto agudo do miocárdio 269
216 bilidade, equilíbrio, ganho de força muscular e melhoria da (IAM) ou revascularização miocárdica (p = 0,004)35 . Por outro 270
217 qualidade de vida, reduz o risco de quedas, embora ainda não lado, o uso de baixas doses de cálcio diárias (< 700 mg/d com- 271
218 existam evidências substanciais para a redução de fraturas parados com 1.400 mg/d) também se associou a aumento do 272
220 O cálcio é um nutriente essencial na regulação da home- observou-se discreta redução da aterosclerose coronariana 280
221 ostase do tecido ósseo. A ingestão adequada de cálcio é pela tomografia (escore de cálcio) em mulheres que ingeriram, 281
222 extremamente importante em um programa de prevenção e apenas por meio da dieta, uma média de 1081 mg de cálcio por 282
223 tratamento da osteoporose, bem como para a saúde óssea dia. Os pacientes que tomaram suplementos de cálcio tiveram 283
224 geral em qualquer idade, embora as necessidades diárias de 20% mais risco de calcificação coronariana do que os que não 284
225 cálcio variem conforme a idade. O Institute of Medicine (IOM), em receberam suplementação (RR=1,22; IC95% 1,07-1,39).38 285
226 2011, estabeleceu as necessidades diárias de cálcio por faixa Com relação à controvérsia sobre a suplementação de 286
227 etária28 . Para adultos acima de 50 anos, a dose diária recomen- cálcio e eventos cardiovasculares, mais estudos randomiza- 287
228 dada é de 1200 mg, inclusive cálcio da dieta mais suplementos dos, controlados e prospectivos, do que apenas metanálises 288
229 (em casos de ingestão alimentar deficiente). e subgrupos de outros estudos, deveriam ser feitos para que 289
230 Desde o fim do século passado vários trabalhos têm mos- melhores níveis de evidência estivessem disponíveis para os 290
232 maioria em associação com a vitamina D) com efeito modesto Importante salientar que a ingestão dietética diária de cál- 292
233 sobre a prevenção de fraturas.29,30 cio no Brasil está abaixo das recomendações do IOM (400 mg, 293
234 Em recente metanálise publicada pela National Osteoporosis em média, independente da região, sexo e idade).40 294
235 Foundation (NOF), os dados mostraram 15% de redução do risco As mulheres após os 50 anos com osteopenia ou osteopo- 295
236 global de fraturas (Summary Relative Risk Estimatives) (SRRE = rose devem ser estimuladas a ingerir cálcio preferencialmente 296
237 0,85%; IC95% 0,73-0,98) e 30% do risco de fratura de quadril da dieta. Existem calculadoras que ajudam a conhecer os ali- 297
238 (SRRE = 0,70; IC95% 0,56-0,87).31 Em ensaio clínico, com sete mentos ricos em cálcio e o quanto de cálcio é ingerido por 298
239 anos de seguimento, o WHI CaD Study – Women’s Health Ini- dia.41 https://www.iofbo. Em pacientes intolerantes à lactose 299
240 tiative Calcium/Vitamin D Supplementation Study), que avaliou ou que por outros motivos não possam atingir a recomendação 300
241 36.282 mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 79 anos (62,4 diária, a suplementação de cálcio é uma opção. 301
242 em média), com maioria branca (83%), elas foram randomiza- Vários suplementos de cálcio estão disponíveis para 302
243 das para receber a associação de cálcio e vitamina D3 (1.000 mg suplementação. O carbonato e o fosfato tribásico de cálcio 303
244 + 400 UI/dia) ou placebo. Durante o seguimento, identificou- são os que contêm a maior biodisponibilidade de cálcio, cerca 304
245 -se que a DMO do quadril foi significantemente maior no de 40%. O carbonato de cálcio apresenta mais problemas gas- 305
246 grupo suplementado, embora sem redução significativa do trointestinais (como constipação, por exemplo) e é mais bem 306
247 risco de fraturas de quadril (HR = 0,88; IC95% 0,72-1,09), fra- absorvido quando ingerido com as refeições. O citrato de cál- 307
248 turas vertebrais clínicas (HR = 0,90; IC95% 0,74-1,1) e fraturas cio apresenta menor biodisponibilidade de cálcio (21%) e são 308
249 totais (HR = 0,96; IC95% 0,91-1,02).32 Com relação aos eventos necessários mais comprimidos para se atingir a dose desejada. 309
250 adversos, pode-se observar que a ocorrência de cálculos renais É uma opção aos pacientes com nefrolitíase ou com antece- 310
251 foi 17% maior nas pacientes submetidas ao tratamento (HR dentes de cirurgia gástrica (gastrectomias) ou bariátrica e está 311
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312 disponível. A suplementação de cálcio não deve exceder 500 no colo do fêmur, mas sem redução significativa do risco de 364
313 a 600 mg por dose independente da preparação, visto que o fraturas.32 Outros estudos mostraram, em paralelo, aumento 365
314 fracionamento aumenta a absorção.42 da força muscular, equilíbrio e redução de quedas com a 366
316 Em mulheres com mais de 50 anos, é recomendado e seguro ataque de 7.000 UI/dia ou 50.000 UI/semana por oito sema- 370
317 o consumo de até 1.200 mg de cálcio ao dia, preferencial- nas, seguida da dose de manutenção entre 1.000 e 2.000 371
318 mente por meio da dieta, especialmente com o consumo de UI por dia.47,48 A inadequação dos níveis de vitamina D é 372
319 leite e derivados. Quando há impossibilidade de fazê-lo por tida como uma das potenciais causas para falha do trata- 373
320 meio de fontes nutricionais, é recomendável a administração mento medicamentoso da osteoporose (perda significativa de 374
321 de suplementos de cálcio, com avaliação de riscos e benefí- DMO e fraturas).53,54 Embora existam inúmeras evidências de 375
322 cios. Apesar de o uso complementar do cálcio e da vitamina associação de deficiência de vitamina D com várias doenças, 376
323 D ser fundamental para a mineralização óssea adequada, não doses elevadas de vitamina D não têm sido recomendadas, 377
324 se recomenda o tratamento da osteoporose em pacientes na pois não existem ensaios clínicos fase III com resultados subs- 378
325 pós-menopausa exclusivamente com cálcio associado ou não tanciais e uniformes. Um estudo mostrou que doses elevadas 379
326 com a vitamina D. de vitamina D iguais ou maiores do que 500.000 UI administra- 380
327 A vitamina D é um pró-hormônio sintetizado na pele pela mesmo em altas doses. 387
328 exposição aos raios ultravioleta B (UVB) da luz solar. As fontes Os dados encontrados são controversos e, portanto, serão 388
329 de vitamina D alimentares são escassas e os seres humanos necessários futuros estudos para se estabelecer alguma 389
330 dependem principalmente da produção cutânea pelos raios relação de causa e efeito da deficiência de vitamina D e 390
331 UVB solares. A vitamina D, produzida na pele ou ingerida, sofre doenças ou se a deficiência de vitamina D seria apenas mais 391
332 transformações químicas até se transformar em sua forma um preditor de piores desfechos clínicos. 392
352 geral mas valores entre 20 e 29 ng/mL (50 e 74 nmol/L) osteoporose pós-menopausa? 405
355 tes) estão entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L). Esses valores de saúde pública em todo o mundo e da disponibilidade de 407
356 foram reconhecidos pela Endocrine Society e a Sociedade Brasi- tratamentos efetivos para esta condição, persistem proble- 408
357 leira de Endocrinologia e Metabologia.47,48 mas na identificação de pacientes nos quais a intervenção 409
358 Uma metanálise de estudos em mulheres na pós- farmacológica deva ser considerada.60 O rastreamento e as 410
359 -menopausa demonstrou significante diminuição do risco estratégias de detecção de casos, com uso exclusivo da den- 411
360 fraturas de colo de fêmur e fraturas não vertebrais com sitometria óssea são específicos (identificam pacientes de 412
361 suplementação de vitamina D em doses diárias acima de 800 alto risco), mas não têm sensibilidade adequada (deixam de 413
362 UI.50 Por outro lado, o grupo suplementado com cálcio e vita- caracterizar corretamente muitos dos que irão sofrer fratu- 414
363 mina D do WHI apresentou discreto ganho de massa óssea ras). Portanto, estratégias que levem em consideração fatores 415
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30 30 LSA
25 Limite de intervenção
Probabilidade em 10 anos (%)
O LIA
15
15 DM
da
a
10 e did
10 M
5
5
Sem tratamento Sem tratamento
0
0
40 50 60 70 80 90 40 50 60 70 80 90
Idade anos Idade anos
Figura 1 – Limite de intervenção FRAX com densitometria. Figura 2 – Limite de avaliação FRAX sem densitometria.
LIA, limite inferior de avaliação; LSA, limite superior de
avaliação.
418 DMO e, assim, melhor identificar o risco absoluto de fratura res de avaliação para medidas de DMO, dois limites (fig. 2) são 457
420 A ferramenta FRAX Brasil é o primeiro modelo de predição abaixo da qual nem o tratamento nem um teste de DMO devem 459
421 de fraturas específico do país. Baseia-se na metodologia FRAX ser considerados (limite inferior de avaliação) baseia-se na 460
422 original, que foi validada externamente em várias coortes probabilidade de uma fratura de osteoporose em 10 anos equi- 461
423 independentes, e calibrada com os dados epidemiológicos valente a mulheres sem fatores de risco clínicos (e IMC de 462
424 retrospectivos de fratura de quadril e de mortalidade mais 25 kg/m2 e sem medida de DMO). Isso é consistente com uma 463
425 consistentes disponíveis.62–66 visão, na maioria das diretrizes clínicas, de que indivíduos sem 464
426 Em síntese, FRAX é um algoritmo baseado em computador fatores clínicos de risco não devem ser considerados elegíveis 465
427 que calcula a probabilidade em 10 anos de uma fratura osteo- para avaliação. 466
428 porótica maior (fratura de quadril, vertebral, úmero ou punho) Uma probabilidade de limiar acima da qual o tratamento 467
429 e de fratura de quadril. A probabilidade de fratura é calculada pode ser recomendado, independentemente da DMO (limite 468
430 a partir dos seguintes fatores clínicos de risco: idade, sexo, superior de avaliação), é fixada em 1,2 vez o limiar de 469
431 índice de massa corporal e fatores de risco dicotômicos que intervenção, pois quando os pacientes têm uma probabili- 470
432 compreendem fratura de fragilidade prévia, história parental dade de fratura de 20% ou mais do limiar de intervenção, 471
433 de fratura de quadril, tabagismo atual, uso de glicocorticoi- quase nenhum indivíduo é reclassificado quando as proba- 472
434 des orais de longo prazo, artrite reumatoide, outras causas bilidades são recalculadas com a adição de DMO ao FRAX 473
435 de osteoporose secundária e consumo de álcool. A DMO do (UK National Osteoporosis Guideline Group – NOGG).70 E, 474
436 colo femoral pode ser, opcionalmente, inserida para melhorar recente recomendação do comitê de especialistas revisou as 475
437 a predição do risco de fratura. A probabilidade de fratura é cal- estratégias para identificar pacientes com elevado risco de 476
438 culada considerando tanto o risco de fratura quanto o risco de osteoporose e fraturas.71 Tendo em vista essas considerações, 477
439 morte. O uso de fatores clínicos de risco e as medidas da DMO a seguinte abordagem pode ser recomendada para a tomada 478
440 melhoram a sensibilidade da predição de fraturas sem com- de decisões em nosso país.62 479
441 prometer a especificidade. O uso de FRAX, na prática clínica, Dados preliminares do estudo Bravos, um estudo multicên- 480
442 exige uma consideração da probabilidade de fratura na qual trico prospectivo sobre fraturas nas regiões Norte, Sudeste e 481
443 intervir, tanto para o tratamento (um limiar de intervenção) Sul foram aceitos para publicação. Os resultados definitivos 482
444 quanto para o teste de DMO (limiares de avaliação).67 desse estudo podem melhorar a calibração e capacidade do 483
445 Muitas diretrizes recomendam que as mulheres com uma FRAX Brasil de predição de fraturas segundo o trabalho “Inci- 484
446 fratura de fragilidade prévia possam ser consideradas para dence and mortality of hip fractures in Joinville, a community 485
447 intervenção sem a necessidade de um teste de DMO (exceto of the south of Brazil”, Silva DMW, Lazzareti-Castro M, Sejzen- 486
448 para monitorar o tratamento), uma fratura anterior pode ser feld VL, Zerbini C, Eis SH, Borba VCZ, aceito para publicação 487
449 considerada como tendo um risco suficiente de que o trata- no Archives of Endocrinology and Metabolism. 488
454 fragilidade prévia. Em outras palavras, o limiar de intervenção devem ser considerados para tratamento farmacológico sem 491
455 (fig. 1) é fixado no “limiar de fratura”. Essa abordagem foi bem a necessidade de uma avaliação adicional com a medida da 492
Como citar este artigo: Nn SC, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev
Bras Reumatol. 2017. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.001 RBR 376 1–15
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493 DMO, embora essa possa ser apropriada, particularmente em 12 meses e o ritmo de perda óssea se assemelha ao observado 547
494 mulheres pós-menopáusicas mais jovens, e com finalidade de com o hipoestrogenismo natural observado na mulheres na 548
496 Pacientes com T-score igual ou menor do que -2,5 DP na osteoporose com TH deve ser seguida por outra opção tera- 550
497 coluna lombar, colo femoral, fêmur total ou radio 33% devem pêutica. 551
498 ser considerados para terapia farmacológica. A TH apresenta risco de tromboembolismo cerca de duas 552
499 Em pacientes sem fraturas de fragilidade prévias, a vezes maior em usuárias de doses convencionais (estrogênio 553
500 estratégia de tratamento deve basear-se na avaliação da pro- conjugado equino 0,625 mg/dia associado a 2,5 mg de acetato 554
501 babilidade em 10 anos com o FRAX Brasil e recomendações do de medroxiprogesterona em esquema combinado ou cíclico), 555
503 Em pacientes com alto risco para fraturas pela DMO ou reduz quando o mesmo se prolonga por mais tempo.78 O uso 557
504 calculada, a DMO deve ser repetida a cada um a dois anos, prolongado da TH, por mais de cinco anos, com associação 558
505 conforme decisão médica. Em casos de perda significativa de de estrogênios e progestagênios, produz pequeno aumento 559
506 massa óssea, as pacientes devem ser reavaliadas quanto à do risco de câncer de mama (oito casos em cada 10.000 560
523 braço estroprogestativo, avaliou 16.608 mulheres menopau- prescrita em todo o mundo para o tratamento da osteopo- 573
524 sadas entre 50-79 anos que fizeram densitometria óssea em rose pós-menopausa. São análogos sintéticos do pirofosfato 574
525 subgrupo de 1.024 participantes. Comparada com o placebo, inorgânico, e ligam-se aos cristais de hidroxiapatita, nos 575
526 após cinco anos de seguimento, em média, a TH com estró- sítios de remodelação, inibem a atividade de reabsorção dos 576
528 aumentou significativamente a DMO na coluna lombar e O alendronato, o risedronato e o ibandronato são adminis- 578
529 fêmur em 4,5% e 3,7%, respectivamente.75 trados por via oral nas doses de 70 mg/semana, 35 mg/semana 579
530 O braço estrogênico isolado avaliou 10.739 mulheres ou 150 mg/mês e 150/mês, respectivamente. O ácido zoledô- 580
531 menopausadas histerectomizadas, entre 50 e 79 anos, com nico é o único bisfosfonato intravenoso aprovado para o 581
532 densitometria feita em subgrupo de 938 participantes. Após tratamento da osteoporose na pós-menopausa na dose de 582
533 seis anos, em média, houve aumento significante de 7,1% na 5 mg em regime de aplicação anual. Em ensaios clínicos con- 583
534 coluna lombar e de 1,8% no fêmur daquelas que receberam trolados com placebo, com duração de três a quatro anos, os 584
535 EEC comparado com aumento de 1,9% na coluna e perda de bisfosfonatos reduziram significativamente o risco de fraturas 585
536 1,95% no fêmur no grupo placebo76 . osteoporóticas. A redução do risco absoluto de fraturas com o 586
537 O estudo WHI é o maior ensaio randomizado da TH uso de bisfosfonatos depende do risco de base e do local da 587
538 controlado por placebo com dados de fratura. Tanto a fratura (vertebral versus não vertebral e quadril).81–86 588
539 TH feita apenas com estrogênio (EEC 0,625 mg/dia quanto Nesses estudos, os benefícios dos bisfosfonatos supe- 589
540 a combinação estroprogestativa (associação diária de EEC ram claramente os riscos. De forma geral, os resultados dos 590
541 0,625 mg e AMP 2,5 mg) demonstraram redução aproximada ensaios clínicos randomizados com os bisfosfonatos mostra- 591
542 de 30% nas fraturas de quadril e fraturas vertebrais clínicas. ram redução do risco de fratura vertebral de 40 a 70% e redução 592
543 Houve também redução significativa de 24 a 29% de todas do risco de fratura do quadril de 40 a 50%, sempre associados 593
544 as fraturas osteoporóticas.75,76 Entretanto, os efeitos benéfi- ao cálcio e à vitamina D.87 594
545 cos sobre a DMO são mantidos enquanto a TH é usada. Após Os bisfosfonatos orais devem ser tomados em jejum, 30 a 595
546 sua descontinuação, ocorre perda da DMO após os primeiros 60 minutos antes da refeição matinal e com um copo cheio 596
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TRH A A A
Alendronato A A NAA
Ibandronato A Aa A
Risedronato A A A
Ácido zoledrônico A A A
Denosumabe A A A
Raloxifeno A NAA NAA
Teriparatida A A NAA
A, recomendação de grau A; NAA, não avaliado de forma adequada; TRH, terapia de reposição hormonal.
a
Apenas em subconjuntos de pacientes (análise post-hoc).
597 de água para que tenham o máximo de absorção e deve-se No estudo de três anos de extensão do ácido zoledrônico, 641
598 evitar a posição de decúbito após o uso do fármaco. Existe uma efeitos semelhantes foram vistos, com redução significativa 642
599 apresentação semanal do risedronato que pode ser tomado no risco de fraturas vertebrais e nenhuma diferença no risco 643
600 junto ou logo após o café da amanhã.88 de fraturas não vertebrais e de quadril em pacientes tratados 644
601 Nos estudos pivotais com os bisfosfonatos foram relatados por seis anos em comparação com aqueles tratados por três 645
603 inclusive náusea e até esofagite, sintomas flu-like, artralgias Os desfechos que se seguem após interrupção do trata- 647
604 a mialgias leves. Em muitos pacientes, esses eventos podem mento com risedronato pós dois ou sete anos de tratamento 648
605 estar relacionados à baixa adesão ao tratamento e afetar a também foram reportados. A descontinuação do uso do rise- 649
606 capacidade desses fármacos de reduzir o risco de fraturas.89 dronato por um ano promoveu aumento dos valores séricos 650
607 Pacientes com doenças esofageanas e GI graves, como a dos marcadores de remodelação óssea em ambos os grupos 651
608 hérnia de hiato, estenose, alterações da motilidade esofage- para valores próximos à linha de base e também diminuição 652
609 ana (esclerose sistêmica, por exemplo), varizes esofageanas e da DMO do quadril total, enquanto a DMO da coluna lombar e 653
610 doença de Crohn, devem ter seu uso restringido ou contrain- do colo do fêmur permaneceu inalterada.96 654
611 dicado. Os pacientes com disfunção renal com clearance de Devido à característica de acúmulo dos bisfosfonatos no 655
612 creatinina abaixo de 35 mL/m também devem ter seu uso res- osso e também ao seu uso prolongado, eventos adversos sérios 656
613 trito ou contraindicado, especialmente os idosos e em uso de começaram a ser reportados a partir de 2003, como a osteo- 657
614 diuréticos. A hipocalcemia deve ser avaliada e corrigida antes necrose da mandíbula e as fraturas atípicas subtrocantéricas. 658
616 Os bisfosfonatos de administração oral (alendronato, rise- pacientes com câncer avançado com altas doses de bisfosfo- 660
617 dronato e ibandronato) estão indicados para redução de natos. Em estudos randomizados recentes em pacientes com 661
618 fraturas vertebrais e de quadril em mulheres com osteopo- câncer avançado, a incidência de osteonecrose de mandíbula 662
619 rose pós-menopausa. No estudo que levou a sua aprovação, foi de 1 a 2% por ano com o ácido zoledrônico, 10 vezes mais 663
620 o ibandronato reduziu apenas fraturas vertebrais, porém em do que em pacientes tratados com osteoporose tratados com 664
621 um subgrupo de pacientes como osteoporose mais grave e o mesmo fármaco. 665
622 DMO com T-score abaixo de -3 DP no colo do fêmur, houve O outro evento adverso grave descrito é a fratura atípica 666
623 significância estatística para redução de fraturas de quadril.91 de fêmur. Uma revisão recente da literatura mostrou que os 667
624 O ácido zoledrônico está indicado para redução de fratu- pacientes apresentam pródromos de dor na coxa em 70% dos 668
625 ras vertebrais, não vertebrais e de quadril em pacientes com casos, fratura bilateral em 28% e retardo da cicatrização em 669
626 osteoporose pós-menopausa.92 26%. A etiologia exata e a correlação desses eventos com o 670
627 Uso prolongado de bisfosfonatos ASBMR publicou recomendações sobre esses eventos graves 672
628 A duração ideal do tratamento com bisfosfonatos em pacien- As preocupações sobre os potenciais efeitos colaterais 674
629 tes com osteoporose é desconhecida. Dados dos estudos de do uso de bisfosfonatos, juntamente com os dados dispo- 675
630 extensão dos ensaios clínicos maiores sugerem que a terapia níveis sobre a eficácia em longo prazo levaram a recente 676
631 com alendronato para além de cinco anos não diminui sig- reconsideração da duração adequada do tratamento com 677
632 nificativamente o risco de fraturas, exceto o risco de fraturas esses agentes. Em alguns pacientes, um período de “férias” 678
633 vertebrais clinicamente diagnosticadas.93 ou interrupção do uso do bisfosfonato tem sido sugerido por 679
634 Além disso, a análise post hoc dos mesmos dados do Estudo especialistas99 e, mais recentemente, endossado em diretrizes 680
635 Flex revelou que as fraturas não vertebrais foram reduzi- da Associação Americana de Endocrinologistas (AACE).90 681
636 das em pacientes tratados com alendronato por 10 anos (em Defensores da estratégia das “férias” dos bisfosfonatos 682
637 comparação com aqueles tratados por cinco anos) somente argumentam que a eficácia dos bisfosfonatos não foi demons- 683
638 naqueles em que o T-score do colo do fêmur permaneceu trada depois dos cinco anos de terapia para a maioria dos 684
639 abaixo de -2.5 após cinco anos de terapia ou naqueles que já pacientes de baixo risco, e que a incidência de efeitos cola- 685
640 tivessem sofrido uma fratura vertebral.94 terais, como a fratura atípica do fêmur e a osteonecrose de 686
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687 mandíbula, aumenta com o uso prolongado. Uma força tarefa que ele não tem eliminação glomerular, porém a hipocalcemia 740
688 da ASBMR estabeleceu um algoritmo com recomendações deve ser avaliada e corrigida antes do início do tratamento.105 741
689 sobre o uso prolongado de bisfosfonatos.87 Em um estudo comparativo multicêntrico de não inferiori- 742
690 Pacientes em uso de contínuo de corticosteroides (> dade, fase III, com o alendronato, com duração de 12 meses, 743
691 7,5 mg/d), com mais de 75 anos ou fratura prévia de quadril, 1.189 mulheres na pós-menopausa com T-score em coluna 744
692 devem ser considerados para continuar o uso bisfosfonatos lombar ou quadril total menor do que -2,0 foram randomi- 745
693 orais mesmo após cinco anos.70 zadas para tratamento com denosumabe (60 mg a cada seis 746
694 Em recente artigo na Revista Brasileira de Reumatologia foi meses) ou alendronato (70 mg semanalmente). Foi verificado 747
695 sugerido um algoritmo modificado do ASBMR100 (fig. 3). Esse aumento significante da DMO do fêmur no primeiro grupo 748
696 algoritmo inclui marcadores de reabsorção óssea na tomada (3,5% versus 2,6%, respectivamente).106 Em outro ensaio clínico 749
697 de decisão em casos de falta de resposta ao tratamento, o que randomizado de não inferioridade, a transição do alendronato 750
698 não é aceito de maneira unânime da literatura. para o denosumabe promoveu aumento significativo da DMO 751
700 A eficácia dos bisfosfonatos na redução de fraturas vertebrais, grupo do alendronato.107 755
701 não vertebrais e de quadril em pacientes com osteoporose tem Consistente com seu mecanismo de ação, a 756
702 sido demonstrada em ensaios clínicos randomizados de modo descontinuação do tratamento com denosumabe pode 757
703 a ser considerada classe terapêutica de primeira linha para o ocasionar reversão dos benefícios obtidos (DMO e risco de 758
704 tratamento da osteoporose na pós-menopausa. Todos os bis- fraturas). Caso o tratamento com o denosumabe precise 759
705 fosfonatos apresentam eficácia na redução do risco de fraturas ser interrompido, deve-se considerar a troca para outro 760
706 vertebrais. Por outro lado, somente o alendronato, o risedro- tratamento da osteoporose. As “férias de tratamento da 761
707 nato e ácido zoledrônico demonstraram redução significativa osteoporose” não se aplicam ao denosumabe.108 762
712 e benefícios para cada paciente. com osteoporose na pós-menopausa. Os estudos pivotais 765
726 meses) ou placebo e observou redução significativa de 68% do cidos internacionalmente pela sigla SERM (Selective Estrogen 779
727 risco de fraturas vertebrais radiográficas no grupo intervenção. Receptor Modulator), constituem uma classe de drogas que 780
728 Além disso, diminuiu o risco de todas as fraturas não verte- atuam de forma seletiva nesses receptores, exercem efeitos 781
729 brais em 20% (HR = 0,8; IC95% 0,67-0,95), bem como do fêmur agonistas ou antagonistas em diferentes tecidos-alvo. O ralo- 782
730 em 40%. Não foi observado aumento no risco de neoplasia, xifeno, tido como um SERM de segunda geração, tem efeito 783
732 hipocalcemia e nenhum caso de osteonecrose de mandíbula. No estudo multicêntrico More (Multiple Outcomes of Raloxifen 785
733 Casos raros de celulite foram observados.102 Evaluation), 7.705 pacientes na pós-menopausa (66,5 anos, em 786
734 O estudo aberto de extensão, em longo prazo, demonstrou média), com diagnóstico de osteoporose, e que não apresen- 787
735 incremento contínuo da DMO em coluna lombar e quadril (15,2 tavam história de câncer de mama ou de endométrio foram 788
736 e 7,5%, respectivamente). E raros casos de fratura atípica de randomizadas para tratamento com placebo ou 60 ou 120 mg 789
737 fêmur e osteonecrose de mandíbula foram observados.103,104 de raloxifeno ao dia.110 Após 36 meses, pôde-se identificar que 790
738 Em pacientes com disfunção renal, o denosumabe se mos- mulheres submetidas ao tratamento com raloxifeno apresen- 791
739 trou eficaz e seguro, sem necessidade de ajustes de dose, visto taram redução significante no risco de fraturas vertebrais em 792
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798 sítios pesquisados. Com relação aos eventos adversos, houve N- terminais do parato hormônio obtida sintética por tecno- 823
799 maior risco de tromboembolismo venoso do que no grupo pla- logia do DNA recombinante (PTH 1-34). E está aprovada para o 824
800 cebo (RR = 3,1; IC95% 1,5-6,2).110 tratamento inicial da osteoporose pós-menopausa em mulhe- 825
801 O aumento da incidência de tromboembolismo venoso res com alto risco de fratura ou que tenham falhado ou não 826
802 (com risco 1,5 a três vezes maior) foi o principal evento toleraram tratamento prévio para a osteoporose. 827
803 adverso sério da terapia com raloxifeno, história prévia de É considerado um agente anabólico, pois aumenta a 828
804 tromboembolismo é contraindicação ao uso desse medica- formação óssea, em contraste com os outros fármacos apro- 829
805 mento. Também foram observadas exacerbação dos sintomas vados para o tratamento da osteoporose que apresentam 830
806 de climatério e discreta redução do câncer de mama nas paci- ação antirreabsortiva. Está também aprovado para osteopo- 831
807 entes do grupo do raloxifeno.110 A redução do risco de câncer rose induzida por glicocorticoides. Na Europa, também está 832
808 de mama foi confirmada em outro grande ensaio clínico em aprovado o PTH 1-84.112 833
809 mulheres com alto risco de câncer de mama. O raloxifeno está O ensaio clínico multicêntrico que levou a aprovação da 834
810 aprovado para a prevenção e o tratamento da osteoporose em teriparatida avaliou o risco de fraturas por osteoporose em 835
811 mulheres na pós-menopausa e redução do risco do câncer de 1.637 mulheres na pós-menopausa (69 anos, em média) que 836
812 mama em mulheres na pós-menopausa com osteoporose.111 apresentavam, pelo menos, uma fratura moderada ou duas 837
813 Recomendação pacientes foram randomizadas para tratamento com teripa- 840
ratida, por via subcutânea nas doses diárias de 20ug ou 40ug 841
814 O raloxifeno na dose de 60 mg/dia está aprovado para a ou placebo.113 Após 24 meses (média de 21 ± 3 meses de 842
815 prevenção e o tratamento da osteoporose da coluna vertebral seguimento), observou-se redução do risco de novas fraturas 843
816 em mulheres na pós-menopausa, sem sintomas climatéricos, vertebrais (RRA = 0,096; IC95% 0,062-0,128; NNT = 10) e não 844
817 promove redução significante de fraturas vertebrais. Tam- vertebrais (RRA = 0,037; IC95% 0,09-0,067; NNT = 26), mas não 845
818 bém está indicado na redução do risco de câncer de mama de fêmur. Os eventos adversos mais frequentes foram cefaleia, 846
819 em mulheres na pós-menopausa com osteoporose. Não está náuseas, cólicas, hipercalcemia, hipercalciúria.113 847
820 recomendado para a redução de fraturas não vertebrais e de Da mesma forma que com TH, SERMs e denosumabe, a 848
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850 óssea e, portanto, recomenda-se outra opção de tratamento da DMO vertebral no grupo combinado (9,1%) em comparação 901
851 subsequente para a osteoporose.114 Recentemente, tem sido com a teriparatida sozinha (6,2%) ou denosumabe em monote- 902
852 indicada após fratura atípica por uso de bisfosfonato.115 rapia (5,5%). Com relação à DMO do fêmur total também houve 903
853 Recomendação pia com teriparatida (0,7%) ou denosumabe (2,5%). Assim, a 905
terapia combinada pode ser útil em pacientes com alto risco 906
854 A teriparatida está recomendada para o tratamento da oste- para fraturas, embora não existam dados sobre a redução de 907
856 fraturas, com fraturas prévias ou que tenham falhado ou Importante ressaltar que, até o momento, as evidências 909
857 sido intolerantes a outras formas de tratamento para a oste- apontam, apenas, para os benefícios da combinação sobre os 910
858 oporose. Não está indicado para períodos de tratamento desfechos da DMO e marcadores bioquímicos de remodelação 911
859 superiores a dois anos. Pode ser indicada após fratura atípica óssea, mas sem dados sobre redução de fraturas, eventos 912
861 Tratamento combinado submetidas a tratamento com hormônio da paratiroide e, pos- 918
862 Os resultados de ensaios clínicos de combinação de fármacos 12 meses, houve aumento significante da DMO após a tera- 920
863 de diferentes mecanismos de ação como agentes antirreabsor- pia sequencial em comparação com aquelas mantidas em 921
864 tivos (TH, bisfosfonatos, denosumabe e SERMs) e anabólicos, monoterapia.119 O tratamento com agentes anabólicos deve 922
865 como a teriparatida e PTH1-84, divergem de acordo com as sempre ser seguido por um bisfosfonatos, denosumabe, ralozi- 923
866 associações estudadas, embora possam ter argumentos teóri- feno ou TH, pois são usados por períodos de tempo menores do 924
867 cos aceitáveis do ponto de vista científico. que dois anos e ocorre perda de massa óssea, especialmente 925
868 O primeiro estudo duplo-cego randomizado com essa na coluna lombar logo após a interrupção do tratamento. 926
890 ácido zoledrônico (tanto no regime combinado quando iso- risco para novas fraturas e, muito frequentemente, não rece- 941
891 lado), dentro dos primeiros três dias de infusão, ao passo que bem orientação e tratamento após a primeira fratura. Serviços 942
892 após esse período, os eventos foram comparáveis entre os três de referência especializados na orientação para prevenção 943
893 grupos.117 das refraturas têm proliferado em todo o mundo e mostrado 944
894 Dados mais substanciais da terapia combinada são obser- bons resultados em termos de custo-benefício, inclusive no 945
895 vados no ensaio clínico conhecido como DATA (Denosumab and Brasil,120,121 com apoio da IOF.122 946
900 a combinação. Após 12 meses, houve aumento significativo serviços de prevenção secundária de fraturas que cresce em 949
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12 r e v b r a s r e u m a t o l . 2 0 1 7;x x x(x x):xxx–xxx
956 gia com a colaboração da Associação Médica Brasileira (AMB), of bone mineral density. Am J Med. 1997;102:29–37. 1014
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Como citar este artigo: Nn SC, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev
Bras Reumatol. 2017. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.001 RBR 376 1–15