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Fisiologia
Vegetal
2019/2020
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Azoto
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Introdução
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Ciclo do azoto
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• NH4+ Trata-se de uma forma tóxica de azoto, não podendo, por isso,
acumular-se nas células (desacopla as cadeias de transporte de
electrões). O amónio é assimilado, isto é, incorporado em
aminoácidos pelo funcionamento do ciclo da glutamina sintetase /
glutamato sintase (GS-GOGAT).
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Ciclos de N na atmosfera
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Alanine
Nicotine
Zeatin
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Membrana:
Amónio em excesso pode tilacoide, num cloroplasto
ser tóxico Membrana mitocondrial na mitocondria
tonoplasto num vacuolo de uma célula de
• Ao contrário do nitrato, elevados raíz
níveis de amónio são tóxicos tanto
para plantas como para animais. O
amónio desacopla as cadeias de
transporte de electrões da
mitocôndria e do cloroplasto, isto
é, permite a continuação do fluxo
de electrões sem a correspondente
síntese de ATP de acordo com a
teoria quimiosmótica, e que
também é usado para armazenar
metabolitos nos vacuolos.
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Excesso de Azoto
• Quando há muito N disponível, ocorre um crescimento vegetativo excessivo;
as células dos caules expandem, dando origem a caules frágeis, com
tendência a cair com chuva forte ou vento (caso típico da acama dos
cereais).
• Aplicações excessivas de N podem retardar a maturação e tornar as plantas
susceptíveis a doenças (particularmente a fungos) e a pragas de insectos.
Esses problemas são especialmente graves se houver falta de outros
nutrientes, como K.
• Excesso de N diminui a qualidade da cultura, resultando em frutos e
vegetais com cor e sabor indesejáveis e baixos níveis de açúcar e vitaminas.
A produção de flores em plantas ornamentais é reduzida em favor da
folhagem abundante.
• Excesso de N também pode causar a sua acumulação na forma de nitratos
que são tóxicos para animais que os ingiram. Condições ambientais
inibidoras do crescimento, como seca, dias escuros e nebulosos ou
temperaturas frias, podem aumentar a acumulação de nitrato nos tecidos
porque a sua conversão em proteína é retardada.
• A lixiviação do N em excesso é um grande problema de poluição da água,
principalmente nos lençóis freáticos e estuários a jusante (eutrofização).
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Excesso de Azoto
Excesso de
N em arrozal
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Deficiência de azoto
• Sintomas de clorose são o
resultado directo da
deficiência de N. Uma ligeira
tonalidade vermelho-claro
também pode ser observada
nas veias e pecíolos.
• As folhas mais velhas mudam gradualmente do tom verde
característico para um verde muito mais claro. À medida que a
deficiência progride, essas folhas mais velhas tornam-se
uniformemente amarelas (cloróticas) e sob extrema deficiência
ficam branco-amareladas. O amarelecimento é uniforme em toda
a folha, incluindo as veias.
• As folhas jovens perto do ápice permanecem verde-pálido e
tendem a apresentar dimensões mais reduzidas. A ramificação
também diminuí.
• A recuperação de plantas deficientes em N, quando este é
aplicado, é imediata (dias) e de efeito espectacular. 28
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Efeito da carência de
azoto em milho painço
Efeito da carência de
azoto numa
experiência com
tomateiro
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Deficiência de azoto
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Assimilação do nitrato e
do amónio
Redução do nitrato
• Características da nitrato redutase (NR)
• Localização da NR
• Regulação da expressão e da actividade da NR
Redução do nitrito
• Características, localização e regulação da nitrito
redutase (NiR)
Assimilação do amónio
• O ciclo GS-GOGAT: função, localização e regulação
da glutamina sintetase (GS) e da glutamato sintase
(GOGAT) 31
Assimilação do nitrato
• As raízes absorvem nitrato através de um sistema de simporte H+ /
NO3–. Este é assimilado em compostos orgânicos após ter sido
reduzido a nitrito e este a amónio.
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Assimilação do nitrato
Transporte do nitrato através da membrana das
células da raíz e diferentes destinos celulares:
• translocação através do xilema,
• redução no citoplasma e assimilação no plastídeo,
• acumulação no vacúolo.
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Regulação da expressão da NR
O nitrato, a luz e a concentração de hidratos de carbono influenciam a
transcrição da NR:
A – A transcrição do mRNA da NR é induzida pela adição de nitrato,
tendo sido detectado 40 min após a adição de 15 mM de nitrato em
raízes e folhas, após o que diminuiu em raízes e continuou a aumentar
em folhas.
B - Na presença de nitrato as concentrações de mRNA apresentam um
ciclo diurno.
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SINAL EFEITO
GLUTAMINA INIBE A TRANSCRIÇÃO
CARÊNCIA DE AZOTO INIBE A TRANSCRIÇÃO
NITRATO ESTIMULA A TRANSCRIÇÃO
RITMO CIRCADIANO REGULA A TRANSCRIÇÃO CONFORME A
ALTURA DO DIA
CITOCININAS ESTIMULA A TRANSCRIÇÃO
SACAROSE ESTIMULA A TRANSCRIÇÃO
LUZ ESTIMULA A TRANSCRIÇÃO E A ACTIVIDADE
ESCURO INIBE A TRANSCRIÇÃO E A ACTIVIDADE
ALTA [CO2] ESTIMULA A ACTIVIDADE
BAIXA [CO2] INIBE A ACTIVIDADE
OXIGÉNIO INIBE A ACTIVIDADE
ANÓXIA ESTIMULA A ACTIVIDADE
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A via da GS-GOGAT
Após a descoberta da glutamato sintase (GOGAT) em bactérias, procurou-se
uma enzima com atividade semelhante em plantas. em 1974 foi descoberta uma
sintase de glutamato dependente de ferredoxina [EC 1.4.7.1] em tecidos
fotossintéticos de plantas superiores, e ainda no mesmo ano, uma "sintetase de
glutamato" dependente de NADH em tecidos vegetais não fotossintéticos.
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A GS plastidial é a
isoforma principal em
folhas
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Tecidos fotossíntéticos
Floema 51
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O que acontece em
mutantes sem Fdx-
GOGAT (mutantes gls)?
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•Transaminação
•Aspargina e glutamina
•Relação entre metabolismo do C e do N
•Biossíntese de aminoácidos
•Ciclo fotorrespiratório do azoto 56
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Aminoácidos
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Serine
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Regulação da síntese e
degradação de prolina
A via mais comum de síntese
de prolina é a que deriva do
glutamato.
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PD
prolina
P5CS: ∆1-pirrolina-5-carboxilato-sintetase
seca, stresse salino, ABA
P5CR: ∆1-pirrolina-5-carboxilato-redutase: sem regulação
prolina
PD: prolina desidrogenase
seca, stresse salino, ABA
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A família da Serina
A principal via de produção de serina e
glicina é a fotorrespiração. Apesar desta
ser a via principal, existem evidências
de síntese de serina a partir de 3-
fosfoglicerato nos cloroplastos.
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A via do Aspartato
Três via conduzem diretamente do
ácido aspártico aos amino ácidos
lisina, metionina e treonina.
A treonina é um precursor da
isoleucina.
A metionina é um intermediário
na síntese de etileno e de
poliaminas.
O aspartato fornece o
esqueleto carbonado
da treonina, sendo a
sua formação, a via
“principal”.
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• AK aspartato quinase
• DHDPS dihidropicolinato sintetase
• HSDH homoserina desidrogenase
• HSK homoserina quinase
• CγS cistationa gama sintase
• TS treonina sintase
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A família do Piruvato
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A família aromática
Para além das suas funções nas proteínas,
a fenilalanina, o triptofano e a tirosina são
precursores da síntese de numerosos
compostos primários e secundários.
Exemplos: auxinas (ácido-3-indole-
acético), pigmentos (antocianinas),
fitoalexinas, alcaloides bioativos e lenhina.
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O glifosato
• O glifosato (N- (fosfonometil) glicina) é um herbicida CP4-EPSPS
sistémico não seletivo, absorvido pelas folhas, usado
para controlar infestantes. Este herbicida atua sobre a 5-
enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato sintetase (EPSPS).
Algumas culturas foram geneticamente modificadas
para serem resistentes. O glifosato foi vendido pela
primeira vez pela Monsanto sob o nome comercial de
Roundup.
• O glifosato é um análogo aminofosfónico do aminoácido glicina e o nome é
uma contração de glicina, fosfo e -ate. Foi identificado como tendo
atividade herbicida em 1970 por John Franz, que trabalhava na Monsanto.
• Alguns microrganismos possuem uma versão da EPSPS resistente à
inibição por glifosato. A versão utilizada nas culturas geneticamente
modificadas foi isolada da estirpe CP4 de Agrobacterium (CP4-EPSPS),
resistente ao glifosato. O gene CP4-EPSPS foi clonado e transferido para
soja, e em 1996, as plantas geneticamente modificadas foram
disponibilizadas comercialmente. Isso melhorou muito a capacidade de
controlar infestantes nos campos de soja, uma vez que o glifosato pode ser
pulverizado nos campos sem prejudicar a cultura. Em 2005, em 87% dos
campos de soja dos EUA foram usadas variedades resistentes ao glifosato.95
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Estequiometria
relativamente ao amónio
O problema:
• Os animais não o podem armazenar;
• E não se pode acumular, porque é
tóxico….
Porque é que é tóxico?
• Porque desacopla as cadeias de
transporte de eletrões.
Como?
Membrana impermeável ao H+, mas permeável ao NH4+ e ao NH3: Se [NH4+] no
interior aumenta, a forma NH3 predomina no exterior devido ao pH alto.
Então, o NH3 atravessa a membrana e entra. Devido ao pH ser mais baixo no interior,
o NH3 tem tendência para captar um protão, transformando-se em NH4+.
O NH4+ sai para o exterior, onde o pH é mais alto e aí o NH4+ perde o protão e
converte-se em NH3. Este NH3 volta a entrar, desfazendo o gradiente de pH e não
ocorre síntese de ATP. 102
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Fixação biológica do
azoto
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Crescimento de plantas de G.
manicata em meio limitado em
azoto e sem N. punctiforme
simbiótico (direita) ou com
Desenvolvimento de glândulas em plantas de G. simbiose (esquerda) durante dois
manicata. Esquerda: glândulas em plantas que meses. A posição das setas indica
cresceram com 10 mM nitrato; Direita: glândulas de as glândulas.
plantas que cresceram com 0.1 mM nitrato. 119
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A leg-hemoglobina (legHb)
• As bactérias que fixam azoto em simbiose, em troca do
amónio que produzem para a leguminosa hospedeira, a
planta fornece-lhes elevada quantidade de energia para a
reação. No entanto, a nitrogenase tem um problema com a
toxicidade do oxigénio.
• Aqui o hospedeiro também resolve a situação, fornecendo
leg-hemoglobina, uma proteína de ligação ao oxigénio.
A leg-hemoglobina (legHb)
• É produzido por leguminosas como resposta
à colonização das raízes pelas bactérias fixadoras
de azoto, os rizóbios, como parte da interação
simbiótica entre planta e bactéria: raízes não
colonizadas por Rhizobium não sintetizam legHb.
• Os dois papéis fisiológicos atribuídos à legHb são:
Transporte de oxigénio para as bactérias dentro do nódulo;
Certificar-se de que o oxigénio está numa forma ligada de
modo que não possa inibir a nitrogenase dentro das
bactérias.
• A holoproteína (proteína + cofactor heme) é um produto da planta
e da bactéria em que a apoproteína (a parte de globina) é
produzida pela planta e o heme é produzido pela bactéria.
• A legHb tem uma elevada afinidade pelo oxigénio (com um Km de
cerca de 0.01 µM), cerca de dez vezes superior à cadeia β da
hemoglobina humana.
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Início do nódulo:
(1) a raiz excreta
substâncias;
(2) essas substâncias
atraem o rizóbio e
estimulam-no a
produzir fatores de
divisão celular;
(3) as células do córtex da
raiz dividem-se para
formar o meristema
do nódulo primário.
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raízes de soja
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Formação do nódulo
• Dois processos - infecção e organogénese do nódulo - ocorrem
simultaneamente durante a formação do nódulo.
• Durante o processo de infeção, os rizóbios que estão ligados aos pelos
radiculares libertam fatores Nod que induzem o enrolamento das células
dos pelos radiculares (A e B). O rizóbio fica fechada no pequeno
compartimento formado pelo enrolamento.
• A parede celular dos pelos radiculares degrada-se nessas regiões,
também em resposta aos fatores Nod, permitindo que as células
bacterianas tenham acesso direto à superfície externa das membranas
plasmáticas das células da planta em contacto com a bactéria.
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Formação do nódulo
• O passo seguinte é a formação do filamento de infeção (C), uma
extensão tubular interna da membrana plasmática que é produzida pela
fusão de vesículas membranares derivadas de aparelhos de Golgi no
local da infecção. O filamento cresce pela fusão das vesículas
membranares até o final do tubo.
• No córtex da raiz, perto do xilema, as células corticais desdiferenciam-se
e começam a dividir-se, formando uma área distinta dentro do córtex, o
primórdio do nódulo, a partir do qual o nódulo se desenvolve.
• Vários compostos sinalizadores de efeito positivo ou negativo,
controlam a posição dos primórdios de nódulos. A uridina difunde-se
para o cortex do protoxilema e estimula a divisão celular.
• O etileno é sintetizado na zona do
periciclo, difunde-se para o cortex , e
bloqueia a divisão celular na zona do
floema.
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Formação do nódulo
• O filamento de infecção contendo as
bactérias em proliferação alonga-se
através das camadas de células
radiculares e corticais, na direção do
primórdio do nódulo.
• Quando o segmento de infeção
atinge as células especializadas
dentro do nódulo, funde-se com a
membrana plasmática da célula
hospedeira, libertando células
bacterianas (D).
• A ramificação do filamento de
infeção dentro do nódulo permite
que as bactérias infectem muitas
células (E e F).
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