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• MBR (Master Boot Record)

Um Master Boot Record é uma pequena seção de um disco rígido ou outro dispositivo de
armazenamento que contém informações sobre o disco. Está localizado no setor de
inicialização e define o disco pontuações bem como o código usado para iniciar a sequência de
inicialização.
Existem várias variações de MBRs, mas todas são 512 bytes em tamanho e contêm uma
tabela de partição e um código de inicialização. Os registros de inicialização mestre modernos
podem conter assinaturas de disco, carimbos de data e hora e outras informações de formatação
de disco. Além disso, enquanto os primeiros MBRs suportam apenas quatro partições, as
versões mais recentes podem suportar até dezesseis. No entanto, todos os registros mestre de
inicialização são limitados a bytes 512, o que significa que eles só podem endereçar até dois
Terabytes De dados. Portanto, discos que são formatado o uso de um MBR é limitado a 2TB
de espaço em disco utilizável.
O MBR tem o intuito dividir uma unidade de armazenamento (HD ou SSD) em
partições primárias. Cada partição permite uma utilização própria com um próprio sistema
operacional ele pode ser usado em sistemas operacionais mais antigos até o Windows 8.1 e em
processadores 32-bit.

• GPT (GUID Partition Table)

A tabela de partição GUID, conhecida como GPT, é um esquema de particionamento de disco


popular usado na maioria dos sistemas operacionais, incluindo Windows e sistemas
operacionais de classe Unix, como Mac OS X. Foi introduzido pela Intel no final dos anos 1990
e desde então se tornou o layout padrão da tabela de partição em um disco rígido físico.
É o sucessor de muitas tabelas de partição, como MBR e APM, superando suas limitações
de usar 32 bits para endereços de bloco lógico e um tamanho de bloco padrão de 512 bytes.
Essas limitações restringem o tamanho do disco da máquina a 2,2 TB. Com a taxa de aumento
da capacidade do disco rígido em computadores, essa limitação é significativa o suficiente para
alternar a maioria dos esquemas de particionamento mais antigos para o GPT, que aloca 64 bits
para endereços de bloco lógico, traduzindo-se em 9,4 ZB (zeta-bytes ou 9,4 * 10²¹ bytes) de
capacidade potencial. Com toda a World Wide Web sendo estimada em cerca de 0,5 ZB de
tamanho, o sistema de particionamento GPT tem o potencial de permanecer por muito tempo.

• Nomenclatura de discos

Os dispositivos de armazenamento em massa, seja para Linux ou qualquer outro sistema


operacional, mais encontrados atualmente no mercado são os drives de discos rígidos (Hard
Disk Drive ou HDD), discos ópticos (Optical Disk Drive), disco de estado sólido (Solid State
Disk ou SSD) e os pendrives USB e com relação às tecnologias utilizadas para a conexão de
discos ao computador, as principais são: IDE (Integrated Drive Eletronics), SATA (Serial
Advanced Attachment), SCSI (Small Computer System Interface) e SAS (Serial Attached
SCSI).

➢ IDE é uma interface eletrônica padrão usada entre os caminhos ou barramento de dados
da placa-mãe de um computador e os dispositivos de armazenamento de disco do
computador. A interface IDE é baseada no padrão de barramento de 16 bits do IBM PC
Industry Standard Architecture (ISA), mas também é usada em computadores que usam
outros padrões de barramento. O IDE foi adotado como padrão pelo American National
Standards Institute (ANSI) em novembro de 1990.

➢ SATA significa "Serial Advanced Technology Attachment" ou "Serial ATA". É uma


interface usada para conectar discos rígidos ATA à placa-mãe de um computador. As
taxas de transferência SATA começam em 150 MBps, o que é significativamente mais
rápido do que até mesmo as unidades ATA / 100 de 100 MBps mais rápidas. Por esta e
outras razões, o Serial ATA provavelmente substituirá o padrão anterior, Parallel ATA
(PATA), que existe desde a década de 1980.

➢ SCSI é uma tecnologia desenvolvida para permitir a comunicação entre dispositivos


computacionais de maneira rápida e confiável. Sua aplicação é mais comum em HDs
(discos rígidos), embora outros tipos de equipamentos tenham sido lançados tirando
proveito dessa tecnologia, como impressoras, scanners e unidades de fita (usadas para
backup). A utilização do SCSI sempre foi mais frequente em servidores e aplicações
profissionais que, de fato, se beneficiam de maior velocidade. No que se refere ao
ambiente doméstico e aos escritórios de modo geral, a interface IDE (atualmente mais
conhecida como PATA), que surgiu quase que na mesma época

➢ O Serial Attached SCSI é a evolução tecnológica que veio para atender a demanda das
necessidades das empresas e data center´s. Reúne o melhor dos dois mundos: A
confiabilidade e utilidade do protocolo SCSI com a performance e a flexibilidade da
tecnologia serial. Como resultado, temos meios de transmissão de baixo custo, full-
duplex (transmite e recebe dados ao mesmo tempo) e com taxas de transferência de
3Gbps (gigabits por segundo) em cada meio utilizado.

• Partições primárias e estendidas

➢ Partições primárias
Este tipo de partição contém um sistema de arquivos. Em um disco deve haver no
mínimo uma e no máximo quatro partições primárias. Se existirem quatro partições
primárias, nenhuma outra partição poderá existir neste disco. As partições primárias
são nomeadas da seguinte forma:

• /dev/hda1
* /dev/hda2
* /dev/hda3
* /dev/hda4

➢ Partição estendida
Só pode haver uma partição estendida em cada disco. Uma partição estendida é um
tipo especial de partição primária que não pode conter um sistema de arquivos. Ao
invés disso, ela contém partições lógicas. Se existir uma partição estendida, ela toma o
lugar de uma das partições primárias, podendo haver apenas três.
• /dev/hda1 (Primária)
* /dev/hda2 (Primária)
* /dev/hda3 (Estendida)

➢ Partições lógicas
Também chamadas de unidades lógicas, as partições lógicas residem dentro da
partição estendida. Podem haver de uma a 12 partições lógicas em um disco. As
partições lógicas são numeradas de 5 até 16. Em um disco contendo duas partições
primárias, a partição estendida e 3 partições lógicas, o esquema seria o seguinte:

• /dev/hda1 (Primária)
* /dev/hda2 (Primária)
* /dev/hda3 (Estendida)
* /dev/hda5 (Lógica)
* /dev/hda6 (Lógica)
* /dev/hda7 (Lógica)

• FSTAB

O arquivo FSTAB é um arquivo de configuração do sistema localizado em /etc/fstab em

sistemas operacionais Unix e sistemas de computadores Unix-like. No GNU/Linux é parte do


pacote util-linux. O arquivo fstab tipicamente lista partições de disco todos disponíveis e
outros tipos de sistemas de arquivos e fontes de dados que não são necessariamente baseadas
em disco, e indica como devem ser inicializados ou não integrado na estrutura do sistema de
arquivos maiores.
Através de sua edição é possível automatizar a montagem e inicialização de partições de
uso especifico, que de outra forma não poderiam ser feitas pelo usuário que não seja o
administrador do sistema. Esse recurso confere grande versatilidade aos
sistemas Unix e Unix-like, permitindo por exemplo, que os arquivos pessoais dos usuários
individuais sejam armazenados em partições separadas de tamanho definido e com
permissões personalizadas. Também permite que implementação de técnicas de
armazenamento RAID e LVM sejam implementadas com relativa facilidade. Além da
montagem de unidades em outros formatos nativos de outros sistemas operacionais como
acontece com o NFS.

• Montagem automática de partições


Para que uma partição seja montada automaticamente ao iniciar o computador, deve-se editar
o arquivo de configuração /etc/fstab (File System Table) este arquivo lista todos os discos e
partições disponíveis, e indica como eles devem ser inicializados ou integrados ao sistema de
arquivos do Linux.

Exemplo do arquivo FSTAB:

▪ device name - Nome do dispositivo, como presente em /dev.

▪ mount point - Ponto de montagem do dispositivo

▪ fs-type - Tipo do sistema de arquivos usados na partição

▪ Options - Diversas opções disponíveis e explicadas abaixo.

▪ dump-freq - Ajusta o calendário de arquivamento da partição (usado pelo programa


dump)

▪ pass-num - Controla a ordem na qual o programa fsck verifica o dispositivo ou


partição em busca de erros durante a inicialização. O dispositivo “root” deve ter o
valor 1. Outras partições podem ter o valor 2 (para checagem após a partição raiz) ou
0 (para desabilitar a verificação na partição).
• Comandos e programas para gerenciamento de discos

➢ FDISK é um editor de tabela de partição de linha de comando para Linux. Pode ser
usado para criar, destruir e modificar partições de disco, o comando não entende
GPTs (tabelas de partição GUID) e não foi projetado para partições grandes. Nesses
casos, use o GNU mais avançado dividido.
➢ GDISK - Um gerenciador de partições baseado em GUI que vem junto com o Ubuntu
ou qualquer distribuição baseada no Ubuntu como o Zorin OS, o programa usa uma
interface simples, com botões de objetivos para não haver erros na hora de aplicar
funções.
➢ PARTED é um programa utilitário utilizado para manipular partições no Linux. Com
ele é possível adicionar, deletar, editar e redimensionar partições existentes nos
discos, além de poder manipular os sistemas de arquivos dessas partições. O parted é
semelhante ao já conhecido fdisk, porém a grande vantagem é a possibilidade em se
trabalhar com a estrutura GPT (Tabela de Partição Guid) que é um novo layout
relativo à particionamento de discos rígidos.
➢ GPARTED é o aplicativo GNOME para edição de partições. Suas funções são as de
detectar, ler, criar, destruir, redimensionar, verificar, mover e copiar partições e seus
sistemas de arquivos É usado para criar espaço para novos sistemas operacionais
reorganizar o uso do disco rígido, copiar dados e "espelhar" uma partição em outra.

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