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LIDERANÇA
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................1
5. LIDERANÇA DE EQUIPES...................................................................45
5.1.1. Uma abordagem diferente de liderança ..................... 45
5.2. Cinco condicionantes para uma equipe de sucesso ......... 46
5.2.1. Um time de verdade.......................................................... 46
5.2.2. Direção inspiradora............................................................ 48
5.2.3. Estrutura favorável. ............................................................. 48
5.2.4. Contexto de apoio organizacional. ............................... 49
5.2.5. Coaching especializado. .................................................. 50
5.3. Quando as equipes trabalham melhor .................................. 52
5.3.1. 1. Membros da equipe ...................................................... 52
5.3.2. 2. Relacionamentos de equipe ....................................... 53
5.3.3. 3. Solução de Problemas da Equipe .............................. 53
5.3.4. 4. O líder da equipe ........................................................... 54
5.3.5. 5. O Ambiente Organizacional ........................................ 55
8. REFERÊNCIAS ....................................................................................65
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1. INTRODUÇÃO
2. LIDERANÇA ORGANIZACIONAL
Estilos de Liderança de
Liderança Equipes
Gestão da Liderança
Mudança Militar
Outras
competências
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2.1.1. A Organização
Uma organização é composta de pessoas que se relacionam para fazer algo.
O que ela faz não pode ser feito por uma só pessoa e, para fazê-lo, as pessoas
precisam interagir, mas como as pessoas dentro das organizações não estão
simplesmente em contato casual. As formas e os objetivos da cooperação
são, em grande parte, regulados e controlados pela organização.
A organização possui também as suas fronteiras, embora nem sempre nítidas
e impermeáveis. Mais do que um território físico, ela ocupa um espaço social
que, por vezes, se expande e, por outras, se contrai. Quando, por exemplo,
temos prestadores de serviços dentro da organização, eles estão participando
tanto quanto do dia a dia da organização, influenciando e sofrendo
influência.
Três elementos
se repetem em Percepção dos funcionários: trata-se da
percepção dos colaboradores sobre
quase toda
aspectos que podem influenciá-lo positiva
definição ou negativamente.
acima.
Retenção de
Talentos.
Aumento do
Diminuição
comprometi
do índice de
mento dos
doenças
integrantes
psicossomáti
com a
cas.
organização.
Benefícios do
clima bem
trabalhado nas
organizações:
Treinamentos
sintonizados
Melhoria na com os
comunicaçã objetivos da
o interna. organização,
gerando
resultado.
Maior
produtividad
e.
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2.4. GESTÃO DA MUDANÇA
3. OS ESTILOS DE LIDERANÇA
Estilos de
Liderança
Agregador
Detalhista
Educador
Coercivo
Executivos usam seis estilos de liderança, mas apenas quatro dos seis tem
consistentemente um efeito positivo sobre o clima e os resultados. Vejamos
então cada estilo de liderança em detalhe. (Para um resumo do material que
se segue, veja o quadro “Os seis estilos de liderança em resumo”).
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3.2.1. O Estilo Coercivo
É fácil entender porquê de todos os estilos
de liderança, o coercivo é o menos eficaz
na maioria das situações. Considere o que
o estilo faz ao clima de uma organização.
Flexibilidade é a mais atingida. As
tomadas de decisão do líder feitas
extremamente do topo para a base da
organização matam a proliferação de
novas ideias. As pessoas se sentem tão
desrespeitadas que pensam: "Eu não vou
nem levar minhas ideias para cima porque vai ser só para serem derrubadas."
Da mesma forma, o sentimento de responsabilidade se evapora: incapazes
de agir por iniciativa própria, eles perdem o senso de propriedade e passam
a sentir pouca responsabilidade pelo seu desempenho. Algumas pessoas
ficam muito ressentidas. A Liderança Coerciva também tem um efeito nocivo
sobre o sistema de recompensas. A maioria dos trabalhadores de alto
desempenho é motivada mais do que somente por dinheiro, eles também
buscam a satisfação do trabalho bem feito. O estilo coercivo corrói tal
orgulho. E, finalmente, o estilo mina uma das principais ferramentas do líder:
motivar as pessoas, mostrando-lhes como seu trabalho se encaixa em uma
grande missão compartilhada por todos.
Dado o impacto do estilo Coercivo, você pode assumir que ele nunca deve
ser aplicado. A pesquisa, no entanto, descobriu algumas ocasiões em que ele
foi empregado com maestria. Tomemos o caso de um presidente da divisão
que foi trazido para mudar a direção de uma empresa de alimentos que
estava perdendo dinheiro. Seu primeiro ato foi ter a sala de conferências
executiva demolida. Para ele, a sala com sua longa mesa de mármore que se
parecia com a plataforma de comando da nave estelar Enterprise,
simbolizava a formalidade presa à tradição que estava paralisando a
empresa. A destruição da sala, e a subsequente mudança para uma
pequena sala, mais informal, enviaram uma mensagem de que ninguém
deixaria de entender, de que a cultura da divisão tinha mudado rapidamente.
Dito isso, o estilo coercivo deve ser usado somente com extrema cautela e em
poucas situações em que é absolutamente imperativo, como durante uma
transformação na organização ou quando uma aquisição imposta estiver se
aproximando. Nesses casos, o estilo coercivo pode quebrar hábitos de
negócios falhos e impactar as pessoas com novas formas de se trabalhar. É
sempre apropriado durante uma situação de real emergência, como na
sequência de um terremoto ou um incêndio. E ele pode funcionar com
funcionários problemáticos quando tudo o mais falhou. Mas se um líder
depende exclusivamente deste estilo ou continuar a usá-lo mesmo que a
emergência passe, o impacto a longo prazo da sua insensibilidade com a
moral e os sentimentos daqueles que ele lidera serão devastadores.
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3.2.2. O Estilo Competente ou Visionário
A pesquisa indica que dos seis estilos de
liderança, o Competente é o mais
eficaz, melhorando todos os aspectos
do clima. Entenda bem: o líder
competente é um visionário. Ele motiva
as pessoas, deixando claro a elas
como seu trabalho se encaixa em uma
visão mais ampla da organização.
Pessoas que trabalham para tais líderes
entendem que o que eles fazem
importa e por quê. A Liderança Competente também maximiza o
compromisso com as metas e estratégia da organização. Ao enquadrar as
tarefas individuais dentro de uma grande visão, o líder competente define
padrões que giram em torno dessa visão. Quando ele dá feedback sobre
desempenho – independente se positivo ou negativo - o critério singular é se
o desempenho reforça essa visão ou não. Os padrões exigidos para o sucesso
são claros para todos, assim como o são as recompensas. Finalmente,
considere o impacto do estilo na flexibilidade. Um líder competente declara o
fim desejado, mas geralmente dá às pessoas muita liberdade para conceber
os seus próprios meios. Líderes competentes dão às pessoas a liberdade para
inovar, experimentar e assumir riscos calculados.
Por causa de seu impacto positivo, o estilo competente funciona bem em
quase qualquer situação de negócio. Mas é particularmente eficaz quando
uma empresa está à deriva. Um líder competente define um novo curso e
vende para seu pessoal uma nova visão de longo prazo.
O estilo competente, por mais poderoso que seja, não vai funcionar em
qualquer situação. A abordagem falha, por exemplo, quando um líder está
trabalhando com uma equipe de especialistas ou colegas que são mais
experientes do que ele, pois eles podem ver o líder como pomposo ou
intocável. Outra limitação: se um gerente tentando ser competente se torna
muito controlador do comportamento dos demais, ele pode minar o espírito
igualitário de uma equipe eficaz. No entanto, mesmo com estes “senões”, é
recomendável que os líderes se juntem mais frequentemente ao “clube” da
competência do que o contrário. Ele pode não garantir sucesso em todas as
ocasiões, mas certamente contribuirá com a longa viagem como
administrador.
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3.2.3. O Estilo Agregador
Se o líder Coercivo exige: "Faça o que eu digo",
e o Competente insta: "Venha comigo", o líder
agregador diz: "As pessoas vêm em primeiro
lugar." Este estilo de liderança gira em torno de
pessoas - seus defensores valorizam os
indivíduos e suas emoções mais do que tarefas
e metas. O líder agregador se esforça para
manter os funcionários felizes e criar harmonia
entre eles. Ele consegue isso através da
construção de fortes laços emocionais e depois colhe uma lealdade feroz. O
estilo também tem um marcante efeito positivo sobre a comunicação.
Pessoas que gostam muito um do outro tendem a falar muito. Eles
compartilham ideias e inspiração. O estilo também eleva a flexibilidade;
amigos confiam uns nos outros, permitindo a inovação e tomada de risco
habitual. Flexibilidade também se eleva porque o líder agregador não impõe
restrições desnecessárias sobre como fazer o trabalho. Eles dão às pessoas a
liberdade de fazer o seu trabalho da maneira que acham ser mais eficaz.
O líder agregador oferece amplo feedback positivo frequentemente,
gerando uma sensação de reconhecimento e recompensa pelo trabalho
bem feito. Isso tem um potencial especial no local de trabalho porque é muito
raro e faz com que as palavras positivas do líder agregador sejam a coisa mais
motivadora. Finalmente, os líderes agregadores são mestres em construir um
sentimento de aceitação. Eles podem, por exemplo, levar seus subordinados
diretos para almoçarem juntos ou tomarem uma bebida, um a um, para saber
como eles estão indo. Eles podem trazer um bolo para comemorar uma
conquista do grupo. Eles são naturalmente construtores de relacionamentos.
Os impactos geralmente positivos do estilo agregador o torna uma
abordagem para qualquer situação, mas deve ser empregado
particularmente para construir harmonia interpessoal, aumentar o moral,
melhorar a comunicação, ou reparar quebra na confiança. Apesar desses
benefícios, o estilo agregador não deveria ser usado sozinho. Seu foco
exclusivo em elogios pode permitir que fracos desempenhos continuem sem
correção e os subordinados podem perceber que essa mediocridade é
tolerada. Como os líderes agregadores raramente oferecem aconselhamento
construtivo sobre como melhorar, os subordinados acabam tendo que
descobrir por eles mesmos como fazer isso. Desafios complexos requerem
diretrizes claras, mas o estilo agregador deixa as pessoas sem rumo definido,
com grande potencial para o fracasso. Por isso, muitos líderes agregadores
atuam empregando também o estilo competente. Líderes competentes
estabelecem uma visão, definem padrões, e permitem que as pessoas saibam
como seu trabalho é importante para promover os objetivos do grupo. Junte
isso com o cuidado e a abordagem carinhosa do líder agregador, e você terá
uma potente combinação.
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3.2.4. O Estilo Democrático
Em certas situações em que será
promovida uma mudança, ou um novo
projeto será iniciado, a participação dos
colaboradores com ideias e opiniões é
muito importante para vender o projeto.
Ao passar o tempo obtendo ideias das
pessoas e ganhando espaço, um líder
inspira confiança, respeito e
compromisso. Ao permitir que os próprios
trabalhadores tenham uma palavra a
dizer nas decisões que afetam seus
objetivos e como fazem seu trabalho, o líder democrático aumenta a
flexibilidade e a responsabilidade. E por ouvir as preocupações dos
funcionários, o líder democrático aprende o que fazer para manter o moral
elevado. Finalmente, porque eles têm uma palavra a dizer na definição de
seus objetivos e os padrões para avaliar o sucesso, as pessoas que operam em
um sistema democrático tendem a ser muito realista sobre o que pode e não
pode ser alcançado.
No entanto, o estilo democrático tem suas desvantagens, razão pela qual seu
impacto no clima não é tão alto como alguns dos outros estilos. Uma das suas
consequências mais exasperantes pode ser as reuniões intermináveis onde as
ideias são excessivamente ponderadas, o consenso permanece indefinido, e
o único resultado visível é marcar mais reuniões. Alguns líderes democráticos
usam o estilo para adiar a tomada de decisões cruciais, esperando que novas
discussões eventualmente produzam uma visão deslumbrante sobre o tema.
Na realidade, as pessoas acabam se sentindo confusas e sem líder. Tal
abordagem pode até mesmo fomentar conflitos.
Quando o estilo funciona melhor? Esta abordagem é ideal quando o próprio
líder tem dúvidas sobre a melhor direção a tomar e precisa de ideias e
orientação de funcionários competentes. Mesmo quando um líder tem uma
visão definida, o estilo democrático se presta bem para gerar novas ideias
para a execução dessa visão. O estilo democrático, é claro, faz muito menos
sentido quando os empregados não são competentes ou estão
suficientemente informados para oferecer bons conselhos. Adicionalmente, é
quase desnecessário dizer que a busca de consenso é uma ideia equivocada
em tempos de crise, pois se há necessidade de ações imediatas, não há
tempo para longas deliberações em grupo.
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3.2.5. O Estilo Detalhista
Como o estilo coercivo, o estilo
detalhista tem o seu lugar no repertório
do líder, mas deve ser usado com
moderação. Não é isso o que
esperávamos encontrar. Afinal, todas as
qualidades deste estilo pareciam
admiráveis. O líder estabelece padrões
de desempenho extremamente altos e
os exemplifica ele mesmo. Ele é
obsessivo em fazer as coisas melhores e
mais rapidamente, e ele exige o mesmo de todos ao seu redor. Ele
rapidamente identifica pessoas com fraco desempenho e exige mais delas.
Se elas não melhoram dentro do esperado, ele as substitui com outras que
podem. Você poderia pensar que tal abordagem pode melhorar os
resultados, mas isso não acontece. Na verdade, o estilo detalhista destrói o
clima organizacional. Muitos funcionários se sentem sobrecarregados pelas
exigências do detalhista por excelência, e seu moral cai. As orientações para
o trabalho podem estar claras na cabeça do líder, mas ele não as informa
claramente, ele espera que as pessoas saibam o que fazer e até pensa, “Se
eu tenho que lhe dizer o que fazer, você é a pessoa errada para o trabalho.”
O trabalho não se torna uma questão de fazer melhor ao longo de um
caminho claro, mas passa a ser uma jornada para tentar adivinhar o que o
líder quer. Ao mesmo tempo, as pessoas muitas vezes sentem que o líder
detalhista não confia nelas para trabalhar do seu próprio jeito ou para tomar
a iniciativa. Flexibilidade e responsabilidade evaporam e o trabalho torna-se
focado em tarefas e muito rotineiro, o que é chato.
Quanto a recompensas, o detalhista ou não dá um feedback sobre como as
pessoas estão se saindo ou se apressa em assumir suas funções quando ele
pensa que elas estão atrasando a tarefa. E se o líder tiver que sair, as pessoas
se sentem sem rumo, por estarem tão acostumadas ao “perito”
estabelecendo as regras. Finalmente, o comprometimento diminui sob o
regime de um líder detalhista porque as pessoas não têm noção de como seus
esforços pessoais se encaixam no quadro geral.
O estilo detalhista não é sempre um desastre. A abordagem funciona bem
quando todos subordinados são automotivados, altamente competentes, e
precisam de pouco sentido ou coordenação. Isso pode funcionar, por
exemplo, para líderes de trabalhadores altamente qualificados e
automotivados profissionais, como grupos de áreas de Pesquisa e
Desenvolvimento ou equipes da área legal. Em resumo, dada uma talentosa
equipe para liderar, o líder detalhista faz exatamente isso: o trabalho é feito
na hora ou até mesmo antes do previsto. No entanto, como qualquer estilo de
liderança, o detalhista nunca deve ser usado por si só.
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3.2.6. O Estilo Educador
Líderes Educadores ajudam os funcionários
a identificar seus pontos fortes e fracos e os
conectam com suas aspirações pessoais e
as da carreira. Eles encorajam os
empregados a estabelecerem metas de
longo prazo de desenvolvimento e ajudam-
nos a conceptualizar um plano para atingi-
los. Eles fazem acordos com seus
funcionários sobre o seu papel e
responsabilidades na aprovação dos
planos de desenvolvimento, dando
abundante instrução e feedback. Líderes
Educadores são excelentes em delegar e
dão tarefas desafiadoras aos funcionários, mesmo se isso significar que as
tarefas não serão concluídas rapidamente. Em outras palavras, esses líderes
estão dispostos a aturar fracassos de curto prazo se isso promover a
aprendizagem de longo prazo.
Dos seis estilos, a pesquisa constatou que o estilo educador é usado menos
frequentemente. Muitos líderes disseram que não têm o tempo neste mercado
de alta pressão para o trabalho lento e tedioso de ensinar as pessoas e ajudá-
las a crescer. Mas após uma primeira sessão um pouco mais demorada, o
aprendizado toma pouco ou nenhum tempo extra. Os líderes que ignoram
esse estilo estão ignorando uma ferramenta poderosa: seu impacto no clima
e desempenho é marcadamente positivo.
É certo que existe um paradoxo quanto aos efeitos positivos do estilo
educador no desempenho nos negócios, porque ele se concentra
principalmente no desenvolvimento pessoal, não nas tarefas diretamente
relacionadas ao trabalho. Mesmo assim, o educador melhora os resultados. O
motivo: ele exige um diálogo constante, e este diálogo tem a capacidade de
melhorar todos os elementos do clima. E tome flexibilidade. Quando um
funcionário sabe que seu chefe cuida dele e se preocupa com o que ele faz,
ele se sente livre para experimentar. Afinal, ele tem certeza de obter um
feedback rápido e construtivo. Da mesma forma, as interações com o líder
educador garantem que as pessoas estejam cientes do que é esperado delas
e como seu trabalho se encaixa dentro de uma grande visão ou estratégia.
Isso afeta a responsabilidade e transparência. Quanto ao compromisso, o
educador também contribui, porque a mensagem implícita do estilo é, “eu
acredito em você, eu estou investindo em você, e eu espero os seus melhores
esforços.” Os funcionários muitas vezes encaram esse desafio de coração,
corpo e alma.
O estilo educador funciona bem em várias situações de negócios, mas é
talvez mais eficaz quando as pessoas receptoras estejam dispostas a isso. Por
exemplo, o estilo educador funciona particularmente bem quando os
funcionários já estão conscientes de suas fraquezas e gostariam de melhorar
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seu desempenho. Da mesma forma, o estilo funciona bem quando os
funcionários percebem que cultivar novas habilidades pode ajudá-los a
crescer. Em suma, ele funciona melhor com os trabalhadores que querem ser
treinados.
Em contraste, o estilo educador faz pouco sentido quando os empregados,
por qualquer razão, são resistentes à aprendizagem ou a mudar seu jeito. E
fracassa se o líder não tem a experiência necessária para ajudar o funcionário.
O fato é que muitos gestores não estão familiarizados com o estilo ou
simplesmente são inaptos a educar, particularmente quando se trata de dar
feedback de desempenho que motive e não crie medo ou apatia. Algumas
empresas já perceberam o impacto positivo do estilo e estão tentando torná-
la uma competência essencial. Em algumas empresas, uma parcela
significativa dos bônus anuais é destinada a executivos que desenvolvem seus
subordinados diretos. No entanto, muitas organizações ainda poderiam
aproveitar melhor este estilo de liderança. Embora o estilo educador não
possa produzir diretamente os melhores resultados, ele é capaz de conduzir a
eles.
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4. GERENCIAMENTO DO CHEFE
Gerenciamento
do Chefe
Um quarto de século atrás, John Gabarró e John Kotter introduziram uma nova
e poderosa abordagem para a questão da relação entre gerentes e seus
chefes: uma abordagem que reconheceu a dependência mútua entre eles.
O fato é que os chefes precisam da cooperação, confiabilidade e
honestidade de seus subordinados diretos. Os gerentes, por sua vez,
dependem de chefes para fazer conexões com o resto da organização/
empresa, para definir prioridades e para a obtenção de recursos críticos.
Se o relacionamento entre você e seu chefe é complicado, então você é que
deve começar a administrá-lo. Quando você usa seu tempo para cultivar
uma relação de trabalho produtiva, compreendendo os pontos fortes e
fraquezas, prioridades e estilo de trabalho do seu chefe, todos saem
ganhando. Nestes 25 anos desde que foi publicado, este artigo tem realmente
melhorado a prática da gestão. É uma abordagem simples, mas poderosa,
que mudou a forma como as pessoas trabalham, aprimorando inúmeras
relações entre gerentes e seus chefes, e melhorou o desempenho de
empresas de forma destacada. Ao longo dos anos, tornou-se um tópico
indispensável em escolas de administração e programas de treinamento
corporativo em todo o mundo.
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4.1. ENTENDENDO A PROBLEMÁTICA
Para muitas pessoas, a frase "gerenciar seu chefe" pode parecer incomum ou
suspeita. Devido à tradicional ênfase hierárquica de cima para baixo na
maioria das organizações, não parece fazer sentido porque você precisaria
gerenciar seus relacionamentos com superiores, a não ser, é claro, que você
o fizesse por motivos pessoais ou políticos. Mas não estamos nos referindo à
manobras políticas ou puxa-saquismo. O termo está sendo usado aqui para
representar o processo de se trabalhar conscientemente com o seu superior
para obter os melhores resultados possíveis para você, seu chefe, e para a
empresa/ organização.
Gerenciar seu chefe exige que você ganhe uma compreensão do mesmo e
seu contexto, bem como sua própria situação. Todos os gerentes fazem isso
em algum grau, mas muitos não vão suficientemente a fundo.
No mínimo, você precisa entender os objetivos e pressões do seu chefe,
pontos fortes e suas fraquezas. Quais são os objetivos organizacionais e
pessoais do seu chefe, e quais são as suas pressões, especialmente aqueles
do próprio chefe dele e de outros no mesmo nível? Quais são as principais
habilidades e deficiências do seu chefe? Qual é o estilo de trabalho preferido?
O seu chefe gostaria de obter informações através de memorandos, reuniões
formais, ou telefonemas? Será que ele ou ela fomenta conflitos ou tenta
minimizá-los? Sem estas informações, um gestor estará pisando em terreno
desconhecido quando lida com o chefe, e conflitos desnecessários, mal-
entendidos e problemas serão inevitáveis.
Os gerentes que trabalham efetivamente com seus chefes fazem o seguinte:
eles procuram informações sobre os objetivos do chefe, seus problemas e
pressões. Eles estão alertas para oportunidades a fim de questionar o chefe e
a outros em torno dele para testarem suas hipóteses. Eles prestam atenção a
pistas no comportamento do chefe. Embora seja fundamental que façam isso
principalmente quando começam a trabalhar com um novo chefe, gerentes
eficazes também fazem isso continuamente porque eles entendem que as
prioridades e preocupações podem mudar com o tempo.
Ser sensível ao estilo de trabalho de um chefe pode ser crucial, especialmente
quando o chefe for novo. Por exemplo, um novo presidente, que seja
organizado e formal em sua abordagem substitui alguém que era informal e
intuitivo. O novo presidente trabalhará melhor quando ele tiver relatórios
escritos. Ele também preferirá
reuniões formais com agendas
definidas.
O sucesso no relacionamento com o
novo chefe, nesse caso, não
dependerá de habilidade ou até
mesmo da capacidade de
adaptação. Em vez disso, dependerá
da sensibilidade ao estilo de trabalho
e às implicações das necessidades
que o chefe atual tenha em relação
ao anterior.
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4.1.3. Compreendendo a si mesmo
O chefe é apenas metade da relação. Você é a outra metade, justamente
sobre a qual você tem um controle mais direto. Desenvolver uma relação de
trabalho exige, então, que você conheça suas próprias necessidades, pontos
fortes e fracos, e estilo pessoal.
Você não vai mudar a sua estrutura básica da personalidade, seus princípios
e valores, ou a de seu chefe. Mas você pode se tornar consciente do que em
você impede ou facilita o trabalho com seu chefe e, com essa consciência,
tomar medidas que tornariam a relação mais eficaz. Ganhar este nível de
autoconsciência e agir de acordo com ela é difícil, mas não impossível.
Embora uma relação superior-subordinado seja de dependência mútua,
também é do tipo em que o subordinado é normalmente mais dependente
da chefia do que o inverso. Esta dependência inevitavelmente resulta no
subordinado sentir às vezes um certo grau de frustração ou raiva, quando suas
ações ou opções são limitadas por decisões de seu chefe. Esta é uma parte
normal da vida e ocorre no melhor dos relacionamentos. A maneira com que
um gerente lida com essas frustrações depende em grande parte de sua
predisposição em relação a sua dependência de alguma autoridade.
A reação instintiva de algumas pessoas sob
estas circunstâncias é a de ressentir-se com
a autoridade do chefe e de se rebelar
contra as decisões dele. Às vezes uma
pessoa pode aumentar um conflito para
além do que seria apropriado. Vendo o
chefe quase como um inimigo institucional,
este tipo de gerente, muitas vezes sem estar
consciente disso, luta com o chefe apenas
por uma questão de lutar. As reações do
subordinado ao ser restringido geralmente
são fortes e por vezes impulsivas. Ele ou ela
vê o chefe como alguém que, em virtude
Cabe ao gerente subordinado
identificar o estilo de liderança de do papel, é um obstáculo ao progresso, um
seu chefe e se adaptar a ele. obstáculo a ser contornado ou na melhor
das hipóteses tolerado.
Os psicólogos chamam esse padrão de reações de comportamento contra
dependente. Embora uma pessoa contra dependente é difícil para a maioria
dos superiores gerir e geralmente tem uma história de relações tensas com
eles, este tipo de gerente é capaz de ter ainda mais problemas com um chefe
que tende a ser diretivo ou autoritário. Quando o gerente atua sobre os
sentimentos negativos do chefe, muitas vezes de forma sutil e não-verbal, o
chefe às vezes se torna o inimigo sentindo a hostilidade latente do
subordinado, com isso o chefe vai perder a confiança no subordinado ou em
seu julgamento e, em seguida, se comportar muito menos abertamente.
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Paradoxalmente, um gerente com este tipo de predisposição é muitas vezes
um bom gestor de seu próprio pessoal. Ele muitas vezes vai extrapolar para
conseguir apoio para eles e não hesitará em dar-lhes suporte.
No outro extremo estão os gestores que engolem a sua raiva e se comportam
de forma muito complacente quando o chefe faz o que eles sabem ser uma
má decisão. Esses gestores vão concordar com o chefe, mesmo quando um
desentendimento poderia até ser bem-vindo ou quando o chefe poderia
facilmente alterar uma decisão se recebessem mais informações. Porque eles
não têm qualquer relação com a situação específica em mãos, as suas
respostas são uma reação exagerada como as dos gestores contra
dependente. Em vez de ver o chefe como um inimigo, essas pessoas negam
a sua raiva, o outro extremo. E tendem a ver o chefe como se ele ou ela fosse
um pai todo-sábio que deve saber mais, deve assumir a responsabilidade por
suas carreiras, treiná-los em tudo o que precisam saber, e protegê-los de
colegas excessivamente ambiciosos.
Tanto gerentes dependentes quanto independentes tendem a ter uma visão
pouco realística sobre o que é um chefe. Ambas as visões ignoram que os
chefes, como qualquer outra pessoa, são imperfeitos e falíveis. Eles não têm
tempo ilimitado, conhecimento enciclopédico, ou percepção extra-sensorial;
nem são inimigos maléficos. Eles têm suas próprias pressões e preocupações
que são, por vezes, em desacordo com a vontade do subordinado - e muitas
vezes por uma boa razão.
O subordinado que assume passivamente que sabe o que seu chefe espera
está passível de problemas. Claro, alguns superiores hierárquicos irão definir as
suas expectativas de forma muito explícita e em grande detalhe, mas a
maioria não. E, embora muitas organizações tenham sistemas que forneçam
uma base para as expectativas de comunicação (como processos de
planejamento formal, revisões de planejamento de carreira e revisões de
apreciação de desempenho), nunca estes sistemas funcionam
perfeitamente. Além disso, entre estas revisões formais, as expectativas sempre
podem mudar.
Em última análise, o ônus de descobrir quais as expectativas do chefe recai
sobre o subordinado. Elas podem ser tanto amplas (como a que tipos de
problemas o chefe deseja ser informado e quando), bem como muito
específicas (tais como quando uma determinada atividade deve ser
concluída e tudo o que será empregado nisso, com informações detalhadas).
Conseguir que um chefe que tende a ser
vago ou não explícito expresse suas
expectativas pode ser difícil, mas gerentes
eficazes devem encontrar maneiras de
obter essa informação. Alguns redigem um
memorando detalhado que abranja
aspectos-chave de seu trabalho e, em
seguida, enviam-no para o seu chefe para
aprovação. Eles, então, acompanham o
retorno do chefe, falando pessoalmente
com o mesmo. Outros gerentes eficazes
lidam com um chefe vago iniciando uma
Tentar encontrar pontos em comum
entre suas expectativas e as do seu série contínua de discussões informais sobre
chefe ajudam a aproximar os “boa gestão” e “os nossos objetivos”.
diferentes estilos de liderança. Outros ainda encontram informações úteis
mais indiretamente através daqueles que
costumava trabalhar para o chefe e através dos sistemas de planejamento
formais em que o mesmo cria compromissos com os chefes dos escalões
acima dele. A abordagem que você escolherá, é claro, deve depender da
sua compreensão acerca do estilo do seu chefe.
Desenvolver um conjunto viável de expectativas mútuas também exige que
você comunique suas próprias expectativas para o chefe, descubra se elas
são realistas e se pode influenciar o chefe a aceitar as que são importantes
para você.
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4.1.4.3. Fluxo de informações
A quantidade de informação que um chefe precisa acerca do que um
subordinado está fazendo irá variar significativamente dependendo do estilo
do chefe, a situação que ele está, e a confiança que ele tem no subordinado.
Não é raro um chefe precisar de mais informações do que o subordinado
naturalmente forneça ou que o subordinado pense que o chefe realmente
precisa. Gerentes eficazes reconhecem que eles provavelmente subestimam
o que seus chefes precisam saber e querem ter certeza de encontrar formas
de mantê-los informados por meio de processos que se encaixem em seus
estilos.
5. LIDERANÇA DE EQUIPES
Liderança de
Equipes
Monitorar e
gerenciar
Executar o
serviço
O líder faz a A equipe se A equipe se A equipe se
gestão da autogere. autogere e se autogoverna.
equipe. auto-organiza.
A relação do nível de autoridade com essas quatro funções básicas define o
quanto a equipe será conduzida pelo gestor ou quanto ela exercerá sua
autogestão.
6. LIDERANÇA MILITAR
Liderança
Militar
Proficiência Senso
Profissional Moral
SABER SER
Líder
Militar
Atitude
Adequada
FAZER
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7. OUTRAS COMPETÊNCIAS
Outras
Competências
8. REFERÊNCIAS