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CASO MUITO FAMOSO

Marc e Eddy Verbessem

Marc e Eddy Verbessem eram unha e carne. Irmãos gémeos, surdos,


viveram juntos toda a vida adulta.

Aos 45 anos, os sapateiros descobriram que tinham uma doença que


iria conduzi-los à cegueira. Com medo de virem a perder a sua
independência, decidiram que não tinham razões para viver e optaram
pela eutanásia.

Depois de um ano a enviar uma carta por semana ao seu médico a


pedir a eutanásia, este acabou por ceder.

O caso dos irmãos Verbessem é tido como um exemplo por definição


da chamada “rampa deslizante”. Na Bélgica, a eutanásia apenas é
legal para quem sofre de doença grave e incurável que leva a
sofrimento físico ou mental incomportável. À data da aprovação da lei,
não se colocou a hipótese de alguém pedir eutanásia por estar a ficar
cego. O médico neste caso nunca foi julgado ou admoestado pelo que
fez.

Eddy e Marc Verbessem, dois irmãos que pediram para ser eutanasiados quando souberam que iam ficar
cegos. Foto: DRhttps://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2020/02/15/eutanasia-os-casos-mais-marcantes-e-
polemicos-desde-que-a-primeira-lei-foi-aprovada/181940/
Morre em SP jovem alvo de debate sobre
eutanásia no Brasil em 2005
Aos 4 anos, Jheck Brenner recebeu diagnóstico de síndrome degenerativa.
Na época, pai manifestou intenção de recorrer à Justiça; mãe foi contrária.

Aos 4 anos, Jheck foi diagnosticado com síndrome metabólica degenerativa, uma
doença rara que ataca as células e causa a paralisia do corpo levando à morte. O
menino passou a respirar com a ajuda de aparelhos e a receber alimentação por
sonda, dependendo dos equipamentos para sobreviver. De acordo com o irmão, a
vida do jovem se dividia entre jornadas de internação no Hospital São Joaquim e a
casa da mãe.
Em agosto de 2005, meses após tomar conhecimento do quadro irreversível do
filho, o pai Jeson Oliveira declarou que iria à Justiça para pedir a eutanásia do filho,
argumentando que a doença traria muito sofrimento ao menino. O caso gerou uma
grande discussão na época, principalmente porque a mãe de Jheck, Rosimara
Santos, foi contrária a ideia.
Com o auxílio de um advogado, Oliveira chegou a pedir laudos médicos de
especialistas de diferentes centros médicos do país para embasar o argumento da
defesa na ação que seria movida, mas desistiu da briga na Justiça. Na época, ele
chegou a comentar as críticas que havia recebido.
“Como eu estou entrando com uma ação que é inédita no Brasil, as pessoas estão
me massacrando, me criticando. Então isso ataca meu psicológico, estou
abaladíssimo”, disse Jeson antes da desistência.

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2017/02/morre-em-sp-jovem-alvo-de-debate-
sobre-eutanasia-no-brasil-em-2005.html
“Os cristãos devem ser contra decisões judiciais e leis que autorizem o aborto
e a eutanásia, considerados pecados graves.”
PAPA BENTO XVI

“Um católico será considerado culpado por cooperar com o mal, e não poderá
receber a comunhão, se votar em um candidato político por ele ser a favor da
eutanásia e ou do aborto.”
PAPA BENTO XVI

https://img.frasesfamosas.com.br/images/thumb_person-joseph-aloisius-ratzinger.140x140_q95_box-
253,27,520,292.jpg
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ratzinger.140x140_q95_box-253,27,520,292.jpg

““ O médico deve acalmar os sofrimentos e as dores


não apenas quando este alívio possa trazer cura,
mas também quando pode servir para procurar uma
morte doce e tranquila” .”

Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo,


político e ensaísta inglês. Recebeu os títulos de Visconde de Albans e Barão de
Verulam.

A eutanásia ou “boa morte” passou, no início do século XVII, a integrar o domínio da ética
médica através do filósofo inglês, Francis Bacon. Ele preconizou que a eutanásia, como
“morte doce e pacífica” dos doentes, devia ser procurada pelos médicos, com os seus
cuidados, e reprovou o abandono a que eram votados, no costume que vinha da tradição
hipocrática. A palavra eutanásia sofreu altera- ção do seu sentido baconiano, no século
XIX, quando passou a significar a morte provocada, intencionalmente, como via para
alcançar a “boa morte”. A medicina paliativa representa, porém, a concretização da
medicina actual quanto ao com- promisso de não abandono dos doentes terminais, e à
procura efetiva de uma boa morte, através de cuidados, tal como Francis Bacon defendeu.
Segundo o Código Penal, a eutanásia configura crime de homicídio
privilegiado, nos termos do §1º, do art. 121, vejamos:

Art. 121. Matar alguém:


Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
A prática do ato, então, é considerada juridicamente crime, com redução de
pena.

Penalização
A pena pelo cometimento do crime de homicídio varia de seis a vinte anos de
reclusão.

Na hipótese de eutanásia, poderá haver diminuição de ⅙ a ⅓ da pena.

Existem exceções?
A eutanásia pode ser classificada em duas espécies: Eutanásia e Ortotanásia.
Uma delas é considerada crime, a outra não.

É considerada como crime de homicídio, uma vez que, em nossa Constituição, a vida
é vista como um direito inviolável.

A eutanásia ainda é um tabu para grande parte das sociedades que entendem que a
vida ainda é o bem mais precioso de um ser humano. O argumento, embora esteja
absolutamente correto, passa a ser contestado no momento em que o sofrimento
agudo torna-se a realidade constante do indivíduo. Há ainda o debate acerca da
laicidade do Estado, que deve defender todo o direito de crenças e ainda o direito de
não ter uma crença religiosa, de tal forma que aqueles que decidam por não possuir
tal crença não tenham que se submeter aos valores religiosos de outros.

https://www.preparaenem.com/sociologia/eutanasia.htm
DE UM PRISIONEIRO CONDENADO A
MORTE
Os condenados podem ficar quase uma década isolados antes da execução. Eles são acusados por
crimes hediondos (homicídio, estupro, latrocínio etc.). No mundo, 58 países mantêm a pena de
morteA injeção letal é usada nos EUA e em países como China e Vietnã. (No Brasil, a última pena
de morte foi aplicada em 1876, mas ainda é permitida a execução em casos de crime de guerra.)
Na última semana, o preso passa por uma avaliação médica para verificar sua condição de saúde e
se algo pode interferir nos efeitos da injeção. Um dos principais problemas é a dificuldade de
encontrar uma veia apropriada,com um em usuários de drogas ou diabéticosEm alguns países,
como nos EUA, o prisioneiro tem direito de escolher a sua última refeição. O cardápio é aprovado
pelo diretor da instituição e não pode ultrapassar um valor predeterminado. Na Flórida por
exemplo,é de US$40.
1) TIME DA MORTE

Um paramédico, um enfermeiro e um auxiliar preparam as injeções e


conectam o prisioneiro ao monitor cardíaco e aos cateteres. Dois
executores civis cuidam da aplicação e outra equipe fica na
organização – fechar cortinas, acompanhar o condenado.

2) AGULHADA

Tubos com agulhas são conectados aos braços do condenado, que


pode realizar um último discurso. As doses e as drogas que ele irá
receber podem variar de acordo com as leis do país e até dos Estados.
Normalmente, são três líquidos transparentes (veja abaixo),
que começam a ser administrados em doses cavalares – de cinco a 15
vezes maiores que as dosagens aceitas pela medicina. A morte ocorre
após cerca de dez minutos.
Barbitúrico: O anestésico induz o coma e deixa a pessoa inconsciente

Brometo de pancurônio: Relaxante que paralisa os pulmões e o


diafragma

Cloreto de potássio: Causa a parada cardíaca

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