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AÇÕES E SEGURANÇA

NAS ESTRUTURAS

3. FORÇAS DEVIDAS AO
VENTO EM EDIFICAÇÕES
Parte 2

Rogério de Oliveira Rodrigues


➢ Revisado: 03/09/2021
Ação do Vento ➢ Ação Dinâmica

➢ Pressão Dinâmica ou
Pressão de Obstrução (q) ➢ Velocidade Vk

➢ Ação na Estrutura ➢ Ação Estática

➢ Perpendicular à
➢ Força Estática
superfície da Estrutura
Determinação das Forças Estáticas
➢ Via Coeficientes de Pressão e de Forma:
➢ Dimensões em planta bem maiores que H;
➢ Sem aberturas dominantes à barlavento e à
sotavento;
➢ Via Coeficientes de Arrasto:
➢ Dimensões em planta bem menores que H;
➢ Com aberturas dominantes à barlavento e à
sotavento;
➢ Situações em que perde o significado a
aplicação dos Coeficientes de Pressão.
Abertura outras
dominante aberturas
➢ Aberturas dominantes à barlavento e à sotavento

➢ Direção do Vento = 0º
3.2. Forças Estáticas em
edificações via Coeficientes
de Pressão e de Forma
Coeficientes de Pressão
 pe = c pe .q
 pi = c pi .q
Coeficiente de Pressão Externa

Zona com alta sucção


Coeficiente de Pressão Interna
cpe = + cpi = -

cpe = - cpi = +
p = + p = -
Coeficiente de Forma Externa
Fe = Ce .q.A
Fi = Ci .q.A
Ce = + Ci = -

Ce = - Ci = +
F=+ F=-
Coeficiente Pressão Externa x Coeficiente Forma Externa

➢Conceito do coeficiente de pressão externa cpe


➢ Determinado ponto a ponto

➢ Pontos de pico com aplicação complicada


Coeficiente Pressão Externa x Coeficiente Forma Externa

➢Conceito do coeficiente de forma externa Ce


➢ Média dos coeficientes de pressão externa

➢ Permite simplificar o dimensionamento


Coeficiente Pressão Externa x Coeficiente Forma Externa

➢ Aplicação para partes de sistemas estruturais


➢ Caixilhos, beirais, lanternim, etc.

➢ Utilizar cpe médio


Coeficiente Pressão Externa x Coeficiente Forma Externa

➢ Aplicação para sistemas estruturais


➢ Treliças, pórticos, etc.

➢ Utilizar Ce

a/2
Coeficiente de Pressão Interna
(cpi)
➢ Ar que entra > Ar que sai = Sobrepressão interna

➢ cpi > 0

➢ Ar que entra < Ar que sai = Sucção interna

➢ cpi < 0
Coeficiente de Forma Interna

(Ci)
➢ 6.2.5-a

➢ 6.2.5-b
➢ 6.2.5-c

➢ 6.2.5-c.1
➢ 6.2.5-c.2

➢ 6.2.5-c.3

➢ 6.2.5-c.3.1
➢ 6.2.5-c.3.2
Exemplo 1 – P3

➢ Próxima aula.
3.3. Ações devidas ao vento em
coberturas isoladas a águas
planas
Motivação
Motivação
Principais modos de ruína

➢ Ruptura das vigas em balanço;

➢ Tombamento perpendicular à geratriz;

➢ Tombamento paralelo à geratriz.


➢ Ruptura das vigas em balanço
➢ Direção do Vento
F telhado1
F telhado 2

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Direção do Vento

l2

h Geratriz

h0,5.I2
➢ Para obtenção de F telhado, considerar as duas
situações previstas:
F telhado 1 = cpb  q  AColaborante
F telhado 2 = cps  q  AColaborante
cpb cps cpb cps

➢Primeiro Carregamento ➢Segundo Carregamento


➢ Direção do Vento
F telhado1

b
a’

AColaborante = a’ x b
Principais modos de ruína

➢ Ruptura das vigas em balanço;

➢ Tombamento perpendicular à geratriz;

➢ Tombamento paralelo à geratriz.


➢ Tombamento perpendicular à geratriz: Vento 90°
➢ Direção do Vento
F telhado1
F barlavento F telhado 2 F at lateral

F at lateral F sotavento

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Para obtenção de F telhado, conforme visto
anteriormente (ruptura das vigas em balanço),
considerar a situação prevista crítica entre os dois
carregamentos:
cpb cps cpb cps

ou

➢Primeiro Carregamento ➢Segundo Carregamento


➢ Direção do Vento
Ae

F = 1,3.q. Ae

F = 0,8.q. Ae
➢ Direção do Vento

Ae

F at = 0,05 .q. Ae
F at = 0,05 .q. Ae
Principais modos de ruína

➢ Ruptura das vigas em balanço;

➢ Tombamento perpendicular à geratriz;

➢ Tombamento paralelo à geratriz.


➢ Tombamento paralelo à geratriz: Vento 0°
➢ Direção do Vento

F at lateral F at telhado

F barlavento

F sotavento F at lateral

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Direção do Vento

Geratriz
F at
➢ Direção do Vento

F at telhado

b a

Geratriz
➢ Direção do Vento

Ae

F = 1,3.q. Ae
F = 0,8.q. Ae
➢ Direção do Vento

F at = 0,05 .q. Ae

Ae
F at = 0,05 .q. Ae
Outras Situações de Projeto
➢ Direção do Vento

0,8

Barlavento Sotavento
➢ Direção do Vento

0,3

Sotavento Barlavento
Exemplo 1 – P2
➢ Dados iniciais

➢ Posto de Combustível
➢ Dados iniciais

➢ Posto de Combustível - Planta


Pilar Viga Principal

4,0 m
Viga 1

Viga 2

Viga 3

Viga 4

Viga 5
4,0 m

3,0 m 4,5 m 4,5 m 3,0 m


➢ Dados iniciais

➢ Posto de Combustível - Vista Lateral


Cobertura
0,6 m
0,4 m

5,5 m
Pilar

4,0 m 4,0 m
➢ Dados iniciais

➢ Cidade: São Carlos - SP

➢ Terreno: Plano

➢ Localização na Cidade: Área industrial


plena
➢ Solução

➢ Velocidade Básica: São Carlos - SP


➢ V0 = 40 m/s
➢ Fator S1: Terreno Plano
➢ S1 = 1,0

➢ Fator S3: Edificações para comércio


➢ S3 = 1,0
➢ Solução ➢ Fator S2

8,0 m

➢ Direção do Vento = 0º

H = 6,50 m
15,0 m
➢ Dimensões menores que 20 m
➢ Portanto são iguais
➢ Direção do Vento = 90º
➢ Solução ➢ Fator S2

➢ Classe A
8,0 m ➢ Categoria IV
➢ Z = 10,0 (6,5)

15,0 m
➢ S2 = 0,86
➢ Solução ➢ Vk

➢ Direção do Vento = 0º
8,0 m

➢ V0 = 40 m/s
➢ S1 = 1,0
15,0 m
➢ S2 = 0,86
➢ S3 = 1,0
➢ Direção do Vento = 90º
➢ Vk = 34,4 m/s
➢ Solução ➢q

➢ Direção do Vento = 0º
8,0 m

➢ Vk = 34,4 m/s

15,0 m ➢ q = 0,613 (34,4)2

➢ q = 725,4 N/m2
➢ Direção do Vento = 90º
➢ q = 0,73 kN/m2
Ruptura das vigas em balanço
➢ Solução
➢ Direção do Vento
F telhado1
F telhado 2

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Solução ➢ Coeficientes de Pressão

➢ Direção do Vento = 90º


➢ Solução
➢ Relação h x l2

h = 5,5  l
8
2
= = 4,0 ➢ Tabela 18
2 2
➢ Inclinação 
 0,6 m

4,0 m 4,0 m

0,6
tg θ = = 0,15
4  0,07  tg θ  0,4
θ = 8,53º
➢ Solução ➢ Coeficientes - Primeiro Carregamento

cpb = 2,4  tg θ + 0,6 = 0,96

cps = 3,0  tg θ − 0,5 = −0,05

0,96 0,05
➢ Solução ➢ Coeficientes - Segundo Carregamento

cpb = 0,6  tg θ − 0,74 = −0,65

cps = −1,00

0,65 1,00
➢ Solução ➢Ruptura da viga 3

Viga 3
➢ Solução ➢ Carregamento – Viga 3
LC=4,5 m

Viga 3

4,5 m 4,5 m 3,0 m

➢ Direção do Vento = 90º


➢ Solução ➢ Primeiro Carregamento - Viga 3
Fcpb = cpb  q  LC = 0,96  0,73  4,5 = 3,15 kN/m
Fcps = cps  q  LC = 0,05  0,73  4,5 = 0,16 kN/m
3,15 0,16

Viga Principal

➢ Obs. 1: Esforços solicitantes da Viga 3 (treliça) podem


ser calculados via Isostática;
➢ Obs. 2: Verificar a ruína da Viga Principal em função do
Momento Torçor produzido pelo engastamento da Viga 3.
➢ Solução ➢ Segundo Carregamento - Viga 3
Fcpb = cpb  q  LC = 0,65  0,73  4,5 = 2,14 kN/m
Fcps = cps  q  LC = 1,00  0,73  4,5 = 3,29 kN/m
2,14 3,29

Viga Principal

➢ Obs. 1: Esforços solicitantes da Viga 3 (treliça) podem


ser calculados via Isostática;
➢ Obs. 2: Verificar a ruína da Viga Principal em função do
Momento Torçor produzido pelo engastamento da Viga 3.
Tombamento perpendicular à geratriz
➢ Solução
➢ Direção do Vento
F telhado1
F barlavento F telhado 2 F at lateral

F at lateral F sotavento

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Solução ➢ Coeficientes de Pressão: situação crítica

0,96 0,05 0,65 1,00

➢Primeiro Carregamento ➢Segundo Carregamento


➢ Solução

F telhado1 = 0,96  q  AC olaborante


= 0,96  0,73  4,04 15,0 = 42,47 kN

F telhado 2 = 0,05  q  AC olaborante


= 0,05  0,73  4,04 15,0 = 2,21 kN

F lateral = 0,05  q  A = 0,05  0,73 1,0  8,0 = 0,29 kN


at e

F barlavento = 1,3 q  A = 1,3 0,73 1,0 15,0 = 14,24 kN


e

F sotavento = 0,8  q  A = 0,8  0,73 1,0 15,0 = 8,76 kN


e
42,47 kN 2,21 kN

 
➢ Solução  

42,47 kN
14 ,24 kN 2,21 kN 0,29 kN

0,29 kN 8,76 kN

Restrito Restrito
➢ Solução
=    5,5 + 0,4 + 0,6  +
M tombamentotelhado1 42 , 47 sen8,53
 2
+ 42,47  cos 8,53  (2,0) = 123 ,06 kN.m

=    5,5 + 0,4 + 0,6  +


M tombamentotelhado 2 2, 21 sen8,53
 2
+ 2,21  cos 8,53  (2,0) = 6,40 kN.m

=   5,5 + 1,0  = 1,74 kN.m


M tombamento
lateral 0, 29
 2

=   5,5 + 1,0  = 85,44 kN.m


M tombamento
barlavento 14 , 24
 2

=   5,5 + 1,0  = 52,56 kN.m


M tombamento
sotavento 8,76
 2

M tombamentototal = 123,06 + 6,4 +1,74  2 + 85,44 + 52,56 = 270 ,94 kN.m


Tombamento paralelo à geratriz
➢ Solução
➢ Direção do Vento

F at lateral F at telhado

F barlavento

F sotavento F at lateral

➢ Obs.: Forças aplicadas no centro das respectivas áreas.


➢ Solução

F at telhado = 0,05  q  a  b = 0,05  0,73  8,00 15,00 = 4,38 kN

F at lateral = 0,05  q  Ae = 0,05  0,73 1,0 15,0 = 0,55 kN

F barlavento = 1,3  q  Ae = 1,3  0,73  1,0  8,0 = 7,59 kN

F sotavento = 0,8  q  Ae = 0,8  0,73 1,0  8,0 = 4,67 kN


➢ Solução

0,55 kN 4,38 kN
7,59 kN

0,55 kN
4,67 kN

Restrito Livre
➢ Solução

M tombamentotelhado = 4,38  
 5,5 + 0, 4 + 0,6  = 27,16 kN.m
 2

M tombamentolateral = 0,55   5,5 + 2  = 3,30 kN.m


1,0
 

M tombamentobarlavento = 7 ,59  
 5,5 + 1, 0  = 45,54 kN.m
 2

M tombamento sotavento = 4, 67  
 5,5 + 1,0  = 28,02 kN.m
 2

M tombamentototal = 27,16 + 3,3  2 + 45,54 + 28,02 = 107,32 kN.m


Obrigado!

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