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GT 1
Regulação econômica e a Constituição Federal
de 1988
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Coordenadoria Geral:
Membros:
VIII Seminário Diálogos Filosóficos e Jurídicos: Ética e Compliance nos Negócios Jurídicos
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Sumário
ARTIGOS ...................................................................................................................................................................... 4
RESUMOS EXPANDIDOS................................................................................................................................... 19
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ARTIGOS
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THE EXTRAFISCALITY OF THE IPTU AND ITR AS A PUNISHMENT FORM FOR THE
UNDERSTANDING OF THE SOCIAL FUNCTION OF THE PROPERTY
Clayton Rodrigues*
Sandra Cristina da Fonseca**
Resumo: Nos dias atuais, o direito de propriedade deve ser exercido em consonância com sua
função social. Na propriedade rural a função social é cumprida quando são atendidos os
requisitos de aproveitamento racional adequado; utilização adequada dos recursos naturais
disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as
relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores; na propriedade urbana a função social é cumprida quando atendidas as
exigências fundamentais de ordenação da cidade e de utilização adequada do solo urbano.
Pelo fato da função social ser um princípio fundamental objetiva-se demonstrar que, a
progressividade tanto do IPTU, como do ITR, seja ela fiscal, ou extrafiscal, é primordial para
que efetivar a função social da propriedade.
Abstract: Nowadays, the right of ownership must be exercised in line with its social function.
In rural property, the social function is fulfilled when the requirements for adequate rational
use are met; appropriate use of available natural resources and preservation of the
environment; observance of the provisions governing labor and exploitation relations that
favor the well-being of owners and workers; in urban property, the social function is fulfilled
when the basic requirements of city planning and proper use of urban land are met. Because
the social function is a fundamental principle, it aims to demonstrate that the progressivity of
both the IPTU and the ITR is fiscal or extra-fiscal is essential for the effective functioning of
the social function of property.
*
Aluno Especial do Mestrado em Direito Negocial pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Pós-graduado
em Direito Constitucional pela PUC-PR. Advogado membro da Comissão de Direito Imobiliário de Urbanístico
da OAB Londrina. Conselheiro do CRECI Paraná. E-mail:claytonrp@sercomtel.com.br.
**
Pós-graduanda em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná – EMAP. Aluna Especial do
Mestrado em Direito Negocial pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Participante do projeto de
pesquisa Regulação econômica no Brasil e a Constituição Federal de 1988: controles do e sobre o Estado em
face da administração pública gerencial. E-mail: sandracristinafonseca@gmail.com.
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INTRODUÇÃO
1 DO DIREITO DE PROPRIEDADE
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É possível afirmar pela leitura dos dispositivos supra, que se agregou ao direito de
propriedade, antes tratado sob a ótica patrimonialista, o dever jurídico de agir em prol do
interesse coletivo, ou seja, tal direito foi submetido ao interesse comum, impondo-lhe o
exercício de uma função social voltada ao interesse coletivo.
Hodiernamente o direito de propriedade não deve ser pensado sem estar associado à
sua função social, estando completamente superada a noção de que esse direito é
exclusivamente do direito privado, pois são inúmeros os institutos de direito público que
disciplinam seu exercício.
Assim, para esse novo ordenamento jurídico constitucional a propriedade está
condicionada às limitações impostas ao pleno exercício da propriedade, tornando, pois, a
função social uma parte integrante do conteúdo da propriedade privada.
No texto constitucional brasileiro não há garantia à propriedade, mas tão somente
garantia à propriedade que cumpre a sua função social e assim sendo, não há que se falar em
análise balanceada da função social e da propriedade privada, como dois princípios em
direções opostas. Como muito bem colocado por Gustavo Tepedino (2005, p. 106),
A função social compõe a propriedade. A propriedade é, ao menos neste
sentido, função social, como todo instituto é o complexo que resulta de sua
estrutura e de sua função. Não há, assim, que se falar em um espaço mínimo,
ao qual a propriedade de cada indivíduo se retrairia, para manter-se imune ao
avanço do interesse social. A função social é, antes, capaz de moldar o
estatuto proprietário em toda a sua essência, constituindo, como sustenta a
melhor doutrina, o título justificativo, a causa, o fundamento de atribuição
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dos poderes ao titular. Não há, assim, que se falar em um espaço mínimo, ao
qual a propriedade de cada indivíduo se retrairia, para manter-se imune ao
avanço do interesse social.
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nem todos os municípios estão obrigados a ter um plano diretor, apenas os que possuam mais
de vinte mil habitantes.
Já uma propriedade rural cumpre sua função social quando em consonância com o
disposto no artigo 186 da Constituição Federal de 1988:
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em
lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
______. Supremo Tribunal Federal. Processo: RE-AgR412689. Rel. Ministro Eros Grau.
Diário de Justiça, Brasília, 30 de maio de 2005. Disponível em:
<https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/764653/agregno-recurso-extraordinario-re-agr-
412689-sp/inteiro-teor-100480814#>. Acesso em 27 out. 2017.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 6. ed. atualizada por Izabel C. L.
Monteiro e Yara D. P. Monteiro. São Paulo: Editora Malheiros, 1993.
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SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 21. ed. São Paulo:
Malheiros, 2002.
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RESUMOS EXPANDIDOS
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Abstract: The present research aims at demonstrating the application of Law 12.846/2013,
called the Anti-Corruption Law, to civil society organizations that celebrate partnership
instruments with the Public Administration. Despite the fact that they are not companies,
through the bibliographic review, it is sought to conceptualize civil society organizations in
the form defined by Law 13,019/2014 and the extension of the applicability of the sole
paragraph of article 1 of Law 12.846/2013.
INTRODUÇÃO
A corrupção não é assunto novo e muito menos restrito a relação do mundo político
com os grandes grupos empresariais. Historicamente, o Brasil vem sofrendo desse problema
em diversos setores da economia e por essa razão, o poder intervencionista e regulatório
conferido pelo artigo 174 da Constituição Federal ao Estado, já trouxe certo avanço.
O poder de intervenção do Estado na ordem econômica pelo poder econômico como
contratante ou fomentador para a execução de serviços de relevância pública pela iniciativa
privada, faz com que condutas corruptivas ganhem terreno fértil para atuação.
*
Mestrando em Direito Negocial na Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Direito Administrativo
pelo Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar. Advogado. E-mail: felipe@marinsdesouza.com.br.
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O caráter empresarial da norma foi definido por Mauricio Zockun (2017, p. 16),
quando sustenta que “trata-se, em rigor, de uma Lei de Probidade Administrativa Empresarial
e não de uma Lei Anticorrupção, ainda que esse último rótulo já seja empregado de forma
corrente, e de modo equivocado”.
A tipificação das condutas trazidas pela Lei 12.846/2013 não inovam a relação entre
as organizações da sociedade civil parcerias da Administração Pública, em especial por se
fazer presente princípios do regime jurídico administrativo reguladores.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
LEONARDO, Rodrigo Xavier. Associações sem fins econômicos. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
ZOCKUN, Mauricio. Comentários ao art. 1º. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella;
MARRARA, Thiago (coord.). Lei anticorrupção comentada. Belo Horizonte: Fórum, 2017.
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Abstract: State-owned enterprises act as State instruments to carry out economic activities, as
provided in Article 173 CF / 88, when relevant collective interest or necessary for national
security is justified. The legal regime of these companies was brought to the legal system
through Law 13303/2016, called the Legal Status of State Companies. Among the innovations
brought out are the corporate governance rules, with the establishment of norms on
transparency, risk management and internal control. This research reflects on the impacts of
good governance practices to build an ethical, transparent and socially responsible business.
INTRODUÇÃO
*
Mestranda do Programa de Mestrado em Direito Negocial da Universidade Estadual de Londrina - UEL.
Participante do projeto de pesquisa Regulação econômica no Brasil e a Constituição Federal de 1988: controles
do e sobre o Estado em face da administração pública gerencial. E-mail: katiamcs@hotmail.com
**
Doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, professora do Curso de Direito
Negocial da Universidade Estadual de Londrina, mkempferb@gmail.com. Coordenadora do Projeto de pesquisa
Regulação econômica no Brasil e a Constituição Federal de 1988: controles do e sobre o Estado em face da
administração pública gerencial.
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CONCLUSÃO
1
A abrangência da Lei nº 13.303/2016 está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal, por meio da ADI nº
5624, vez que confere o mesmo tratamento a empresas com regimes jurídicos do art. 173 e do art. 175, da CF/88.
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A Lei nº 13.303/2016 trouxe normas gerais sobre o regime jurídico das empresas
estatais, sua função social, a forma de constituição e funcionamento de seus conselhos de
administração e fiscal, práticas de governança corporativa e licitações e contratações.
Dentre as principais inovações trazidas pelo diploma legal destacam-se as regras
sobre governança corporativa, baseadas nas práticas de gestão de riscos e resultados típicas da
iniciativa privada, que tem como princípios basilares a transparência, a equidade, a
responsabilização dos gestores e a prestação de contas.
Este Estatuto traz avanços e está afinado com os princípios da administração pública
gerencial, entre eles, a eficiência, tal qual a gestão mais técnica e profissional dos
administradores e a redução da ingerência política do Estado sobre as decisões das empresas
estatais; controles internos para avaliar resultados, através da implementação de programas de
auditoria e integridade e; controle social, com a divulgação obrigatória de informações
relevantes relativas ao desempenho das empresas estatais e a disponibilização de canais de
denúncia à sociedade.
Defende-se que tal gestão poderá aumentar a confiabilidade do mercado, a redução
de práticas corruptivas e a consecução da função social das empresas estatais, orientadas para
o alcance do bem-estar econômico e para a alocação socialmente eficiente de seus recursos.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Paulo Osternack. Lei das estatais: espectro de incidência e regras de governança.
In: JUSTEN FILHO, Marçal (org.). Estatuto jurídico das empresas estatais: Lei
13.303/2016. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.
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RESUMOS SIMPLES
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Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em Direito do
Trabalho e Previdenciário pelo Instituto de Direito Constitucional e Cidadania (IDCC). Participante do Projeto
de Pesquisa “Os meios consensuais de resolução de conflitos e o novo Código de Processo Civil” coordenado
pela Profª. Rozane da Rosa Cachapuz, desenvolvido pelo Departamento de Direito Privado – CESA-PRI da
Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: suelirosanakamura@hotmail.com.
**
Pós graduada em Direito Empresarial pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Participante do Projeto
de Pesquisa “Os meios consensuais de resolução de conflitos e o novo Código de Processo Civil” coordenado
pela Profª. Rozane da Rosa Cachapuz, desenvolvido pelo Departamento de Direito Privado – CESA-PRI da
Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: lu_bim@hotmail.com. Trabalho vinculado ao projeto de
pesquisa “Os Meios Consensuais de Resolução de Conflitos e o Novo Código de Processo Civil”, cadastrado sob
o nº 10183.
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É dever da União, por força constitucional, promover a desapropriação de imóveis rurais, para
fim de reforma agrária, que não estejam cumprindo a sua função social. Função social, de
acordo com o Art. 186 e incisos da CF, seria a observância de determinadas condições
estabelecidas em lei referentes à produtividade, ao aproveitamento do solo e recursos e às
relações de trabalho. Tal disposição inibe, entre outras coisas, que grandes latifúndios
improdutivos e entregues à especulação imobiliária tomem conta do cenário rural brasileiro.
As exceções impostas são os casos de ser a propriedade pequena ou média, de acordo com os
parâmetros legais, desde que seja a única propriedade de seu titular, e quando o imóvel é
produtivo. Assim, além da garantia à consolidação da justiça social e proteção ao pequeno e
médio produtor, há o fomento à produtividade. Ocorre, entretanto, que nem sempre produzir
algo é sinal de que o imóvel rural esteja cumprindo com a sua função social. Há critérios
estabelecidos expressamente pelo texto constitucional que devem ser atendidos de forma
simultânea: o aproveitamento da propriedade deve ser racional e adequado; a exploração dos
recursos naturais disponíveis deve ocorrer de forma responsável, preservando-se o meio
ambiente; as normas que regulam a exploração do trabalho devem ser estritamente
respeitadas; a exploração deve se dar de tal maneira que favoreça o bem-estar de todos. Dessa
forma, a exceção à desapropriação que versa sobre produtividade não deve ser interpretada de
forma absoluta ou, até mesmo, isolada. Ao contrário, deve ser norteada pelos princípios
constitucionais que envolvem a tutela da propriedade rural. Ademais, quando a Constituição
se refere à produtividade, não abrange apenas o seu sentido econômico, mas também no que
tange à efetivação da função social. Entende-se, portanto, que ainda que as grandes
propriedades rurais sejam produtivas e gerem riquezas, devem sofrer desapropriação quando a
sua utilização estiver em desarranjo com a função social da propriedade.
*
Aluno do 4º ano de Direito da Universidade Estadual de Londrina. Projeto de pesquisa n. 11040 A PROTEÇÃO
AO MEIO AMBIENTE E O DIREITO PRIVADO – NOVOS PARADIGMAS – Coordenação da Profa. Dra.
Daniela Braga Paiano. E-mail: rauldurizzo@gmail.com.
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*
Advogada, especialista em Direito Ambiental e Economia do Meio Ambiente. E-mail:
daniela@kyotoassessoriaambiental.com.br.
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que autorizam as atividades econômicas, buscando assim a eficiência nessa participação e sua
aplicabilidade.
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Os meios alternativos de resolução de conflitos no meio empresarial torna-se cada vez mais
eficaz e necessário a sua implementação, sabe se que hodiernamente não são impostos, ou
seja obrigatórios pelo judiciário brasileiro a utilização destes meios por meio de instalação de
salas dos meios autocompositivos em ambientes de trabalho, sendo optativo e pouco usual a
implantação das salas de mediação, e as cláusulas escalonadas, quando a necessidade da
arbitragem, sabe se que com a utilização elas podem até ter uma participação do judiciário
para o entendimento do funcionamento de tais meios, mediadores capacitados, assim como
árbitros formados no assunto a ser discutido pelas partes, como um engenheiro, um médico,
ou um arbitro com graduação em direito. Esses meios possuem várias vantagens e celeridade
processual, tendo como um dos benefícios a decisão final, com um tratamento exclusivo,
célere, autentico, e com uma satisfação maior quando se opta pela utilização desses meios,
uma instauração de uma sala de mediação no local de trabalho, de fácil acesso em que será
sanado o litigio, onde o transito em julgado não será dado por um magistrado como
usualmente, em uma audiência de conciliação após a propositura de uma demanda judicial,
por exemplo, mas trazida pelas partes. Obtenção de um acordo que seja benéfico aos dois
lados, a mediação é um tanto semelhante à conciliação, porém o terceiro imparcial neste caso
não interfere em uma possível saída, apenas ajuda as partes a restabelecerem a comunicação
entre elas, deverá ter um conhecimento considerável e significativo em relação ao assunto a
ser tratado, um profissional apto para a utilização da satisfação da utilização da mediação pois
as partes, que deverão encontrar sozinhas uma solução plausível. A Conciliação e a Mediação
foram trazida pelo CPC/2015 que visa estimular a autocomposição em fase processual em
que as pessoas não estejam necessariamente obrigados a sanarem o conflito pela via
*
Graduanda em Direito pela Universidade Estadual de Londrina-UEL. E-mail:aguidacaetano@outlook.com
**
Mestre em Direito Negocial pala Universidade Estadual de Londrina- Uel. E-mail: ricardosuter@gmail.com.
Trabalho relacionado ao projeto de pesquisa “Os meios consensuais de resolução de conflitos e o novo código de
processo civil”, da UEL.
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processual pois ainda não apresentada a contestação pelo réu , que ocorre não perante o
juiz, mas, sim, perante conciliador ou o mediador, em ambiente menos formal e
intimidador e mais propício ao desarme de litígios. Busca se por meio da aplicabilidade
satisfatória, a utilização destes meios de resolução de conflitos em ambientes empresariais
na prática do trabalho, por meio de avaliação feita na empesa, para que se evite o
descontentamento judiciário, caso se trate de conflitos menos gravoso, ou caso necessite de
maior acuidade se optar primeiramente pela arbitragem. Cuida-se de inovação a favorecer o
chamado sistema multiportas, bem presente a ideia de que, sendo várias as veredas
possíveis rumo à solução do conflito, deve o Judiciário, sim, ser o meio alternativo,
subsidiário para dirimir controvérsias. Grande importância se instaurou a realização da
audiência como regra a encontrar apenas duas exceções: se os direitos envolvidos não
admitirem composição ou se, tendo o autor já manifestado desinteresse na inicial, o réu , até
dez dias antes da audiência, igualmente expressar que não pretende conciliar. É o que
dispõem os incisos I e II do § 4º do artigo 334, CPC/2015.
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Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Filosofia Política e Jurídica. Aluna especial do Mestrado
em Direito Negocial da UEL. E-mail: marciacavalcantibento@gmail.com.
**
Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus de Cornélio Procópio. Doutor em Educação. E-mail:
prof.flaviobento@gmail.com.
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compliance como agir estratégico empresarial na busca pragmática de vantagens e lucros, mas
a natureza do agir estratégico aqui vai além do interesse egocêntrico, ao assumir o caráter
social do agir comunicativo. A empresa escolhe submeter-se ao controle do programa de
compliance, também na intenção de exigir de todos os seus colaboradores o respeito às
mesmas normas e regulamentos para garantir um discurso ético, entre os seus, a sociedade e o
Estado que a representa. A empresa demonstra que não faz isso só pelo marketing ético, ou
para estar em conformidade com o mercado global, mas para estar de acordo com os
princípios morais do agir comunicativo e do discurso ético, para o uso público da sua
liberdade comunicativa, validado pelo direito.
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