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Aula 12

VII Progressão dos Espíritos


114.
Reflexão: Todas as almas são criadas simples e ignorantes, o tempo
processa o despertamento do espírito em uma perfeita harmonia,
despertando todos os dons inatos em seus corações.
O progresso vem através do domínio dos obstáculos e vencendo
nosso ego, buscando assim nosso Self, afastando-nos de todas as más
tendências através da caridade incondicional. Nossos bem feitores
espirituais nos ajudam nessa travessia, nos incitando pensamentos e atos
positivos, que nos ajudam a encontrar nossa própria força.
O conhecimento é a chave principal que abre todas as portas para
as diversas possibilidades de crescimento moral, através de nossos
próprios esforços, através da justiça do plantio e colheita.
Reconhece-se o verdadeiro homem de bem na Terra através do
esforço que ele faz para vencer suas más tendências. Deus está sempre
nos amparando, portanto: pedi e dar-se-vos-à, buscai e encontreis; batei e
abrir-se-vos-à.

115. 155a
Reflexão: Como já o dissemos, todos os espíritos são criados simples e
ignorantes para que a perfeição venha por esforço de cada um. Não há
preferidos na criação e já tivemos várias provas disso. A maior delas foi a
vinda de Jesus (Ser bastante evoluído e cocriador) à Terra, sofrendo todos
os maiores infortúnios terrenos.
Quando eliminarmos de dentro de nós o orgulho e o egoísmo, os
melindres se apagarão de nossas mentes e com eles a inveja, o ciúme e
toda sorte de inutilidades que nos mantém estacionários em um ciclo
vicioso de rebeldia que atrasa nossa evolução em rumo à felicidade
eterna. Por isso nos espelhemos nos ensinamentos de Jesus e no amor
incondicional que Ele nutria por todos, assim como pelo Criador,
respeitando-o e depositando nele toda a certeza de sua caminhada.

116.

Reflexão: Para isso, Deus teria que ser muito pior do que o mais
imperfeito ser da criação. O destino de todos os espíritos é glorioso
processo de despertamento é que é difícil, assim como a criança que, para
aprender a dar os primeiros passos, tem que cair diversas vezes até
aprender que a queda machucha, e depois de muitas vezes sofrendo esse
processo coloca seu medo de lado e segue seu percurso, por entender
que, para deixar de doer, tem que deixar de cair.
A dor faz parte da criação, pois assim quis Deus, e a lógica nos
mostra que apenas quando experienciamos determinadas situações é que
a entendemos. Caso contrário seriamos seus bonequinhos, como robôs
que fazem apenas o que seu criador lhes ordena. Ele nos criou e nos
presenteou com o livre arbítrio para que dentro de um limite
compreensível pudéssemos experimentar toda a criação à nossa volta e
assim entendermos que o mal não foi criado; ele apenas é a ausência do
bem, assim como a escuridão é a ausência da luz, e assim sucessivamente.
Como poderíamos realizar tais comparações sem a experiência?
Para isso Ele nos deu o raciocínio para termos a liberdade de evoluirmos
de acordo com o entendimento de cada um.
O inferno eterno foi criado pelo homem para subjugar as almas
fracas através do medo. Deus não criou nada para que se perdesse. Ele é
onisciente (detentor de todo saber) e quando nos criou já sabia de nossos
destinos.
O próprio livre arbítrio está sobre o seu comando, a liberdade tem
uma ação muito restrita porque não podemos contrariar a lei do
progresso. Ele nos deu a liberdade, mas está sempre atento às nossas
quedas, assim como o pai está sempre por perto para amparar a queda do
filho em seus primeiros passos.
117.

Reflexão: O esquema para o despertamento espiritual foi criado por Deus,


no entanto, foi estabelecida a nossa parte que somente nós haveremos de
fazer como sendo conquista espiritual.
A reencarnação é a chave pela qual se processa o amadurecimento
do espírito, os mais endurecidos só estão nesse estágio, porque ainda têm
pouca experiência nos liames da carne e voltam sempre a ela quantas
vezes forem necessárias.
Devemos passar por todas as escalas de espíritos a fim de nos livrar
das paixões inferiores e do apego às coisas materiais. O amor é puro
quando se universaliza em todos os aspectos. A perfeição é a meta de
todos nós, sabemos disso por intuição por tudo estar gravado em nosso
software de existência e que vai se descarregando de acordo com o que
vamos experienciando. A verdade toda está lá, basta que a deixemos sair
praticando todo o bem que pudermos.
Há uma seleção divina de acordo com o estado evolutivo de cada
um, no que diz respeito a essas revelações dentro de nós, pois a luz muito
forte pode cegar quem deseja ver sem as devidas condições. É bom que
nos lembremos de Paulo no deserto. Essas revelações são gradativas e
têm uma sequência estabelecida pelos bem feitores da humanidade para
que não haja perturbação no seio das coletividades preparada.
Avancemos dedicados ao bem comum, estudando todos os dias
meios mais eficientes de sermos úteis, tendo afinidade com o amor e a
caridade de forma a nos tornarmos uma luz que não escolhe a quem
clareia. Despertemos a fé pelas obras que devemos fazer, porque a
confiança é o alimento de uma vida feliz.
Em momento de regeneração planetária, não percamos mais tempo
em analisar os defeitos alheios com a finalidade de criticar nossos irmãos.
Toda observação deve ser feita em nós mesmos; aquilo que nos incomoda
no outro ainda é assunto que devemos resolver em nós. Somente podem
tirar nossa paz se deixamos.
O perdão deixa de ser necessário quando entendemos que nada
temos para perdoar, por não nos sentirmos ofendidos por nada, sabendo
que a colheita se faz de acordo com o plantio.

118.

Reflexão: O que achamos ser degeneração em alguns espíritos não passa


de preparo e ganho de tempo dentro do próprio espaço, para um avanço
mais rápido. Podemos comparar a isso, por exemplo: Uma árvore;
lançamos uma semente no seio da terra, ela desabrocha, cresce, torna-se
um arbusto e nos dá a impressão que estaciona, por não nos mostrar o
fruto de imediato. No entanto, ela está se preparando intimamente para o
parto de mais vida.
O silêncio não significa inércia e ainda não podemos realizar o
mesmo que nosso irmão que está na dianteira, por nos faltar experiência
através das vivências, pois o tempo ainda não nos conferiu mais um dia.
Todos nós seremos agraciados como todos que nos precederam, pois o
conteúdo está dentro de nós. Criatura nenhuma fica órfão da bondade do
Criador. Podemos comparar com o sol que sustenta a vida na Terra.
Encarnados e desencarnados são beneficiados pelos seus raios cheios de
vida, que não escolhem onde iluminar e a quem beneficiar.
O estacionamento pode-se dar no espírito que, pelo fato de estar
sempre ligado aos eventos do passado, mas não regredindo naquilo que
conquistou. Ele é colhido pelas teias magnéticas que teceu para os outros,
na influência do ódio, do orgulho, do egoísmo e da vingança. Pode-se dizer
que a regressão é psicológica e que o estacionamento é ilusório. A partir
do momento que conhecemos o bem não mais queremos viver outro
caminho, estamos sempre a subir para a luz no silêncio de Deus.

119.
Reflexão: Na nossa ascensão espiritual, os processos são estabelecidos de
acordo com as nossas necessidades. São como que despertamentos das
qualidades que carregamos nos centros sensíveis da consciência. Se já
tivéssemos sidos criados despertos, ele não precisaria de nos ter criado.
Ficaríamos onde estamos, nos segredos da existência, gozando da
eternidade absoluta, ficando e fazendo parte da luz inextinguível.
Se Deus, que é o tudo, nunca pára com o seu trabalho incessante,
por quê nos criaria ele a nós para a inutilidade? Ele nos criou e nos
capacitou para sermos cocriadores junto Dele. E isso é amor na sua
máxima vertente.

120.

Reflexão: O mal não existe, é apenas a ausência do bem. A ignorância nos


induz às coisas fáceis; e essas são ilusórias. Mas são necessárias para nos
induzir ao caminho do amor e da caridade. A porta larga é convidativa por
possuir muitos atrativos. Depois de as experienciar, a porta estreita será
transposta por nós sem sacrifício algum, assim como os cristãos na arena
do coliseu a serem devorados pelos leões a cantar hinos de glória ao
Mestre, com um largo sorriso nos seus rostos.
Onde há conhecimento não há medo e, por consequência, obtemos
a evolução espiritual e a felicidade eterna.

121.

Reflexão: Quem já conheceu o amor jamais envereda pelo caminho do


ódio. A criança que já provou o sabor inebriante do chocolate jamais o
trocará pelo sabor azedo do limão. Drástica comparação material para um
melhor entendimento do bem e do mal.
122. 122 a- 122 b-

Reflexão: Pergunta profunda na qual os espíritos respondem prontamente


que o mal não foi criado e que não está gravado em nosso software
espiritual. Portanto, em nenhum momento pode ser liberado, mas sim na
nossa ignorância de vivências quando passamos a estar em contato com
ele é que usamos de nossa vontade individual do livre arbítrio que
possuímos, assim como a escolha entre o chocolate e o limão. Embora o
chocolate seja doce e saboroso, nos traz malefícios ao corpo físico,
enquanto o limão, embora azedo, nos vitaliza e limpa.
Busquemos no raciocínio lógico essa resposta, nos fortalecendo na
meditação e na prece a razão de cada um. Somente os cegos caem na
fossa; os que já passaram a enxergar ficam livres das trevas. “A verdade
liberta a criatura”, palavras de Jesus.
Quando vem o conhecimento da verdade, a luz do entendimento o
livra de todo o mal. Só aceitaremos a influência dos espíritos inferiores se
vivermos na inferioridade. Fomos criados todos simples e ignorantes e as
escolhas de cada um é que é individual, assim como a ascensão de cada
espírito.

123.

Reflexão: A culpa é somente nossa quando enveredamos por caminhos


incompatíveis com o bem e o amor. A dor é um despertamento para
espíritos rebeldes.
Neste plano dimensional que vivemos, onde o mal impera, ainda é
difícil acreditar que um espírito encontre logo o caminho do bem assim
que é criado. No entanto, quando passarmos desse estágio, será mais fácil
entender, porque vamos estar mais próximos desses seres que
evolucionaram primeiro, por terem escolhido logo a porta estreita,
enquanto nós ainda teimamos que nossa porta seja a mais larga possível.
Quando aprendermos a libertar o ego dentro de nós para as coisas
de Deus, ficaremos simplesmente inebriados por então tomarmos
consciência de que estamos mais próximos de Deus do que pensamos, por
fazer parte Dele e por termos sido criados para a grandeza espiritual.

124.

Reflexão: Nessa dimensão que estamos se faz necessária duas forças


incompatíveis entre si. A luta do bem com o mal é travada de forma que o
bem saia sempre vencedor. Essa é a lei da evolução. Com isso o mal acaba
servindo de impulsionador para que espíritos revoltados evoluam, pois
essa é a sua verdadeira finalidade na criação; evoluir para a vida e
felicidade eterna ao lado do Criador.
A luz não desconhece as trevas, e esta nos impulsiona para a luz.
Nenhuma ovelha se perderá. Os espíritos não foram feitos de uma só vez
e é nesse ponto que as diferenças são enormes na escala da elevação
espiritual. No entanto, o que está na frente já esteve atrás e o que está no
meio se encontra mais perto da libertação. Toda subida exige sacrifício.
Existem muitos caminhos na ascensão espiritual, porém o peso é o mesmo
para todos.
Na personalidade de Paulo, o apóstolo, quando se perde em um
campo, a compensação se evidencia em outro. Eis a justiça como
misericórdia que surge para todas as criaturas. Se nos julgamos nos graus
intermediários o nosso dever é trabalhar para a nossa própria melhoria
agora, sem perda de tempo, pois a vida ajuda mais os de boa vontade.
Conforme o plantio é que se faz a colheita.

125.

Reflexão: Essa demora acontece por causa da teimosia guiada pelo


orgulho e egoísmo. Quanto mais tempo demoramos no mal, mais
demoramos no aprendizado, encontrando as devidas assimilações da
verdade. No entanto, quando nos conscientizamos no bem, como sendo o
fator principal de sua vida, pelo fato de estar preparado pelo sofrimento,
que lhe deixou um saldo de grandes experiências.
Todos os graus de superioridade existentes na criação de Deus são
acessíveis a todos os seus filhos. Mal algum perturba a fisiologia da alma.
Pode de certo modo desarmonizar seus corpos, mas nunca alterar a sua
profunda constituição. O espírito quando está colhendo o que plantou de
mal para seus irmãos de caminho acham injustiça por lhe faltarem a
compreensão e a sua razão ilusória lhe fala que irá sofrer uma eternidade,
por não conhecer a extensão de uma eternidade no campo maior da vida.
É nesse sentido que os espíritos superiores falam aos homens em
eternidade.
A verdade absoluta existe apenas para Deus. Os próprios livros onde
as filosofias espirituais e as religiões se baseiam de vez em quando
haverão de sofrer mudanças, de acordo com a evolução das criaturas. O
progresso não pede licença a ninguém, por ser uma força de Deus que
tudo arrasta para o crescimento.
O tempo desaparece diante do espírito e da imortalidade. É por isso
que não existe penas eternas para as almas. Estas penas são breves em
comparação com a felicidade daqueles que já a alcançaram por
maturidade, o que nos espera a todos. As leis puras de Deus vibram na
nossa consciência. As coisas do mundo servem para nos tocar, de modo a
nos acordar do sono.
Jesus é o mestre por excelência, por maturidade espiritual. Ele lê, no
seu livro interno, o que o amor maior escreveu e legou para nós o
evangelho do seu coração para despertar o evangelho dentro de nós.

126.

Reflexão: O animal é movido pelo instinto e esse instinto o fará matar


para viver. As lutas são constantes em todos os reinos da natureza. Depois
que essa alma animal se desliga, por maturidade dos reinos mais
grosseiros, leva consigo todos os instintos logo que recebem a razão
iluminada, escolhe somente o bem, esquecendo todo o seu passado
milenar onde nunca existiu educação, a consciência do amor e da verdade.
Todos passamos pelo despertamento onde existe o que chamamos
de erro. Dor e sacrifício são meios estabelecidos pelo Criador para o
crescimento de seus filhos do coração. Com o despertamento, surge a
perfeição que existe em todos os seres sem distinção.
O espírito, quando recebe a razão no mundo espiritual, é instruído
em todas as modalidades da lei e, ao receber o corpo físico pela primeira
vez, já tem noção do bem e do mal. Se ele mistura essas duas forças, é por
falta de experiência que o próprio tempo vai lhe conferindo com as vidas
sucessivas.
Se regredirmos a memória de um espírito angélico na profundidade
das eras que viveu, neste ou em outros mundos, nós veremos no princípio
da formação do seu caráter os mesmos erros que nos atormentam, lhe
servindo de missões como tem nos servido e não de servir àqueles que
estão na nossa retaguarda. Quem escolhe o mal desconhece o bem, e
quem vive o bem já sentiu as consequências do mal.

127.

Reflexão: A partir do momento que o espírito compreende de onde veio e


para onde vai e qual o seu destino, ele passa a respeitar as leis
estabelecidas por Deus. O mal entrará no esquecimento por não haver
necessidade de lição.
A alma é uma semente que cresce e sobe para o Criador. Na alma
iniciante, o livre-arbítrio quase não existe; ela está mais orientada pelo
meio ambiente onde forças de todos os tipos a induzem para todos os
lados, e as experiências começam em todos os mundos.
As responsabilidades são de acordo com o que aprendeu. Quem
está em cima deve ajudar quem está embaixo, e quem está embaixo ajuda
inconscientemente quem está mais em cima.
Anjos e demônios
128.

Reflexão: O anjo já passou por todas as escalas que todos os espíritos


passam em busca da perfeição, e essa diretriz tem um preço: custa
sacrifício, inúmeros problemas e dores incontáveis. Todos caminhamos
para a perfeição espiritual.
O espírito angélico, que já despertou todas as qualidades elevadas,
continua a crescer. Somente Deus não precisa aprender nada, por ser a
perfeição e o amor absoluto.
A doutrina espírita tem a capacidade de nos ajudar a libertar, nos
ajudando a compreender a lei do amor de Deus ensinada pelo Cristo. O
mundo interno da alma pede reformas urgentes. Se nos esquecermos
desse chamado da consciência, entenderemos o nosso sofrimento,
passando a dor a ser mais aguda.
Anjos e demônios são todos nossos irmãos que o tempo irá reunir
em um só paraíso, cuja felicidade se encontra dentro da consciência
desperta.

129.

Reflexão: Podemos comparar a linha evolutiva dos espíritos desde a sua


formação à angelitude, como as vidas humanas desde o berço ao túmulo.
As diferenças são enormes entre os seres humanos que partem da
maturidade que nunca é igual do tempo de vida de cada ser. Os espíritos
igualmente são assim, eles se diferenciam pelo tempo. Certamente os
mais velhos carregam consigo maiores experiências e essas experiências
lhes conferem despertamento mais seguro.
Os espíritos saem de Deus em forma de energia divina, dotados de
todos os poderes e percorrem todas as estações do aprendizado. Em cada
uma das estações desabrocham valores registrados pela eternidade
enriquecendo condições para que surjam a razão como conquista de sua
trajetória. Essa energia desce experimentando todos os tipos de opressões
ambientais, se intensificando em uma unidade grandiosa, para depois
surgir o milagre da individualidade.
É nessa subida e descida, nesse esforço permanente do espírito, que
a vida toma novas dimensões pelo acervo de luz acumulados na sua
estrutura mais íntima, como sendo sol em completa conexão com o sol
maior.
O que chamamos de mal convida a alma com as facilidades
inerentes às suas ilusórias conquistas e todos nós passamos pelas ilusões
da vida. Ninguém toma água sem ter sede nem se veste sem primeiro
estar nú. Como não passar pelas experiências para depois vive-las?
Ninguém parte de Deus retamente sem nenhum problema. As condições
nós mesmos a criamos para nós mesmos as resolvermos, assegurando o
próprio mérito no coração como sendo esforço da boa luta.

130.

Reflexão: De acordo com os aprendizados que se foram sucedendo


durante todas as nossas transmigrações de existências, o termo subir para
Deus ou descer para o diabo acabou por se tornar um ponto de referência
entre o bem e o mal, em que os anjos estariam nos céus (em cima) e o
diabo no inferno (em baixo). Descida e subida são, pois, a marcha de todos
nós para a glória de nós mesmos.
Na Terra fala-se e conhece-se mais o demônio porque eles estão
mais visíveis pela sua materialidade, enquanto os anjos são como espíritos
mais sutis, que se encontram em dimensões bem diferente da dos
homens, passam-nos bastante despercebidos. O reino dos demônios é a
ignorância e o céu dos anjos é a sabedoria e o amor.
Em resposta à questão sobre os espíritos perfeitos, o bem sempre
existiu dentro de nós e sempre que iniciamos a vida em um orbe, seres
que evolucionaram anteriormente a nós, nos deixaram raízes profundas
do bem para que, quando em contato com elas despertássemos dentro de
nós essas verdades, por fazermos parte delas, assim como os demônios,
de forma sempre agressiva e hedionda, nos fazendo lembrar o porquê de
devermos nos afastar do mal.
Podemos comparar uma lâmpada acessa dentro de um quarto
escuro, onde vivam seres desde sempre apenas acostumados à escuridão
do quarto, obviamente que passariam a idolatrar essa pequena luz sem
nem mesmo se preocuparem pelas tantas etapas anteriores que ela
passou para se fazer brilhar iluminando tudo à sua volta. Assim se dá com
a visão de espíritos ainda não despertos para com os anjos por não terem
experienciado ainda todas as etapas que eles tiveram que passar até
chegar à perfeição. Não se pode falar daquilo que nunca se vivenciou.

131.

Reflexão: Os demônios foram criados por religiões e homens como


símbolos do mal personificados na Terra, de modo a manter a ordem ou o
aprisionamento dos desprovidos ainda do conhecimento através do
medo, assim comparando o que há de pior em nós com esses seres
mitológicos.
A doutrina dos espíritos que revive o cristianismo, afirma e reafirma
a não existência de demônios tal como pintados por mentes sem
compreensão e por almas que desconhecem a bondade divina. Os
demônios os quais podemos crer moram dentro de cada criatura que
ainda não puderam eliminá-los. Eles se chamam: ódio, inveja, ciúme,
maledicência, orgulho, egoísmo e outros mais que proliferam na
sociedade que desconhece o Cristo.
Quem tem o céu no coração, tem a consciência tranquila pelo
cumprimento dos deveres, somente cria e vê as coisas de fora que
existem por dentro de si. Essa é a lei dos reflexos, que erroneamente
interpretamos pelo:
Bem = belo
Mal = feio
A razão caminha para a perfeição, e então o belo pode se
transformar no feio e o feio no belo. A verdadeira intenção que devemos
reter é a da perfeição que só compreenderemos quando olharmos para
dentro, pois é lá que se encontra toda a verdade do nosso existir.

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