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1.

A esquizofrenia

É um conjunto de transtornos psiquiátricos graves e incapacitantes que caracterizado


por alterações no pensamento, emoções e comportamento, que pode ser causado por
factores genéticos, ambientais e alteração em neurotransmissores. Geralmente, a
esquizofrenia se manifesta entre o final da adolescência e início da vida adulta em
homens e mulheres.

 Os neurotransmissores - São compostos químicos secretados pelas células do


sistema nervoso, os neurónios, responsáveis por transmitir as informações
necessárias para diversas partes do corpo.
 Exemplos de alguns neurotransmissores
 a adrenalina - é um hormônio produzido no corpo humano e secretado pelas
glândulas supra-renais. Ela é liberada sempre que o corpo é exposto a alguma
situação de forte emoção, como se fosse um mecanismo de defesa.
 O glutamato- é o aminoácido mais abundante no sistema nervoso central

 O gama-aminobutírico “GABA” - é o principal neurotransmissor inibitório do


sistema nervoso central, o que significa que ele reduz a atividade dos neurônios
de várias regiões do cérebro, produzindo sensação de calma e relaxamento,
modulando contrações musculares e induzindo o sono.

Os sintomas de esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa, não havendo um


sintoma específico desse transtorno, no entanto é possível que existam alucinações,
delírios, fala desordenada e alteração no comportamento. Por isso, é recomendado que o
psiquiatra seja consultado assim que forem notados sintomas.

1.1.Tipos de esquizofremia

1.1.2.Esquizofrenia paranoide - A esquizofrenia paranoide é o subtipo da


esquizofrenia mais comum, em que predominam os delírios de perseguição ou de
aparecimento de outras pessoa, o que torna muitas vezes a pessoa desconfiada, agressiva
e violenta.
1.1.2.1.Sintomas de esquizofrenia paranoide

 Alucinações-ocorre quando a percepção do indivíduo identifica alguma coisa


que não existe como sendo parte da realidade tais como:
 Alucinação auditivas - percepção de sons inexistentes.
 Alucinação táctil - pessoa detecta que estão sendo tocados quando não são. Isto
é associado com o abuso da substância tal como a cocaína ou a anfetamina.
 Delírios-
 Delírio de perseguição - O portador deste tipo de delírio acredita que está sendo
vítima de uma perseguição, e afirma que há inimigos que estão querendo matar,
envenenar, difamar ou que querem lhe fazer algum mal, sem que isto seja
verdade.
 Delírio de grandeza- Neste caso, a pessoa acredita que é superior às outras
pessoas, por ter um cargo importante ou por ter habilidades fantásticas, como ter
superpoderes, ser Deus ou o presidente da república
 Delírio de grandeza - Combinação secreta com alguém, contra uma terceira
pessoa;

1.1.2.2.Pensamento e Comportamento

 estão constantemente em guarda, por enxergarem o mundo como um lugar


ameaçador.
 Tendem a confirmar suas expectativas, agarrando-se a mínimas evidências que
confirmem suas suspeitas, e ignoram ou distorcem qualquer prova em contrário.

 Fadiga (devido à preocupação constante)

 Acreditar que o mundo é um local perigoso;


 é extremamente desconfiado
1.1.2.3.Históricos ̸ relato familiar
 Ele perdeu interesse com a vida social, e pautou por isolamento social.
 Tempo de atenção curto

 Pensamento e fala desorganizada.

 Irritasse muito facil


1.1.2.4.Estratégica de intervenção

Na qualidade de psicólogo educacional, sabendo que a esquizofrenia é uma


doença heterogénea com manifestações clínicas que se modificam rápida e facilmente, a
organização útil da sintomatologia descritiva do transtorno constituísse numa grande
visão.

 O tratamento com fármacos podem auxiliar o paciente paranóide a eliminar


alguns sintomas. Apesar de haver melhora em certos comportamentos, os
sintomas paranóides comummente não são alterados.

 A psicoterapia também é outra opção de tratamento, uma vez que a possibilidade


de relatar seus temores e desconfianças regularmente auxilia o paciente
paranóide a se encaixar socialmente.

 Terapia cognitivo-comportamental - É um tratamento psicoterapêutico que se


propõe a ajudar o paciente identificando nele padrões de pensamentos, crenças e
hábitos disfuncionais que, por sua vez, têm influência negativa em seus
comportamentos e suas emoções.
Relato do caso

1.1.3.Esquizofrenia catatônica – Os esquizofrênicos catatônicos podem


apresentar considerável redução na execução de movimentos corporais, a
ponto de a movimentação voluntária cessar completamente. Em outros casos,
pode acontecer o contrário, quando os movimentos aumentam drasticamente.

Situação

É um dos menos comuns e se caracteriza pela pouca fala, falta de interação com as pessoas ao redor, recusa
em se alimentar, movimentos corporais estranhos ou até redução da atividade motora. O paciente pode
permanecer imóvel, quieto e com expressão facial de indiferença durante horas

Sintomas
traz uma disfunção motora para a pessoa, dificultando-a de se movimentar e também
gera diminuição da fala;

pouca fala,

falta de interação com as pessoas ao redor,

recusa em se alimentar,

movimentos corporais estranhos ou até redução da atividade motora.

Pensamento e comportamento

Pessoas com catatonia podem sofrer uma perda extrema de habilidade motora ou mesmo atividade

motora hiperativa constante. Os pacientes catatônicos às vezes possuem poses rígidas por horas e

ignorarão qualquer estímulo externo. Pessoas com excitação catatônica podem sofrer de exaustão se não

forem tratadas. Os pacientes também podem mostrar movimentos estereotipados e repetitivos.

O paciente pode permanecer imóvel, quieto e com expressão facial de indiferença durante horas

Históricos ̸ relato familiar

João 20 anos , estudante da 11ª classe, apresenta resistência para mudar a sua
própria aparência, fazez movimentos repetitivos, e passar horas parados na
mesma posição. Tem o hábito de repetir as falas de outras pessoas ou imitar
seus movimentos.

1.1.2.4.Estratégica de intervenção

O tratamento inicial destina-se a proporcionar alívio sintomático. Os benzodiazepínicos são a primeira

linha de tratamento e muitas vezes são necessárias altas doses. Uma dose de teste de lorazepam

intramuscular geralmente resultará em melhora acentuada 

A terapia eletroconvulsiva (ECT) é um tratamento eficaz para catatonia. Os antipsicóticos devem ser usados

com cuidado, pois podem piorar a catatonia e são a causa da síndrome neuroléptica maligna , uma

condição perigosa que pode imitar a catatonia e requer descontinuação imediata do antipsicótico.

O topiramato é outra opção de tratamento para catatonia resistente; Produz seus efeitos terapêuticos

produzindo antagonismo de glutamato via modulação de receptores de AMPA.


O uso bem sucedido de diazepam, oxazepam ou clonazepam também foi relatado.

Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada

é caracterizada por um comportamento mais infantil, com respostas emocionais inadequadas e pensamentos
incoerentes.

A esquizofrenia é uma psicose endógena freqüente e grave, caracterizada principalmente pela desorganização da mente, com
variados sintomas psíquicos e somáticos, e com uma evolução progressiva, que em alguns casos leva a deterioração.
Apresenta-se com expressão parva, néscia, desdenhosa, que encontramos nas meninas e jovens ao despertar da puberdade,
e que persiste no hebefrênico, imprimindo-lhe o ar ingênuo de deslumbramento; o hebefrênico adulto conserva os traços
psicológicos da puberdade. Torna-se incorreto, pernóstico ou cínico, dedicando-se a intrincados problemas filosóficos ou
artísticos, fora da realidade. Freqüentemente o hebefrênico afeta acentuada tristeza, de matiz hipocondríaca, ou às vezes,
vezes, mostra-se romântico, ou ao contrário, apresenta exaltação e euforia irritável, impulsiva e impertinente.

Sintomas

Os esquizofrênicos hebefrênicos têm dificuldade em seguir processos e


organizar pensamentos.

dificuldade em escovar os dentes,

tomar banho

vestir-se.

dificuldade em expressar sentimentos e comunicar-se,

parece emocionalmente instáveis

Pensamento e comportamento

Pouco afeto é superficial e inapropriado.

Históricos ̸ relato familiar

Tomas de sexo masculino, 22 anos, natural da gurue , servente de obra, católico e residente na obra onde trabalha, é o
terceiro de uma prole de 8 filhos, sendo 4 mulheres e 4 homens, todos lavradores. Na Paraíba moravam num sítio, casa de
estuque, chão batido, em estado de miserabilidade total, carente de qualquer princípio de higiene compatível com a saúde.

O paciente relata que os pais são vivos, "bem de saúde". Mãe com mais ou menos 45 anos e o pai com mais de 65 anos. Diz
que sempre gostou muito dos pais e sua relação com eles foi boa, nunca tendo problemas com os mesmos, sendo sempre
bem tratado por eles. Diz que se relacionava bem com todos os irmãos, exceto com o mais velho, que o maltratava muito
quando pequeno e que por isso tem raiva dele, resolvendo descontar as maldades que o irmão fez com ele logo que ficou
adulto.

Relatou serem todos sadios, sem problemas psiquiátricos na família, para depois informar que a mãe se encontra internada em
hospital psiquiátrico na Paraíba e que mais dois parentes "morreram por doença mental". Essas informações foram
confirmadas por um primo. A condição sócio-econômica de sua família é precária, vivendo em casa de estuque, numa roça,
onde lavram a terra que já se encontra cansada.

Estratégica de intervenção
 Psicoterapia de apoio praxiterapia

terapia ocupacional

1. Esquizofrenia
2. Sintomas
 lentificação motora,
hipoatividade,
passividade e falta de iniciativa,
falta de cuidados pessoais e pouca comunicação verbal e não-verbal, o que inclui redução nos gestos, contato
ocular, expressões faciais e até mudanças no tom de voz
pensamento
estratégia de intervencao

Quem tem mais dificuldade para tratar estes sintomas precisa receber cuidados
especiais. “Pacientes com esquizofrenia residual necessitam de acompanhamento
constante, o que inclui não só medicações, mas também suporte psicossocial”,
recomenda a profissional. A ajuda da família, de psicólogos e assistentes
sociais colabora para melhorar o funcionamento social do paciente, facilitando sua
reinserção na sociedade e reduzindo as crises.

Continuar utilizando os medicamentos recomendados pelo médico é essencial para que


os sintomas negativos também sejam controlados. Ao deixar os remédios de lado, há
risco de piora do quadro, com a volta de delírio e alucinações e maiores chances de
internação. As medicações geralmente utilizadas são os antipsicóticos, mas existem
também outros tipos. Por isso, é importante conversar com o psiquiatra, que vai
conduzir o tratamento da melhor forma para cada caso.

 
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