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Apostila Nivelamento Português
Apostila Nivelamento Português
Português
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2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen . Antes de nomes masculinos (porque essas pala-
diante de palavra iniciada por m, n e vogal: cir- vras não admitem o artigo a):
cum-navegação, pan-americano etc. Ele adora andar a cavalo, ela prefere andar a pé.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segun- . Antes de verbos (porque antes de verbos não
do elemento, mesmo quando este se inicia por aparece artigo):
o: coobrigação, coordenar, cooperar, coopera- Assim que saíram, começaram a correr.
ção, cooptar, coocupante etc.
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. Na combinação “singular + plural”: 2. Ao encontro de: tem significado de “estar de
O filme não é direcionado a pessoas sensíveis. acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto
de”: Meu novo trabalho veio ao encontro do que de-
. Antes de nome de cidade Ex.: sejava. (Meu novo trabalho está de acordo com o que
Fui a Curitiba visitar meus avós. desejava.)
Vamos ao encontro de nossa turma. (Vamos para
. Em expressões com palavras repetidas: junto de nossa turma)
O tanque se encheu gota a gota. De encontro a: tem significado de “contra”, “em
oposição a”, “para chocar-se com”: Esta questão está
indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta
4. Uso da crase envolvendo HORAS questão está indo contra os interesses da empresa).
A decisão tomada foi de encontro às reivindica-
Regra prática – Substitua a hora por “meio-dia”: ções do sindicato. (A decisão tomada foi oposta às rei-
se der “ao meio-dia”, há crase; se não der, esqueça a vindicações do sindicato).
crase.
Observe:
A transmissão começa às 6h30. 3. Mal é advérbio, antônimo de bem. Ele pratica
Com crase, porque “A transmissão começa ao o mal; não faz o bem
meio-dia”. Mau é um adjetivo, antônimo de bom. O mau chei-
ro tomou conta da sala, mas, na cozinha, o cheiro era
Mas: O erro foi identificado pela reportagem após bom.
as 19h de ontem.
Sem crase, porque “O erro foi identificado pela re-
portagem após o meio-dia de ontem”. 4. No sentido de existir, acontecer, o verbo haver é
impessoal, isto é, não tem sujeito; consequentemente,
não flexiona. Portanto, a forma correta é: Houve opi-
5. CASOS ESPECIAIS em que se usa a crase: niões contrárias. E mais: se estiver combinado com
um ou mais verbos auxiliares, toda a expressão ver-
. Antes das palavras casa, terra e distância – bal permanece no singular: Poderia haver opiniões
quando determinadas: contrárias.
Voltei à casa de meus pais. Fique à distância de
10 metros Fomos à terra de meus avós.
5. Sempre que utilizar verbo de ligação (ser, estar,
. Antes de pronomes demonstrativos, sempre que parecer, ficar, permanecer, continuar), principalmente
o regente admitir a: o verbo ser, e não houver elemento modificador do su-
jeito (artigo, adjetivo, numeral), tanto o verbo quanto
Esta camisa é igual àquela que você ganhou.
o predicativo do sujeito devem permanecer na forma
Ninguém se referiu àquele erro que eu cometi.
masculina, singular. Caso contrário, ou seja, se houver
o elemento modificador, ambos - o verbo e o predicati-
vo - concordam com o modificador.
DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE A
LÍNGUA PORTUGUESA: Portanto, o modo correto de escrever é:
É proibido entrada ou É proibida a entrada.
1. “Afim” ou “A fim”?
Outros exemplos:
“Afim” é um adjetivo e significa igual, semelhante, Pimenta é bom. / Esta pimenta está boa.
parecido: Suas ideias são afins. Possuem tempera- É necessário dedicação. / A dedicação é
mentos afins; por isso se relacionam tão bem. necessária.
Está proibido brincadeiras. / Estão proibidas as
“A fim” faz parte da locução “a fim de”, que sig- brincadeiras.
nifica para, com o propósito, com o intuito e indica fi-
nalidade: Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de
sua inocência. Apresentou-nos todas as propostas de 6. “Atrás” é grafado com “s”. É um advérbio de lu-
pagamento a fim de vender os produtos. gar: Ele estava atrás de mim quando tudo aconteceu.
“Traz”, do verbo “trazer”, conjugado na terceira
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pessoa do singular, é escrito com “z”: O autor traz para USO DA VÍRGULA
o seu romance a questão da seca.
“Trás” (com “s” e acento) significa “na parte poste- Estando a oração em ordem direta (seus termos
rior” e é sempre precedido por preposição: Ele estava se sucedem na seguinte progressão: sujeito ? verbo ?
por trás disso tudo desde o começo. complementos do verbo (objetos) ? adjunto adverbial),
isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgu-
la é, de modo geral, desnecessário. Assim:
7. Emprego dos Porquês
1. Não se usa vírgula:
POR QUE (separado) é empregado em perguntas Não se usa vírgula separando termos que, do pon-
e questionamentos: Por que você comprou o celular? to de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
a) entre sujeito e predicado: Todos os alunos da
POR QUÊ (separado e com acento) é empregado sala foram advertidos.
em perguntas, no final da frase: b) entre o verbo e seus objetos: O trabalho custou
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? esforço aos realizadores.
11. Atraso implicará “em” punição. Implicar é dire- Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
to no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará
punição. / Promoção implica responsabilidade. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e
animais.
12. Não sabiam “aonde” ele estava. O certo é: não Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do
sabiam onde ele estava. “Aonde” se usa com verbos verbo:
de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer che-
gar. / Aonde vamos? Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
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Usa-se a vírgula para isolar: Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este
ano.
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, E, por último, a ênclise, que tem incidência nos se-
possui um trânsito caótico. guintes casos:
- o vocativo: . Em frase iniciada por verbo, desde que não este-
Ora, Thiago, não diga bobagem. ja no futuro:
Vou dizer-lhe que estou muito feliz.
Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério.
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Ansioso por ASSISTIR
Atenção a ou para
Atento a ou em O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transi-
tivo direto e intransitivo.
Benéfico a Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presen-
Compatível com ciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a
Cuidadoso com preposição “a”.
Desacostumado a ou com - Assisti a um filme. (ver)
Desatento a - Ele assistiu ao jogo.
Desfavorável a Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “aju-
dar” e exige complemento sem preposição.
Desrespeito a
- O médico assiste o ferido. (cuida)
Estranho a
Favorável a Obs.: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usa-
Fiel a do com a preposição “a”.
Grato a - Assistir ao paciente.
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- O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar) OBEDECER
Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”,
“ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição É transitivo indireto, ou seja, exige complemento
“a”. com a preposição “a” (obedecer a).
- Muitos visavam ao cargo. - Devemos obedecer aos pais.
- Ele visa ao poder.
Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá
ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se
diz: viso-lhe.
VER
Obs.: Quando o verbo “visar” é seguido por um in-
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição.
finitivo, a preposição é geralmente omitida.
- Ele viu o filme.
- Ele visava atingir o posto de comando.
Pode ser transitivo direto (no sentido de “dese- • Conjunções com função adversativa: são aque-
jar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”, las que denotam uma ideia ou atitude de oposi-
“estimar”). ção, contraste, refutação. As principais conjun-
- A criança quer sorvete. ções adversativas são: mas, porém, contudo,
- Quero a meus pais. todavia, no entanto, entretanto.
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Tais medidas deveriam ser adotadas, pois elas . Tempo:
podem salvar o país. Quando chegarmos, iremos dormir.
Não tenha atitudes como essas, porque elas são
cruéis. . Proporção
À medida que cavava, o buraco ficava mais fundo.
• Conjunções com função conclusiva: expressam
uma conclusão. As principais conjunções conclu-
sivas são: portanto, logo, por conseguinte, pois TIPOLOGIAS TEXTUAIS
(após o verbo), por isso.
1. DESCRIÇÃO:
O país encontra-se crise, portanto devemos A descrição caracteriza-se por um texto imagético.
economizar. Ou seja: criar, na mente do leitor, a imagem do que se
Vivemos sob a ameaça de invasão. Não pode- deseja descrever.
mos, pois, abrir as fronteiras. Para isso, devem ser apresentadas as caracterís-
ticas, dados, informações sobre o que se deseja des-
• Conjunções com função alternativas: exprimem crever. O uso de adjetivos é indicado.
ideia de escolha, de alternância. As principais
conjunções são: ou, ou...ou..., ora... ora..., quer... 2. NARRAÇÃO
quer. A narração é composta de: apresentação, ação
Ou vamos à praia ou ao cinema. complicadora, clímax e desfecho.
Ora comia, ora dormia. Verbos que indicam ação caracterizam a narração.
Em uma narrativa, o que deve ser priorizado são
as ações dos personagens.
2.As orações subordinadas adverbiais funcionam A narração pode ser construída em primeira pes-
como adjunto adverbial de uma outra oração e vêm, soa do singular (EU). Neste caso, o narrador também
normalmente, introduzidas por conjunção subordinati- se torna um personagem.
va. Elas têm função semântico-argumentativa de: Elementos de descrição podem ser utilizados em
uma narração, como maneira de contextualizar o local
. Causa: da ação, ou caracterizar personagens.
Como não tinha dinheiro no bolso, não comprou
o carro. / A felicidade sempre há de existir, porque so- 3. DISSERTAÇÃO
mos otimistas. Um roteiro auxilia na produção de um texto
dissertativo.
. Comparação: Dissertação deve ser dividida em introdução, de-
Ele era mais idealista que prático. / Seu discurso senvolvimento e conclusão.
era empolgante, tal qual um sonhador. A argumentação é fundamental em uma disserta-
ção e deve aparecer no desenvolvimento.
. Concessão: A enumeração de ideias aparece após a introdu-
Não pude resistir, embora devesse evitar doces. ção. É fundamental que as ideias apresentadas sejam
Ainda que a praia não limpa, pretendo dar um desenvolvidas com bons argumentos.
mergulho. Repetições de ideias e até mesmo de trechos nos
textos dissertativos não são indicadas, pois demons-
. Condição: tram a falta de argumentos.
Se você quiser, sairemos para jantar. A utilização de exemplos enriquece o texto disser-
. Conformidade: tativo. Os exemplos não devem ser em primeira pes-
Segundo a legislação, dirigir embriagado é crime. soa do singular. O ideal é tornar o texto impessoal.
. Consequência: Cuidado com a utilização de dados. Caso tenha
O calor é tão intenso, que as pessoas estão dívidas quanto aos valores, utilize termos como: “apro-
desmaiando. ximadamente”, “a grande maioria”, “grande parcela da
população”...
. Finalidade: Uso da primeira pessoa do plural (NÓS) e terceira
Estudo para realizar meus sonhos. pessoa (ele/eles, ela,/elas) são os mais indicados nos
Ele comprou novos cadernos para escrever um textos dissertativos. Ex.: Nós, cidadãos... A socieda-
livro. de... As pessoas...
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LEMBRETES IMPORTANTES palestra sobre futebol, em um curso de Educação
Física.
Gírias e ditados populares não são indicados para Cada um dos elementos de comunicação exerce
a produção de textos. uma função. As funções são as seguintes: referen-
Cuidado para não fugir ao tema em sua redação. cial (centrada no contexto ou referente); emotiva ou
Este é um erro grave. expressiva (centrada no emissor); conativa ou apela-
Prefira frases mais curtas. tiva (centrada no receptor); poética (centrada na men-
A utilização de rascunho em redações é indicada. sagem); metalinguística (centrada no código) e fática
Antes de produzir a redação final, exponha suas ideias (centrada no canal).
no rascunho, para organizá-las melhor.
Título e tema não são necessariamente idênticos. . Função centrada no contexto ou referente: re-
Aliás, o ideal é dar um título diferente do “tema”. ferencial ou denotativa. Esta função fica eviden-
O internetês deve ser evitado nos textos (vc, tb, ciada em qualquer ato de comunicação em que
☺...) se transmite uma informação, com exposição de
dados, de maneira objetiva. É a função predomi-
nante em textos científicos, jornalísticos e técni-
cos, assim como nas redações dissertativas e
nos relatórios informativos. A função referencial
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E dá destaque ao referente, ou seja: ao assunto,
FUNÇÕES DA LINGUAGEM objeto ou situação em destaque na mensagem.
Como exemplo, podemos citar os livros científi-
A comunicação é fundamental em nossas vidas, e cos, as palestras realizadas na faculdade, as ex-
se processa de diferentes maneiras. plicações durante uma aula de anatomia…
Alguns elementos são comuns à oralidade e aos
escritos - e também a outras formas de comunicação, . Função centrada no emissor: emotiva ou ex-
seja por gestos, símbolos, imagens etc. Trata-se dos pressiva. Na função emotiva ou expressiva, o
“Elementos de Comunicação”: emissor, receptor, men- destaque fica por conta do emissor, quando este
sagem, código, canal, contexto ou referente. se propõe a transmitir suas vontades pessoais,
emoções e desejos. Assim, a mensagem con-
. EMISSOR - É o responsável por emitir a men- centra-se nos posicionamentos do emissor. Por
sagem. Para isso, precisa definir de que maneira tal isso, apresenta-se na primeira pessoa (EU/NÓS).
mensagem será construída. A função emotiva ou expressiva ocorre em poe-
sias, em textos com teor dramático ou romântico.
. RECEPTOR - É quem recebe a mensagem. Mas Mas também ocorre em textos mais “racionais”,
não basta recebê-la; é preciso entendê-la, interpretá-la. como opiniões políticas, redações que mostram
indignação com a violência ou na defesa de uma
. MENSAGEM - É a “matéria-prima” da comunica- causa, como a ecologia. Como exemplo, pode-
ção. Todo o processo de comunicação gira em torno mos citar os diários, os poemas, um desabafo
da mensagem. contra a corrupção, cartas de amor…
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. Função centrada na mensagem: poética. Apesar
desta função nos remeter, imediatamente, às po- Anotações
esias, elas não são as únicas a serem contem-
pladas neste tópico. Na verdade, a função poéti- _________________________________________
ca acontece toda vez que não nos preocupamos
apenas com o conteúdo da mensagem, mas, sim, _________________________________________
com sua forma. De que maneira? Utilizando pala-
vras que chamam a atenção, rimas, construções _________________________________________
criativas de textos, enfim, quando damos extre-
ma importância à “embalagem” das mensagens. _________________________________________
Como exemplos, temos, além dos poemas (em
que há toda uma preocupação com a beleza das _________________________________________
palavras e das rimas, e não só com o conteúdo),
os discursos de formatura, em que os alunos pro- _________________________________________
curam fazer um belo texto, com palavras e frases
que chamem a atenção dos ouvintes. _________________________________________
_________________________________________
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SUGESTÕES DE OBRAS PARA CONSULTA DOS ALUNOS
ANDRADE, Maria Margarida de; HENRIQUES, Antonio. Língua portuguesa: noções básicas para cursos supe-
riores. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2005.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro:
Lexikon, 2007.
FIORIN, Jose Luis; SAVIOLI, Francisco Platao. Lições de texto: leitura e redação. 5 ed. São Paulo: Ática, 2006.
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. 4. ed. São Paulo: Ática, 2007.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática contemporânea: teoria e prática. São Paulo: Escala Educacional,
2006.
TUFANO, Douglas. Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA. Disponível em: < http://michaelis.uol.com.br/novaor-
tografia.php>. Acesso em: 07 jan.2016
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