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https://www.youtube.com/watch?v=Mo3cUqOmjJI
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Ética x moral
Etimologia
Ou seja, no âmbito etimológico, ambos possuem a mesma definição. Distinção está na origem,
uma tem origem grega e a outra latina.
Filosofia
A moral é cultural e temporal porque varia conforme o momento histórico vivido, conforme a
sociedade na qual estejamos inseridos, a moral é mutável, é subjetiva porque varia de
individuo para individuo, de grupo para grupo, é pratica porque é conduta (comportamento), é
objeto de estudo porque a ciência ética tem como estudo justamente a moral, o contexto de
coletividade. Por ser conduta, por ser pratica, por observarmos as pessoas executando ações
no contexto coletivo, a moral é concreta.
Teorias Éticas
Teleológicas – são as éticas dos fins. Ou seja, as nossas preocupações são alcançar fins bons.
São também chamadas de teoria da responsabilidade. Utilitarismo – usar, buscar a maior
felicidade possível à maior quantidade de pessoas, independentemente das consequências ou
dos meios. Aqui os fins justificam os meios.
Cidadania/Democracia
A cidadania não se consolida apenas com a garantia dos nossos direitos, mas
fundamentalmente, com o exercício dos nossos deveres. Cidadania está ligado à ética porque
ao exercer nossos deveres, não pensamos só em nós mesmos, mas também no coletivo e nos
impactos que o descumprimento desses deveres pode trazer ao todo.
Capitulo I
Capitulo II
Cuidado: decreto 171/94 é norma de livre adesão com aplicação apenas no Executivo Federal.
Significa que cumprirá esse decreto, quem quiser. Não é obrigatório pois a gente só é obrigado
a fazer algo ou deixar de fazer mediante lei. O decreto é norma de caráter secundário. Não é
possível obrigar por lei as pessoas a serem éticas. Mas, por mais que seja uma norma de livre
adesão, aquele que incorre em falta ética, provavelmente vai exceder a ética e vai incorrer
também em ilícito penal, civil, improbidade administrativa e infração disciplinar, se isso
acontecer, em ética, o sujeito recebe a penalidade de censura por parte de uma comissão
(sendo servidor do executivo), mas o que exceder, responde concretamente por meio de lei.
Lei 8112/90 – regime jurídico dos servidores federais - artigos 116 (deveres) e 117 (proibições)
Princípios básicos
Os primados maiores (princípios básicos) servem para manter a honra e a tradição dos serviços
prestados na esfera pública, que são: dignidade, decoro, zelo, eficácia e consciência dos
princípios morais. A dignidade tem a ver diretamente com as nossas atitudes, eu demonstro
que sou digno de exercer o meu cargo por meio de atitudes que desempenho, se elas
estiverem validadas de acordo com os princípios constitucionais. Decoro quer dizer decência.
Consciência dos princípios morais – não basta cumprir a legalidade, é preciso agir com moral.
O servidor não poderá omitir a verdade em prol do interesse público, o fim não pode justificar
os meios. A verdade é um dos primados maiores.
Situações antiéticas – deixar cidadão a espera de atendimento que compete ao setor onde
exerce suas funções, deixar com que se forme longas filas, que é grave dano moral, da mesma
forma que não se pode tratar mal o cidadão pagador de tributos, gera dano moral.
Ordens legais – se não forem cumpridas, incorre em negligencia, e ao cumprir, deve cumprir
com zelo, porque ao errar demasiadamente, os repetidos erros configurarão imprudência na
função pública.
O servidor deve ter respeito a hierarquia sempre, o que não deve é ter temor em representar
contra o superior hierárquico que lhe imponha algo que comprometa a estrutura em que se
funda o poder estatal, ou seja, o superior hierárquico que tenta tirar vantagem indevida, que
queira q você aja imoral ou ilegalmente.
Sempre diante de duas situações, o servidor deve escolher entre a melhor e mais vantajosa
para o bem comum (o cespe podre trocar para “bem do governo” e “bem da administração
pública) e só é possível fazer essa escolha se o servidor for probo, reto, leal e justo – o
principio da moralidade é que limita a finalidade e legalidade da ação, ser reto é ser correto,
não fazer curva, o que se relaciona com o principio da legalidade, probidade é honestidade –
finalidade social alcançada mediante honestidade, ela em equilíbrio com a legalidade vai gerar
justamente a moralidade, que é o cerne utilizado em provas de ética.
Prestação de contas – é dever do servidor prestar contas daquilo que executa – é condição
essencial da gestão de bens, direitos e serviços da coletividade que exercem.
Greve – apesar de estar na seção “deveres” não é dever do servidor fazer greve, mas no direito
do exercício de greve, é dever do servidor publico cumprir com as exigências especificas para
resguardar a vida e a segurança da coletividade.
Existe um dever no código que é divulgar o código de ética para sua classe profissional. Em
caso de infração ética deve-se comunicar imediatamente ao superior hierárquico.
Favorecimento – é vedado utilizar do cargo para buscar favorecimento para si ou para outrem,
assim como não pode usar de informações privilegiadas para o mesmo fim (informações
privilegiadas são aquelas que não foram publicadas).
Reputação – é vedado prejudicar a reputação de servidor ou de pessoa que dele dependa. Ex.:
um colega comentou com o superior que outro colega tem assediado sexualmente outra
colega, ele agiu de maneira antiética porque quando simplesmente comenta-se, é o mesmo
que “fofocar”, é diferente de comunicar e exigir providencias, quando eu comunico e exijo
providencia, eu assumo as consequências caso essa situação seja inverídica.
Se o servidor for graduado, mesmo que a graduação tenha sido paga pelo próprio servidor e
não pela administração, o servidor será obrigado a usar seu conhecimento se estiver
relacionado com sua função.
É vedado prejudicar o trato com o público por questões subjetivas pois fere o princípio da
impessoalidade.
É vedado solicitar, provocar, sugerir, receber gratificação financeira por comissão ou doação,
vantagem indevida de qualquer natureza, em troca do cumprimento do meu trabalho para
agilizar atendimento a qualquer pessoa. Pode configurar corrupção passiva e ativa.
É vedado alterar documento público que tem em mão para tomar providências, o que se pode
fazer é retirar, mas a retirada deve ser feita mediante previa autorização.
É vedado iludir ou tentar iludir cidadão que venha resolver algo na administração pública. (Ex.:
volta amanhã, volta depois de amanhã...)
Embriaguez – no local de serviço configura falta ética, fora do local de trabalho para a
embriaguez ser considerada falta ética, precisa ser embriaguez habitual.
Vincular nome – o servidor não pode, ainda que a atividade seja licita, exercer atividade de
caráter duvidoso, que fira o interesse publico ou interesse coletivo. Ex.: servidor com cargo de
dedicação exclusiva que utiliza seus dias de folga para realizar atividade licita na iniciativa
privada, apesar de não ser ilícita essa atividade fere o interesse publico visto que os dias de
folga e escalonamento pressupõe descanso, justamente por conta do desgaste físico e
emocional que o servidor tenha no período que atua na administração pública.
Para o nosso código, servidor é todo aquele que por força de lei, contrato ou ato jurídico,
receba delegação do poder público em caráter permanente, temporário, excepcional, ainda
que sem remuneração, ou seja, tem-se aqui a concepção de agente público.
Improbidade administrativa
Sujeito ativo – aquele que pratica o ato. Quem pode praticar atos de improbidade? Agente
público. Além dele, tem o chamado terceiro, mas não é qualquer terceiro e sim o terceiro que
induz ou concorre, ou beneficia do ato de improbidade.
O agente público para fins de improbidade administrativa não é apenas o concursado, e sim
qualquer pessoa que esteja exercendo uma função pública: servidores efetivos e
comissionados, empregados, temporários, agentes honoríficos, mesmo sem vínculo efetivo ou
sem remuneração, ex. mesário, estagiário, etc.
Sujeito passivo – é aquele que sofre a improbidade administrativa: Administração direta = três
poderes; órgãos independentes = tribunal de contas, MP e DP, administração indireta =
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Entidade
privada também é sujeito passivo, mas só aquelas em que o erário – cofre público - participe
da composição, seja ela majoritária ou não = quando a gente tem a União participando com
mais de 50% do capital social votante de uma entidade privada, você tem uma sociedade de
economia mista que nessa situação especifica o setor público é o controlador, ex. banco do
brasil e Petrobrás. Mas se a União participar com 30% em uma entidade privada, ex. Vale do
Rio Doce, se tem capital publico nessa entidade, esta poderá sofrer ato de improbidade no
limite de quanto o governo participa, quem sofre improbidade é o patrimônio público, ou seja
nesses casos específicos das entidades que o erário participa mas não controla, o ato de
improbidade irá incidir apenas no patrimônio público.
Atos de improbidade:
1 - Enriquecimento ilícito – utiliza-se o patrimônio público para benefício próprio. Se um
agente público utilizar o veículo público para benefício próprio (ex. militar que usa viatura para
levar filho ao colégio), este invés de estar gastando o próprio dinheiro com a despesa de
combustível, etc., estará utilizando o dinheiro público, portanto, estará “enriquecendo”
ilicitamente.
Não confundir enriquecimento ilícito com dano ao erário, pode acontecer de ocorrer um dano
ao erário e a pessoa enriquecer ilicitamente, aí parte-se sempre do mais grave, que é o
enriquecimento ilícito.
No caso de dano ao erário, tem-se o dolo ou o que se chama de culpa grave. No caso da culpa,
é preciso lembrar que uma conduta culposa é negligente, imprudente ou imperícia. O agente
público tem o dever moral de zelo da coisa pública, por isso a culpa, nesse caso, enseja
improbidade administrativa. Conduta omissiva.
2 – Ressarcimento ao erário
5 – Multa civil
6 – Proibição de contratar com a administração publica
Quanto ao dano ao erário, e tiver algum bem acrescido, este também será perdido. Não se
aplica a concessão de benefício indevido.
No caso do enriquecimento, a suspensão dos direitos políticos pode ser de 8 a 10 anos, a multa
civil até 3x o valor do enriquecimento e proibição de contratar com a adm. por 10 anos.
Benefícios indevidos – 5 a 8 anos, até 3x o benefício indevido, não existe sanção de proibição
de contratar.
Obs.: ao concorrer para que alguém enriqueça ilicitamente, quem concorre (permite) não
configura como enriquecimento ilícito, e sim dano ao erário. Já quem está se beneficiando
responde por enriquecimento ilícito.
Lembrando que, quem pratica ato de improbidade é o agente público e o terceiro que induz,
concorre ou beneficia.
Questão: sociedade de economia mista em que a União detenha mais de 50% das cotas sociais
será considerada sujeito ativo de improbidade administrativa caso um de seus dirigentes
cometa conduta dolosa que cause prejuízo ao erário.
Errado, porque o sujeito ativo é o dirigente que cometeu o ato de improbidade, a sociedade de
economia mista é o sujeito passivo, que sofreu o prejuízo.
Questão: negar publicidade a ato oficial constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência - LIMPE)