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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

https://www.youtube.com/watch?v=Mo3cUqOmjJI

https://www.youtube.com/watch?v=9eZQ077N_mI

Ética x moral

Etimologia

Ética – grego – ethos = costumes, valores, hábitos, tradições

Moral – latim – mos, moris, mores = costumes, valores, hábitos, tradições

Ou seja, no âmbito etimológico, ambos possuem a mesma definição. Distinção está na origem,
uma tem origem grega e a outra latina.

(as letras em vermelho são para ajudar na diferenciação e memorização).

Filosofia

Ética e moral são um ramo da filosofia. Geralmente, na prova, quando se fala de


comportamento, atitude, conduta, se fala de moral. Quando se fala em princípios, valores,
reflexão, análise, ponderação, geralmente fala-se de ética.

Ética: ciência, teoria, objetiva, abstrata, universal, imutável.

Moral: objeto de estudo, prática, subjetiva, concreta, cultural/temporal, mutável.

A moral é cultural e temporal porque varia conforme o momento histórico vivido, conforme a
sociedade na qual estejamos inseridos, a moral é mutável, é subjetiva porque varia de
individuo para individuo, de grupo para grupo, é pratica porque é conduta (comportamento), é
objeto de estudo porque a ciência ética tem como estudo justamente a moral, o contexto de
coletividade. Por ser conduta, por ser pratica, por observarmos as pessoas executando ações
no contexto coletivo, a moral é concreta.

Ética é abstrata porque é a ciência, ciência, na ética, tá no âmbito de princípios e valores. A


ética é objetiva justamente porque é uma ciência, portanto faz reflexão, analise e ponderação
sobre seu objeto de estudo e direciona dizendo o que é certo e o que é errado, a partir dessa
reflexão. É imutável, independente do contexto que o individuo esteja inserido, a busca é
sempre pelo bem comum. Ex.: carta universal dos direitos humanos, visa o bem comum da
humanidade. Portanto a ética é uma tentativa de um grupo de definir quais são os princípios
universais que devem ser seguidos por todos, exemplo a administração pública, tem seus
princípios básicos no art. 37, que são universais.

A moral é fruto da ética. Estas são interligadas.

Ética x moral x direito


Ética está no âmbito de princípios e dá base para atitude, que está no âmbito da moral.

O direito é fruto da moral, é a positivação de um costume.

Teorias Éticas

Teleológicas – são as éticas dos fins. Ou seja, as nossas preocupações são alcançar fins bons.
São também chamadas de teoria da responsabilidade. Utilitarismo – usar, buscar a maior
felicidade possível à maior quantidade de pessoas, independentemente das consequências ou
dos meios. Aqui os fins justificam os meios.

Deontológicas – são as éticas do dever. Independentemente de consequência, a preocupação


é cumprir com a responsabilidade no sentido de dever, naquilo que está previsto como algo
correto a ser seguido. Ex. princípio da legalidade. Imperativo categórico (Kant)– teoria de que a
lei deve ser criada de forma universal, que eu queira fazer ao outro aquilo que eu gostaria de
fazer comigo. Aqui os fins não justificam os meios, ou seja, para que se atinja fins bons, o meio
deve ser adequado. É o que se aplica na ética na administração pública. Kant também
estabelece a diferença entre uma ação autônoma e uma ação heterônoma, quem age com
autonomia é quem tem um pensamento de universalidade, de coletividade, e não precisa da
lei para executar algo que preze pela finalidade da administração pública. Aquele que age com
heteronomia precisa da lei pois não tem independência, ou seja, é o contrário da autonomia.

Cidadania/Democracia

A cidadania não se consolida apenas com a garantia dos nossos direitos, mas
fundamentalmente, com o exercício dos nossos deveres. Cidadania está ligado à ética porque
ao exercer nossos deveres, não pensamos só em nós mesmos, mas também no coletivo e nos
impactos que o descumprimento desses deveres pode trazer ao todo.

Ética no serviço público

Decreto nº 171/94 – Anexo: Código de Ética Profissional do Serviço Público.

Capitulo I

Seção I das regras deontológicas

Seção II dos princípios e deveres

Seção III das vedações.

Capitulo II

Das comissões de ética (cebraspe chama de comitês)

Cuidado: decreto 171/94 é norma de livre adesão com aplicação apenas no Executivo Federal.
Significa que cumprirá esse decreto, quem quiser. Não é obrigatório pois a gente só é obrigado
a fazer algo ou deixar de fazer mediante lei. O decreto é norma de caráter secundário. Não é
possível obrigar por lei as pessoas a serem éticas. Mas, por mais que seja uma norma de livre
adesão, aquele que incorre em falta ética, provavelmente vai exceder a ética e vai incorrer
também em ilícito penal, civil, improbidade administrativa e infração disciplinar, se isso
acontecer, em ética, o sujeito recebe a penalidade de censura por parte de uma comissão
(sendo servidor do executivo), mas o que exceder, responde concretamente por meio de lei.

Subsídios para publicação:

Art. 37, caput, parágrafo 4º da CF, art. 84, incisos IV e VI;

Lei 8429/92 – improbidade administrativa - artigos 10, 11 e 12;

Lei 8112/90 – regime jurídico dos servidores federais - artigos 116 (deveres) e 117 (proibições)

Princípios básicos

Legalidade, Impessoalidade, moralidade, publicidade (publicidade = os atos precisam ser


publicados para que se tenha a moralidade e eficácia da ação do agente público, exceto em 3
hipóteses que são expressamente sigilosas por força de lei: investigação policial, segurança
nacional, interesses superiores da administração e do estado.) eficiência – está relacionado aos
meios: fazer o que tem que ser feito da melhor maneira possível para alcançar a eficácia dos
atos e o bem comum.

Capítulo I, seção I – Das regras deontológicas

Os primados maiores (princípios básicos) servem para manter a honra e a tradição dos serviços
prestados na esfera pública, que são: dignidade, decoro, zelo, eficácia e consciência dos
princípios morais. A dignidade tem a ver diretamente com as nossas atitudes, eu demonstro
que sou digno de exercer o meu cargo por meio de atitudes que desempenho, se elas
estiverem validadas de acordo com os princípios constitucionais. Decoro quer dizer decência.
Consciência dos princípios morais – não basta cumprir a legalidade, é preciso agir com moral.

O servidor não poderá omitir a verdade em prol do interesse público, o fim não pode justificar
os meios. A verdade é um dos primados maiores.

Esforço pela disciplina – cortesia, ou seja, customização, personalização do atendimento de


acordo com potencialidades e dificuldades que o cidadão venha apresentar no contexto de
atendimento. Não se pode tratar com distinção nenhuma pessoa, devido ao principio da
impessoalidade. É esperado que o esforço pela disciplina aconteça por meio do tempo
dedicado ao serviço público, não manipulando a máquina pública para o exercício de
atividades particulares. Demonstra esforço pela disciplina também através do cuidado com o
patrimônio público e com o publico que atenderá, da mesma forma quando demonstra boa
vontade, presteza, responsividade no exercício de suas atividades. (Para memorizar: cor/te o
cu/bo)

Situações antiéticas – deixar cidadão a espera de atendimento que compete ao setor onde
exerce suas funções, deixar com que se forme longas filas, que é grave dano moral, da mesma
forma que não se pode tratar mal o cidadão pagador de tributos, gera dano moral.
Ordens legais – se não forem cumpridas, incorre em negligencia, e ao cumprir, deve cumprir
com zelo, porque ao errar demasiadamente, os repetidos erros configurarão imprudência na
função pública.

O servidor deve ter respeito a hierarquia sempre, o que não deve é ter temor em representar
contra o superior hierárquico que lhe imponha algo que comprometa a estrutura em que se
funda o poder estatal, ou seja, o superior hierárquico que tenta tirar vantagem indevida, que
queira q você aja imoral ou ilegalmente.

Ausência no local de trabalho – as ausências injustificadas causam problemas de relações


humanas e desmoralizam a administração pública.

Harmonia – trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando os colegas,


recebendo respeito e colaboração.

Seção II – Dos principais deveres

XVI – São deveres fundamentais do servidor público:

a, b – Desempenho de atribuições, dar prioridades às situações procrastinatórias: deve agir


com rapidez, mas isso não basta, quem faz com rapidez e mal feito, repete. É preciso agir
também com rendimento, perfeição e tempo (RE/PE/TE).

Sempre diante de duas situações, o servidor deve escolher entre a melhor e mais vantajosa
para o bem comum (o cespe podre trocar para “bem do governo” e “bem da administração
pública) e só é possível fazer essa escolha se o servidor for probo, reto, leal e justo – o
principio da moralidade é que limita a finalidade e legalidade da ação, ser reto é ser correto,
não fazer curva, o que se relaciona com o principio da legalidade, probidade é honestidade –
finalidade social alcançada mediante honestidade, ela em equilíbrio com a legalidade vai gerar
justamente a moralidade, que é o cerne utilizado em provas de ética.

Prestação de contas – é dever do servidor prestar contas daquilo que executa – é condição
essencial da gestão de bens, direitos e serviços da coletividade que exercem.

Urbanidade – amabilidade, afabilidade e civilidade no atendimento.

Greve – apesar de estar na seção “deveres” não é dever do servidor fazer greve, mas no direito
do exercício de greve, é dever do servidor publico cumprir com as exigências especificas para
resguardar a vida e a segurança da coletividade.

Assiduidade – obrigação de ir trabalhar e também se inclui a pontualidade aqui, porque se o


servidor chega atrasado ou sai mais cedo sem justificativa, ele cai na “ausência injustificada”.

Denuncia – é dever do servidor comunicar imediatamente ao superior hierárquico qualquer


ato contrário ao interesse público e exigir desse superior as providencias cabíveis.

Existe um dever no código que é divulgar o código de ética para sua classe profissional. Em
caso de infração ética deve-se comunicar imediatamente ao superior hierárquico.

Local de trabalho – é dever do servidor manter a limpeza, a organização, participar dos


estudos para aprimorar o exercício das funções, utilizar vestimenta adequada, manter-se
atualizado em relação as normas e instruções do órgão, cumprir tarefas com critério,
segurança e rapidez, facilitar o serviço de fiscalização a quem é de direito.
Seção III – Das vedações

Favorecimento – é vedado utilizar do cargo para buscar favorecimento para si ou para outrem,
assim como não pode usar de informações privilegiadas para o mesmo fim (informações
privilegiadas são aquelas que não foram publicadas).

Reputação – é vedado prejudicar a reputação de servidor ou de pessoa que dele dependa. Ex.:
um colega comentou com o superior que outro colega tem assediado sexualmente outra
colega, ele agiu de maneira antiética porque quando simplesmente comenta-se, é o mesmo
que “fofocar”, é diferente de comunicar e exigir providencias, quando eu comunico e exijo
providencia, eu assumo as consequências caso essa situação seja inverídica.

Solidariedade – é vedado em função do espírito de solidariedade ser conivente a erro ou


infração do colega de trabalho.

Procrastinar – é vedado procrastinar exercício regular de direito de qualquer cidadão,


causando a ele dano moral ou material

É vedado deixar de utilizar dos avanços científicos e tecnológicos e do conhecimento que


detenha para o cumprimento de sua função. Ex. pje – existe um movimento de capacitação
para usar o pje, se o servidor deixar de usar esse movimento, estará sendo antiético. Se a
tecnologia está disposta precisa ser usada, o servidor não pode se recusar.

Se o servidor for graduado, mesmo que a graduação tenha sido paga pelo próprio servidor e
não pela administração, o servidor será obrigado a usar seu conhecimento se estiver
relacionado com sua função.

É vedado prejudicar o trato com o público por questões subjetivas pois fere o princípio da
impessoalidade.

É vedado solicitar, provocar, sugerir, receber gratificação financeira por comissão ou doação,
vantagem indevida de qualquer natureza, em troca do cumprimento do meu trabalho para
agilizar atendimento a qualquer pessoa. Pode configurar corrupção passiva e ativa.

É vedado alterar documento público que tem em mão para tomar providências, o que se pode
fazer é retirar, mas a retirada deve ser feita mediante previa autorização.

É vedado iludir ou tentar iludir cidadão que venha resolver algo na administração pública. (Ex.:
volta amanhã, volta depois de amanhã...)

Embriaguez – no local de serviço configura falta ética, fora do local de trabalho para a
embriaguez ser considerada falta ética, precisa ser embriaguez habitual.

Vincular nome – o servidor não pode, ainda que a atividade seja licita, exercer atividade de
caráter duvidoso, que fira o interesse publico ou interesse coletivo. Ex.: servidor com cargo de
dedicação exclusiva que utiliza seus dias de folga para realizar atividade licita na iniciativa
privada, apesar de não ser ilícita essa atividade fere o interesse publico visto que os dias de
folga e escalonamento pressupõe descanso, justamente por conta do desgaste físico e
emocional que o servidor tenha no período que atua na administração pública.

Capítulo II – Das comissões de ética


No poder executivo federal devem ser compostas as comissões em toda a administração
publica deles, direta ou indireta. Serve para apurar a conduta que o servidor tem frente ao
tratamento com o cidadão e o tratamento que esse servidor dispensa ao patrimônio público,
assim como essa comissão de ética deve conhecer concretamente dos procedimentos
suscetíveis a aplicação da penalidade de censura. Censura é a única pena que a comissão de
ética pode aplicar. Uma falta ética pode gerar pena de advertência, pode desde que essa falta
exceda a ética e constitua uma infração disciplinar, mas não é a comissão de ética que aplica,
esta remete a copia dos autos para comissão disciplinar e a comissão faz a apuração e aplica a
medida necessária. Caso comece lá na comissão disciplinar e esta perceba de que não se trata
de infração disciplinar, não pode aplicar censura, deve encaminhar a comissão de ética para
que o faça, essa penalidade será expedida por meio de um parecer com assinatura de todos os
membros da comissão e a ciência do servidor faltoso. Essa comissão de ética tem como
responsabilidade prestar aos organismos responsáveis pelo quadro de execução da carreira do
servidor, o RH, informações sobre a conduta ética desse servidor para que este órgão possa
instruir e fundamentar promoções e demais atos decorrentes da carreira do servidor.

Para o nosso código, servidor é todo aquele que por força de lei, contrato ou ato jurídico,
receba delegação do poder público em caráter permanente, temporário, excepcional, ainda
que sem remuneração, ou seja, tem-se aqui a concepção de agente público.

Segunda vídeo aula (Ética no concurso público)

Improbidade administrativa

Sujeito ativo – aquele que pratica o ato. Quem pode praticar atos de improbidade? Agente
público. Além dele, tem o chamado terceiro, mas não é qualquer terceiro e sim o terceiro que
induz ou concorre, ou beneficia do ato de improbidade.

O agente público para fins de improbidade administrativa não é apenas o concursado, e sim
qualquer pessoa que esteja exercendo uma função pública: servidores efetivos e
comissionados, empregados, temporários, agentes honoríficos, mesmo sem vínculo efetivo ou
sem remuneração, ex. mesário, estagiário, etc.

Sujeito passivo – é aquele que sofre a improbidade administrativa: Administração direta = três
poderes; órgãos independentes = tribunal de contas, MP e DP, administração indireta =
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Entidade
privada também é sujeito passivo, mas só aquelas em que o erário – cofre público - participe
da composição, seja ela majoritária ou não = quando a gente tem a União participando com
mais de 50% do capital social votante de uma entidade privada, você tem uma sociedade de
economia mista que nessa situação especifica o setor público é o controlador, ex. banco do
brasil e Petrobrás. Mas se a União participar com 30% em uma entidade privada, ex. Vale do
Rio Doce, se tem capital publico nessa entidade, esta poderá sofrer ato de improbidade no
limite de quanto o governo participa, quem sofre improbidade é o patrimônio público, ou seja
nesses casos específicos das entidades que o erário participa mas não controla, o ato de
improbidade irá incidir apenas no patrimônio público.

Atos de improbidade:
1 - Enriquecimento ilícito – utiliza-se o patrimônio público para benefício próprio. Se um
agente público utilizar o veículo público para benefício próprio (ex. militar que usa viatura para
levar filho ao colégio), este invés de estar gastando o próprio dinheiro com a despesa de
combustível, etc., estará utilizando o dinheiro público, portanto, estará “enriquecendo”
ilicitamente.

Não confundir enriquecimento ilícito com dano ao erário, pode acontecer de ocorrer um dano
ao erário e a pessoa enriquecer ilicitamente, aí parte-se sempre do mais grave, que é o
enriquecimento ilícito.

2 - Danos ao erário – o agente público causa prejuízo aos cofres públicos.

3 - Atentar contra os princípios

4- Concessão de benefício tributário ou financeiro indevido

O enriquecimento ilícito requer dolo (intenção), a improbidade administrativa não tem


natureza penal e sim administrativa e cível, portanto, quando se fala em dolo, se fala do dolo
de natureza cível e administrativa, mas tem a mesma lógica: a intenção. O agente quer
enriquecer ilicitamente. Conduta comissiva.

No caso de dano ao erário, tem-se o dolo ou o que se chama de culpa grave. No caso da culpa,
é preciso lembrar que uma conduta culposa é negligente, imprudente ou imperícia. O agente
público tem o dever moral de zelo da coisa pública, por isso a culpa, nesse caso, enseja
improbidade administrativa. Conduta omissiva.

Atentar contra os princípios e obter concessão de benefício tributário ou financeiro indevido


requerem dolo e podem ser através de uma ação ou uma omissão, no segundo caso a omissão
é quando o agente deveria evitar a concessão e não o fez.

Portanto, a única conduta de improbidade administrativa que exige dolo e ação,


necessariamente, é o enriquecimento ilícito.

Exemplo: o agente recebeu, sem provocação do mesmo, um adicional de 1000 reais e o


mesmo se omite, logo, está enriquecendo ilicitamente, porém não configura improbidade
administrativa, haja vista que o agente não concorreu e não provocou o ato, não houve ação
embora o agente tenha se beneficiado do ato, não houve um ato comissivo. O a gente recebe
sem provocar o erro da administração, o stj e o stf entendem que verba alimentar, salário,
recebidos indevidamente sem a provocação do agente beneficiado não requer que este
devolva o valor recebido, provavelmente quem terá que devolver essa quantia a administração
é o agente que efetuou o pagamento.

Sanções do ato de improbidade administrativa:

1 – Perda dos bens acrescidos

2 – Ressarcimento ao erário

3 – Perda da função publica

4 – Suspensão dos direitos políticos

5 – Multa civil
6 – Proibição de contratar com a administração publica

Enriquecimento ilícito é o mais grave

Atentar contra os princípios é o menos grave

O mais grave terá perda dos bens acrescidos.

Quanto ao dano ao erário, e tiver algum bem acrescido, este também será perdido. Não se
aplica a concessão de benefício indevido.

Se houver além do enriquecimento ilícito, um bem ao erário, haverá o ressarcimento, o


mesmo ocorre no dano. No caso de atentar contra os princípios, também haverá
ressarcimento em caso de dano ao erário. Não se aplica à concessão de benefício indevido.

Todos os atos de improbidade podem sofrer perda da função pública.

No caso do enriquecimento, a suspensão dos direitos políticos pode ser de 8 a 10 anos, a multa
civil até 3x o valor do enriquecimento e proibição de contratar com a adm. por 10 anos.

Dano ao erário: 5 a 8 anos, até 2 vezes o dano, 5 anos.

Atentar aos princípios: 3 a 5 anos, até 100x a remuneração, 3 anos.

Benefícios indevidos – 5 a 8 anos, até 3x o benefício indevido, não existe sanção de proibição
de contratar.

Obs.: ao concorrer para que alguém enriqueça ilicitamente, quem concorre (permite) não
configura como enriquecimento ilícito, e sim dano ao erário. Já quem está se beneficiando
responde por enriquecimento ilícito.

Lembrando que, quem pratica ato de improbidade é o agente público e o terceiro que induz,
concorre ou beneficia.

Questão: sociedade de economia mista em que a União detenha mais de 50% das cotas sociais
será considerada sujeito ativo de improbidade administrativa caso um de seus dirigentes
cometa conduta dolosa que cause prejuízo ao erário.

Errado, porque o sujeito ativo é o dirigente que cometeu o ato de improbidade, a sociedade de
economia mista é o sujeito passivo, que sofreu o prejuízo.

Questão: negar publicidade a ato oficial constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência - LIMPE)

Cuidado: atentar contra os princípios da administração pública não é só atentar contra os


princípios constitucionais. Por ex., o agente pode atentar contra um principio do processo
administrativo, como o principio do impulso oficial, etc. Portanto, pode ser contra qualquer
princípio da administração pública, seja ele expresso ou implícito.
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