O que é a

Nova Economia?
Nos últimos anos, o empreendedorismo mudou e di-
versos paradigmas foram quebrados por meio de so-
luções disruptivas. Os avanços tecnológicos estão na
raiz dessas transformações, resultando na Nova Eco-
nomia – novo padrão econômico ainda em formação.

A nova economia é voltada para potencializar as opor-

tunidades por meio da inovação contínua. Ela desafia
a sabedoria convencional da Era Industrial e desenca-
deia uma transformação estrutural do comportamento
de consumo, das relações comerciais e das dinâmicas
de produção.

Esse novo fenômeno reorganiza aspectos da própria

economia de forma tão rápida e integrada que deman-
da uma maneira dinâmica de acompanhar e entender
esse novo cenário. Ou seja, as empresas precisam agir
rápido para não ficarem para trás, desafiando setores
inteiros da economia que estão estagnados há anos.

Em um cenário de profundas mudanças tecnológicas e

comportamentais, produtos, serviços e indústrias intei-
ras estão sendo substituídos por formas mais eficien-
tes de trabalho. Porém, não são todas as empresas que
conseguem acompanhar a disrupção da Nova Econo-
mia. Enquanto algumas organizações conseguem se
adaptar, outras acabam ficando para trás e perdendo
seu lugar para, por exemplo, startups inovadoras.
Tradição x Disrupção

Essa tendência fará com que a tradição perca cada vez

mais seu espaço para a disrupção. O tempo que em-
presas de grande capitalização têm passado no índice
de referência, por exemplo, tem diminuído de modo
significativo.

Em 1995, a média de permanência na liderança era de

33 anos e, em 1990, de 20 anos. A diminuição do tempo
de permanência das empresas no índice S&P 500 tem
sido conduzida por fusões e aquisições – bem como
pelo crescimento de startups que alcançam o sucesso
mais depressa que nunca e ditam as recentes transfor-
mações do mundo.

Média de permanência de uma companhia no S&P 500

Index em anos marcas estão sendo forçadas a reavaliar
seus papéis e atitudes, desde o caráter de seu posicio-
namento, produtos e serviços que estão ofertando e,
até mesmo, sua atuação social.
Blockbuster X Netflix
A Blockbuster, por exemplo, perdeu seu espaço para uma
startup que conseguiu oferecer um novo olhar para seu pro-
duto e reinventou toda a indústria. Antes, era preciso ir até
uma franquia da videolocadora para assistir um filme. De-
pois de mais de 20 anos na liderança, a Blockbuster decla-
rou falência em 2010 enquanto a Netflix ascendia, chegan-
do a valer US$ 2,2 bilhões.

Não foi só a Blockbuster que a Netflix ultrapassou. O servi-

ço de streaming de vídeo superou a TV a cabo em número
de assinantes nos Estados Unidos no primeiro trimestre de
2017, de acordo com a Consultoria Leitchman Research. En-
quanto a Netflix chegou a 50 milhões de usuários no país,
o número de assinantes de serviços de TV a cabo caiu para
48 milhões.

Spotify
Serviços de streaming de música, como o Spotify, também
trouxeram uma grande transformação na indústria. Após o
setor musical retomar seu crescimento, a música deixou de
ser comprada fisicamente e passou a ser comercializada
como um serviço: sem custo e com acesso a um catálogo
variado de títulos.
Os números do Spotify refletem a adesão das pessoas a
essa tecnologia. Em junho de 2017, a empresa anunciou 140
milhões de usuários ativos por mês, dos quais mais de 50
milhões são da versão paga.
Loon For All
Torna-se quase impossível listar a quantidade de
áreas impactadas pela tecnologia. O projeto Loon for
All, do Google, promete levar internet para 53% da
população mundial que não tem acesso. O objetivo
é claro: conectar pessoas em áreas remotas e rurais,
tornando mais democrático o acesso à informação, e
ajudar pessoas a se conectarem após desastres natu-
rais, por exemplo.
Para isso dar certo, os balões viajariam a aproxima-
damente 20 km acima da superfície da Terra, na es-
tratosfera. Já a rota seria determinada por algoritmos
de software, que calculariam onde eles precisam ir e
aproveitariam massas de ar que estivessem sopran-
do nessa direção.
Além disso, na Nova Economia o trabalho vai se tor-
nar ainda mais instável. No futuro, não irão existir em-
pregos como conhecemos hoje. Muitos deixarão de
existir por causa da automação – desde dirigir aviões
até realizar cirurgias. Segundo a MIT Technology
Review, por exemplo, revela que a tecnologia da in-
formação reduz a necessidade de certos empregos
mais rapidamente do que cria novos.
Ou seja, inovações acontecerão em todas as áreas.
Muitas já são realidade, outras ainda estão passando
pela fase de idealização. Independente do estágio
em que se encontram, todas essas soluções indicam
para um mundo em constante disrupção.
Impactos
Os impactos da Nova Economia não se limitam a serviços de streaming ou a tec-
nologias inovadoras. Eles também estão presentes na mudança de mentalidade
e habilidades exigidas, abrangendo diversos setores.

No mercado
financeiro
A moeda digital quebrou a barreira do online e hoje é
aceita como pagamento em diversos lugares. Criado
em 2009, o Bitcoin é uma criptomoeda que independe
de qualquer autoridade central e pode ser transferida
sem a necessidade de mediação, uma vez que utiliza a
tecnologia blockchain.

Com essa transformação, autoridades econômicas

poderão perder importância, assim como as moedas
tradicionais. Além disso, essa nova forma de pagamen-
to obrigará as indústrias de cartão de crédito e todo
o mercado financeiro a se reinventarem. No Brasil, a
compra e venda de Bitcoins pode ser realizada por
corretoras como a FOXBIT e ao Mercado Bitcoin.
Na medicina
A impressão de órgãos, próteses, pele e ossos pode
até parecer ficção científica, mas a união entre tecno-
logia e biologia é uma possibilidade real em um futuro
não muito distante.

Uma das tendências mais modernas é a bioimpressão,

técnica que utiliza células vivas como matéria-prima.
O uso dessa tecnologia para produzir órgãos usando
células-tronco do próprio paciente pode revolucionar
o processo de transplante de órgãos e a redução da
rejeição de transplantes.

Um exemplo disso é a Organovo, empresa que impri-

me tecidos humanos paraw fazê-los funcionar como
se fossem nativos. Isso permite que eles sejam utili-
zados para curar ou substituir alguma área do corpo
com ferimentos, por exemplo.
Na educação
Já que a forma como trabalhamos nunca mais será a
mesma, as habilidades requisitadas serão diferentes
também. A grande dúvida é saber se as universidades
estão preparadas para oferecer as habilidades necessá-
rias para ingressar no mercado de trabalho do futuro.

Por mais que as faculdades estejam procurando formas

de inovar, a maioria delas não possui uma estrutura dis-
ruptiva. Entre as iniciativas mais inovadoras na área da
educação estão a Singularity University, no Vale do Silí-
cio, e a faculdade online UDACITY, ambas com apoio das
gigantes Google e Facebook.

A Singularity, fundada em 2009, oferece cursos de es-

pecialização, férias e workshops focados em empoderar
líderes, ensinando-os a aplicar tecnologias exponenciais
para resolver problemas globais. Isso se dá por meio de
aulas que estimulam a mudança de mentalidade, assim
como a aquisição de novas habilidades e a promoção de
networking.

Já a UDACITY oferece os nanodegrees: um curso online

que promete usar a experiência do Vale do Silício para
ensinar de forma prática as habilidades mais requisitadas
no mundo da tecnologia. A proposta é oferecer uma for-
mação que será 100% aproveitada, somente com aulas
que terão impacto na profissão.
No setor
automotivo
Automóveis elétricos são realidade em vários lugares
do mundo, principalmente no Vale do Silício, maior
polo de inovação do mundo. A BMW, por exemplo,
anunciou a adoção da tecnologia e prometeu entregar
carros movidos a energia até 2025.

A Tesla, fabricante de automóveis mais inovadora do

momento, só produz veículos a bateria e reflete clara-
mente a relação entre empresas tradicionais e disrupti-
vas. Segundo Maurício Benvenutti, no livro Incansáveis,
com pouco mais de dez anos de existência, a empresa
já vale aproximadamente 60% do valor de mercado da
Ford e GM.

Outro projeto revolucionário no setor automotivo são os

carros autônomos, que prometem um impacto imen-
surável na vida de todos. No caso, não só a indústria
automobilista mudaria, como o mercado de seguros,
uma vez que os acidentes com versões autônomas
são mínimos, e até mesmo os serviços de estaciona-
mentos, pois o carro ficará a maior parte do tempo em
movimento.
Na energia
A democratização da energia transformará as relações
humanas e impactará na maneira de conduzir negó-
cios. Diversas inovações vêm surgindo no setor como
forma de baratear os custos e de gerar energia de for-
ma sustentável.

Uma das soluções que ganha destaque é a da empresa

Semtive. A companhia desenvolveu um mini gerador,
que utiliza placas solares e uma turbina eólica, capaz
de fornecer energia suficiente para uma casa funcio-
nar durante horas. Além disso, com essa solução será
possível produzir sua própria energia e compartilhá-la
com outras pessoas.
Sua comunidade para aprender, empreender
e investir na nova economia de startup
Transforme-se. Reinvente-se.

startse.com
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