Você está na página 1de 15

Lista de Exercícios – Medição de Vazão

Nome: João Augusto Beladona Menezes


Matrícula: 201811608

1. Medidor de vazão tipo vortex:

Por meio dos estudos de Tódor von Kármán, constatou-se que


quando uma obstrução é colocada no caminho da corrente de um fluido
surgem vórtices alternadamente em cada lado da obstrução. Quando
isto ocorre a separação causa um aumento na pressão e uma
diminuição na velocidade em um lado do objeto. Simultaneamente uma
redução na pres- são com correspondente aumento na velocidade
ocorrerá no outro lado do objeto, como mostra a figura abaixo:

Também notou que a distância entre os vórtices é constante


independentemente da velo- cidade do escoamento. Baseando-se neste
mesmo fenômeno que ocorre quando uma bandeira é submetida ao
vento, von Karman descobriu que os intervalos entre os vórtices são
constantes (l) e função do diâmetro do mastro da bandeira. Assim,
quanto mais fortes forem os ventos, mais rapidamente os vórtices são
formados e mais forte a bandeira tremula, sem mudar a dis- tância entre
os vórtices.

Tipos de detectores:
Sensores mecânicos
Uma esfera ou disco se move dentro de um espaço definido sob a
influência de vórtices, sendo este movimento detectado por um sensor
indutivo que capta esta frequência de oscila- ção, como é mostrado na
figura abaixo:

A principal limitação desse tipo de sensor, é que o corpo que se


desloca pode ficar blo-
queado por líquidos condensados em vapores ou por impurezas
contidas no fluido.

Piezoelétrico
Neste tipo de sensor os vórtices se alternam em cada lado do anteparo
agindo em diafragmas montados em cada lado do sensor com o
movimento sendo transmitido fora do escoamento, con- vertendo em um
sinal oscilatório. Um diafragma preenchido com líquido é interligado a
um piezo- elétrico que detecta variações de pressão produzidas pelos
vórtices e transmitidas a estes sensores.
O piezoelétrico produz uma tensão de saída que é proporcional à
pressão aplicada ope- rando com faixas de temperatura de -40 °C até
300 °C.

Uma limitação deste tipo de sensor é que ele é afetado por


vibrações da tubulação quando ocorre o escoamento. Este problema
pode ser resolvido com o emprego de um segundo sensor piezoelétrico
que meça a vibração na tubulação e possa compensá-la para uma
correta medição.
Ultrassom
Uma outra possibilidade é a medição dessa frequência por meio de
ultrassom, como mostra a figura abaixo:

Independentemente da tecnica empregada (piezoelétrico,


ultrassom, entre outros) o fundamental é a medição de uma frequência
de sinal de saída enviada a circuitos eletrônicos desenvolvidos para
totalização e cálculo de vazão, para ser enviado a sistemas de
automação industrial em protocolos de redes industriais (Profibus, Hart,
Fieldbus Foundation, entre outros) ou variáveis analógicas como 4 a 20
mA. Um exemplo deste transmissor é apresntado na figura abaixo:

2. O medidor eletromagnético tem seu princípio de medição derivado da lei


de Faraday, que afirma que, se um condutor de comprimento l (m) está
se movendo com uma velocidade v (m/s) perpendicular a um campo
magnético com densidade de fluxo B (Tesla), uma tensão E será
induzida nas extremidades deste condutor, sendo o valor desta tensão
dado por:

A figura abiaxo ilustra a lei de Faraday em um condutor:


Para facilitar o entendimento podemos utilizar a regra da mão direita,
empregada em geradores elétricos. Nesta regra vamos considerar a velocidade
do deslocamento do condu- tor pelo polegar (V), o campo magnético (B) pelo
indicador e a tensão gerada (E) pelo dedo médio, como mostra a figura abaixo:

A abaixo mostra como a lei de Faraday é aplicada em um medidor de


vazão magné- tico. O campo magnético, a direção do movimento do condutor e
a tensão induzida são per- pendiculares entre si.

Como mostra a figura acima, o princípio de medição de eletromagnético


leva em conside- ração a tensão induzida em um condutor submetido a um
campo magnético, sendo a direção de movimento do condutor, o campo
magnético e a tensão induzida perpendiculares entre si nos eixos X, Y e Z, com
os sensores S1 e S2 se comportando como um condutor virtual devido ao
líquido na tubulação.
O líquido é o condutor e possui um comprimento D, equivalente ao seu
diâmetro interno. O líquido condutor se move com uma velocidade média V,
através do campo magnético B, sendo a tensão induzida dada por:

Quando um par de bobinas é energizado, um campo magnético é


gerado em um plano per- pendicular ao eixo do líquido condutor ao plano dos
eletrodos. O escoamento do fluido é ao longo do eixo longitudinal do corpo do
medidor de vazão. Desta forma a tensão induzida pelo líquido é perpendicular
à velocidade de escoamento do fluido e ao campo magnético. O líquido pode
ser considerado como um número infinito de condutores se movendo através
do campo magnético.

Uma vez que o campo magnético é considerado constante e o diâmetro


da tubulação é fixo, o valor da tensão induzida será proporcional somente à
velocidade do líquido, conforme Equação 5.51.
Se as extremidades do condutor, neste caso sensores, forem conectadas a um
circuito externo, a tensão induzida irá gerar uma corrente I, proporcional à
vazão.
Os medidores magnéticos são configurados para detectar vazões volumétricas
pela medi- ção da velocidade de escoamento do fluido. A relação entre o
volume de líquido Q e a veloci- dade é expressa como:

Por esta equação, pode-se notar claramente que, para um medidor de


vazão magnético, a tensão induzida é diretamente proporcional à vazão do
escoamento. Entretanto, a principal dificuldade em um medidor eletromagnético
de vazão é que a amplitude da tensão induzida é muito pequena, fazendo com
que o sinal fique suscetível a ruídos que podem ser induzidos no medidor.
3. Efeito Coriolis:
Vantagens:
Medição direta de vazão mássica, sem ser afetada pelas propriedades
do fluido;

Possibilidade de medição de múltiplas grandezas: vazão mássica,


densidade e tem- peratura, podendo fornecer ainda outros tipos de
variáveis como grau Brix, baumé, entre outros;

Grande precisão, variando de ±0,1% a ±0,3%;


Sem partes móveis ou rotativas;

Baixa manutenção;

Medição independente de temperatura, pressão, viscosidade,


condutividade e densi- dade do meio.

Desvantagens
Custo elevado;
Limitação de tamanho (típico de 6”);
Temperatura do processo limitada (tipicamente até 200 °C);

Pode causar grandes perdas de carga em algumas aplicações;


Em alguns casos, o medidor será de grande dimensão;
Sensibilidade a vibrações; » pode sofrer com corrosão e abrasão de
partículas do fluido.

Turbina:
Vantagens

Precisão de até́ ±0,2% da vazão;


Capacidade de medição de baixas vazões;
Excelente repetibilidade;
Baixo custo.
Limitações:
A principal limitação deste tipo de medidor é devida ao fato de possuir
partes móveis como o rotor, que está sujeito a desgastes mecânicos, bem
como ao fator K, que é dependente da viscosidade e este medidor não é
recomendado para fluidos muito viscosos. O efeito de vibrações também pode
causar erros de medição.
Existem perdas mecânicas neste tipo de medidor devido a atrito de rolamentos
e atrito devido a efeitos viscosos. Esses efeitos são mais pronunciados quando
o medidor está ope- rando com fluidos de baixa velocidade e alta viscosidade.
Os melhores resultados são obtidos com números de Reynolds de 4.000 a
5.000, variando de acordo com o tipo de fabricante. Um mínimo de 10
diâmetros a montante e 5 a jusante são recomendados para uma melhor preci-
são com este tipo de medidor.
As faixas típicas de operação para este medidor são de -50 °C a 150 °C.

Rotâmetro:
Vantagens

Grande faixa de aplicações para gases, líquidos e vapores de baixa e


média viscosi- dade;
Resposta linear para variação na vazão;
Fácil instalação e manutenção;
Simplicidade;
Baixo custo;
Visualização direta da vazão.

Desvantagens
Perda de carga;
Suscetibilidade a variações na temperatura, densidade e viscosidade;
O fluido deve ser limpo e sem sólidos suspensos;
Desgaste do equipamento devido ao escoamento;
Opera somente na posição vertical;
Dificuldade de conexão com sistemas de automação industrial
(necessidade de aces- sórios especiais para transmissão de sinais).
Ultrasônico
Vantagens
Podem ser utilizados em tubulações de pequenos e grandes diâmetros;
Não geram perda de carga;
Não possuem partes móveis;
A medição de vazão é de forma não intrusiva; » precisão de 1 a
0,3% do fundo de escala;
Capacidade de medir a vazão em ambos os sentidos.

Desvantagens

Custo elevado;
Não é indicado a para altas temperaturas;
Presença de bolhas e/ou sedimentos suspensos no fluido pode afetar a
intensidade do sinal acústico (tempo de trânsito);
A precisão da medição pode ser afetada por vibrações na tubulação;
Necessita uma quantidade mínima de partículas que possam refletir o
sinal ultrassôco (Doppler).

Vortex
Limitações
Os medidores têm boa performance em líquidos relativamente limpos, gases e
vapor que não contenham significativa quantidade de sólidos e uma
viscosidade relativamente baixa.
Outro fator limitante é o número de Reynolds, sendo o medidor tipo vortex
completa- mente linear para faixas típicas de até Re 20.000 e não sendo
recomendado para número de Reynolds menor que 4.000.
Em aplicações para medição de gás deve ser levada em consideração a
densidade do gás. Em baixas velocidades de escoamento um gás com baixa
densidade tem muito pouca energia em torno do vórtice para que o sensor
possa detectar a presença de vazão.
A vibração também é um dos potenciais problemas para medidores tipo vortex.
Os medi- dores que empregam cristais piezoéletricos para captar a formação
dos vórtices estão tam- bém sujeitos a pressões nas tubulações causadas por
vibrações ou ruídos na tubulação, que podem ser causados por cavitação ou
ruído de bombas. Este problema pode ser resolvido com o emprego de filtros
específicos colocados no sensor.
Medição de Vazão.

Vantagens
Precisão e rangeabilidade são as principais vantagens do medidor tipo
vortex.
A rangeabilidade de um medidor típico é 20:1 e muitas vezes muito
maior, sendo possível até 45:1, dependendo da viscosidade do líquido e da
densidade do gás.

Devido ao seu design simples e construção em corpo único, podem


suportar temperaturas de até 425 °C.

É de baixa manutenção devido à inexistência de partes móveis

Eletromagnético

Vantagens
Não causa obstrução no escoamento e não possui partes móveis, não
causando a perda de carga no escoamento;

A potência consumida no circuito do medidor é baixa, em torno de 15 a


20 W;

Pode ser empregado para medições em locais com ácidos, bases,


soluções aquosas, devido aos materiais empregados no revestimento, que são
bons isoladores elétricos e resistentes a corrosão;

Podem ser empregados em fluidos que possuam sólidos em suspensão,


pois não obs- truem o escoamento e o revestimento é com poliuretano,
neoprene e outros elemen- tos que possuem boa resistência a abrasão e
erosão;

Os medidores têm capacidade para medição de vazões muito pequenas,


desde 0,125 in (3,175 mm) de diâmetro, sendo também possível medir grandes
diâmetros de 10 ft (3,04 m);

Variações de viscosidade e densidade não alteram a medição de vazão;


Podem ser empregados para medir vazões bidirecionais; » pequenos
trechos retos a jusante e a montante são necessários.

Desvantagens
Não pode trabalhar com fluidos não condutivos. Desta forma, substâncias
puras, hidrocarbonetos e gases não podem ser medidos, sendo possível a
medição de ácidos, bases, água e soluções aquosas;

Deve-se tomar cuidado nas instalações elétricas para suprimir o ruído; » possui
custo elevado, devido a suas características construtivas e de performance, por
isso devem empregados em aplicações que justifiquem este custo;

Produtos podem aderir nos eletrodos causando erros de medição;

Um fator importante que deve ser levado em consideração é o efeito da


magneto- -hidrodinâmica que acontece em algum fluidos com propriedades
magnéticas.

4.
A válvula de controle é empregada para controlar a vazão de um
fluido por meio de seu acionamento manual ou automático. Também é
chamada de elemento final de controle, pois geralmente é o último
elemento de uma malha de controle, recebendo o sinal de um controla-
dor e atuando diretamente em um fluido do processo. As válvulas de
controle mantêm a variá- vel de processo, como por exemplo: pressão,
vazão, temperatura ou nível no seu valor desejado quando o processo é
submetido a perturbações, conforme mostra a figura abaixo:
Dessa forma, pode-se definir válvula como um dispositivo
mecânico destinado à regula- ção de vazão de fluidos. Basicamente,
trata-se de um orifício de área variável, através do qual escoa o fluido e
cuja seção é feita variar de acordo com a vazão a ser controlada.

As principais funções da válvula de controle em um processo


industrial são:

 Suportar as condições de operação do fluido do processo:


a válvula deve ter características mecânicas e químicas
para suportar a pressão, temperatura, corrosão, ero- são e
impurezas do fluido em escoamento no processo.

 Apresentar resposta ao sinal de um controlador: o sinal


enviado de um controlador é aplicado ao atuador da
válvula, que movimenta uma haste, variando a área de
pas- sagem do fluido pela válvula.

 Controlar a vazão: a válvula de controle altera a vazão de


um processo, pela altera- ção de sua abertura.

 Absorver a queda de pressão da linha: em todo o processo,


a válvula é o equipa- mento que pode fornecer ou absorver
uma queda de pressão variável. Depois de ins- talada na
tubulação e para poder desempenhar todas as funções
requeridas, a válvula de controle deve ter corpo, atuador e
castelo que suportem as variações de pressão que
ocorrem no processo.

Na válvula de controle, modifica-se a área do orifício da válvula


com o auxílio de um atuador. Os atuadores são classificados em função
do tipo de energia que utilizam, havendo atuadores elétricos,
pneumáticos, hidráulicos e manuais. Por vezes, encontram-se válvulas
com atuadores mistos (eletropneumáticos e eletro-hidráulicos).
Apesar de nos encontrarmos na era da eletrônica digital, a maior parte
das válvulas utili- zadas no controle automático de processos tem
atuadores pneumáticos, que apresentam muito bom desempenho e um
custo reduzido em relação às de atuador elétrico.
Garante-se que a válvula atinge a abertura desejada com o auxílio de
um posicionador. O posicionador mede a posição efetiva da válvula,
compara-a com a posição pretendida, pro- cessa a diferença e fornece
um sinal de comando ao atuador da válvula. Esta pode assim ser
colocada com bastante precisão na posição desejada.
5. As válvulas podem ser divididas, de acordo com a função que executam,
em quatro gran- des grupos: de bloqueio, de retenção de fluxo, de alívio
de pressão e de controle:

Bloqueio
São válvulas projetadas para trabalhar especificamente em regime de
aberto ou fechado (válvulas on/off). São projetadas para apresentar a menor
queda de pressão possível quando totalmente abertas e alta capacidade de
vazão. Têm como função isolar do processo equipa- mentos como trocadores
de calor, extrusoras, caldeiras, entre outros.

Retenção de fluxo
Tipo de válvula que permite que os fluidos escoem em uma
direção, fechando-se automaticamente para evitar fluxo na direção
oposta (contrafluxo).
Nessa válvula o obturador fica aberto somente enquanto houver fluxo
em um sentido prees- tabelecido, sendo fechado instantaneamente em
caso de inversão no sentido de escoamento. Esse tipo de válvula é auto-
operado, ou seja, não necessita de ação para a sua operação, atuando
de acordo com o sentido do escoamento.
Uma aplicação da válvula de bloqueio é para evitar o golpe de
aríete em sistemas de bombea- mento de fluidos com bomba em
operação intermitente, pois o líquido bombeado pode retornar,
provocando colisão do fluido que retorna com o que é bombeado,
causando golpe de aríete. Para solucionar esse problema, recomenda-
se o emprego de uma válvula de bloqueio para impedir o retorno do
fluido.

Alívio de pressão
São válvulas empregadas em situação de emergência em que ocorre
uma sobrepressão que gere uma situação de risco. São dispositivos auto-
operados, ou seja, atuam na ocorrência de uma sobrepressão do processo,
sendo usualmente aplicadas em caldeiras e vasos de pressão.

6. Corpo
O corpo de uma válvula de controle pode ser definido como um vaso de
pressão, com uma ou duas sedes, onde se assenta o obturador, alocado
na extremidade da haste. O espaço entre o obturador e a sede é
determinado pelo sinal enviado pelo posicionador da válvula e também
varia a queda de pressão através da válvula. Como elementos que
constituem o corpo podemos considerar a sede, o obturador, a haste, a
guia da haste, o engaxetamento e a selagem de vedação.
Castelo
O castelo, também chamado de bonnet, liga o corpo da válvula ao
atuador. A haste da vál- vula se movimenta por meio do
engaxetamento do castelo. Os tipos mais comuns de castelo são:
aparafusado, união e flangeado.
O engaxetamento no castelo tem como função alojar e guiar a haste
com o obturador, e deve ser projetado para que não haja vazamento
do interior para fora da válvula. Também deve empregar materiais
que facilitem o deslizamento entre suas partes com pequeno atrito de
forma a facilitar sua operação e não provocar histerese. Tipicamente,
o castelo emprega no seu engaxetamento materiais como Teflon®,
asbesto, grafite e a combinação deles (asbesto impreg- nado de
Teflon® e asbesto grafitado).

7. Rangeabilidade (turn-down)
A rangeabilidade de válvula de controle pode ser definida como a
relação da máxima vazão sobre a mínima vazão controláveis com a
mesma precisão. São consideradas vazões de 95%, para máximas, e
5%, para mínimas, respectivamente. Dessa forma, a rangeabilidade, R,
pode ser definida como:

Nesse sentido, se a vazão aumentar na abertura máxima e for


100 vezes maior que na mínima, a válvula terá uma rangeabilidade de
100:1.
Assim, espera-se que a válvula tenha a máxima rangeabilidade possível,
permitindo que a válvula possa controlar desde as menores até as
maiores vazões, sempre com igual nível de desempenho. A Figura 6.9
apresenta uma válvula linear que tem abertura de 10 a 100%, ou seja,
rangeabilidade de 40:1, dada por:
8. Linear
Esse tipo de válvula é caracterizado por uma vazão diretamente
proporcional ao valor de sua posição da haste. Por exemplo, quando a
posição da haste da válvula for de 60%, a vazão da válvula será de 60%
de sua vazão nominal. A válvula com carac- terística linear apresenta
ganho constante em toda sua faixa de vazões, como mostra a figura
abaixo:

Abertura rápida
Na válvula de abertura rápida, uma grande vazão é produzida para
pequenos desloca- mentos em sua haste. Pode-se observar que a curva é
linear, com taxa de variação bastante elevada para abertura da válvula
aproximadamente 30%. Há, portanto, uma grande varia- ção na vazão quando
há uma pequena variação na abertura dessa válvula.
Outra característica da válvula de abertura rápida é o fato de apresentar
grande ganho em pequenas aberturas e um ganho reduzido em grandes
aberturas. Consequentemente, nesse tipo de válvula tem-se uma máxima
variação da vazão através da válvula com o mínimo curso. Esse tipo de válvula
possibilita a vazão praticamente máxima com apenas uma abertura de 25% do
curso total, como mostra afigura abaixo:

Igual percentage
Nessa válvula, iguais percentagens de variação de abertura da válvula
correspondem a iguais percentagens de variação da vazão. Podemos afirmar
que a vazão é exponencialmente proporcional à abertura, com o índice do
expoente como percentagem de abertura.
Como exemplo, podemos considerar um aumento de 5% da abertura de
uma válvula, indo de 50 a 55%. Nessa condição, sua vazão irá aumentar em
5% de seu valor quando estava na posição de 50%. Essa válvula pode ser
considerada como praticamente linear (e com grande taxa de variação) quando
próxima à sua abertura máxima.
No início da abertura da válvula de igual percentagem, percebe-se uma
vazão muito pequena para grande variação da abertura. Em contrapartida,
quando ela está próxima de sua abertura total, percebe-se que pequenas
variações da abertura produzem grandes variações de vazão. Portanto,
podemos concluir que ela exibe melhor controle nas pequenas vazões e um
controle instável em altas vazões.
Essa característica de vazão pode ser analisada na Figura 6.12, na qual
fica constatado que ela não começa no ponto de vazão igual a zero. Esta curva
se caracteriza por apresentar baixo ganho de vazão no início da abertura e um
aumento progressivo desse ganho à medida que a abertura aumenta.

Você também pode gostar