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CAPITULO I
SECÇÃO I
AVALIAÇÃO
Artigo 1
Definição e Objectivos da Avaliação
Artigo 2
Tipos de Avaliação
Os tipos de avaliação são as seguintes:
a) Formativa;
b) Sumativa.
Artigo 3
Avaliação Formativa
1. A avaliação formativa realiza-se ao longo do programa de aprendizagem, com o
objectivo de proporcionar feedback sobre o progresso do estudante assim como orientar
o formador na realização da sua actividade docente. Esta avaliação não é tomada em
consideração na decisão final onde se indica se o candidato alcançou ou não os
resultados de aprendizagem do módulo.
2. A avaliação formativa possibilita aplicar medidas educativas de orientação e superação
das dificuldades do formando, contribuindo para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem e o sucesso do formando.
3. A avaliação formativa é elaborada pelo formador responsável pela leccionação do
módulo que também tem a responsabilidade gerir o registo das evidências de Avaliação
acumuladas pelo estudante ao longo da sua formação.
Artigo 4
Avaliação Sumativa
1. A avaliação sumativa é a que se realiza durante ou após a conclusão de uma
unidade/módulo ou programa, fornecendo evidências para propósitos de certificação.
2. A avaliação sumativa visa certificar se o formando alcançou as unidades de
competência definidas no módulo/programa ou qualificação e fornecer provas do seu
alcance aos formandos, empregadores e às instituições educacionais e órgão
regulador.
3. A validade dos instrumentos utilizados na avaliação sumativa, sujeita-se a aprovação de
verificadores internos e externos e é realizada pelo avaliador.
Artigo 5
Número de Avaliações Sumativas
O número mínimo de resultados de avaliações sumativas deve corresponder ao de
resultados de aprendizagem previstos no módulo.
Artigo 6
Ausência nas Avaliações Sumativas
1. A falta deve ser justificada e apresentado o requerimento de repetição da avaliação, 48
horas após o regresso às actividades lectivas.
2. A justificação das faltas é apresentada ao Director de turma, e é da competência do
Director Adjunto Pedagógico.
3. Caso a falta não seja justificada, a justificação não seja aceite ou não cumpra com o
prazo de apresentação da justificação nas 48 horas prescritas, o formando perde o
direito à avaliação e a classificação é Não Alcançou.
4. O disposto no número 3 do presente artigo, não retira o direito às reavaliações.
Artigo 7
Classificação dos formandos
1. A classificação é realizada para cada resultado de aprendizagem e é qualitativa
indicando se o formando o Alcançou (A) ou Não Alcançou (NA).
2. Alcança um determinado resultado de aprendizagem o candidato que tenha evidências
de ter tido desempenho satisfatório em todos os critérios do respectivo resultado de
aprendizagem.
3. Considera-se desempenho satisfatório quando o candidato tiver atingido um mínimo de
80% do conhecimento nos resultados de aprendizagem esperados.
4. Nos resultados de aprendizagem de desempenho, considera-se satisfatório quando o
candidato realiza correctamente todos os critérios.
5. Acumula créditos o formando que alcançar em todos os seus resultados de
aprendizagem do módulo.
6. A classificação quantitativa de conclusão duma qualificação de Nível 3, 4 ou 5 do
QNQP é baseada na classificação obtida no módulo do Projecto Integrado
7. O módulo de projecto integrado, concebido para dar a oportunidade ao formando de
poder demonstrar competências de planificação, organização e integração do
aprendizado tido ao longo da qualificação é avaliado nos seguintes termos:
a) Simples conclusão do módulo – equivalente à classificação de 15 valores
b) Conclusão do Módulo com mérito – equivalente à classificação de 16 a 17 valores
c) Conclusão do Módulo com Distinção - equivalente a uma classificação de igual ou
superior a 18 valores
8. A classificação quantitativa deve estar claramente expressa nos documentos de registo
da avaliação feita a cada formando.
O módulo de projecto integrado é avaliado por um júri que pode integrar avaliadores
provenientes do sector produtivo e ser sujeito à apresentação e defesa pelo formando.
9. O júri referido no nº 7 deste artigo é constituído por um mínimo de dois avaliadores
internos.
10. Cada instituição deverá definir o modelo que pretende dar ao projecto integrado que
pode ser um trabalho prático, de investigação ou um estudo de caso.
11. Os parâmetros de avaliação de cada projecto integrado serão dados pela especificação
do mesmo.
12. A obtenção da classificação com mérito ou distinção no módulo de projecto integrado
reflecte-se no certificado que mencionará tal facto.
SECÇÃO II
Controlo de qualidade
Artigo 8
Os elementos de garantia de qualidade são os seguintes:
a) Verificação interna;
b) Verificação externa;
c) Auditoria interna.
Artigo 9
Verificação Interna
6. Os verificadores internos de uma dada instituição, podem ser convidados pelo órgão
regulador para fazerem parte da equipa de verificadores externos, mas em nenhum
caso poderão desempenhar esta função na instituição onde leccionam.
Artigo 10
Verificação Externa
Artigo 11
Instrumentos de Avaliação
Artigo 12
Simulações
1. A avaliação das capacidades de execução do formando deve ser feita pela
demonstração das suas competências no contexto prático do mercado de trabalho.
2. Quando não é possível assegurar um ambiente real de trabalho, descrito no número
anterior, as avaliações poderão ocorrer em ambientes simulados que permitam a
verificação de competências e recolha de evidências credíveis da sua aquisição por
parte dos formandos.
3. As simulações podem ocorrer quando:
a. O equipamento e as instalações usadas estão apropriados para corresponderem
ao ambiente normal de produção ou trabalho.
b. Os materiais são similares aos utilizados no local de trabalho.
c. O produto alcançado tem uma aplicação real no mercado/vida e não é apenas um
mero exercício.
d. O ambiente e as pressões correspondem ao que se pode esperar num local normal
de trabalho (i.e. velocidade, procedimentos de qualidade, tamanhos dos conjuntos
e outros.
Artigo 13
Progressão
1. Cada qualificação está estruturada em módulos de aprendizagem, elaborados com
base em unidades de competência padrão definidos pelo sector produtivo e indica as
condições de acesso.
2. Considera-se que o formando alcançou o módulo quando em todos os resultados de
aprendizagem constantes do módulo, demonstrou as competências previstas.
3. A precedência entre os módulos deve estar inscrita na qualificação ou no módulo,
assim, prosseguir com os módulos seguintes de acordo com o plano de estudo definido
pelo instituto.
4. Tendo alcançado todos resultados de aprendizagem esperados para o módulo e
adequadamente demonstrado, com evidências, o domínio das competências
requeridas, o formando recebe um comprovativo (afixação da pauta) de conclusão do
módulo, após a realização da verificação externa.
5. Considera-se que o formando completou a qualificação quando tiver “alcançado” em
todos os módulos que a compõem, podendo progredir para o nível seguinte.
6. Aos formandos que, após a avaliação sumativa, não alcançaram o(s) resultado(s) de
aprendizagem, ser-lhes-á comunicado pelo formador/avaliador que conteúdos ou
matérias devem merecer maior atenção para serem submetidos à reavaliação.
7. Só serão submetidos à avaliação e a reavaliação os formandos que não tiverem
reprovado por excesso de faltas.
Artigo 14
Reavaliação
1. São permitidas duas oportunidades de reavaliação dos formandos que não atingiram
os resultados de aprendizagem definidos para um dado módulo. É fixado o prazo de
uma semana para que o candidato se apresente à reavaliação após o conhecimento do
resultado da avaliação, quando a avaliação coincida com o fim do período de
leccionação do módulo.
2. A reavaliação deve incidir apenas sobre os resultados de aprendizagem não
alcançados e não sobre a totalidade dos constantes no módulo.
3. Se depois de esgotadas as duas oportunidades de reavaliação o formando não reunir
evidências do alcance dos resultados de aprendizagem esperados, será aconselhado a
repetir todo o módulo quando este estiver novamente disponível para leccionação. Em
função do número de formandos, pode o instituto organizar sessões extraordinárias
para leccionação do módulo, durante o curso nocturno ou em períodos de interrupção
lectiva.
4. O instituto aplicará uma taxa a ser paga pelo formando para as reavaliações. O valor
da taxa é fixado pelo Regulamento de Propinas, Taxas de Matricula, de Internamento e
de Exames no Ensino Técnico Profissional.
Artigo 15
Fraude Académica
Artigo 16
Revisão da Avaliação
Artigo 17
Atribuição de Certificados e Qualificações
1. Os Certificados de conclusão de nível ou de qualificação serão atribuídos aos
formandos pelo órgão regulador da educação profissional no âmbito das suas
atribuições para a acreditação e certificações definidas por Lei.
Artigo 18
Classificação do Comportamento do Formando
1. No fim de cada ano é atribuída, a cada formando, uma classificação correspondente ao
seu comportamento durante o ano, de acordo com a escala seguinte:
a) B Bom,
b) R Razoável
c) M Mau
2. A classificação do comportamento baseia-se na disciplina, assiduidade, correcção no
relacionamento com a comunidade escolar e ambiente, cumprimento de normas e
rectidão moral do formando e atitude em relação aos bens e património da instituição.
Artigo 19
Atribuição da Classificação do Comportamento
1. É atribuído comportamento ”Bom” aos formandos que, de acordo com os parâmetros
definidos no número 2 do artigo 18, se destaquem da maioria e devam ser apontados
como exemplo a ser seguido.
2. É atribuído comportamento “Mau” aos formandos que, de acordo com os parâmetros
indicados no nº 2 do artigo 18, representem um obstáculo à disciplina, organização,
trabalho, estudo e bem como ao estado físico e patrimonial da escola. São motivos para
atribuição de comportamento “Mau” todas as acções e atitudes que traduzam grave
quebra disciplinar e desrespeito, em particular:
a) A prática de qualquer acto criminal;
b) O desrespeito aos símbolos do Estado, do Instituto e à dignidade dos dirigentes,
formadores, trabalhadores, formandos e população, em geral.
c) A fraude académica;
d) Acesso fraudulento ou viciação de certificados;
e) A depredação maldosa e consciente de bens da instituição;
3. O comportamento Razoável será atribuído para penalização das seguintes situações:
a) Cinco faltas injustificadas as actividades escolares programadas;
b) Acto de grave indisciplina que perturbam o normal funcionamento do Instituto ou
que resultem em danos do património.
4. O comportamento “Mau” é atribuído pelo Director do instituto, depois de ouvido o
Conselho Pedagógico e não há recurso da decisão.
5. É expulso da instituição o formando que obtenha dois comportamentos “Mau”, durante o
percurso de uma dada qualificação.
Artigo 20
Perda de Direito de Matrícula
1. Perde direito de matrícula o formando que abandone a frequência das aulas no
decorrer de qualquer ano sem justificação válida ou tenha sido expulso nos termos do
presente regulamento.
2. As excepções à aplicação do presente artigo serão analisadas e decididas caso a caso
pelo Director da instituição.
Artigo 21
Presença nas Actividades Curriculares
1. É obrigatória a presença dos formandos nas aulas, oficinas ou outras actividades
curriculares relacionadas com cada módulo de aprendizagem.
2. Fica reprovado o formando que faltar o equivalente a 20% ou mais da carga horária
atribuída para a leccionação de cada um dos módulos de práticas.
3. O disposto no número 2 do presente artigo também se aplica ao formando que faltar a
20% das aulas que antecedem a avaliação de um resultado de aprendizagem de
práticas.
4. Compete ao formador determinar o carácter presencial de cada actividade curricular,
através da indicação no plano de trabalho e sumário do livro de turma.
Artigo 22
Competências para a Marcação das Faltas às Actividades Lectivas
Compete ao formador que lecciona o módulo ou que responde pela actividade curricular,
controlar diariamente, as presenças dos formandos nas actividades obrigatórias, por via da
lista de presenças e registo das mesmas nas respectivas folhas de presenças, no Livro da
Turma.
Artigo 23
Registo, Controle e Verificação das Faltas às Actividades Lectivas
1. As faltas dadas pelos formandos, registadas sob responsabilidade dos formadores e
mestres nas respectivas folhas de presença, no livro de turma, serão transcritas para os
registos da secretaria.
2. A verificação das faltas a que se refere o número 1 do presente artigo será feita no fim de
cada bloco de módulos e compete ao Director de turma.
Artigo 24
Penas Disciplinares
As penas disciplinares aplicáveis aos formandos por faltas praticadas durante as actividades
lectivas ou fora delas são as seguintes:
a) Repreensão oral;
b) Repreensão oral e ordem de saída da sala, oficina ou outro local onde se realizem
actividades escolares;
c) Repreensão escrita e afixação em local de eleição na instituição;
d) Expulsão da Instituição.
Artigo 25
Competências para a Aplicação das Penas Disciplinares
1. Compete aos formadores e mestres aplicar a pena prevista na alínea a) e b) do artigo 24.
2. A aplicação da pena prevista na alínea b) do artigo 24 deve ser imediatamente
comunicada ao Director da Turma.
3. Compete ao Director do instituto, sob proposta do Director da Turma, aplicar a pena
prevista na alínea c) do artigo 24.
4. Compete igualmente ao Director do instituto, aplicar a pena prevista na alínea d) do artigo
anterior, ouvido o Conselho Pedagógico.
Artigo 26
Procedimentos param a Aplicação da Penas Disciplinares
1. As penas previstas nas alíneas a) e b) não dependem da instauração de processo
disciplinar.
2. As penas previstas nas alíneas b), c) e d) serão registadas nos processos individuais dos
formandos e comunicadas aos encarregados de educação quando estes sejam
menores.
Artigo 27
Infracções Disciplinares
1. São considerados infracções da disciplina, e por isso puníveis, quaisquer actos
contrários ou omissos aos deveres do formando.
2. A graduação das penas será feita segundo a gravidade das infracções, tendo sempre em
vista o carácter educativo da acção disciplinar.
3. São circunstâncias agravantes os factos que denotem premeditação, coligação,
acumulação de infracções e reincidência.
4. São circunstâncias atenuantes o bom comportamento e a confissão espontânea.
Artigo 28
Recurso
Quando da aplicação da pena de expulsão a um formando, poderá haver recurso ao
Conselho de Gestão.
Artigo 29
Quaisquer dúvidas ou omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente
regulamento serão resolvidas por despacho do Ministro de Tutela ou por quem ele delegar.
Dezembro de 2016