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Sacerdote condenado ao Inferno

Padre Steven Scheier

Não amava sua vida de sacerdote.

Durante doze anos se preocupou mais com o que os demais pensavam dele, que do seu
ministério sacerdotal. Se preocupou com o seu prestígio como sacerdote, especialmente
diante dos seus companheiros de ministério.

Não assistia à direção espiritual com outros sacerdotes, ou se o fazia, focava em coisas
superficiais, como que para se sair de seu compromisso.

Não fazia as orações do breviário nem as que devem fazer todos os sacerdotes. Para ele,
a Missa não tinha um significado especial. Caiu em sucessivas negligências em seu labor
pastoral e se dedicou a muitas atividades no âmbito social, em detrimento dos fieis de
sua paróquia. Fugiu do sofrimento próprio de sua missão e se portou de maneira
covarde diante deste sofrimento.

Faltou aos mandamentos. Se confessava com regularidade, mas não


apropriadamente. Não tinha propósito de emenda, nem verdadeira dor pelos
seus pecados. Tomava a confissão como um "seguro contra o inferno". Suas confissões
não o conduziram a uma verdadeira mudança de vida. Se confessava quando queria,
porque pensava que teria tempo suficiente.

Ele sabia que não estava fazendo o que devia, que não era o sacerdote que devia ser,
mas não mudou a sua forma de proceder. Os fieis, sem embargo, consideravam que ele
era um bom sacerdote.

O dia do seu acidente

No dia 18 de outubro de 1985 foi a Wichita, mais ou menos a 130 ou 140 kms de
distância. Fez uma viagem pela estrada 86 (rota 86), a única estrada acessível entre
Fredonia e Wichita. Era uma estrada montanhosa e perigosa, sem sarjetas e de alto
tráfego. Foi ver a um sacerdote sobre algo que havia sucedido na paróquia de Wichita.
Saiu pela manhã e regressou pela tarde. Na viagem de regresso, enquanto ultrapassava
a um caminhão, se viu envolvido em um acidente de frente com uma caminhoneta que
levava consigo três pessoas que residiam em Houston, Texas. Foi lançado fora do veículo,
sofreu lacerações na cabeça e o couro cabeludo se desprendeu no lado direito. O lado
direito do cérebro foi cortado parcialmente e muitas células foram esmagadas. Ficou
praticamente inconsciente. Uma enfermeira que estava a um veículo atrás do dele, o
ajudou imediatamente. Viu que tinha o pescoço ferido. Foi atendido em estado de
emergência e levado de ambulância a um pequeno hospital próximo. Um médico lhe
suturou o couro cabeludo que estava rasgado. Todos pensavam que não iria sobreviver.
Aparafusaram na frente e por trás da cabeça, lhe colocaram um rígido revestimento para
evitar movimentos e o levaram em um helicóptero a outro hospital em Wichita.

Não se atreveram a operá-lo devido à gravidade da lesão.




















Sofreu fratura de tipo C2, ou seja, a segunda vértebra cervical (é o mesmo tipo de lesão
que ocorre nas pessoas que morrem enforcadas). Quando esta vértebra se rompe, a
pessoa se asfixia. Se lhe houvessem movido a cabeça no lugar do acidente, ele teria
morrido. Foi colocado em tração e os doutores lhe davam 15% de chance de
probabilidade de vida. Permaneceu em cuidados intensivos até o mês de novembro.
Esteve baixo tratamento de morfina e tração. Quando souberam do acidente, os
membros de sua paróquia e de outras regiões vizinhas se puseram em oração por ele. E
se recuperou de maneira surpreendente e rápida.

No dia 2 de dezembro lhe deram alta do hospital. Não esperavam que ele sobreviveria.
Lhe disseram que, apesar de sobreviver, pensavam que iria ficar paralisado do pescoço
para baixo, usando um respirador, olhando para o teto pelo resto de sua vida e sem
voltar a falar.

Uma revelação que lhe abriu o entendimento

No mês de abril lhe retiraram os aparatos que o mantinha imobilizado. Ao regressar a sua
paróquia, uma vez em que celebrava a Missa durante a semana, justamente neste dia foi
o Evangelho de São Lucas, capítulo 13, versículos 6 e seguintes, sobre o dono da Vinha,
que ordenara ao vinhador cortar uma figueira que não dava fruta há três anos. O
vinhador intercede ante o Dono da vinha e lhe propõe pagar e cuidar dela por mais um
ano para ver se daria fruto, ou se não, poderia cortá-la. De repente, enquanto se
encontrava lendo esta passagem, a página tornou-se luminosa, aumentou e se
aproximou a ele. Sentiu um grande choque e terminou a Missa como pôde. Depois teve
que sentar-se e tomar algo para acalmar-se.

Chegou o momento do seu juízo

Neste momento recordou uma conversa que teve ocorreu um pouco depois do acidente.
Ele não viu a ninguém, mas escutou as vozes. Nesta conversa, o padre Steven se
encontrou na presença de Deus. Ao sentir o amor puro de Deus na pessoa de Jesus, o
Padre Steven se sentiu realmente um pecador, mas o Senhor lhe disse: "Eu te amo,
aproxima-te". O Padre Steven se viu enfrentando o seu juízo particular, no que foram
postos em evidência muitos pecados mortais que não conseguiu confessar, porque havia
deixado tudo isto para mais tarde. Sentiu o Amor Justo de Deus quando o Senhor Jesus
lhe disse: "Tua sentença é o Inferno por toda a eternidade".

O Padre Steven contestou: "Sim, Senhor, eu sei". Porque sabia toda a verdade de sua
vida e isto não foi surpresa para ele. Comprovou que Deus nos conhece perfeitamente
por dentro e por fora, e que não se deixa levar por aparências ou simples opiniões.
Também soube que diante de Deus não valem desculpas, nem pretextos nem
justificações.

Então, o Padre Steven escutou uma voz feminina:


"Filho, por favor, podes perdoar sua vida e sua alma imortal?", o Senhor contestou: "Ele
foi sacerdote por doze anos para si mesmo e não para Mim. Deixemos que ele colha o
castigo que merece".
A voz feminina replicou:
"Mas Filho, se lhe damos graças especiais, então vejamos se dá frutos; se não, seja feita
a Tua Vontade". O Padre Steven sentiu o Amor Misericordioso de Deus quando o Senhor
contestou: "Mãe, [ele] é teu."

O Padre Steven não sentia devoção especial pela Virgem, e à partir deste momento
começou a tê-la sempre presente em sua mente e em seu coração. Se deu conta que lhe




















tomará toda a vida ser o sacerdote que deve ser. Com o tempo, o Padre Steven ingressou
em uma comunidade contemplativa, não de clausura, que ora e intercede pelos
sacerdotes. Deus lhe deu uma oportunidade a sua alma e a sua vida física, corporal, e
não há um dia em que não pense no que lhe aconteceu. Agora é muito mais consciente
que antes dos seus pecados.

Alguns ensinamentos que podemos aprender da experiência do Padre Stevens:


Há duas maneiras de crer: Com a cabeça (ou seja, intelectualmente) ou com o coração.
Durante muitos anos o Padre Steven creu com a cabeça, ou seja, intelectualmente, em
Deus, no Céu e nos santos. Para ele, não eram seres vivos, senão representações ou
personagens imaginários.

O Inferno existe, e os sacerdotes não estão isentos dele, portanto, se faltam aos
mandamentos, estão expostos a ele. Os sacerdotes têm que dar conta de mais coisas que
os fieis, posto que têm maiores responsabilidades em sua missão. "A quem muito foi
dado, muito será cobrado".

Deus nos ajuda a conhecer-nos a nós mesmos para que nos emendamos de nossos erros
e corrijamos nosso caminho. Temos que estar receptivos e cooperar com a Graça de
Deus.

Deus nunca disse "NÃO" à Virgem Maria. Nós não conhecemos nem apreciamos a
importância, a graça e o poder que Deus há dado à Santíssima Virgem.

Quando um foge dos sofrimentos e das cruzes próprias de sua vida e de sua missão,
depois aparecerão cruzes ainda maiores, onde queria que uma pessoa vá. Mas quando as
abraçamos, Deus adoça os sofrimentos e as cruzes pessoais.

O amor de Deus é maior que a sua Justiça, o que não quer dizer que Ele não será justo
em seu juízo.

Podem morrer milhões de pessoas em um mesmo instante, mas o juízo é pessoal e uma
pessoa o enfrenta só. Recorda que tua salvação depende de tuas ações: a forma de como
hás vivido e amado.

Nossa verdadeira casa está no Céu. Aqui, no mundo, somos peregrinos a caminho de
nossa pátria celestial.

Fonte: http://www.pildorasdefe.net/post/testimonios/IHS.php?id2=Sacerdote-enfrenta-
su-juicio-personal-y-es-condenado-al-infierno-Regreso-por-intercesion-de-Maria

NOTA: O Padre Steven Scheier foi ordenado sacerdote no ano de 1973. Era um sacerdote
diocesano e foi enviado à paróquia do Sagrado Coração na cidade de Fredonia, ao
sudoeste do Kansas.




















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