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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE ENSINO

Erik Eduardo Honorio Pereira


José Francisco dos Santos Filho
Lucca Santos Saldanha
Silmayko Gomes da Silva

Segunda Lei de Newton

Roteiro de Física Experimental 1

Experimento 5

Maceió, Agosto de 2021

1
Erik Eduardo Honorio Pereira
José Francisco dos Santos Filho
Lucca Santos Saldanha
Silmayko Gomes da Silva

Trabalho apresentado à Materia de


Física experimental I ministrada pelo
Prof. Noelio Dantas da Silva, para fins
avaliativos.

Maceió, Agosto de 2021

2
Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ................................................................................................................................. 6
4 MATERIAL ............................................................................................................................... 7
5 PROCEDIMENTO .................................................................................................................... 8
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 13
7 ANEXO .................................................................................................................................... 14

3
1. INTRODUÇÃO
Newton enunciou sua segunda lei como:

“A variação do movimento é proporcional à força motriz imprimida e atua na


direção da reta segundo a qual a força é dirigida.”

Com o termo “movimento” Newton se referia a uma grandeza hoje chamada


momento. O momento 𝑃⃗ de um objeto de massa m que se move com
velocidade vetorial 𝑣 é:

𝑃⃗ = 𝑚𝑣 (1)
Para Newton, a expressão “força motriz” significava a força resultante FR. Onde
a força é expressa pela soma vetorial de todas as forças atuantes em um corpo.

⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 +. .. (2)
Se a constante de proporcionalidade entre a “força motriz” e a “variação do
momento” for igual a 1, então a segunda lei de Newton torna-se:

ⅆ𝑝
𝐹= (3)
ⅆ𝑡

Além disso, se admitirmos que a massa do objeto é independente do tempo t,


então:
ⅆ𝑝 ⅆ ⃗
ⅆ𝑣
= ⅆ𝑡 (𝑚𝑣) = 𝑚 ⅆ𝑡 = 𝑚𝑎(4)
ⅆ𝑡

Dessa forma, reescrevemos a equação (3) como:

⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅 = 𝑚𝑎(5)
A equação (5) é também conhecida como segunda lei de Newton e a mesma
afirma:

“A aceleração de um objeto é proporcional à força resultante exercida sobre ele,


e a massa do objeto é o fator de proporcionalidade entre a força resultante e a
aceleração.”

Neste experimento, analisaremos como a mudança nas variáveis (m, FR e a)


afetam as relações entre cada termo da segunda lei de Newton.

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➢ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DESENVOLVIDA PELO PROFESSOR,
UTILIZANDO CÁLCULO INTERAL DIFERENCIAL
Dedução original da Segunda Lei de Newton:

“A variação do movimento de um corpo de massa m CTE é proporcional à força


resultante que atua na direção da reta segundo a qual a força é dirigida”

F R=F 1 + F2 + F 3+⋯

Então, partindo de: ⃗⃗⃗


𝑃 = 𝑚𝑣 (unidimensional x)

Simplesmente: P=mv. Onde pode-se observar que quanto maior, maior é a


quantidade de movimento de um corpo de massa m=CTE (independente do tempo), para
varia a quantidade de movimento num determinado intervalo de tempo dt.
ⅆ𝑝 ⅆ ⅆ𝑣
(𝑃) = ⅆ𝑡 (𝑚𝑣) = 𝑚 ⅆ𝑡 = 𝑚𝑎 , onde:
ⅆ𝑡

ⅆ𝑝
= 𝑚𝑎 , agente externo p/ variar a quantidade de movimento, denomina-se força
ⅆ𝑡

resultante (FR).

𝐹 = 𝑚𝑎 (Segunda Lei de Newton)

➢ I PARTE: Relação entre força resultante e aceleração

Figura 1: Diagrama do esquema.

M = Mc + Ma + Ms
• Mc – Massa do carrinho
• Ma – Massa adicionada no carrinho
• Ms – Massa suspensa
• M = CTE ( massa total do sistema )

5
• Mc+Ma – Diminui – Porque Ma será transferida de 10g em 10g ( 0,001Kg ) p/
Ms (massa suspensa). Ms ≠ CTE | Ms(inicialmente)= suporte.

➢ II PARTE: Relação entre aceleração e massa


2∆𝑋
𝑎 = 𝑡𝑚2 . Obs. (Mc+Ma) . a p/ todos os casos.

2 OBJETIVO
• Investigar as relações de proporcionalidades entre as grandezas físicas descritas
pela da segunda lei de Newton;
• Relacionar o trabalho e a variação da energia cinética;
• Interpretação e análise de gráficos.

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4 MATERIAL

Descrição Quantidade
Trilho 120 cm 1
Cronômetro digital multifunção com fonte DC 12 V 1
Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2) 2
Eletroímã com bornes e haste 1
Fixador de eletroímã com manípulos 1
Chave liga-desliga 1
Y de final de curso com roldana raiada 1
Suporte para massas aferidas – 9 g 1
Massa aferida 10 g com furo central de Ø2,5 mm 1
Massas aferidas 20 g com furo central de Ø2,5 mm 2
Massas aferidas 10 g com furo central de Ø5 mm 2
Massas aferidas 20 g com furo central de Ø5 mm 4
Massas aferidas 50 g com furo central de Ø5 mm 2
Cabo de ligação conjugado 1
Unidade de fluxo de ar 1
Cabo de força tripolar 1,5 m 1
Mangueira aspirador Ø1,5” 1
Pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã 1
Carrinho para trilho cor azul 1
Pino para carrinho para interrupção de sensor 1
Porcas borboletas 3
Arruelas lisas 7
Manípulos de latão 13 mm 4
Pino para carrinho com gancho 1
Balança eletrônica 1

7
5 PROCEDIMENTO

Parte I: Relação entre força resultante e aceleração

1. Montar o equipamento conforme o esquema de ligação do cronômetro na figura


1, escolhendo a função F2 do cronômetro.

Figura 2: Esquema de ligação do cronômetro com a chave liga-desliga e o sensor S2 –


Fonte: Referência [2]

2. Com o cabo apropriado conectar a chave liga-desliga ao cronômetro.

3. Ligar o eletroímã à fonte de tensão variável deixando em série a chave liga-


desliga.

4. Com uma balança verifique a massa do carrinho, Mc =0,27547kg.

5. Suspender no suporte de massas aferidas (9 g) uma massa de 20 g, o que dará uma


força aceleradora de: P=MS g

Massa suspensa: MS = 0,029 kg.

Força resultante: FR = m g = ______N (g = aceleração gravitacional) Massa


acrescentada ao carrinho: Ma = 0,000 kg.

Assim o sistema terá uma massa total igual a: Mt = Ma + MS + Mc = kg

6. Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada para que o carrinho fique
na iminência do movimento.

8
7. Acrescentar aos pinos do carrinho duas massas de 20 g e duas massas de 10 g
totalizando 60 g.

8. Posicionar o sensor S2 a uma distância x = 0,300 m do carrinho. Este


deslocamento dever ser medido entre o pino central do carrinho e o centro de S2.

9. Zerar o cronômetro (reset) e desligar o eletroímã liberando o carrinho.

10. Anotar na tabela 1 o intervalo de tempo registrado no cronômetro, repetindo o


procedimento por três vezes. Ao final calcular o tempo médio tm

Tempos (s)
ΔX (m) M (kg) FR (N) tm a (m/s2) F/a (kg)
t1 t2 t3
0,02 0,2 0,843 0,845 0,843 0,8436 0,843 0,237
0,03 0,3 0,725 0,728 0,724 0,7256 1,139 0,263
0,300 0,04 0,4 0,638 0,636 0,638 0,6373 1,47 0,272
0,06 0,6 0,536 0,532 0,533 0,5336 2,10 0,285
0,08 0,8 0,463 0,463 0,462 0,4626 2,80 0,285
Média = 0,2684
Tabela 1: Valores das massas e seus respectivos tempos e força resultante

Tabela 1: Valores das massas e seus respectivos tempos e força


resultante

2𝛥𝑥
11. Calcular o valor da aceleração imprimida ao carrinho usando a equação: 𝑎 = 𝑡2

12. Transferir uma massa de 10 g do carrinho para o suporte de massas aferidas.


Assim a nova força aceleradora será igual a:
Força resultante FR = m g =________N.
13. Prender o carrinho ao eletroímã e repetir o procedimento (9). Refazer estes
procedimentos sempre transferindo massa do carrinho para o suporte até
completar a tabela 1.
14. Construir o gráfico FR = f(a) (força resultante em função da aceleração).
Em anexo
15. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico FR = f(a).

Coeficiente angular A = 3,261

Coeficiente linear B = 0,1908

9
Questões

1) De acordo com a tolerância de 5%, definida pelo fabricante do equipamento, pode-


se afirmar que a massa do sistema (segunda coluna da tabela 1) é igual à relação F/a
(última coluna da tabela 1)?

R: Não, pois os números divergem

2) Qual a forma do gráfico FR = f(a)? Essa forma mostra que aceleração e força
resultante são direta ou inversamente proporcionais?

R: Uma reta, sendo diretamente proporcional

3) Qual o significado físico do coeficiente angular do gráfico FR = f(a)?

R: Corresponde à tangente do ângulo de inclinação da reta;

4) Com base nos resultados desse experimento, é valida a afirmação de Newton sobre
a causa da variação do movimento? Comente.

R: Sim, pois a força resultante aplicada a um corpo foi igual ao produto da massa da
matéria pela aceleração adquirida.

Parte II: Relação entre aceleração e massa

1. Para este experimento deve-se usar a montagem da parte I e a função F2 do


cronômetro.

2. Medir a massa do carrinho, Mc = 0,21547 + massas aferidas kg.

3. Colocar no suporte de massas aferidas (9 g) duas massas de 20 g, o que resultará


numa força aceleradora de: P = M∙g = 0,4806 N.

4. A Massa total do sistema será igual à soma de (Mc + Ms) kg.

Massa suspensa Ms = 0,049 kg.

Força resultante FR = 0,4802 N (constante).

Massa acrescentada no carrinho: Ma = de 0 até 0,16 kg ( de 20 em 20).

10
Massa total M = Ms + Mc + Ma = 0,26447kg (preencher esse valor na 1ª linha da
2ª coluna da tabela 2).

5. Com o cabo apropriado conectar a chave liga-desliga ao cronômetro.

6. Posicionar o sensor S2 a uma distância x = 0,300 m do carrinho. Este


deslocamento deve ser medido entre o pino central do carrinho e o centro de S2.

7. Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada para que o carrinho fique
na iminência do movimento.

8. Zerar o cronômetro (reset) e desligar o eletroímã, liberando o carrinho; Anotar na


tabela 2 o intervalo de tempo registrado no cronômetro.

9. Acrescentar 20 g ao carrinho (10 g de cada lado) e repetir o procedimento. Massa


suspensa Ms = 0,049 kg.

Força resultante FR =0,4802N. Massa acrescentada Ma = 0,020 kg.

Massa total M = Ms + Mc + Ma = 0,28447kg kg (preencher esse valor na 2ª linha


da segunda coluna da tabela 2).

10. Desligar o eletroímã, liberando o carrinho, anotar na tabela 2 o intervalo de tempo


registrado no cronômetro.

11. Realizar três medidas de tempo para cada massa acrescida ao carrinho.

12. Calcular a aceleração para cada um dos tempos obtidos, utilizando a mesma

2𝛥𝑥
fórmula usada na primeira parte e preencher a tabela 2. 𝑎 = 𝑡2

13. Completar a tabela acrescentando sempre 20 g ao carrinho, repetindo os


procedimentos anteriores.

11
ΔX (m) M (kg) 1/M (kg-1) FR (N) t1 (s) t2 (s) t3 (s) tm (s) a (m/s2) M.a (N)
0,26447 3,7811472 0,586 0,586 0,585 0,586 1,747253899 0,46209624
0,28447 3,515309171 0,609 0,61 0,608 0,609 1,617769581 0,46020691
0,30447 3,284395835 0,626 0,628 0,629 0,628 1,521359893 0,46320845
0,32447 3,081949025 0,647 0,649 0,648 0,648 1,428898034 0,46363455
0,3 0,34447 2,903010422 0,4802 0,668 0,67 0,667 0,668 1,344616157 0,46317993
0,36447 2,743710045 0,689 0,688 0,687 0,688 1,267577069 0,46199381
0,38447 2,600983172 0,707 0,707 0,707 0,707 1,200362509 0,46150337
0,40447 2,472371251 0,726 0,727 0,727 0,727 1,13522626 0,45916497
0,42447 2,355879096 0,743 0,743 0,743 0,743 1,086860043 0,46133948
Tabela 2: Valores das massas e seus despectivos tempos

14. Construir o gráfico a = f(M) (aceleração em função da massa) utilizando os dados


da tabela 2.

Em anexo

15. Linearizar o gráfico a = f(M). Para linearizar, formar a tabela a (m/s2) versus
1
𝑘𝑔−1
𝑀

Em anexo
1
16. Determinar os coeficientes angular e linear do gráfico a= f (𝑀).

Coeficiente angular A = 0,505.

Coeficiente linear B = -0,0870.

Questões

1) De acordo com a tolerância de 5%, definida pelo fabricante do equipamento,


pode- se afirmar que a terceira coluna (força resultante) é igual à última coluna
(produto da massa pela aceleração)?

R: Sim, os valores obtidos não ultrapassam a tolerância de 5% pré-estabelecida

1
2) Qual o significado físico do coeficiente angular da reta do gráfico a = f (𝑀). ?

R: Vai representar a massa do corpo que é uma constante

12
6. CONCLUSÃO

Mediante o que foi apresentado pode-se comprovas algumas afirmações, tais


como a de que a força e a aceleração são diretamente proporcionais, como foi
demonstrado na primeira parte do experimento. E que a massa e a aceleração são
grandezas inversamente proporcionais como demonstrado na segunda parte do
experimento.

13
7 ANEXO

FR = F(A)
3

2,5

1,5

0,5

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

Gráfico 1: FR = F(A)

A = F(M)
2
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

Gráfico 2: A = F(M)

14
A = F(M). LIN
2
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Gráfico 3: Linearização gráfico a = f(M).

15
8. REFERÊNCIAS:

[1] Roteiro Segunda lei de Newton, disponível em:

https://classroom.google.com/u/5/c/Mjg1NjcxMzQwNjA0/m/Mjg0MTUyNDQ1MTE5/details

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