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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUANA CAROLINE ORLANDINI

PROPOSTA DE UMA FERRAMENTA DE CHECAGEM QUE ATUE NAS


PRINCIPAIS CAUSAS DE REANÁLISES DE PROJETOS DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PATO BRANCO
2018
LUANA CAROLINE ORLANDINI

PROPOSTA DE UMA FERRAMENTA DE CHECAGEM QUE ATUE NAS


PRINCIPAIS CAUSAS DE REANÁLISES DE PROJETOS DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Trabalho de Conclusão de Curso de


graduação, apresentado como requisito
parcial para a conclusão do Curso de
Engenharia Civil, da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, câmpus
Pato Branco.

Orientadora: Prof.ª Esp. Ana Claudia Dal


Prá Vasata

PATO BRANCO
2018
TERMO DE APROVAÇÃO

PROPOSTA DE UMA FERRAMENTA DE CHECAGEM QUE ATUE NAS


PRINCIPAIS CAUSAS DE REANÁLISES DE PROJETOS DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

LUANA CAROLINE ORLANDINI

No dia 21 de junho de 2018, às 08h15min, na SALA DE TREINAMENTO da


Universidade Tecnológica Federal do Paraná, este trabalho de conclusão de curso foi
julgado, e após arguição pelos membros da comissão Examinadora abaixo
identificados, foi aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel
em Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR,
conforme Ata de Defesa Pública nº 20-TCC/2018.

Orientadora: PROFª. ESP. ANA CLÁUDIA DAL PRA VASATA (DACOC/UTFPR-PB)

Membro 1: PROFº. Dr. MURILO CESAR LUCAS (DACOC/UTFPR-PB)

Membro 2: PROFº. Dr VOLMIR SABBI (DACOC/UTFPR-PB)


AGRADECIMENTOS

À Deus por me dar a saúde e a força necessária nessa caminhada,


discernimento e sabedoria para superar os obstáculos que surgiram ao longo desde
percurso.
À minha mãe, meus irmãos e meus tios, pelo apoio incondicional que me deram
em todos os momentos da minha vida, por toda a força que me deram em especial
nos anos de 2014 e 2015. Agradeço imensamente por acreditarem em mim e não
medirem esforços para que a obtenção desse título de engenheira fosse possível.
Muito obrigada.
Ao meu namorado pelo carinho, pela paciência, aconselhamento, incentivo e
auxílio, principalmente nessa reta final da graduação, foi essencial para que eu
chegasse até aqui. Muito obrigada.
Aos meus amigos pela oportunidade de compartilhar as dificuldades e
conquistas, e por toda a amizade e companheirismo ao longo desses anos. Muito
obrigada.
À minha orientadora, Prof Esp. Ana Claudia Da Prá Vasata pela confiança,
disposição, dedicação e paciência na orientação desse trabalho. Muito obrigada.
Aos bons professores do curso, pelos inúmeros ensinamentos. Em especial
quero agradecer ao professor Dr. Gustavo Lacerda e as professoras Dra. Elizangela
Siliprandi, Dra. Heloiza Benetti e Dra. Paola Dalcanal pelo exemplo ético e humano
que sempre demostraram com os alunos e principalmente comigo. E pelo
comprometimento com o ofício, dedicação e excelência em todas as atividades que
conduzem.
E por fim, ao Corpo de Bombeiros de Pato Branco. Agradeço ao Capitão
Dalponte, a Tenente Joice, ao Soldado Rodrigo e os analistas, por todo o auxílio que
me deram no período que estive presente no Corpo de Bombeiros coletando as
informações necessárias para o trabalho.
E estendo a todos os Bombeiros Militares por sua bravura e coragem ao
protegerem a população dos perigos encontrados.
“Faça o teu melhor, na condição que você tem,
enquanto você não tem condições melhores, para
fazer melhor ainda. ” (Mario Sergio Cortella)
RESUMO

ORLANDINI, Luana C. Proposta de uma ferramenta de checagem que atue nas


principais causas de reanálises de projetos de segurança contra incêndio e
pânico. 2018. 72 f. Trabalho de Conclusão de curso (Bacharelado em Engenharia
Civil) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Câmpus Pato Branco. 2018.

Considerando os danos e perigos que um incêndio pode causar, deve-se elaborar


projetos de segurança contra incêndio e pânico eficientes para que o risco de ocorrer
sinistros seja mínimo durante toda a vida da edificação. Para isso, pode-se contar com
Normas de Procedimento Técnico (NPT) elaboradas pelo Corpo de Bombeiro Militar
do Paraná, que conduzem o desenvolvimento dos projetos. Porém mesmo com o
auxílio das NPT falhas de projetos ainda ocorrem, algumas vezes por falta de
conhecimento técnico outras por negligência as próprias normativas vigentes. Este
trabalho de conclusão de curso tem como finalidade um levantamento estatístico dos
projetos submetidos a análise e validação no Corpo de Bombeiros da cidade de Pato
Branco – Paraná sobre as principais falhas de projetos de segurança contra incêndio
e pânico. E, a partir desses dados, elaborar uma ferramenta de checagem com as
principais exigências normativas que se deve ter cuidado ao realizar projetos de
segurança contra incêndio e pânico. Podendo assim auxiliar os profissionais da área
a reduzir o número de reanálises de projetos, possibilitando o desenvolvimento de
projetos mais eficazes e uma maior segurança de vidas e edificações.

Palavras-Chave: Risco de incêndio. Projeto de prevenção de incêndio. Reanálises


de projetos.
ABSTRACT

ORLANDINI, Luana C. Proposal of a tool for checking the main causes of failure in
design of block plan projects of fire safety and evacuation programs 2018. 72 f. Civil
Engineering Course Completion Work,
Civil Engineering, Federal Technological University of Paraná. Pato Branco, 2017.

Considering the damages and risks that a fire can cause, it is necessary to design
block plan projects of fire safety and evacuation programs that the risk of accidents
occurring is minimal throughout the life of the building. To design this projects, there
are local technical norms, in Brazil called Technical Procedure Norms (TPN)
elaborated by the Paraná Fire Department, that evaluates and approves the projects
when it is conform. However, even with the support off all the TPN, project failures still
occur, for lack of technical knowledge or negligence the technical standards. This study
aims at a statistical survey of the projects submitted to analysis and validation in the
Fire Department of the city of Pato Branco - Paraná - Brazil on the main failures in the
block plan projects of fire safety and evacuation programs. From this study, it aims to
elaborate a checking tool with the main technical standards requirements that must be
considered to design block plan projects of fire safety and evacuation. This proposed
tool can help professionals to reduce the number of project reanalyses, allowing the
development of more efficient projects and greater safety of lives and buildings.

Keybords: Fire risk. Fire prevention project. Project Reanalysis.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Triângulo do fogo .................................................................................... 21


Figura 2: Reação em cadeia ................................................................................... 22
Figura 3: Evolução de um incêndio em um compartimento ................................ 23
Figura 4: Exemplo de sinalização básica. Placa de proibido fumar e de
orientação de direção, respectivamente ............................................................... 27
Figura 5: Exemplo de sinalização complementar. Placa de capacidade de
público...................................................................................................................... 28
Figura 6: Exemplo de diagrama de Pareto ............................................................ 32
Figura 7: Etapas da pesquisa ................................................................................. 33
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Comparativo entre alturas da ocupação residencial .......................... 37


Gráfico 2: Comparativo entre alturas da ocupação comercial ............................ 37
Gráfico 3: Comparativo da primeira e segunda análise dos projetos ................ 38
Gráfico 4: Comparativos dos tipos de entrada de projeto das categorias
residenciais e comerciais ....................................................................................... 39
Gráfico 5: Irregularidades para a ocupação residencial ...................................... 40
Gráfico 6: Irregularidades para a ocupação comercial ........................................ 41
Gráfico 7: Irregularidade associando as duas ocupações .................................. 41
Gráfico 8: Irregularidades da categoria documentação ...................................... 43
Gráfico 9: Irregularidades da categoria Desenho ................................................. 45
Gráfico 10: Irregularidades da categoria de Saída de Emergência..................... 47
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Legenda para as categorias referente as irregularidades ................. 35


Quadro 2: Legenda para os tipos de entrada de projetos, ocupação e altura das
edificações ............................................................................................................... 36
Quadro 3: Legenda para a categoria de documentação ...................................... 43
Quadro 4: Legenda para a categoria de desenho ................................................ 45
Quadro 5: Legenda para categoria de saídas de emergência ............................. 46
Quadro 6: Check List proposto .............................................................................. 50
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 12
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo geral............................................................................................ 13
1.1.2 Objetivos específicos................................................................................ 13
1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 14
2. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 15
2.1 FORMAÇÃO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO .............................. 15
2.2 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO NO PARANÁ .............................................. 16
2.3 LEGISLAÇÃO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO NO PARANÁ ................ 17
2.3.1 Código de Prevenção de Incêndios (CPI) – 2001................................... 17
2.3.2 Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) – 2011.......... 18
2.4 CONCEITOS BÁSICOS DO FOGO ........................................................... 20
2.4.1 Fases de um Incêndio............................................................................. 23
2.4.2 Classes de Incêndio............................................................................... 24
2.4.3 Método de Extinção.................................................................................25
2.5 SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO .................................................. 25
2.5.1 NPT 011 - Saídas de Emergência...........................................................26
2.5.2 NPT 018 - Iluminação de Emergência.....................................................26
2.5.3 NPT 020 - Sinalização de Emergência................................................... 27
2.5.4 NPT 021 – Sistema móvel.......................................................................28
2.5.5 NPT 022 - Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos................................. 29
2.5.6 NPT 019 – Sistema de detecção e alarme de incêndio.......................... 29
2.5.7 NPT 28 – Manipulação e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 30
2.6 MÉTODOS ESTATÍSTICOS ...................................................................... 30
2.7 FERRAMENTAS DE GESTÃO QUALIDADE ............................................ 31
2.7.1 Diagrama de Pareto................................................................................ 31
2.7.2 Check List................................................................................................32
3. METODOLOGIA .................................................................................... 33
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................... 35
4.1 ANÁLISE GERAL ....................................................................................... 36
4.2 OCUPAÇÃO RESIDENCIAL E COMERCIAL ............................................ 40
4.3 CATEGORIAS PRIORIZADAS .................................................................. 42
4.3.1 Documentação........................................................................................ 43
4.3.2 Desenho.................................................................................................. 45
4.3.3 Saída de Emergência.............................................................................. 46
4.3.4 Quadro de medidas de segurança conforme CSCIP.............................. 48
4.3.5 Sinalização de emergência..................................................................... 48
4.4 CHECK LIST .............................................................................................. 49
5. CONCLUSÃO ........................................................................................ 55
5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 55
6. PROPOSIÇÃO PARA NOVOS TRABALHOS ....................................... 57
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 58
12

1. INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade a humanidade insere o fogo à sua rotina. Atualmente é


difícil imaginar a vida sem as facilidades que o fogo oferece, tanto para atividades
rotineiras, como a cocção de alimentos e para servir de fonte de energia para outros
sistemas indispensáveis ao modo de vida moderno.
Devido a esta grande utilização é necessário que se estabeleça a possibilidade
de controle e utilização dessa forma de energia, de modo a comprometer cada vez
menos a integridade física de quem utiliza. Segundo Flores, et al. (2016), vários
equipamentos e estratégias vêm sendo desenvolvidas para que se previna o
alastramento desenfreado das chamas. Mas eventualmente ao fugir do controle de
quem o opera, o fogo pode trazer prejuízos materiais e humanos irreparáveis.
Para amenizar esses riscos humanos e materiais, medidas de segurança
contra incêndio vêm sendo tomadas. No Brasil é de competência do Corpo de
Bombeiros o gerenciamento dessas medidas.
A primeira corporação do Corpo de Bombeiros surgiu em 1856, no dia 2 de
julho com um decreto assinado pelo imperador Dom Pedro II, que instituiu o Corpo
Provisório de Bombeiros da Corte, no Rio de Janeiro. Naquela época o serviço contra
incêndios se restringia a orientar medidas de socorro, e dispunha de uma equipe
técnica para supervisão dos trabalhos de salvamento e extinção do fogo (CBMPR,
2011).
Cada estado tem suas próprias normativas, no estado do Paraná a lei provincial
679 de 27 de outubro de 1882, em Curitiba autorizou a criação de um serviço de
Bombeiros devidamente aparelhado, no corpo da Polícia do Paraná. Desde então
houveram outras tentativas de criação de uma entidade própria e, somente em 1912
foi finalmente criado o Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná (CBMPR, 2011).
Infelizmente no Brasil existem diversos registros de acidentes onde o poder do
fogo causou grande destruição, proporcionando perdas pessoais e econômicas de
grande monta. Um dos primeiros incêndios de grande monta ocorrido no Brasil foi o
acidente com o Gran Circo Norte Americano no ano de 1961 em Niterói - Rio de
Janeiro com 503 mortos e 800 feridos. Outros acidentes com grande número de
vítimas foram: o edifício Andraus em 1972 - São Paulo com 16 mortos e 330 feridos,
dois anos depois o edifício Joelma, também em São Paulo com 180 mortos e 320
13

feridos, Pojuca em 1983 na Bahia com 100 mortos e 200 feridos, e o mais recente na
boate Kiss em 2013 em Santa Maria - RS com 242 mortes e 680 feridos (PREVIDELLI,
2013).
Para Seito, et al (2008) tem-se aprendido bastante com esses grandes
incêndios. As normas vêm sendo modificadas constantemente, e cabe aos
engenheiros e arquitetos estarem atentos a essas mudanças e atualizações.
Proporcionando assim, a melhoria continua quanto à interpretação dos Projetos de
Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP).
Porém, equívocos de projetos ainda ocorrem e com o presente trabalho de
conclusão de curso pretende-se criar uma ferramenta que aponte quais são as
principais falhas de PSCIP. Desta forma, contribuindo para que profissionais
habilitados à realização de projetos na área diminuam a incidência de falhas em
pontos recorrentes. Possibilitando assim, o desenvolvimento de projetos mais
eficientes e uma maior segurança de vidas e edificações.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Criação de uma ferramenta de checagem com as principais exigências


normativas que se deve ter diligência ao realizar Projetos de Segurança Contra
Incêndio e Pânico.

1.1.2 Objetivos específicos

 Realizar pesquisa bibliográfica;


 Realizar um levantamento estatístico junto ao Corpo de Bombeiros de Pato Branco-
Paraná sobre os principais equívocos de projetos de PSCIP;
 Elaborar gráficos com os dados obtidos;
 Elaborar um check list que atue nas principais causas de desvios técnicos a fim de
minimizar a demanda de reavaliação de projetos.
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1.2 JUSTIFICATIVA

O incidente mais recente foi o da Boate Kiss, ocorrido em 2013, e entrou para
história brasileira como o maior incêndio dos últimos 50 anos, com 242 mortes e 680
feridos à maioria deles jovens acadêmicos da cidade universitária de Santa Maria-RS
(PREVIDELLI, 2013).
De acordo com Luiz (2015) uma das falhas desse incidente apontado pelo
laudo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS), foi que os
sistemas preventivos de combate a incêndio como extintores e iluminação de
emergência não funcionaram, bem como a saída de emergência estava inadequada.
Outra ocorrência foi que, de acordo com Rebello e Cavalheiro (2013), a
capacidade máxima seriam 691 pessoas e no dia a Polícia Militar conclui que haviam
1000 pessoas. Tais falhas combinadas com as divergências de PSCIP foram
fundamentais para que a tragédia ocorresse.
Falhas como essas ocorrem muitas vezes por falta de conhecimento e algumas
vezes por negligência dos proprietários de estabelecimentos, às normativas vigentes
de Segurança Contra Incêndio (SCI). De outro lado, em alguns casos, existem
também profissionais que atuam na área de Projeto de Segurança Contra Incêndio e
Pânico com atribuição técnica, porém com conhecimento limitado somado à
inexperiência na área de atuação.
A partir desse acidente de grande relevância, e de todos os acontecimentos
envolvendo incêndios, medidas de prevenção vêm sendo tomadas com maior rigor.
Hoje em dia busca-se uma melhor elaboração PSCIP, e uma fiscalização criteriosa
pelo Corpo de Bombeiros assegurando que esteja tudo em conformidade com as
normas técnicas vigentes.
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo um levantamento
estatístico dentro do Corpo de Bombeiros da cidade de Pato Branco – Paraná sobre
as principais falhas de PSCIP. E a partir desses dados, elaborar uma ferramenta de
checagem com as principais exigências normativas que se deve ter diligência ao
realizar os PSCIP.
Podendo assim, auxiliar profissionais da área a reduzir a demanda de
reavaliação de projetos, e minimizar futuros equívocos de PSCIP, evitando possíveis
riscos a vidas e a edificações. Complementarmente, restringindo também a ocorrência
de obras embargadas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 FORMAÇÃO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Internacionalmente, a Segurança Contra Incêndio (SCI), é vista como uma área


de pesquisa, desenvolvimento e ensino. E para se alcançar um melhor desempenho,
todos os materiais, componentes, sistemas construtivos, equipamentos nas
edificações são analisados no ponto de vista da SCI. Precisamos nos alinhar com
essa tendência que já é internacional e iniciar o processo de reeducação quando a
SCI no Brasil (DEL CARLO, 2008).
Negrisolo (2011), no capítulo 2 da sua tese de doutorado, faz uma pesquisa
quantitativa referente às Universidades de Arquitetura e Urbanismo do Brasil que
contemplam ou não o tema prevenção de incêndios em suas matrizes curriculares.
O estudo concluiu que 17,8% das Universidades não contemplam o tema e no
restante não é desenvolvido de forma consagrada ou sedimentada. Afirma também
que não há carga horária nem bibliografia consolidada, e o tema não é o foco
lecionado. Alguns enxergam a prevenção de incêndio como subproduto de outras
matérias, como instalações hidrossanitárias e hidráulicas, e o ensino se limita apenas
para sistemas de hidrantes e chuveiros automáticos (NEGRISOLO, 2011).
De forma análoga, a pesquisa estendeu-se aos escritórios de arquitetura e
urbanismo, questionando se os cursos ofereceram conteúdo base relacionados à
prevenção de incêndio, permitindo assim o desenvolvimento de projetos. Novamente,
se concluiu que o ensino de segurança contra incêndio não é suficiente nos cursos de
arquitetura e urbanismo. Alguns arquitetos revelaram ainda nada ter aprendido no
bacharelado, havendo unanimidade na assertiva de que “[...] arquitetos e urbanistas
acessam o mercado de trabalho sem aprendizado suficiente para inserir em seus
projetos a qualidade da segurança contra incêndio no ambiente construído”
(NEGRISOLO, 2011 p. 45).
Del Carlo (2008), já dizia que as faculdades de arquitetura e engenharia com
seu currículo extenso e apertado, não davam ênfase necessária à segurança contra
incêndio. E a formação de arquitetos e engenheiros com o conhecimento limitado leva
à profissionais com deficiência na área. Esse fato pode trazer riscos às edificações,
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na medida em que serão os mesmos que projetarão, construirão e aprovarão os


projetos, gerando um perigo latente na SCI em todas as cidades.
Segundo Silva, Pannoni e Ono (2008) deve haver um forte investimento na
formação desses profissionais, por meio da educação formal, pois a demanda de
engenheiros, arquitetos, técnicos em SCI está em constante crescimento.

2.2 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO NO PARANÁ

Em 1854 na fundação da Assembleia Legislativa do Paraná já se articulava a


formação de um grupo de profissionais para atender sinistros de difícil solução.
Entretanto, apenas em 1882 em Curitiba, surgiu a primeira organização de
Bombeiros, que foi a sociedade Teuto-brasileira de Bombeiros Voluntários. Porém, o
município não lhes autorizava, com seus reduzidos custos financeiros, organizarem
um departamento contra fogo, e também não tinham condições de lhes dar
aparelhamento e capacitação técnica. Os materiais e uniformes foram conseguidos
por meio de doações (BAUMEL, 2011).
A sociedade era vista como “A simpática associação, por disposições
estatuárias que se destinava a oferecer voluntariamente a possibilidade de salvação
física e material dos que fossem vitimados por esse elemento destruidor que é o fogo”
(VAN ERVEM, 1954 apud BAUMEL, 2011).
Foram feitas algumas tentativas de fundação de uma entidade do Corpo de
Bombeiros, mas apenas em 1912, foi criado o Corpo de Bombeiros do Estado do
Paraná, sob a base estabelecida pela Lei nº 1.133 de 23 de março. Essa lei foi
proposta pelo então Presidente da Província Calos Cavalcanti de Albuquerque, que
apresentou ao Congresso Legislativo do Paraná, um pedido de crédito que
fundamentava à criação de um Corpo de Bombeiros na Capital.
Em 1934, após um decreto do governo, houve a vinculação do Corpo de
Bombeiros à Justiça Militar da Força, reduzindo-o a uma companhia. Mas em 1938 o
Corpo de Bombeiro tem sua administração devolvida ao Estado, sendo reintegrado a
Policia Militar, e em 1953 torna-se o Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Paraná
(ABDALA, 2015).
17

2.3 LEGISLAÇÃO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO NO PARANÁ

A legislação atual do País utiliza normas técnicas elaboradas pela Associação


Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e os itens de segurança conta incêndio estão
distribuídas em várias Normas Regulamentadoras (NR), onde cada estado tem
autonomia para elaborar suas (NR).
No Paraná o primeiro código surgiu em 1975, que assegurava o mínimo de
requisitos à proteção contra incêndio e foi a partir desse código que começou a se
estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar os imóveis industriais, comerciais e
edifícios residenciais. O sistema de combate a incêndio era composto por hidrantes,
extintores, sistemas automáticos e o posteriormente central de GLP, e os riscos de
incêndio eram classificados como pequeno, médio, grande e especial (ARAUJO,
2008).
Ainda de acordo com Araujo (2008), o código passou por uma revisão em 1999,
onde englobava todas as edificações, exceto residenciais unifamiliares e
acrescentava edificações antigas que não possuíam sistemas de prevenção contra
incêndio e os riscos de incêndio mudaram sua classificação para leve, moderado e
elevado.
Em 2001 o Corpo de Bombeiros elaborou o Código de Prevenção de Incêndios
e em 2011 o código se alterou, transformando-o em várias Normas de Procedimento
Técnico que foi revisado atualmente em 2016.

2.3.1 Código de Prevenção de Incêndios (CPI) – 2001

Em março de 2001 foi publicado com mais detalhes o Código de Prevenção de


Incêndios e tinha como finalidade normatizar os preceitos necessários para a
Prevenção Contra Incêndio e Pânico, nas edificações construídas posteriormente a
sua data de publicação. Segundo o CPI (2001) contemplavam na forma de capítulos,
os seguintes assuntos:
 Capítulo I- Disposições preliminares;
 Capítulo II- Classificação das edificações. Seções I, II;
 Capítulo III- Projeto de prevenção de incêndios. Seções I, II, III, IV, V, VI, VII;
18

 Capítulo IV- Exigências de proteção contra incêndios. Seções I, II, II, IV, V,
subseções I, II.
 Capítulo V- Tipos de proteção contra incêndios. Seções I, II, III, IV, V, VI, VII,
subseções I, II, III, IV. Seções I, II, III, IV;
 Capítulo VI- Instalações de produção, manipulação, armazenamento,
distribuição e comércio de fluidos combustíveis. Seções I, II, III, IV, V, VI;
 Capítulo VII- Edificações antigas. Seções I, II, subseções I, II, III;
 Capítulo VIII- Fabricação, comércio e uso de fogos de artifício. Seções I, II, III,
IV.
 Capítulo IX- Da vistoria de segurança contra incêndios;
 Capítulo X- Das penalidades e do auto de infração;
 Capítulo XI- Disposições finais;
 Anexos, contendo tabela de classificação das edificações e alguns detalhes de
projeto.

2.3.2 Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) – 2011

O Código foi modificado em 08 de outubro de 2011, e entrou em vigor em 08


de janeiro de 2012, tendo sua última atualização em setembro de 2016, e é o código
vigente de medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico no Paraná (CBMPR,
2016). A atual legislação pelo Artigo 2º do Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico (CSCIP) tem como objetivo:
a) Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de
Incêndio;
b) Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao
patrimônio;
c) Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
d) Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;
e) Proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de risco
(CORPO DE BOMBEIROS, 2011 p. 01.)
Junto com o Código de Segurança Contra Incêndio, as Normas de
Procedimento Técnico (NPT), que regulamentam os procedimentos técnicos de
PSCIP são:
 NPT 001- Procedimentos administrativos. Parte 1, 2, 3, 4, 5;
 NPT 002- Adaptação às normas de segurança contra incêndio edificações
existentes e antigas;
 NPT 003- Terminologia de segurança contra incêndio;
19

 NPT 004- Símbolos gráficos para projetos de segurança contra incêndio e


pânico;
 NPT 005- Segurança contra incêndio - urbanística;
 NPT 006- Acesso de viatura na edificação e área de risco;
 NPT 007- Separação entre edificações - Isolamento de risco;
 NPT 008- Resistência ao fogo dos elementos de construção;
 NPT 009- Compartimentação horizontal e vertical;
 NPT 010- Controle de materiais de acabamento e de revestimento;
 NPT 011- Saídas de emergência;
 NPT 012- Centros esportivos e de exibição - requisitos de segurança contra
incêndio;
 NPT 013- Pressurização de escadas de segurança;
 NPT 014- Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco;
 NPT 015- Controle de fumaça. Parte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8;
 NPT 016- Plano de emergência contra incêndio;
 NPT 017- Brigada de incêndio;
 NPT 018- Iluminação de emergência;
 NPT 019- Sistema de detecção e alarme de incêndio;
 NPT 020- Sinalização de emergência;
 NPT 021- Sistema de proteção por extintores de incêndio;
 NPT 022- Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndios;
 NPT 023- Sistema de chuveiros automáticos;
 NPT 024- Chuveiros automáticos - depósitos;
 NPT 025- Segurança contra incêndios para líquidos combustíveis e
inflamáveis. Parte 1, 2, 3, 4;
 NPT 026- Sistema fixo de gases para combate a incêndio;
 NPT 027- Unidades de armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas e insumos;
 NPT 028- Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de GLP;
 NPT 029- Comercialização, distribuição e utilização de gás natural;
 NPT 030- Fogos de artifício;
 NPT 031- Segurança contra incêndio para heliponto e heliporto;
 N032- produtos perigosos em edificações e áreas de risco;
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 NPT 033- Cobertura de sapé, piaçava e similares;


 NPT 034- Hidrante urbano;
 NPT 035- Túneis rodoviários;
 NPT 036- Pátio de containers;
 NPT 037- Subestação elétrica;
 NPT 038- Segurança contra incêndio em cozinha profissional;
 NPT 039- Estabelecimentos destinados a restrição de liberdade;
 NPT 040- Edificações históricos museus e instituições culturais com acervos
museológicos;
 NPT 041- Regularização de eventos.

2.4 CONCEITOS BÁSICOS DO FOGO

Com a finalidade de compreender melhor como funcionam os Projetos de


Segurança Contra Incêndio e Pânico, tem-se a necessidade de obter um
conhecimento básico do principal elemento, quando o assunto é incêndio, o fogo
(ABDALA, 2015).
Para uma correta escolha de sistemas de combate a incêndio, é imprescindível
um melhor entendimento das características do fogo, quanto à sua origem, a maneira
que se propaga, suas fases e classes, bem como as técnicas para cessá-lo.
O fogo está incorporado a nossa rotina a milhares de anos, para várias
atividades. Entretanto, o desafio que ainda perdura ao longo do tempo é o pleno
controle do mesmo.
Ao longo dos anos, vários dispositivos foram desenvolvidos, desde hidrantes e
extintores até sistemas autônomos, como a utilização de sprinklers (chuveiros
automáticos), visando o controle e a restrição da propagação das chamas. Porém, em
condições críticas as chamas fogem do domínio, e este episódio é definido como
incêndio (FLORES et al, 2016).
Segundo Baroli (1981) o fogo para existir, necessita em conjunto de
comburente, combustível e o calor. Esses componentes formam o Triângulo do fogo,
conforme a Figura 1.
21

Figura 1: Triângulo do fogo


Fonte: Silveira (2009).

Pode-se então relacionar à existência do fogo, a esses três elementos em


condições favoráveis.

Para Meira (2014), todos os materiais que podem entrar em combustão, são os
combustíveis do fogo, que podem ser divididos em:

a) Sólidos: tendem a transformar-se em vapor, reagindo com o oxigênio, tais como


a madeira, papel, plástico.
b) Líquidos: geralmente são mais voláteis, como o álcool, éter, benzina.
c) Gasosos: gás natural, GLP.

O comburente é o ativador do fogo, quando combinado com os vapores


inflamáveis dos combustíveis. Segundo Flores et al. (2016), o oxigênio é o mais
comum dos comburentes, e dada a sua constante presença na atmosfera (21% no ar
em volume) e possibilita que a queima se desenvolva com velocidade.

O calor é o último elemento do triângulo do fogo, e fornece a energia de ativação


indispensável para iniciar a reação entre o combustível e o comburente, sustentando
assim a propagação da combustão (MILANELI, 2012).

Atualmente, foi acrescido ao triângulo do fogo mais um elemento, a reação em


cadeia, formando assim o tetraedro do fogo. Segundo Abdala (2015), a reação em
cadeia é o processo que sustenta a combustão, pois durante o processo de queima
do combustível, existe a presença de radicais livres, que é quando o fogo se auto-
alimenta, mantendo o processo da queima.

Quando o calor irradiado pelas chamas alcança o combustível, o mesmo é


dividido em partículas menores, que aliado ao oxigênio, irradia o calor para o
22

combustível, formando um ciclo contínuo, conforme a Figura 2. Portanto a reação em


cadeia ocorre no instante que o fogo passa a se auto-sustentar (EGP, 2016).

Figura 2: Reação em cadeia


Fonte: Neto (2017).

A partir do momento que o calor transforma os combustíveis, a combustão


ocorre, propiciando a combinação deles com o comburente. Porém para cada
combustível, esta transformação acontece de forma diferente (FLORES, et al. 2016).
Para compreender como acontece esta transformação, três pontos são
destacados segundo Milaneli (2012), sendo eles:
a) Ponto de Fulgor: é a temperatura no qual o combustível começa a desprender
vapores e gases, que aliado com o oxigênio, em contato com uma chama,
começa a queimar. Porém ainda em quantidades insuficientes para manter as
chamas.
b) Ponto de Combustão: é a temperatura necessária para que o combustível
desprenda vapores e gases, que se tomarem contato direto com uma chama
entram em combustão, e continuam a queimar.
c) Ponto de Ignição: é a temperatura na qual os gases desprendidos dos
combustíveis, entram em combustão apenas pelo contato com oxigênio do ar,
independentemente de qualquer fonte externa.
23

2.4.1 Fases de um Incêndio

A evolução de um incêndio é descrita fundamentalmente por três fases, a fase


inicial, a fase de inflamação generalizada e a fase de extinção (MITIDIERI, 2008). A
Figura 3 exibe a evolução singular de um incêndio com suas três fases.

Figura 3: Evolução de um incêndio em um compartimento


Fonte: Mitidieri (2008).

A fase inicial ocorre quando a combustão ainda é lenta, tendo suas chamas
limitadas a um foco. Posteriormente, tem-se a fase de inflamação generalizada onde
a temperatura sofre aumento acentuado, e grande parte do material combustível do
ambiente já está incluído. Nessa fase os materiais envolvidos podem ser transferidos
para outros ambientes e é onde se evidência o risco de propagação de incêndio. A
terceira e última fase, a de extinção, ocorre quando grande parte do material
combustível presente no ambiente já foi consumido e a temperatura entra em
decréscimo (MITIDIERI, 2008).
Os riscos associados à de propagação de incêndio são grandes, pois ocorre a
geração de fumaça, gases tóxicos, redução de oxigênio disponível e uma alta
temperatura no ambiente e, portanto, oferece grande risco a vida humana.
24

2.4.2 Classes de Incêndio.

Os agentes extintores são elementos encontrados na natureza ou sintetizados


pelo homem, apropriados para extinguir um incêndio pela sua ação em um ou mais
dos componentes do tetraedro do fogo (FLORES, et al. 2016).
E para que possa definir o agente extintor apropriado para o tipo de incêndio
específico, precisam-se classificar conforme a situação que se encontram e os
materiais com eles envolvidos. Por isso, os materiais foram divididos em cinco classes.
Para Baroli (1981) são elas:
a) Classe A: Incêndios contendo combustíveis sólidos, como o papel, madeira,
pano, borracha. Estes são materiais que ao se queimarem, deixam resíduos,
e para essa classe é necessário o uso de extintores que tenham poder de
penetração e resfriamento, eliminando o calor existente.
b) Classe B: Incêndios contendo combustíveis líquidos inflamáveis. Materiais que
ao se queimarem, não deixam resíduos, como as tintas, óleos e graxas. Os
métodos de extinção mais empregados são o abafamento e isolamento,
geralmente os extintores são de espuma, gás carbônico (CO2) e pó seco.
c) Classe C: Incêndios em equipamentos que estão sujeitos a energia elétrica.
Portanto, requerem extintores que não sejam condutores de eletricidade, sendo
o mais adequado o de gás carbônico (CO2), porém se os equipamentos não
estiverem mais energizados, quando sólidos podem assumir características de
incêndio de classe A.
d) Classe D: Nesta classe estão incluídos os incêndios em metais combustíveis,
como o alumínio, titânio, magnésio, potássio. A maioria deles queima de forma
violenta, e exigem pós especiais para sua extinção, que atuarão por
abafamento e quebra da reação em cadeia (FLORES, et al. 2016).
e) Classe K: Classe de incêndio que contempla os materiais como óleo e gorduras
de cozinha (EGP, 2016).
Para Silveira (1995), os agentes extintores precisam ser empregados com
propriedade e conhecimento, pois são os meios que dispomos para combater o fogo
descontrolado.
25

2.4.3 Método de Extinção

Segundo Baroli (1981), se algum dos elementos do triângulo do fogo for isolado
dos demais, o triângulo ficará desfeito, e será extinta a existência do fogo, que é o
princípio básico do combate a incêndio.

Porém, existem alguns métodos para extinguir o fogo, e de acordo com Rosa
(2015), são eles:

a) Resfriamento: É o método mais utilizado, que consiste no arrefecimento do


combustível, diminuindo a temperatura do material resfriado,
consequentemente, diminuindo a liberação de gases ou vapores inflamáveis.
Geralmente se utiliza a água em formas de jato como agente extintor.
b) Abafamento: Equivale na redução da concentração do oxigênio. Pois não
havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Pode-
se abafar o fogo com alguns materiais, como areia, terra, pós, gases especiais
e espuma.
c) Isolamento: Método que consiste na redução e separação entre o combustível
e a fonte de energia. Pode ser feita pelo fechamento de válvulas ou interrupção
de vazamentos.
d) Extinção química: Tem como finalidade a interrupção da ligação em cadeia,
pois quando difundidos sobre o fogo, alguns agentes extintores sofrem ação do
calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a reação
química.

2.5 SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO

Para Flores, et al. (2016) os sistemas de combate a incêndio são medidas de


proteção preventivas adotadas na elaboração de Projetos de Segurança Contra
Incêndio e Pânico com o objetivo de minimizar os riscos propícios a incêndios.
O atual Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, dispõe de quarenta e
uma Normas de Procedimento Técnico. Neste trabalho, vamos abordar as principais
delas.
26

2.5.1 NPT 011 - Saídas de Emergência

A Norma de Procedimento Técnico de saídas de emergência é uma das mais


importantes, pois se todas as outras NPT’s falharem será ela que dará o suporte para
o abandono do local.
A NPT 011 tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários
para o dimensionamento das saídas de emergência para que profissionais, projetem
e executem o sistema de abandono do local em qualquer tipo de caso de emergência,
assegurando a integridade física das pessoas. As saídas de emergência são
dimensionadas conforme a população da edificação.
Segundo o item 5.2.1 da NPT 011, as saídas de emergência compreendem o
seguinte:
a) Acessos;
b) Rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço
livre exterior, nas edificações térreas;
c) Escadas ou rampas;
d) Descarga (CORPO DE BOMBEIROS, 2015a p. 3).
De acordo com item 5.4.2 da referida NPT a largura mínima de saídas de
emergência em geral, escadas rampas ou descarga são de 1,20 metros e as portas
devem abrir sempre para o sentido do trânsito de saída.

2.5.2 NPT 018 - Iluminação de Emergência

A iluminação de emergência deve clarear as passagens horizontais e verticais


quando o sistema convencional de energia não funcionar, podendo assim, orientar as
pessoas em uma eventual ocorrência de emergência. Elas devem ser instaladas
permanentemente e entrarem em operação automaticamente quando precisar
(ABOLINS; BIANCHINI; NOMELLINI, 2008).
A iluminação de emergência deve ser bem planejada, de forma a atender as
necessidades visuais das pessoas e permitir um adequado nível de iluminação,
fornecendo segurança aos usuários.
De acordo com NPT 018, no item 5, os sistemas podem ser: blocos autônomos,
sistemas centralizados com baterias e sistemas centralizados com grupo
motogerador. Esses sistemas pelo item 5.4.2 não podem ter autonomia menor que
uma hora de funcionamento. Também, pelo item 5.5.2 as distâncias máximas entre
os pontos de iluminação de emergência não podem ultrapassar 15 metros.
27

2.5.3 NPT 020 - Sinalização de Emergência

Para Abolins, Bianchini e Nomellini (2008), a sinalização de emergência


também é um aspecto muito importante nos projetos de abandono de uma edificação,
pois são elas que vão orientar a população que transita pelas rotas de fuga e devem
ser sinalizadas de modo que transmita as informações necessárias a quem precise.
Na NPT 020, item 5.2.1, a sinalização de emergência, se faz uso de símbolos
e cores que devem ser alocados no interior das edificações e áreas de risco. E, elas
contêm informações, orientações, direções, necessárias para transmitir instruções
adequadas para qualquer uso.
E tem a finalidade de alertar para os riscos existentes, e garantir que sejam
tomadas as ações adequadas em situações de risco.
As sinalizações de emergência, pelo item 5.2.1 se dividem em básicas e
complementar. As básicas consistem: placas de proibição, alerta, orientação,
salvamento e equipamentos. Na Figura 4, tem-se um exemplo desse tipo de
sinalização.

Figura 4: Exemplo de sinalização básica. Placa de proibido fumar e de orientação de direção,


respectivamente
Fonte: Corpo de Bombeiros, 2015d.

E pela sinalização complementar, que é definida como: “[...] conjunto de


sinalização composto por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização
básica, porém, das quais esta última não é dependente” (CORPO DE BOMBEIROS,
item 5.3.2, pág. 03, 2015d). Na Figura 5, um exemplo de sinalização complementar.
28

Figura 5: Exemplo de sinalização complementar. Placa de capacidade de público.


Fonte: Corpo de Bombeiros, 2015d.

As placas de rotas de fuga devem estar distanciadas no máximo 15 metros


entre si, com uma altura de no máximo 1,80 metros do piso acabado, segundo o item
6.1. NPT 020.
Pelo item 6.5.1 da referida NPT, os materiais que podem ser usados para a
confecção das sinalizações de emergência são as placas de materiais plásticos,
chapas metálicas e outros materiais semelhantes. E, de acordo com o item 6.5.2,
devem atender a algumas características como possuir resistência mecânica, não
propagar chamas, resistir a agentes químicos e físicos e ao intemperismo.

2.5.4 NPT 021 – Sistema móvel

Os extintores são aparelhos portáteis que servem para combater o princípio de


incêndio de forma imediata e existem diferentes tipos de extintores dentre eles, os
portáteis, sobre rodas e fixos (SILVEIRA, 1995).
E para cada proporção de fogo existe a capacidade de extintor adequada.
Conforme o item 5.1.1 da NPT 021 de sistema móvel a capacidade extintora mínima
de cada tipo de extintor portátil, deve ser:
a) Carga d’água: extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A;
b) Carga de espuma mecânica: extintor com capacidade extintora de no mínimo
2-A:10-B;
c) Carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com capacidade extintora de
no mínimo 5-B:C;
d) Carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 20-B:C;
e) Carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A:20-
B:C;
f) Carga de halogenado: extintor com capacidade extintora de no mínimo 5-B:C
(CORPO DE BOMBEIROS, 2015e p. 2).
29

Os extintores sobre rodas devem ter capacidade extintora de:


a) Carga d’água: extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 10-A;
b) Carga de espuma mecânica: extintor com capacidade extintora de no mínimo
6-A:40-B;
c) Carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com capacidade extintora de
no mínimo 10-B:C;
d) Carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 80-B:C;
g) Carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora de no mínimo 6-A: 80-
B:C (CORPO DE BOMBEIROS, 2015e p. 2).

Segundo Del Carlo, Almiron e Pereira (2008), o manuseio desses


equipamentos junto com o treinamento de pessoas para o seu uso é fundamental para
que o objetivo de cessar o foco de incêndio aconteça.

2.5.5 NPT 022 - Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos

O sistema de hidrantes e mangotinhos é um sistema fixo de combate a


incêndio, e tem a função de extinguir o incêndio em suas fases iniciais. Esse sistema
funciona sob comando e liberam água sobre o foco de incêndio com uma vazão
compatível ao risco do local que visa proteger (OLIVEIRA; GONÇALVES;
GUIMARÃES, 2008).
Ainda para Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008), os sistemas de
mangotinhos, são classificados de acordo com o tipo de esguicho, diâmetro da
mangueira, comprimento máximo da mangueira, número de saídas e vazão no
hidrante ou mangotinho mais desfavorável.
As exigências e parâmetros para cálculos de hidrantes e mangotinhos é
regulamentada pela NPT 022, e a escolha do sistema a ser instalado em cada
edificação deve atender as características da mesma, bem como a área de risco a ser
protegida.
O sistema basicamente é composto por “[...] reserva de incêndio, bombas de
recalque, rede de tubulação, hidrante e mangotinhos, abrigo para mangueira e
acessórios e registro de recalque” (GOMES, 2014 p. 46).

2.5.6 NPT 019 – Sistema de detecção e alarme de incêndio

O sistema de detecção de alarme de incêndio é um conjunto de equipamentos


determinados a detectar o fogo no seu período inicial, automaticamente ou por meio
30

de acionamento, para proporcionar o abandono seguro e rápido do local


(ARAÚJO;SILVA, 2008).
Ainda de acordo com Araújo e Silva (2008), esse sistema é composto por
detectores automáticos de incêndio, acionadores manuais, painel de controle
(processamento), meios de aviso (sinalização), fonte de alimentação elétrica e infra-
estrutura (elétrodutos e circuitos elétricos).
A central de detecção, alarme e painel repetidor “[...] devem ficar em local onde
haja constante vigilância humana e de fácil visualização, e prever um espaço livre de
1,00 m² em frente a central, para a operação e manutenção” (CORPO DE
BOMBEIROS, 2015c, ITEM 5.4 p. 2).
E pelo item 5.7 a “[...] distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em
qualquer ponto da área protegida até o acionamento manual mais próximo, não deve
ser superior a 30 metros” (CORPO DE BOMBEIROS, 2015c, p. 2).

2.5.7 NPT 28 – Manipulação e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP)

Uma central de gás consiste em uma “[...] área delimitada que possui
recipientes transportáveis ou estacionários e acessórios destinados ao
armazenamento de gás liquefeito de petróleo para consumo da própria instalação”
LUCAS (2012) p. 20.
E a NPT 28 tem como objetivo “[...] estabelecer medidas de segurança contra
incêndio para os locais destinados a manipulação, armazenamento, comercialização,
utilização, instalações internas e centrais de GLP (gás liquefeito de petróleo)” sempre
atendendo o CSCIP (CORPO DE BOMBEIROS, 2015c p.01).
Uma edificação que possuiu uma central de GLP bem projetada reduz muito o
risco de explosão e consequentemente de incêndios nas edificações.

2.6 MÉTODOS ESTATÍSTICOS

De acordo com Devore (2006), a utilização de modelos probabilísticos e de


métodos estatísticos para a análise de dados tornou-se uma prática comum, pois
fornecem meios de obtenção de novas percepções de comportamentos de fenômenos
variados.
31

Quando se tem uma grande coleta de dados, e deseja-se resumir e descrever


suas características se faz uso de métodos de estatística descritiva. Alguns desses
métodos podem ser histogramas, diagramas, gráficos, entre outros, que organiza as
informações em relação a um conjunto de observações existentes (WITTE; WITTE;
SOUZA, 2005).
Dentro da estatística existem variáveis como amostras e populações. A
população é definida como um conjunto completo de observações. Já a amostra é
qualquer subconjunto de observações a partir de uma população (WITTE; WITTE;
SOUZA, 2005).
Segundo Gil (2002), a amostra se faz necessária quando os levantamentos
abrangem um universo de elementos muito grandes, e seria inviável trabalhar com
sua totalidade. Existem alguns tipos de amostras, e para o presente estudo utilizou a
amostra aleatória simples. De acordo com Fachin (2001) a amostragem aleatória se
faz com uma seleção ao acaso, desde que todos os elementos tenham a mesma
possibilidade de ser selecionados, e dentro dele classifica-se como amostra aleatória
sem reposição, pois cada elemento pode entrar apenas uma vez para a amostra.

2.7 FERRAMENTAS DE GESTÃO QUALIDADE

As ferramentas de gestão de qualidade permitem análises de fatos e tomadas


de decisão com fundamento em dados, dando a certeza de que a decisão é realmente
indicada (FILHO, 2003 apud SELEME, et al. 2012).
Dentre as ferramentas de qualidade o presente estudo cita o Diagrama de
Pareto e check list.
De acordo com Campos (2014) o uso de ferramentas de gestão de qualidade
diminui o número de falhas, reduzindo assim a quantidade de reanálises e, por
conseguinte, custos. Elas também podem facilitar a operacionalização de processos
ou projetos, tornando-se uma eficaz ferramenta de suporte à tomada de decisões,
permitindo assim a realização de ações preventivas, antecipando eventuais falhas.

2.7.1 Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena as frequências das


ocorrências da maior para a menor e permite a localização de problemas vitais. O
32

diagrama procura estabelecer uma ordenação nas causas que devem ser sanadas e
seu objetivo é compreender a relação ação/benefício que priorizará a ação que trará
melhor resultado (LEINDECKER, 2015).
Na descrição de Mello et al. (2009) apud Campos (2014 p. 30) “o diagrama
mostra a necessidade de uma atenção aos elementos críticos de um processo,
ajudando a identificá-los e classificar segundo sua importância dentro do processo
todo”. Permite também arrumar os elementos em classes, categorias e grupos.
É uma ferramenta eficaz para detectar adversidades, comprovar resultados e
principalmente identificar os itens responsáveis pelos problemas. Na Figura 6, um
exemplo para melhor visualização do diagrama de Pareto.

Figura 6: Exemplo de diagrama de Pareto


Fonte: Marcondes (2016).

2.7.2 Check List

Segundo Cocharero (2007) é uma lista composta de diversos itens,


relacionados a dados que foram analisados. Podem ser utilizados para a visualização
de um processo ou como mecanismo de controle do mesmo. É um grande aliado a
favor da segurança de processo, pois pode-se fazer rápidas inspeções, apontando os
itens irregulares com uma grande facilidade.
O check list também pode ser utilizado como “uma ferramenta que auxilia na
identificação de condições e atos inseguros dentro de uma organização, e direcionar
o executante no reconhecimento de anomalias” (RIBEIRO, 2017 p.14).
33

3. METODOLOGIA

Com o intuito de desenvolver uma ferramenta prática de auxílio aos


profissionais que atuam na área de Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico
(PSCIP), para identificar as principais causas de reanálises de PSCIP, o estudo se
dividiu em três etapas fundamentais, como se observa na Figura 7.

Pesquisa Pesquisa Levantamento


Bibliográfica Documental Estatístico
Figura 7: Etapas da pesquisa
Fonte: Autoria própria.

Toda a pesquisa bibliográfica foi fundamentada em livros, teses, dissertações,


monográficas e Normas de Procedimento Técnico que deram o embasamento
necessário para o trabalho, principalmente para o referencial teórico.
Posteriormente, a pesquisa documental foi primordial. Se teve acesso ao banco
de dados dos PSCIP que deram entrada no Corpo de Bombeiros de Pato Branco
Paraná, no ano de 2017 que passaram por reanálises. Ressalta-se que foi estudado
apenas os projetos das ocupações do grupo A (Residenciais) e do grupo C
(Comerciais). Essa etapa foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho.
Na ocupação residencial, foi obtido 85,71% de amostras de projetos
reanalisados, todos verificando a primeira e segunda análise. Foram variadas as
alturas da edificação, de 6 a 12 metros e de 12 a 23 metros. Já na ocupação comercial
obteve-se 96,32% de amostras dos projetos, novamente explorando a primeira e
segunda análise e variando as alturas da edificação de térreo e de 6 a 12 metros.
Em um total de 91,01 % das amostras desses dois grupos que deram entrada
no período de janeiro a dezembro de 2017 o levantamento estatístico se fez
necessário.
Com o auxílio do software Excel optou-se por organizar os dados em forma de
tabelas dinâmicas, que ajuda de acordo com Lavine et al. (2013) p. 53, “organizar e
visualizar dados multidimensionais, no intuito de descobrir possíveis padrões e
relações que explorações mais simples poderiam passar despercebidas”. Em síntese
as tabelas dinâmicas auxiliaram a criar tabelas resumidas e tabelas de contingência.
34

As tabelas de contingência fizeram uma tabulação cruzada, ou ordenada de modo,


que combinou as respostas para as variáveis categóricas.
Essas tabelas possibilitaram elaborar gráficos dinâmicos e com eles os
diagramas de Pareto, que foram fundamentais para o desenvolvimento da ferramenta
de checagem proposta. De acordo com Lavine et al. (2013) apresenta a capacidade
de separar os pontos poucos vitais dos muitos vitais e nos possibilita concentrar nas
categorias mais importantes.
35

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com o objetivo de evidenciar as principais causas de irregularidades que


promovem a reavaliação dos projetos de prevenção de incêndio, as informações
coletadas junto ao Corpo de Bombeiros do Paraná foram ordenadas em uma matriz
de dados principal.
Percebeu-se uma dificuldade nessa ordenação pois existia uma amostra muito
grande de reanálises de projetos, mostrando assim que cada projeto é muito
específico. Porém, conseguiu-se para tal ordenação agrupar as causas similares de
todos os motivos de reprovação, e os mesmos foram classificados conforme as
categorias apresentadas no Quadro 1.

Quadro 1: Legenda para as categorias referente as irregularidades


CATEGORIAS IRREGULARIDADES
C1 Documentação
C2 Desenho
C3 Saída de emergência
C4 Alarme de incêndio
C5 Iluminação de emergência
C6 Sinalização de emergência
C7 Hidrantes
C8 Central de GLP
Quadro de medidas de segurança conforme
C9
CSCIP
Fonte: Autoria própria.

Ainda visando facilitar o processamento dos dados, foram atribuídas siglas de


representação, conforme exemplificado no Quadro 2.
36

Quadro 2: Legenda para os tipos de entrada de projetos, ocupação e altura das edificações
TIPO
1 Construção de uma edificação ou área de risco
2 Regularização das edificações ou áreas de risco
3 Reforma de uma edificação
4 Mudança de ocupação ou uso
5 Ampliação de área construída
OCUPAÇÃO
A Residencial
C Comercial
ALTURA
H Térreo, até 6 metros
H1 6 a 12 metros
H2 12 a 23 metros
Fonte: Autoria própria.

Formadas as matrizes de dados, as informações levantadas foram


processadas através de planilhas e gráficos dinâmicos em software de processamento
de planilhas eletrônicas.
Quanto a composição da planilha, a mesma contém informações classificadas
em colunas, que representam o tipo, a amostra, a ocupação, a altura, a análise e a
irregularidade. Abaixo de cada coluna suas respectivas classificações equivalentes. A
referida matriz de dados já simplificada obteve um total de 391 linhas como
apresentado no Apêndice A.
Com os dados organizados em forma de tabelas dinâmicas, conseguiu-se
construir aos gráficos dinâmicos desejados.

4.1 ANÁLISE GERAL

Preliminarmente para uma análise geral, com o auxílio dos gráficos buscou-se
observar a ocorrência de correlações entre as irregularidades de acordo com as
categorias de altura, análise e tipo.
No Gráfico 1 são apresentados os resultados referentes ao comparativo de
alturas H1 (6 a 12 metros) e H2 (12 a 23 metros) para a edificação Residencial.
37

Gráfico 1: Comparativo entre alturas da ocupação residencial


40%

34%
Percentual de irregularidades
35%

30%

24%
25%

19%

18%
17%
20%

14%
13%

13%
15%

9%
8%

7%
7%
10%

4%

3%
3%

3%

2%
5%

0%
0%
C1 C3 C2 C9 C8 C6 C7 C5 C4

Categorias
H1 H2

Fonte: Autoria própria.

No Gráfico 2 são apresentados os resultados referentes ao comparativo de


alturas H (térreo até 6 metros) e H1 (6 a 12 metros) para a edificação Comercial.

Gráfico 2: Comparativo entre alturas da ocupação comercial


44%

50%
45%
Percentual de Irregularidades

34%

40%
35%
30%
23%

25%
16%

14%

20%
12%

15%
7%
6%

6%

6%

6%

6%

10%
5%
4%

3%
3%

3%

2%

5%
0%
C1 C3 C2 C9 C8 C6 C7 C5 C4
Categorias

H H1

Fonte: Autoria própria.

Pode-se observar que a disposição das categorias dos dois gráficos de forma
decrescente não apresentou alteração. As categorias com maior incidência, em ordem
decrescente de reanálises, foram Documentação (C1), Saída de emergência (C3),
Desenho (C2), Quadro de medidas (C9), Central de GLP (C8), Sinalização de
38

emergência (C6), Hidrantes (C7), Iluminação de emergência (C5) e Alarme de


incêndio (C4) para as duas ocupações.
Percebe-se também que na ocupação comercial há um aumento de
aproximadamente 10% na incidência de erros na categoria Documentação (C1), em
relação a ocupação Residencial.
Outra verificação é que na ocupação comercial, há um pico de reanálises de
projetos na parte de Desenho (C2), maior na altura H1(6 a 12 metros) em relação à H
(térreo).
Nas outras categorias não se observou variação maior que 5% em relação as
diferentes alturas e ocupações.
Já no Gráfico 3, refere-se as observações feitas em relação as análises dos
projetos. Foram estudadas a primeira análise e quando os mesmos retornavam, a
segunda análise.
Para ter uma verificação melhor das duas análises para elaboração desse
gráfico, foram utilizadas as duas ocupações, bem como todas as alturas.

Gráfico 3: Comparativo da primeira e segunda análise dos projetos


40%
34%
Percentual de irregularidades

32%

35%
30%
25%
18%

16%
14%

20%
14%
13%

13%

15%
8%

7%
7%
6%

10%
5%

4%

4%
2%

2%

2%

5%
0%
C1 C3 C2 C9 C8 C6 C7 C5 C4

Categorias
1ª Análise 2ª Análise
Fonte: Autoria própria.

Novamente percebe-se que a ordem decrescente em relação as alturas das


duas edificações estudadas separadamente não se alteraram em comparação ao
gráfico das análises.
Outro ponto a observar é que não houve discrepância em relação a primeira e
a segunda análise.
39

Através do Gráfico 4 nota-se o comportamento similar em relação as categorias


dos gráficos apresentados anteriormente, no que refere-se a ordem decrescente das
categorias.
Observa-se que o tipo 5 (Ampliação da área construída) tem um índice de
reanálises de projetos maior na categoria de Documentação (C1), em relação aos
demais tipos.

Gráfico 4: Comparativos dos tipos de entrada de projeto das categorias residenciais e


comerciais
65%
60%
Percentual de irregularidades

55%
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
C1 C3 C2 C9 C8 C6 C7 C5 C4
Categorias
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5

Fonte: Autoria própria.

Assim, em todos os gráficos apresentados, as ordens decrescentes das


maiores incidências nas categorias não se alteraram com a mudança das variadas
alturas, análises e tipo. Portanto, chegou-se à conclusão que os resultados tanto de
ocupação residencial e comercial, com seus diferentes tipos e alturas não interferem
no resultado geral utilizando todas as alturas e tipos.
Dessa forma, optou-se por usar todas as alturas e tipos para análise das
irregularidades tanto para a ocupação residencial como para comercial. Foram
ordenadas as irregularidades da maior para a menor, para visualizar a frequência das
ocorrências, permitindo estabelecer quais são as principais causas de reanálises de
Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico para compreensão e posterior
priorização das ações que trarão maior impacto no resultado.
40

4.2 OCUPAÇÃO RESIDENCIAL E COMERCIAL

Buscou-se observar se ocorrências de irregularidades tinham alguma


correlação com a categoria de ocupação. Na ocupação residencial se enquadram
habitações unifamiliares e multifamiliares e habitações coletivas. Já na ocupação
comercial se enquadram comércios de baixa, média e alta carga de incêndio e
shoppings centers.
Para a ocupação residencial utilizou-se as alturas da edificação de H1 e H2, a
primeira e segunda análise e os cinco tipos de entrada de projetos que são: construção
de uma edificação ou área de risco, regularização das edificações ou áreas de risco,
reforma de uma edificação, mudança de ocupação ou uso e ampliação de área
construída. Todas as amostras foram coletadas no Corpo de Bombeiros Militar de
Pato Branco no ano de 2017, sendo elas 85,71%, conforme se evidência no Gráfico
5.
Gráfico 5: Irregularidades para a ocupação residencial
35%
29%
Percentual de irregularidades

30%

25%
16%

16%
16%

20%

15%
8%

7%

10%
3%

3%

1%
5%

0%
C1 C2 C3 C9 C8 C6 C7 C5 C4

Categorias
Irregularidades
Fonte: Autoria própria.

Pode-se constatar que as principais causas ocorreram nas categorias


Documentação (C1), Desenho (C2), Saída de emergência (C3), Quadro de medidas
de segurança conforme CSCIP (C9) e Central de GLP (C8)
Já na ocupação comercial também foram utilizados os cinco tipos, a primeira e
segunda análise e as alturas da edificação de H e H1, bem como todas as amostras
coletadas no ano de 2017 sendo elas (96,32%), conforme o Gráfico 6.
41

Gráfico 6: Irregularidades para a ocupação comercial

45%
Percentual de irregularidades 40%
39%

35%
30%
25%
20%
14% 13%
15% 10%
10% 7%
4% 4% 4% 4%
5%
0%
C1 C2 C3 C9 C6 C4 C7 C5 C8

Categorias
Irregularidades
Fonte: Autoria Própria.

Constata-se que as principais causas ocorrem nas categorias semelhante, que


foram Documentação (C1), Desenho (C2), Saída de emergência (C3), Quadro de
medidas de segurança conforme CSCIP (C9) modificando apenas e Sinalização de
emergência (C6).
Percebe-se uma semelhança entre as duas, e para melhor visualização,
associa-se as duas ocupações, conforme o Gráfico 7.

Gráfico 7: Irregularidade associando as duas ocupações


39%

45% 100%
97%
Percentual de irregularidades

94% 100%
40% 90%
84%
29%

35% 77%
80%
30% 49% 64%
25% 60%
16%

16%

16%
14%

20%
13%

34%
10%

15% 40%
8%
7%
7%

10%
4%

4%
4%
4%

3%

20%
3%

1%

5%
0% 0%
C1 C2 C3 C9 C6 C8 C7 C5 C4
Categorias
Residencial Comercial Pareto
Fonte: Autoria própria.
42

Quando posicionadas lado a lado as duas ocupações em um só gráfico de


modo acumulado, nota-se uma pequena mudança das categorias, além de
Documentação (C1), Desenho (C2), Saída de emergência (C3), Quadro de medidas
de segurança conforme CSCIP (C9), passa a ser considerada também a Sinalização
de Emergência (C6), que na ocupação residencial não se enquadrava nos 80% das
consequências de reanálises dos projetos.
Há um aumento de 10% na Documentação (C1) das edificações comerciais em
relação as residenciais. Nas outras categorias não há um aumento relevante.
Com isso pode-se constatar que além da altura e do tipo de edificação não
interferirem nos resultados como comentado no início, a diferença entre ocupação
também não interfere significativamente, ambas apresentaram resultados similares.
Com base no Princípio de Pareto tornou-se evidente onde estavam 80% das
ocorrências, visualizando assim quais são as categorias que deveriam ser priorizadas
para uma análise mais aprofundada, sendo elas: Documentação (C1), Desenho (C2),
Saída de emergência (C3), Quadro de medidas de segurança conforme CSCIP (C9)
e a Sinalização de Emergência (C6).

4.3 CATEGORIAS PRIORIZADAS

Para evidenciar as principais causas de irregularidades dentro das categorias


priorizadas pelo princípio de Pareto, novamente com auxílio do software de
processamento de planilhas eletrônicas, foi necessário realizar a ordenação das
informações coletadas em uma matriz de dados principal, para posteriormente
evidenciar os resultados nos moldes de gráficos dinâmicos.
Como constatado nos resultados gerais, as diferentes alturas das edificações,
os cinco tipos de entrada de projetos, a primeira e segunda análise não interferem
separadamente nos resultados.
Portanto, também para as irregularidades das categorias priorizadas pelo
princípio de Pareto, todos os filtros foram usados na sua totalidade, bem como todas
as amostras coletadas no Corpo de Bombeiros Militar de Pato Branco.
43

4.3.1 Documentação

No Quadro 3, novas legendas foram utilizadas para o detalhamento das


irregularidades encontradas dentro da categoria de Documentação. Vale ressaltar que
Documentação foi a categoria com maior incidência de irregularidades no geral.

Quadro 3: Legenda para a categoria de documentação


DOCUMENTAÇÃO
D1 Apresentar ART/ RRT 2ª via
D2 Indicar as alterações em requerimento
D3 Documentação obrigatória
D4 Compatibilizar informações
D5 Identificar pranchas e memoriais analisados
D6 Incluir dados históricos nas pranchas
D7 Apresentação conforme NPT 01 parte 02
Fonte: Autoria própria.

Com base nas irregularidades encontradas na categoria de Documentação, o


Gráfico 8 indica os resultados.

Gráfico 8: Irregularidades da categoria documentação


26%

30%
Percentual de irregularidades

23%
21%

21%

25%
17%

20%
15%
15%

15%

13%

12%
11%

15%
8%

10%
3%
2%

5%

0%
D2 D4 D3 D1 D5 D7 D6
Categorias

Residencial Comercial

Fonte: Autoria própria

As irregularidades com maior ocorrência são D2 e a D4. A D2 evidência que


sempre que necessária a substituição de um projeto antigo, seja por regularização ou
reforma, unindo as duas edificações estudadas, aproximadamente 23,5%, dos
44

projetistas desatende que se deve indicar as alterações em requerimento de alteração


de projeto e apresentar PSCIP aprovado anteriormente.
No D4, com aproximadamente 22% das duas edificações, não foram
compatibilizadas as informações entre projetos e memoriais.
Um exemplo repassado pelos analistas dos projetos do Corpo de Bombeiros, é
que nos memoriais se consta que para tal edificação seria risco leve enquanto nas
pranchas evidência que seria risco moderado, apresentando assim uma divergência
de informações.
Outro exemplo que pode ser mencionado é que na narrativa dos memoriais se
informa que a altura da edificação é 6 metros, mas em determinado corte da edificação
no projeto é indicado 6,3 metros. Geralmente são incompatibilidades que influenciam
diretamente nas medidas de segurança.
Com porcentagens semelhantes, D3 e D1 estão relacionadas com as entradas
de projetos.
Na D3, quando se encaminha os projetos para o Corpo de Bombeiros, deve-se
apresentar os ofícios do PSCIP que estão na NPT 001 – Parte 2, lembrando que as
apresentações de projetos devem ser no formato de no mínimo 4 pranchas, sendo
elas: risco de incêndio e quadro estatístico, implantação, planta baixa com as medidas
de segurança, e por último a prancha contendo os detalhes. E a D1, deve-se
apresentar ART/ RRT 2ª via, assinada pelo profissional com o comprovante de
pagamento.
Sobre a categoria D5, relacionada ao projeto que fora analisado apenas uma
vez, deve-se sempre identificar pranchas e memoriais analisados e separar dos
documentos novos para reanálise, assim colaborando com o trabalho dos analistas
responsáveis.
À D7 evidência que alguns projetistas não encaminham a documentação
necessária nos moldes da NPT 001- Parte 2.
À D6, assim como a D2, faz referência aos casos de substituição dos projetos,
onde deve-se incluir os dados históricos dos projetos analisados anteriormente.
Porém a D6 possui uma porcentagem muito inferior a D2, com menos de 5%.
45

4.3.2 Desenho

No Quadro 4 são apresentadas as legendas utilizadas para as irregularidades


encontradas dentro da categoria de Desenho, segunda categoria priorizada pelo
princípio de Pareto.

Quadro 4: Legenda para a categoria de desenho


DESENHO
D20 Cotas
D21 Legenda
D22 Detalhes
D23 Cores de projeto
D24 Cortes
D25 Planta de implantação e situação
Fonte: Autoria própria.

Usando os filtros em sua totalidade, o Gráfico 9 apresenta os resultados


encontrados.

Gráfico 9: Irregularidades da categoria Desenho


36%

40%
Percentual de irregularidades

32%

35%

30%
24%
21%

21%

25%
18%
16%

20%
12%

15%
6%

10%
5%

5%
3%

5%

0%
D20 D21 D25 D22 D24 D23
Categorias
Residencial Comercial

Fonte: Autoria própria.

Na categoria de Desenho percebe-se que a maior porcentagem encontrada,


aproximadamente 34%, unificando as duas categorias, é a D20 que ocorre devido a
divergências com as cotas representadas, dentre elas as cotas relacionadas as
medidas de segurança, como portas de emergência, escadas e corredores.
46

Na sequência tem-se a D21, relacionada as legendas, com mais de 20%, pois


os projetistas encaminham símbolos genéricos que muitas vezes não estão
relacionados ao que se aborda nos projetos. O modo correto que deve constar nos
projetos é somente os símbolos utilizados e compatível com o que se encontra em
cada prancha.
À categoria D25, com mais de 15%, mostra que deve-se apresentar a planta
de implantação e situação em relação ao lote com as 4 vias de acesso.
O D22 é semelhante ao D21, porém em relação aos detalhes, os mesmos
devem apresentar apenas o que se encontra nos projetos com as respectivas
pranchas, e não apenas detalhes genéricos. Uma observação é que na edificação
comercial o índice é maior que na residencial, um pouco diferente das outras
categorias, onde as irregularidades são semelhantes mesmo sendo edificações
diferentes.
Com menor incidência, aproximadamente 5%, tem-se D24 e D23, onde o D24
faz referência aos cortes que devem existir quando se tem escadas, ou níveis. E D23
mostra que deve-se deixar apenas as medidas de segurança em vermelho nos
projetos e todo o restante em cores neutras, de preferência a preta.

4.3.3 Saída de Emergência

Para a categoria de Saídas de Emergência o Quadro 5 mostra as legendas


aplicadas.

Quadro 5: Legenda para categoria de saídas de emergência


SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
D11 Subsolo
D12 Escadas e rampas
D13 Guarda corpo e corrimão
D14 Rota de Fuga
D15 Largura mínimas
D16 Fórmula de Blondel
Fonte: Autoria própria.

Abaixo, o Gráfico 10 apresenta os resultados da categoria em questão.


47

Gráfico 10: Irregularidades da categoria de Saída de Emergência

46%
50%
Percentual de irregularidades
45%

33%
40%
35%

24%
30%
25%

15%

15%

15%
14%
20%
10%

10%
15%

8%
10%

0%
5%
0%
D12 D13 D14 D16 D15
Categorias
Residencial Comercial
Fonte: Autoria própria.

Na categoria de Saídas de Emergência percebe-se que há uma diferença em


relação as edificações residenciais e comerciais. Enquanto a principal evidência de
irregularidade na edificação comercial é a D12, na edificação residencial tem-se D13
com maior ocorrência.
À legenda D12 em relação a edificação comercial mostra que 45% das
irregularidades estão vinculadas as escadas e rampas. Alguns parâmetros devem ser
cuidadosamente avaliados em relação as escadas. Um deles é que as escadas devem
ser dotadas de guardas em seus lados abertos e corrimãos em ambos os lados. Outro
parâmetro são as rampas, onde a inclinação máxima em rota de fuga deve atender o
item 5.6.3 da NPT 011, e os patamares devem ser sempre em nível, tendo
comprimento mínimo de 1,20 m.
À D13, com aproximadamente 34%, em relação a edificação residencial
evidência irregularidades relacionadas a guarda corpos e corrimões. Sempre que
houver qualquer desnível maior de 19 cm, toda saída de emergência, corredores,
balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros, devem
ser protegidas por guarda corpo.
Deve-se também verificar a altura das guardas, que devem ter sua altura
medida internamente de no mínimo 1,05 metros ao longo dos patamares, escadas,
corredores, mezaninos e outros, podendo ser reduzida para até 0,92 metros nas
escadas internas.
48

À categoria D14 mostra que nas rotas de fuga não se admite a aplicação de
portas de enrolar ou de correr, exceto quando esta for utilizada somente como porta
de segurança da edificação.
Nesse caso, se deve adicionar uma nota nas pranchas dos projetos justificando
que a porta de correr ficará permanentemente aberta durante todo horário de
funcionamento.
À D16 e a D15, com menor incidência, estão relacionados com as escadas e
patamares, que devem atender a fórmula de Blondel para o cálculo do seu
dimensionamento. Também, a largura mínima das saídas de emergência a serem
adotadas, no geral para portas, escadas, acessos e descargas é de 1,20 metros.

4.3.4 Quadro de medidas de segurança conforme CSCIP

Como o Quadro de Medidas de segurança deteve menos de 15% das


irregularidades para as duas edificações estudadas, não foi necessário fazer um
gráfico para justificar quais são as causas dessa irregularidade.
Porém com os dados coletados no Corpo de Bombeiros percebe-se que 100%
das ocorrências de reavaliação de PSCIP, vinculados a irregularidade de quadro de
medidas, estão relacionadas aos equívocos dos projetistas em interpretações das
áreas e alturas das edificações, modificando assim as tabelas de medidas de
segurança.

4.3.5 Sinalização de emergência

Como a irregularidade Quadro de medidas de segurança, a sinalização de


emergência obteve uma porcentagem pouco significativa, portanto também não foi
necessário elaborar um gráfico.
De forma geral verificou-se quais eram os requisitos que se deve ter cuidado
ao elaborar os projetos, conforme a NPT 020. Verifica-se assim que as sinalizações
devem ser instaladas a uma altura de 1,80 metros medida do piso acabado à base da
sinalização.
Outro item importante é que a sinalização de portas de saída de emergência
deve ser locada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,1m da verga, ou
diretamente na folha da porta.
49

A sinalização de alerta e orientação das rotas de saída devem ser localizadas


de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a
sinalização seja, de no máximo, 15 metros.
Já nas escadas deve-se incluir uma sinalização de saída de emergência com
seta indicativa da direção do fluxo e instalar as placas de combate a incêndio
(extintores, hidrantes) nas quatro faces dos pilares, quando o mesmo for quadrado.

4.4 CHECK LIST

Com os resultados obtidos pelos gráficos apresentados foi possível criar a


ferramenta de checagem proposta, que tem o objetivo de auxiliar os profissionais da
área e a diminuir a demanda de reavaliação de projetos do Corpo de Bombeiro de
Pato Branco – Paraná.
O check list além de facilitar a busca de informações básicas para a realização
dos projetos, pode diminuir a quantidade de reanálises, fazendo com que a aprovação
ocorra de forma mais rápida e eficiente.
Nesse trabalho foi verificado apenas a primeira e a segunda análise de cada
projeto. Mas observou-se nos projetos extraídos do Corpo de Bombeiros de Pato
Branco que muitos deles tinham mais de três, quatro, até cinco análises, o que
ocasiona em um número muito elevado de projetos.
O prazo de análise de um projeto é de 30 dias, conforme NPT 001 – Parte 2.
Logo, se um projeto passa por várias análises, o processo de aprovação torna-se
lento, o que acaba por afetar outros processos, como por exemplo, liberação de alvará
de funcionamento.
Portanto, o check list proposto é uma ferramenta que pode minimizar essas
reanálises, diminuindo os equívocos de projetos, bem como, aumentar a produtividade
dos profissionais, tornando os projetos mais eficientes e acelerando a liberações dos
mesmos.
Além dos resultados encontrados pelos gráficos e diagramas, também foi
utilizado as Normas de Procedimento Técnico para melhor embasar o check list.
As NPT’s utilizadas, foram as que tiveram evidência nas análises, tais como
saída de emergência, iluminação de emergência, sinalização de emergência,
hidrantes e mangotinhos, alarme de incêndio, GLP, e contemplando o check list a NPT
50

de sistemas móveis, revelando que são as normas bases para a realização de projetos
de segurança contra incêndio e pânico de edificações comerciais e residenciais.
Vale ressaltar, que o estudo em questão abrange apenas dois tipos de
edificações, sendo estas as situações mais encontradas na cidade de Pato Branco.
Desta forma a ferramenta proposta de checagem foi uma revisão das NPT’s
dos principais itens que deve-se ter diligência, juntamente com os resultados
encontrados pela pesquisa feita no Corpo de Bombeiros de Pato Branco-Paraná. No
Quadro 6 o check list proposto.

Quadro 6: Check List proposto

EDIFICAÇÃO: COMERCIAL ( ) RESIDENCIAL ( )

CLASSIFICAÇÃO CSCIP C NC
Tabela 1 -
Ocupação
CSCIP
Tabela 2 -
Altura
CSCIP
Tabela 3 -
Carga de Incêndio
CSCIP
OBS: Verificar na NPT 14 qual a carga de incêndio
Tabela 4 -
Edificações antigas e existentes
CSCIP
Tabela 6 -
MEDIDAS DE SEGURANÇA C NC
CSCIP
Residencial Tabela 6A
Comercial Tabela 6C
DEFINIÇÕES IMPORTANTES CSCIP
Altura: É a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao
piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente. Ver também, Artigo 19º

Ver Artigo 21º


NPT 001 -
1. DOCUMENTAÇÃO C NC
PARTE 2
Pasta do PSCIP.
Pasta Vermelha para PSCIP.
Verificar
Ofício de apresentação do PSCIP. Anexo C NPT
001 - parte 2
Apresentação do projeto em no mínimo 4 pranchas, sendo elas: 1-
Risco de incêndio e quadro estatístico, 2- Implantação, 3- Planta
Baixa, 4- Detalhes.
51

Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART ou RRT)


do responsável técnico pelo PSCIP e Apresentar segunda via ART/
RRT , sempre assinada pelo profissional e o comprovante de
pagamento.
Verificar
Documentos complementares quando necessário. 5.1.2.6 NPT
001 - parte 2
Item 5.1.2.7 e
Anexo A -
Planta de risco e quadro estatístico da obra.
NPT 001 parte
2
Verificar item
1.1 No caso de SUBSTITUIÇÃO de PSCIP 5.1.7 NPT 001
- parte 2
Indicar as alterações em requerimento de alteração de projeto e
apresentar PSCIP aprovado anteriormente.
Sempre incluir os dados históricos nas pranchas.
2. DESENHO C NC
Item 5.1.3.2.1
DETALHES genéricos que podem constar na planta de detalhes. NPT 001 -
parte 2
*OBS: Compatibilizar detalhes com o que será projetado e
executado na obra.
Item 5.1.3.2.2
DETALHES específicos que devem constar na planta de acordo
NPT 001 -
com a medida de segurança projetada para a edificação.
parte 2
LEGENDA, devem constar todos e somente só os símbolos
utilizados no projeto.
*OBS: A legenda deverá constar as medidas de segurança que
estão prevista na prancha específica.

Sempre deixar apenas as medidas de segurança na cor vermelha.


COTAR todas as medidas de segurança.
*OBS: Indicar cotas de níveis dos ambientes e das saídas de
emergência.
CORTES de nível e de escadas se necessário.
Planta de implantação e situação, apresentar SEMPRE o lote com
as 4 vias de acesso e cotas.

3. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA NPT 011 C NC


Item 5.4 e
Dimensionamento de saídas de emergência .
Anexo A
Largura mínima das saídas de emergência a serem adotadas, no
geral é PORTA, ESCADAS, ACESSOS e DESCARGAS é 1,20 item 5.4.2
metros.
Distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas de Item 5.5.2 e
acesso as saídas de emergência Anexo B
52

Nas Rotas de fuga não se admite portas de enrolar ou de correr,


EXCETO quando esta for utilizada somente como porta de
segurança da edificação
Item 5.5.4.6.3
*OBS: Então adicionar uma nota que a porta de correr ficará
permanentemente aberta durante todo horário de funcionamento.

3.1 Rampas
Inclinação máxima para rampas em rota de fuga. Item 5.6.3
Patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo
Item 5.6.2.3
comprimento mínimo de 1,20 m.
3.2 Escadas Item 5.8.2.4
Ser dotada de guardas em seus lados abertos e corrimãos em
item 5.7.1.1
ambos os lados.
Dimensionamento de degraus e patamares de escadas devem
Item 5.7.3.1
atender a fórmula de Blondel.
Verificar o tipo de escada. Anexo C
3.3 Guarda corpo e Corrimão Item 5.8
Sempre que houver qualquer DESNÍVEL maior de 19 cm, Toda
saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos,
galerias, patamares, escadas, rampas e outros, devem ser Item 5.8.1.1
protegidas por GUARDA CORPO.

A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo,


de 1,05m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos Item 5.8.1.2
e outros (ver figura 15), podendo ser reduzida para até 0,92 m nas
escadas internas.
Nas rampas e, opcionalmente nas escadas, os corrimãos devem
ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70m do piso acabado, Item 5.8.2.7
conforme a NBR 9050.
4. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA NPT 018 C NC
O sistema não pode ter autonomia menor que 1h de
Item 5.4.2
funcionamento.
A distância máxima entre dois pontos de iluminação não deve
Item 5.5.2.1
ultrapassar 15 metros.
A distância máxima entre ponto de iluminação e parede não deve
ultrapassar 7,5 metros.
Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em
Item 5.5.2.1
locais planos e 5 lux em locais desnível (escadas).
5. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA NPT 020 C NC

De forma geral as sinalizações devem ser instaladas a uma altura


de 1,80 metros medida do piso acabado à base da sinalização.

Sinalização de portas de saída de emergência deve ser locada


imediatamente acima das portas, no máximo a 0,1m da verga, ou Item 6.1.3
diretamente na folha da porta.

A sinalização de alerta e orientação das rotas de saída deve ser


localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto Item 6.1.3
da rota de saída até a sinalização seja, de no máximo 15 metros.
53

Em escadas deve-se incluir uma sinalização de saída de


emergência com seta indicativa da direção do fluxo.
Formas geométricas e dimensões para a sinalização de
Anexo A
emergência.
Altura mínima das letras em placa de sinalização em função da
Tabela A-2
distância de leitura.
Instalar as placas de combate a incêndio (extintores, hidrantes) nas
quatro Faces dos pilares.
6. HIDRANTES E MANGOTINHOS NPT 022 C NC
Verificar se será sistema por gravidade ou motobomba (prever
botoeiras ou chave de fluxo).
Devem ser instalado a pelo menos 5,0 metros das portas externas,
Item 5.6.1
escadas ou acessos principais.
Devem ser instalados de 1,0m a 1,5 metro do piso.
Hidrantes internos poderão ter no máximo 30 metros de mangueira,
sendo dois lances de 15m.

Hidrantes externos poderão ser utilizados até 60,0 metros de


Item 5.6.2
mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15m).

A sinalização de solo horizontal, através de um quadrado com


borda amarela e fundo vermelho é complementar e destinada
quando houver depósitos de materiais, instalações industriais e em
locais destinados a estacionamento de veículos.

Verificar itens 5.7.1 e 5.7.3.


7. ALARME DE INCÊNDIO NPT 019 C NC
Central de detecção e alarme e o painel repetidor devem ficar em
Item 5.5
local onde haja constante vigilância humana.
Deve-se prever um espaço livre mínimo de 1,00 m² em frente a
central.
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer
ponto até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior Item 5.7
a 30 metros.
A altura de instalação dos acionadores manuais deve estar entre
0,90 e 1,35m do piso acabado.
Os avisadores sonoros ou e visuais devem ser instalados a uma
altura entre 2,20 0 e 3,50 de forma embutida ou sobreposta, Item 5.13.1
preferencialmente na parede.
8. EXTINTORES NPT 021 C NC
Deve ser instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais
que 5m da entrada principal da edificação e das escadas nos
demais pavimentos.

Caso não seja apresentado layout da edificação os valores


item 5.1.4.1
constantes da tabela 1 sofrerão um decréscimo de 30%.

Fixação na parede ou divisórias, altura máxima de 1,60 m. Item 5.2.1.1


54

No solo, elevado no mínimo a 0,10m e a 0,20m do piso acabado


Item 5.2.1.2
(com suporte).

A sinalização de solo horizontal, através de um quadrado com


borda amarela e fundo vermelho é complementar e destinada
quando houver depósitos de materiais, instalações industriais e em
locais destinados a estacionamento de veículos.

Não devem ser instalados em escadas. Item 5.2.1.3

Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras


Item 5.2.1.5.1
sendo uma para incidência classe A, e outra classe B e C.

É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC


em edificações, mezaninos e pavimentos com área construída de Item 5.2.1.6
até 100m².
9. CENTRAL DE GLP NPT 028 C NC
A central de GLP deve ter proteção específica por extintores de
acordo com a Tabela 5, os quais deverão ser protegidos por Item 5.3.4
intempéries

A Central localizada junto à passagem e estacionamento de


veículos deve possuir obstáculo de proteção mecânica com altura Item 5.3.7
mínima de 0,6 m situado à distância não inferior a 1,0 m.

Quando a edificação possuir sistema de hidrantes, é obrigatória a


proteção da central de GLP por um dos hidrantes, desde que
possua risco incorporado (afastamento até 15m da edificação)

Deverá ser colocada a sinalização de proibição: "Perigo",


Item 5.3.10
"Inflamável" e "Não fume"
Atender Afastamentos do anexo B
Itens 5.3.8 e
Detalhamento da Central
5.3.14
Fonte: Autoria própria.
55

5. CONCLUSÃO

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se afirmar que os objetivos propostos para este trabalho foram atingidos.
Com os dados obtidos no Corpo de Bombeiros de Pato Branco conseguiu-se elaborar
a ferramenta de checagem proposta.
Através da revisão bibliográfica nota-se que há uma lacuna no que refere-se a
abordagem do tema de prevenção contra incêndio nas faculdades de engenharia e
arquitetura.
Outra verificação feita foram as Normas de Procedimento Técnico (NPT) que
são elaboradas e publicadas para auxiliar os profissionais atuantes na área. Porém,
devido a dinâmica do ramo de atividade civil as mesmas apresentam a necessidade
de constantes atualizações em busca de contemplar todos os itens de segurança
necessários para que não ocorram sinistros nas edificações.
Mas, em contrapartida os profissionais da área devem sempre se atualizar.
Notou-se que algumas falhas de projetos de prevenção de incêndio ocorreram pela
falta de leitura completa das NPT’s e algumas vezes dificuldades em interpreta-las,
pois em alguns casos não são tão explícitas ou os itens podem ser interpretados de
forma ambígua.
Outro ponto observado com esse trabalho de conclusão de curso é que cada
projeto é muito específico, isso se dá pelas mais de 600 falhas de projetos na
avaliação preliminar, onde se consegui reduzir em 300 falhas que foram utilizadas
para a elaboração dos gráficos e diagramas e posteriormente sintetizadas no check
list.
Porém, o que também pode interferir e acarretar em muitas análises e
reanálises dos projetos é que os mesmos são examinados por diferentes analistas no
Corpo de Bombeiros de Pato Branco. Em uma primeira avaliação um analista pode
solicitar alguns itens em não conformidade, porém, quando o projeto retorna para a
segunda avaliação outro analista pode assumir o mesmo projeto, podendo solicitar
itens diferentes do primeiro em uma mesma linha de raciocínio de avaliação,
ocasionando em mais reanálises.
56

Alguns pontos poderiam ser melhores, como por exemplo, difundir mais o tema
prevenção de incêndio nas universidades de arquitetura e engenharia. Formando
assim, profissionais bem preparados e que não tenham dificuldades em interpretar as
NPT e consequentemente elaborarem e executarem projetos eficazes, sem nenhum
risco a vida e edificações, para que futuramente o foco seja direcionado nos incêndios
evitados e não os que precisarão ser extintos.
57

6. PROPOSIÇÃO PARA NOVOS TRABALHOS

Através das pesquisas realizadas e no desenvolvimento do trabalho, pode-se


propor a realização de um trabalho futuro seguindo a mesma área, que poderia ser:
 Encaminhar o check list para as empresas e escritórios de engenharia
e arquitetura e ver se o mesmo teria validade e se auxiliaria de alguma
forma os profissionais atuantes na área.
58

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63

APÊNDICE A

TIPO AMOTRA OCUPAÇÃO ALTURA IRREGULARIDADES ANALISE


4 1 A H1 C1 1
4 1 A H1 C1 1
4 1 A H1 C3 1
4 1 A H1 C4 1
4 1 A H1 C2 1
4 1 A H1 C5 1
4 1 A H1 C6 1
4 1 A H1 C3 1
4 1 A H1 C8 1
4 1 A H1 C2 2
4 1 A H1 C9 2
4 1 A H1 C3 2
4 1 A H1 C2 2
1 2 A H1 C1 1
1 2 A H1 C1 1
1 2 A H1 C1 2
1 2 A H1 C1 2
1 2 A H1 C2 2
1 2 A H1 C3 2
1 2 A H1 C8 2
1 2 A H1 C10 2
1 3 A H1 C1 1
1 3 A H1 C1 1
1 3 A H1 C9 1
1 3 A H1 C9 1
1 3 A H1 C2 1
1 3 A H1 C5 1
1 3 A H1 C6 1
1 3 A H1 C2 1
1 3 A H1 C8 1
1 3 A H1 C1 1
1 3 A H1 C10 1
1 3 A H1 C9 2
1 3 A H1 C9 2
1 3 A H1 C6 2
1 3 A H1 C8 2
1 3 A H1 C1 2
1 3 A H1 C10 2
2 4 A H1 C1 1
2 4 A H1 C9 1
2 4 A H1 C9 1
64

2 4 A H1 C2 1
2 4 A H1 C2 1
2 4 A H1 C6 1
2 4 A H1 C2 1
2 4 A H1 C1 2
2 4 A H1 C9 2
2 4 A H1 C9 2
2 4 A H1 C2 2
2 4 A H1 C2 2
2 4 A H1 C3 2
2 4 A H1 C10 2
1 5 A H1 C1 1
1 5 A H1 C9 1
1 5 A H1 C2 1
1 5 A H1 C3 1
1 5 A H1 C1 1
1 5 A H1 C10 1
1 6 A H1 C9 1
1 6 A H1 C7 1
1 6 A H1 C9 1
1 6 A H1 C6 1
1 6 A H1 C5 1
1 6 A H1 C8 1
1 6 A H1 C3 1
1 6 A H1 C3 1
1 6 A H1 C10 1
1 6 A H1 C1 2
2 7 A H1 C1 1
2 7 A H1 C9 1
2 7 A H1 C9 1
2 7 A H1 C8 1
2 7 A H1 C10 1
2 7 A H1 C4 2
2 7 A H1 C3 2
2 7 A H1 C8 2
2 7 A H1 C1 2
2 7 A H1 C10 2
2 8 A H1 C7 1
2 8 A H1 C1 1
2 8 A H1 C7 2
2 8 A H1 C10 2
2 9 A H1 C1 1
2 9 A H1 C1 2
2 9 A H1 C9 2
2 9 A H1 C3 2
65

2 9 A H1 C2 2
2 9 A H1 C2 2
2 9 A H1 C8 2
2 10 A H1 C1 1
2 10 A H1 C9 1
2 10 A H1 C9 1
2 10 A H1 C3 1
2 10 A H1 C2 1
2 10 A H1 C2 1
2 10 A H1 C6 1
2 10 A H1 C3 1
2 10 A H1 C2 2
2 10 A H1 C3 2
2 10 A H1 C8 2
2 10 A H1 C10 2
3 11 A H1 C1 1
3 11 A H1 C7 1
3 11 A H1 C2 1
3 11 A H1 C2 1
3 11 A H1 C6 1
4 12 A H1 C1 1
4 12 A H1 C1 1
1 1 A H2 C1 1
1 1 A H2 C1 1
1 1 A H2 C1 1
1 1 A H2 C10 1
1 1 A H2 C1 2
1 1 A H2 C1 2
1 1 A H2 C1 2
1 1 A H2 C9 2
1 2 A H2 C1 1
1 2 A H2 C9 1
1 2 A H2 C2 1
1 2 A H2 C5 1
1 2 A H2 C3 1
1 2 A H2 C8 1
1 2 A H2 C3 1
1 2 A H2 C2 1
1 2 A H2 C10 1
1 2 A H2 C3 1
1 2 A H2 C10 1
1 3 A H2 C1 1
1 3 A H2 C9 1
1 3 A H2 C9 1
1 3 A H2 C2 1
66

1 3 A H2 C3 1
1 3 A H2 C3 1
1 3 A H2 C3 1
1 3 A H2 C3 1
1 3 A H2 C10 1
1 3 A H2 C1 2
1 3 A H2 C9 2
1 3 A H2 C2 2
1 3 A H2 C3 2
1 4 A H2 C1 1
1 4 A H2 C10 1
2 5 A H2 C1 1
2 5 A H2 C3 1
2 5 A H2 C8 1
2 5 A H2 C2 1
2 5 A H2 C3 1
2 5 A H2 C10 1
2 5 A H2 C6 2
2 5 A H2 C8 2
2 5 A H2 C3 2
2 5 A H2 C1 2
2 5 A H2 C10 2
2 6 A H2 C1 1
2 6 A H2 C1 1
2 6 A H2 C2 1
2 6 A H2 C6 1
2 6 A H2 C5 1
2 6 A H2 C2 1
2 6 A H2 C1 1
2 6 A H2 C8 1
2 6 A H2 C2 1
2 6 A H2 C6 2
2 6 A H2 C3 2
2 6 A H2 C2 2
2 6 A H2 C8 1
2 6 A H2 C3 2
2 6 A H2 C10 2
2 7 A H2 C1 1
2 7 A H2 C1 1
2 7 A H2 C1 1
2 7 A H2 C9 1
2 7 A H2 C6 1
2 7 A H2 C9 1
2 7 A H2 C9 1
2 7 A H2 C2 1
67

2 7 A H2 C8 1
2 7 A H2 C2 1
2 7 A H2 C9 2
2 7 A H2 C9 2
2 7 A H2 C6 2
2 7 A H2 C3 2
2 7 A H2 C3 2
2 7 A H2 C10 2
2 8 A H2 C1 1
2 8 A H2 C10 1
2 8 A H2 C1 2
2 8 A H2 C1 2
2 8 A H2 C3 2
2 8 A H2 C1 2
2 8 A H2 C1 2
2 8 A H2 C2 2
2 8 A H2 C9 2
2 8 A H2 C8 2
2 8 A H2 C5 2
2 8 A H2 C6 2
1 9 A H2 C1 1
1 9 A H2 C9 1
1 9 A H2 C9 1
1 9 A H2 C3 1
1 9 A H2 C7 1
1 9 A H2 C2 1
1 9 A H2 C3 1
1 9 A H2 C3 1
1 9 A H2 C6 1
1 9 A H2 C10 1
1 9 A H2 C2 1
2 10 A H2 C1 1
2 10 A H2 C7 1
2 10 A H2 C1 1
2 10 A H2 C10 1
3 11 A H2 C1 1
3 11 A H2 C1 1
3 11 A H2 C1 1
3 11 A H2 C10 1
3 11 A H2 C1 2
3 11 A H2 C1 2
3 11 A H2 C1 2
3 11 A H2 C9 2
3 12 A H2 C9 1
3 12 A H2 C1 1
68

3 12 A H2 C1 1
3 12 A H2 C7 1
3 12 A H2 C8 1
3 12 A H2 C1 2
1 1 C H C1 1
1 1 C H C9 1
1 1 C H C2 1
1 1 C H C1 1
1 1 C H C10 1
1 1 C H C6 2
1 1 C H C1 2
1 1 C H C10 2
1 2 C H C1 1
1 2 C H C9 1
1 2 C H C1 1
1 2 C H C10 1
1 2 C H C10 1
1 2 C H C1 1
1 2 C H C4 2
1 2 C H C1 2
1 3 C H C1 1
1 3 C H C2 1
1 3 C H C2 1
1 3 C H C8 1
1 3 C H C9 1
1 3 C H C10 1
1 3 C H C10 1
1 4 C H C1 1
1 4 C H C8 1
1 4 C H C9 1
1 4 C H C2 1
1 4 C H C6 1
1 4 C H C2 1
1 4 C H C3 1
1 4 C H C3 1
1 4 C H C9 1
1 4 C H C7 1
1 4 C H C4 1
1 4 C H C10 1
1 4 C H C10 1
5 5 C H C1 1
5 5 C H C2 1
5 5 C H C2 1
5 5 C H C1 1
5 6 C H C1 1
69

5 6 C H C1 1
5 6 C H C9 1
5 6 C H C1 1
5 6 C H C1 2
5 6 C H C8 2
5 7 C H C1 1
5 7 C H C9 1
5 7 C H C5 2
5 7 C H C6 2
5 7 C H C1 2
5 8 C H C1 1
5 8 C H C10 1
5 8 C H C10 1
5 8 C H C1 2
5 8 C H C10 2
5 9 C H C1 1
5 9 C H C9 1
5 9 C H C9 1
5 9 C H C1 1
5 9 C H C10 1
5 9 C H C10 1
5 10 C H C1 1
5 10 C H C10 1
5 10 C H C10 1
5 10 C H C1 1
3 11 C H C1 1
2 12 C H C1 1
2 12 C H C10 1
2 13 C H C1 1
2 13 C H C7 1
2 13 C H C10 1
2 13 C H C1 2
2 14 C H C2 1
4 15 C H C1 1
4 15 C H C3 1
4 15 C H C6 1
4 15 C H C10 1
4 16 C H C1 1
4 16 C H C1 1
4 16 C H C9 1
4 16 C H C2 1
4 16 C H C6 1
4 16 C H C5 1
4 16 C H C10 1
4 16 C H C2 2
70

4 16 C H C2 2
4 16 C H C1 2
4 16 C H C8 1
4 16 C H C10 2
1 1 C H1 C3 1
1 1 C H1 C9 1
1 1 C H1 C10 1
1 1 C H1 C9 2
1 1 C H1 C1 2
1 2 C H1 C1 1
1 2 C H1 C1 1
1 2 C H1 C3 1
1 2 C H1 C3 1
1 2 C H1 C3 1
1 2 C H1 C2 1
1 2 C H1 C1 1
1 2 C H1 C7 1
1 2 C H1 C6 1
1 2 C H1 C10 1
2 3 C H1 C1 1
2 3 C H1 C1 1
2 3 C H1 C1 1
2 3 C H1 C4 1
2 3 C H1 C2 1
2 3 C H1 C10 1
2 3 C H1 C3 1
2 3 C H1 C4 2
2 3 C H1 C3 2
2 4 C H1 C2 1
2 4 C H1 C10 1
2 5 C H1 C4 1
2 5 C H1 C10 1
2 5 C H1 C1 2
2 5 C H1 C3 2
2 5 C H1 C1 2
2 5 C H1 C1 2
2 6 C H1 C1 1
2 6 C H1 C7 1
2 6 C H1 C1 1
2 6 C H1 C10 1
2 6 C H1 C1 1
2 6 C H1 C9 2
2 6 C H1 C3 2
2 6 C H1 C7 2
2 6 C H1 C2 2
71

2 6 C H1 C4 2
2 6 C H1 C3 2
2 6 C H1 C1 2
2 6 C H1 C2 2
2 7 C H1 C1 1
2 7 C H1 C9 1
2 7 C H1 C2 1
2 7 C H1 C3 1
2 7 C H1 C5 1
2 7 C H1 C6 1
2 7 C H1 C7 1
2 7 C H1 C1 2
2 7 C H1 C10 2
2 8 C H1 C1 1
2 8 C H1 C8 1
2 8 C H1 C10 1
2 9 C H1 C1 1
2 9 C H1 C1 1
2 9 C H1 C3 1
2 9 C H1 C5 1
2 9 C H1 C6 1
2 9 C H1 C2 1
2 9 C H1 C10 1
2 9 C H1 C1 2
2 9 C H1 C3 2
2 9 C H1 C3 2
2 9 C H1 C10 2
3 10 C H1 C1 1
3 10 C H1 C1 1
3 10 C H1 C3 1
3 10 C H1 C3 1
3 10 C H1 C2 1
3 10 C H1 C5 1
3 10 C H1 C6 1

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