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O uso do Geogebra no ensino de sólidos de revolução

Alberto Silva de Carvalho

Cássia Isac Gonçalves da Silva

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ)


Caixa Postal 26.600-000 – Paracambi – RJ – Brazil

seg.cpar@ifrj.edu.br

Motivação

Para Dorneles (2016, p.1) há o entendimento de que não é mais possível


pensar a sala de aula, desconsiderando a presença insistente das tecnologias,
pois temos jovens extremamente munidos e usuários de diversos instrumentos
tecnológicos, porém, a realidade das escolas não se aproxima muito a este
perfil do aluno, pois ainda temos uma escola com metodologias defasadas e
calçadas em tradições e costumes moldados pelo sistema. A citação anterior
enfatiza duas dimensões que marcam a temática, de um lado temos alunos aos
quais estas tecnologias fazem parte de suas rotinas, de outro lado nossas
escolas na maioria das vezes não oferece esta possibilidade, seja por motivos
referente a tradições pedagógicas ou até mesmo recursos, este último não foi
sinalizado aqui todavia é de senso comum esta realidade.

Com base no diálogo entre educadores promovido por Zampieri (2015, p. 1-7),
fica colocado em evidência a necessidade de fortalecer a formação continuada
dos profissionais da educação, neste cenário as ferramentas tecnológicas de
comunicação (TIC’s) aparecem como resposta para atender a demanda dos
alunos de hoje, onde a tecnologia e a necessidade de mobilidade nunca se fez
tão presente.

Segundo Dionísio (2011) a falta de compreensão do conteúdo de


Matemática(Trigonometria), apresentada pelos alunos, pode ser devido a
diversos fatores, dentre eles a dificuldade que os estudantes têm de
conceitualizar os objetos matemáticos, que se apresentam de forma muito
abstrata. Nesta perspectiva o software Geogebra apresenta a possibilidade de
modelar o sólido geométrico, possibilitando observar de diversos ângulos e
escalas, se apresentando como uma ferramenta a mais para o profissional
docente. A possibilidade de retirar este sólido da estática e acrescentar
movimento apresenta mais um elemento ou ferramenta na modelagem
matemática, potencializando o aprendizado do aluno.

Objetivo

Para Silveira (2013) Mais do que nunca, é exigido que a escola proporcione
uma formação sólida a Matemática e a todos os alunos. Uma formação que os
leve a entender e utilizar a Matemática, quer no decorrer do seu percurso
escolar e a essa e a outras disciplinas, quer mesmo na vida profissional, vida
pessoal e social. Norteado por esta fala, a proposta deste artigo é focada em
abordar a temática direcionando sempre para uma aplicação prática quer para
o docente ou para o aluno, ou seja, os atores protagonistas dessa construção
de saber. Evidente que não há a pretensão de esgotar a temática tão extensa
como esta, todavia apresentar uma abordagem que possa contribuir para a
qualidade e avanço do processo de ensino e aprendizagem. Será apresentada
uma breve introdução sintetizada da aplicação da ferramenta software
Geogebra na aplicação de conteúdo didático sobre sólidos de revolução. A
proposta é lançar esta experiência como acréscimo no aprendizado dinâmico e
produtivo.

Metodologia

Quanto a natureza da pesquisa trata-se de um survey, é fato que esta temática


aparece inúmeras vezes quando colocamos em um site de busca, por exemplo
o Google Acadêmico. Todavia todo esforço estará focado em atingir o rigor
científico. Haja visto ser esta uma prerrogativa de um artigo acadêmico, trazer
informações relevantes e baseadas em pesquisas e estudos confiáveis, de
forma a contribuir para o disseminação de conhecimento, sempre apontando
para a construção de uma sociedade justa, harmoniosa e livre. Para Jiménez
(2011) para o êxito da pesquisa, a produção de um artigo é imperativo a
exigência do rigor científico, cabe aqui uma concordância total com a premissa
anunciada anteriomente.

A proposta é abordar sistematicamente a temática, como base de pesquisa


temos como bibliografia ampla de artigos publicados, especialmente nos
últimos 5 anos. Tendo em vista que é uma crescente a demanda por aplicação
do software Geogebra. O objetivo é concentrar os esforços em aplicar o
software ao processo de ensino sólido de revolução. O desafio é apresentar de
forma mais simples possível a aplicação de um exemplo prático do uso em
uma aula, onde a apresentação gráfica e a possibilidade de visualizar o
movimento ou rotação do sólido possa somar como elemento de aprendizado
para o aluno, auxiliando este aluno onde seria necessário uma abstração maior
sobre o conteúdo. Segundo Nascimento (2012) A proposta do uso de softwares
de geometria dinâmica, no processo de ensino aprendizagem em geometria
pode contribuir em muitos fatores, especificamente no que tange à visualização
geométrica.
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REFERÊNCIAS
DORNELES, Lecir Dalabrida; PIVA, Cláudia; SPILIMBERGO, A. Patricia. O GEOGEBRA NA SALA AULA: DESAFIOS
E APRENDIZAGENS. Salão do Conhecimento, 2016.

ZAMPIERI, Maria Teresa; JAVARONI, Sueli Liberatti; ANDRADE, Patricia Fasseira. Perspectivas e desafios para o uso
do geogebra nas aulas de Matemática: um debate entre professores. In: Congresso de extensão universitária da
UNESP. Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2015. p. 1-7.

DIONIZIO, Fátima Queiroz; BRANDT, Célia Finck. Análise das dificuldades apresentadas pelos alunos do ensino
médio em trigonometria. In: X Congresso Nacional de Educação–EDUCERE, Curitiba. 2011. p. 4408-4421.

SILVEIRA, Astrigilda; CABRITA, Isabel. O GeoGebra como ferramenta de apoio à aprendizagem significativa das
Transformações Geométricas Isométricas. Indagatio Didactica, v. 5, n. 1, p. 149-170, 2013.

JIMÉNEZ, María Soledad Erazo. Rigor científico en las prácticas de investigación cualitativa. Ciencia, docencia y
tecnología, v. 22, n. 42, p. 107-136, 2011.

NASCIMENTO, Eimard GA do. Avaliação do uso do software GeoGebra no ensino de geometria: reflexão da prática
na escola. XII Encontro de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifor, ISSN, v. 8457, p. 2012, 1808.

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