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Sistema de medição e erros

Processo de Medição

•Método – Seqüência lógica de operações, descritas genericamente, usadas na


execução das medições – Procedimento, normas,
•Amostra – É uma parte de um todo que, uma vez avaliada, analisada e medida,
garante resultados.
zσ Exatidão esperada, σ incerteza, z intervalo de
∆= confiança, e n a amostra.
n

CONTINUAÇÃO...

• Cuidados na escolha da amostra:


– Tamanho da amostra;
– Seleção aleatória da amostra e escolha do lote;
– Planejamento (condi ções iguais)
– Contaminações
– Prazo de validade.
• Condições Ambientais: grandezas de influências, tais
como, temperatura, pó, umidade, tensão, etc...
• Operador: Qualificação, capacitação, competência. É
a peça chave do processo;
• Equipamento: a) dispositivo
• b) Sistema de medição

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Características dos sistemas
• Faixa de indicação (FI) – Conjunto de valores
limitados pelas indicações extremas.
• Faixa de medição (FM) – Conjunto de valores
de um mensurando, conhecimento da grandeza.
• Incremento digital – menor variação da
indicação.
• Curva de calibração: conjunto de operações
que estabelece, sob condições especificadas,
a relação entre os valores indicados e os
valores correspondentes das grandezas.
• Comportamento dos instrumentos.

Algarismos significativos

•Algarismos significativos são aqueles que


transmitem informações reais a respeito do
valor de uma grandeza . De acordo com a figura o
valor do segmento AB vale:
•Os AS de uma medida são os algarismos
considerados corretos, a contar do primeiro diferente
de zero, e o último algarismo, que é duvidoso.
•Operações com AS.

Arredondamento
• Norma: NBR5891 – Regras de arredondamento na
numeração decimal.
• O último algarismo de um número deve sempre ser
acrescido de uma unidade caso o algarismo
descartado seja superior a cinco;
• No caso do algarismo descartado ser igual a cinco,
se após o cinco descartado existirem quaisquer
outros algarismos diferente de zero, o último
algarismo retido será acrescido de uma unidade;
• No caso do algarismo descartado ser igual a cinco,
se após o cinco descartado s ó existirem zeros ou
não existir outro algarismo, o último algarismo retido
será acrescido de uma unidade somente se for
impar.

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exercício
• Qual é o tamanho da amostra que será
necessário fazer a aquisição de dados
com um voltímetro cuja FM 300 V, classe
1%, resolução 5,0 V, para um nível de
confiança de 99% da tal forma que
sempre podemos ter uma incerteza
declarada de 1,0 V.
• Dado: z = 2,570 0 para o nível de
confiança igual 99%.

MSA – Avaliação dos sistemas de medidas

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Classificação dos erros
• 1 - Erros Grosseiros.
• 2 - Erros Sistemáticos.
– A. - Erros Instrumentais.
• (1) - Devido à ineficácia do instrumento.
• (2) - Devido ao maltrato ou aos efeitos de sobrecarga
do instrumento (Não qualificação do operador).
– B - Erros Ambientais, “devido às condições
externas”.
– C - Erros de Observação
• 3 - Erros Aleatórios, também chamados de
“erros residuais”.

Resultados de valores medidos


• O resultado, forma numérica, sempre
associada a uma incerteza inerente ao
processo.
• Fatores que influenciam: (conhecimento do operador
e responsável)
– Condições ambientais
– Métodos de medidas
– Arredondamentos
– Conversão de unidades
– Aquisição de dados (leituras)
– Escolha adequada do instrumento

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Erros...

• Erro fiducial – E fiducial = valorderef


erro
êrencia
*100
• Erro máximo admissível – valores extremos por
especificações, normas.
• Erro sistem ático: m édia que resultaria de um infinito
número de medições do mesmo mensurando,
efetuadas sob condições de repetibilidade, menos o
valor verdadeiro convencional. Es = Xavg – VVC
• Erro aleatório: resultado de uma medição menos a
média que resultaria de um infinito número de
medições do mesmo mensurando. Ea = X – Xavg .
Esses erros são imprevisíveis, aparecem por causas
irregulares e probabilísticas e são respons áveis
pelas medições espalharem.
• Causas desconhecidas: atrito, folgas, fugas,
instabilidade, meio ambiente, não linearidade.

Exercício
• Em um determinado circuito, a tensão
gerada é dada por: VS = (R1.R2)/R3. Se a
tolerância de cada resistor é de 0,1%, qual
o erro máximo na tensão gerada?
(podemos dizer também qual o valor da
tolerância)

A B C D
Exatidão: proximidade ao valor verdadeiro

Precisão: repetitividade(repetibilidade) das leituras

Atirador erro sistemático erro aleatório


A Baixo Baixo
B Baixo Elevado
C Elevado Baixo
D Elevado Elevado

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A B D

Erros grosseiros
• Erros Humanos – Leituras incorretas
» C álculos
» Ajustes
» Escolha do instrumento
» Aquisiç ão de dados
» Sistemas de unidades

– Medida corretiva: Escala analógica: amostra > 10


– Escala digital: amostra > 10 (não fazer média dos valores)

• Não são considerados erros grosseiros:


– erro de paralaxe;
– ligação dos instrumentos;
– Escolha da FI e FM;
– Grandeza a ser mensurada

Erros sistemáticos
• 1 – Erros instrumentais – Ineficácia do instrumento
– Planejamento cuidadoso do procedimento. Quando
possível, um m étodo de substituição, medindo-se contra
um padrão de valor parecido ou por troca entre si dos
braços de uma ponte, e assim por diante.
– Determinação dos erros instrumentais e aplicação dos
fatores de corre ção.
– Calibra ção cuidadosa dos instrumentos.
• Erros do ponto de vista do instrumento:
– Erro de leitura erro de mobilidade
– Erro de histeresis erro de fidelidade
– Erro de zero erro de exatidão
– Erro de grandeza de referência

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Erros sistemáticos
• 2 – não capacitação do instrumentista
– erros de opera ção cabos inadequados
– Conexões Resistência de contato
– Ampacidades isolação/isolamento
– Casamento de impedância Inércia(térmica/carga
– Ressonância Ruídos (CMRR)
• 3 – Ambiental
– Arranjos para manter as condições tão constantes
quanto possível, por exemplo, colocar o dispositivo
dentro de uma caixa à temperatura controlada.
– Emprego de dispositivos quase imunes a tais efeitos, por
exemplo, alguns materiais cuja resistência tenha um
coeficiente de temperatura muito pequeno ao longo de
uma moderada faixa de trabalho.
– Cálculos corretivos. Tentamos evitar a necessidade de
fazer tais corre ções sempre que possível, todavia, em
alguns casos, as corre ções por cálculo devem ser feitas.

Erros sistemático ...


• 3 – ambientais: origem nas grandezas de
influências
– Temperatura Umidade
– Pressão CEM – EMC/EMI
– Vibração pó
– Ruídos (offset, modo comum, modo diferencial,
ripple)
– Armazenagem e transporte
• 4 – Observador: interpolação, extrapolação;
iluminação, ângulo crítico, campo de visão,
daltonismo.

Análise estatística
• A função da Estatística é separar tanto quanto possível, o
certo do errado pelo estreitamento e defini ção da região de
dúvida.
• Análise do resultado
– falta de treinamento dos operadores, o que indica que os mesmos não
estão realizando a operaç ão de medi ç ão do mesmo jeito;
– o instrumento de medi ç ão apresenta erros aleatórios muito grandes
devido a folgas ou desgastes internos e deve ser submetido a
manuten ç ão corretiva;
– as condi ç ões ambientais afetam muito o processo de medi ç ão, tais
como variaç ões elevadas de temperaturas durante o processo de
medi ç ão;
– os operadores não seguem o mesmo procedimento de medi ç ão e por
isso surgem variaç ões nos resultados em funç ão do posicionamento
do instrumento, montagem inadequada do circuito, for ç as de medi ç ão
diferentes, utilizam padrões de ajustes não calibrados, utilizam
sensores de medi ç ões diferentes, entre outros
– o instrumento não é adequando para realizar tal operaç ão de medi ç ão.

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Incerteza
• As fontes possíveis de incerteza em uma medição são:
– Defini ç ão incompleta do mensurando;
– Realizaç ão imperfeita da defini ç ão do mensurando,
– Amostragem não representativa, a amostra medida pode não
representar o mensurando definido;
– Conhecimento inadequado dos efeitos das condi ç ões ambientais
sobre a medi ç ão ou medi ç ão imperfeita das condi ç ões ambientais;
– Erro de tendência pessoal na leitura de instrumentos anal ógicos;
– Resoluç ão finita do instrumento ou limiar de mobilidade;
– Valores inexatos dos padrões de medi ção e materiais de referência;
– Valores inexatos de constantes e de outros parâmetros obtidos de
fontes externas e usados no algoritmo de redu ção de dados;
– Aproximações e suposiç ões incorporadas ao método e procedimento
de medi ç ão;
– Variaç ões nas observaç ões repetidas do mensurando sob condi ç ões
aparentemente idênticas;
– Grandezas de Influências;
– Efeito de cargas, impedâncias de cabos e de contato;
– Lay- out dos instrumentos Efeito campo eletromagnético)
– Correntes de fugas, sistemas de aterramentos

Estatística
Valor provável – “ o valor mais
x + x 2 +. ..+ x n 1 n provável de uma grandeza, medida
x= 1 = ∑ x1 diversas vezes, é a média
aritmética das medidas
n n i=1 encontradas, desde que mereçam a
mesma confiança”

• Amplitude total – mede a dispersão entre


valores mínimos e máximos. A = Xmax - Xmin
Desvio padrão, é a medida de

σ=
d 21 + d 22 + ...+ d 2n
=
∑d 2
i
dispersão mais adotada. O desvio
Padrão da população . Na metrologia
raramente conhecemos toda a
n n população, pois não realizamos
infinitas medições.

Estatística ...

s=
d 12 + d 22 + ... + d 2n
=
∑d 2
i
Desvio padrão amostral, é
adotado quando se conhece
n −1 n −1 apenas uma amostra.

• Desvio padrão das médias das amostras. Sua


s
s= importância, sem precisar fazer infinitas medi ç ões,
conseguimos estimar o desvio padrão existente entre as
n médias de diversas amostras. ? O desvio padrão da
média é considerada pelo GUM, como a incerteza tipo
“A”, caso a amostra pertenç a à mesma populaç ão. Do
contr ário, a incerteza tipo A ser á igual ao desvio padrão
da amostra.

Distribui ção normal ou Gaussiana é, a mais


importante das distribui ções de probabilidade.
Quanto maior o número de medições feitas de um
mesmo mensurando, mais pr óximo os seus valores
se comportarão como uma distribui ção normal.

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Erro provável: r = ±0,6745σ

A Gaussiana, é à base do estudo analítico dos efeitos aleatórios. A lei das distribui ções normais
fornece uma boa base para as seguintes asserções:
Todas as observa ções incluem distúrbios chamados erros aleat órias;
Erros aleatórios podem ser positivos ou negativos;
A probabilidade de ocorrência de erros aleat órios positivos ou negativos é idêntica.
Podemos, portanto, esperar que as observa ções de medi ções incluam erros positivos e
negativos em quantidade mais ou menos semelhantes, de forma que a soma total dos
erros será pequena, e o valor médio será o valor real da variável medida.
A forma da curva de distribuiç ão de erros evidencia que:
Erros pequenos são mais prováveis que grandes erros;
Grandes erros são muito improváveis;
A probabilidade de ocorrência de erros positivos é igual à probabilidade de ocorrência de
erros negativos, de modo que a probabilidade de um erro é simétrica em torno de zero.

Distribuição Normal
• A Distribuição Normal é um distribuição de
dados contendo certas propriedades
consistentes
• Estas propriedades são bastante úteis para a
nossa compreensão das características do
processo de onde os dados foram obtidos
• A maioria dos fenômenos naturais e
processos criados pelo homem são
normalmente distribuídos, ou podem ser
representados como normalmente distribuídos

Distribuição Normal
• Propriedade 1: Uma distribuição normal pode ser
completamente descrita sabendo apenas o seguinte:
− Média, e
− Desvio Padrão Distribuição
DistribuiçãoUm
Um

Distribuição
Distribuição
Dois
Dois

Distribuição
DistribuiçãoTrês
Três

Qual é a diferenç a entre estas três distribui ç ões normais ?

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Distribuição Normal
• Propriedade 2: A área sob as seções da curva pode ser
usada para estimar a probabilidade cumulativa de
ocorrência de um certo “evento”

probabilidade
Probabilidade do valor da amostra

68% Cumulativa de obter


40% um resultado entre os
dois valores
30% 95%

20%
99.73%
10%

0%
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Número de Desvios Padrão da Média

Distribui ção retangular: Quando a


a distribui ção de probabilidade for a
s= mesma num determinado intervalo,
3 estaremos diante de uma distribuição
uniforme ou retangular

Distribuição triangular Quando a


distribui ção de probabilidade for maior
na parte central, num determinado
intervalo, e decair linearmente nas
extremidades, estaremos diante de
uma distribuição triangular

Distribuição t-Student
• Para obter uma distribui ção pr óxima à normal, é necess ário um grande
número de medi ç ões (n >200). Como não é vi ável fazer 200 medi ções de
um mesmo mensurando devemos aplicar um fator de correç ão,
aproximando a distribui ç ão de pequenos valores a uma distribui ç ão
normal. Este fator, conhecido como t- Student , é tabelado em funç ão do
tamanho da amostra n (ou do grau de liberdade υ ,) e do nível de
confianç a desejada. A média da populaç ão sempre estar á compreendida
no intervalo , onde t é o coeficiente t- Student e o s o desvio padrão da
média

Intervalo de confiança
O intervalo de confianç a consiste em um
número fixo, positivo, menor que 1, que
representa a probabilidade de um
determinado parâmetro ϕ da populaç ão
estar compreendido entre dois limites L1 e
L2. Sendo assim, o intervalo de confianç a
representa probabilidade de que a média de
uma grandeza vá cair dentro de certo
número de desvios padrões σ..

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Tipos de incerteza
• Incerteza tipo "A": é relativamente simples,
pois trata somente de aspectos estatísticos.
Baseia-se numa seqüência de observações
em iguais condições.
• Incerteza tipo "B": engloba diversos fatores
específicos, como: fator de segurança, nível
de confiabilidade, erros específicos, erros
sistemáticos diversos, incerteza de um
instrumento digital devido à resolução, etc.

Avaliando a Incerteza padrão tipo “A”


• Método: avaliação pela análise estatística de
s (x) = ∑
uma série de observações. 2 s 2 ( xi )
s
• logo s (x ) = n n
• Cálculo de Incerteza do Instrumento
• O c álculo de incerteza do instrumento é utilizado para avaliaç ão da
situaç ão do instrumento:
• onde:
II: Incerteza do Instrumento
t: Distribui ção estat ística "t student"
n: N úmero de medi ç ões realizadas
a: Graus de Liberdade
I: Incerteza
s: Desvio Padrão

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Avaliando a Incerteza padrão tipo “A”
• Calcular a incerteza UA para um nível de
confiança de 95,45%, a amplitude, o erro, e a
tendência de um voltímetro com FM (0 – 100)
V, resolução 1,0 V. Considere que foram
executadas cinco medições, obtendo-se com
a processo de calibração o valor nominal de
76,87 V, as indicações foram:
• 75,7 V; 75,8 V; 76,0 V; 75,7 V; 75,9 V

onde:
IT: Incerteza Total
II: Incerteza do Instrumento
IR: Incerteza do Padrão (atribuído ao Cadastro de Padrões), quando o
padrão é primário, ou utiliza a Incerteza, quando secundário. (Tipo B)
RR: Índice de Repetibilidade e Reprodutibilidade (Laudo por Incerteza)
Sendo que:
IM = Maior IT
ES = Maior desvio médio de calibraç ão ou amplitude
EM = IM + ES
onde:
IM: Incerteza da Medi ç ão
ES: Erro Sistemático
EM: Erro M áximo encontrado

Planejando
• Na avaliação da incerteza do Tipo A deve constar.
• Lista dos valores observados
• O valor médio calculado
• O desvio padrão estimativo para uma simples observação
• O desvio padrão estimativo da m édia.
• Geralmente usa -se uma planilha para esta etapa. Esta deve
conter as seguintes informações:
• Grandeza de influência
• Melhor estimativa
• Forma de distribuição
• Incerteza padronizada associada
• Coeficiente de sensibilidade
• Grau de liberdade efetiva.

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O uso adequando dessas informações depende
fundamentalmente de experiência e conhecimento, o que pode
ser adquirido por treinamento e prática
• Os seguintes casos devem ser considerados.
• Quando se conhece apenas um número, isto é, um único valor medido, um valor
resultado de medição anterior, um valor obtido de literatura, ou uma correção, este
valor será usado como xi. A incerteza padronizada u(xi) associada a este valor
quando conhecida deve ser usada. Senão ela dever á ser calculada. Caso não se
disponha de dados para tanto a incerteza dever á ser determinada a partir da
experiência e conhecimento do problema em an álise.
• Quando a distribuição de probabilidade pode ser assumida, baseada em teoria ou
experiência, a expectativa adequada e a raiz quadrada da variânça devem ser
extraídas da melhor estimativa de xi e a incerteza padronizada associada u(xi);
• Caso só seja possível determinar os limites superior e inferior a+ e a- como
estimadores, como exemplo, especificação de fabricante de um instrumento de
medir, a resolução, erro de arredondamento ou truncamento, deve ser assumida
uma distribuição de probabilidade com densidade de probabilidade constante entre
esses limites(distribui ção retangular) para a variabilidade da grandeza de entrada
Xi. Assim tem-se:

Na avaliação da incerteza do Tipo A


• Lista dos valores observados
• O valor médio calculado
• O desvio padrão estimativo para uma simples
observação
• O desvio padrão estimativo da média.
• Geralmente usa-se uma planilha para esta etapa.
• Esta deve conter as seguintes informações:
– Grandezas de influência
– Melhor estimativa
– Forma de distribuição
– Incerteza padronizada associada
– Coeficiente de sensibilidade
– Grau de liberdade efetiva.

Na avaliação da incerteza do Tipo B


• A incerteza do tipo "B" é baseada em meios não estat ísticos. Portanto, é
baseado em:
– Dados de medições anteriores;
– Especificações de fabricantes;
– Experiência na utilização e verificação do comportamento do instrumento com
o tempo;
– Dados fornecidos em certificados de calibração;
• Alguns métodos de c álculo:
• 1 – Incerteza declarada com fator de seguran ça K informado
– Alguns fabricantes fornecem, através dos manuais ou certificados de
calibração um valor de fator de segurança, que é baseada no nível de
confiabilidade dos resultados fornecidos pelo instrumento.
– K = 2: a incerteza declarada foi estimada para um nível de confiabilidade de
95%;
– K = 3: a incerteza declarada foi estimada para um nível de confiabilidade de
99,8%.
– Para sabermos o valor da incerteza de medição do tipo "B" se conhecermos o
fator de segurança, basta dividir o resultado encontrado por 2 ou 3
(dependendo do nível de confiabilidade informado).
– Essa incerteza de medi ção é, em geral, obtida de certificados de calibração, e
assim, pode-se corrigi-la para descobrir qual o seu valor verdadeiro.

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Continua ...
• Incerteza declarada com nível de confiabilidade (?)
informado. Conhecendo -se o nível de confiabilidade, pode -
se calcular a incerteza de medição do tipo "B" dividindo o
valor encontrado pelo coeficiente de Student (t)
correspondente para grau de tendendo a 8 .
• Existe uma tabela de coeficiente de Student para cada
nível de confiabilidade, que ajusta a distribuição de Student
a uma distribui ção normal.
• Limites de erro especificados pelo fabricante
• Em alguns casos o fabricante nos fornece apenas os
limites de erro do equipamento de medição. Então adota-
se o seguinte procedimento:
• - Calcular "a", que é a média dos limites inferior e superior.
• - Calcular a incerteza do tipo "B" pela expressão:

Esses limites são facilmente encontrados em cat álogos de fabricantes


de instrumentos de medição universais.

Continua...
• Incerteza gerada por efeitos sistemáticos não
compensados
• Em algumas situações práticas os erros sistemáticos não são
compensados e a distribui ção desses erros não é simétrica
em rela ção a um ponto de referência. Com isso, o cálculo da
incerteza fica mais difícil. Adota-se diversos métodos de
cálculos para minimizar os efeitos desses erros sistemáticos.
Um deles é apresentado aqui: Através de uma seqüência de
observações, coletar a amplitude (range) dos resultados
encontrados (valor maior - valor menor).
• Incerteza devida a resolução de um instrumento digital
• Em alguns casos, utilizar o valor da resolução do instrumento
(R) e calcular a incerteza pela expressão:

Isto é aplicável por exemplo, quando o instrumento


tiver seu mostrador digital onde o valor mostrado
pode variar devido ao truncamento numérico.

Incerteza combinada
• A incerteza combinada consiste na soma quadrática das
diversas incertezas de medi ção apresentadas por um
instrumento qualquer, ou seja:

Esse valor não é adotado como real, pois representa uma probabilidade
estatística de aproximadamente 68% de se encontrar o erro de medi ção, e
assim não constitui de uma boa aproximação. Para se determinar a incerteza de
medição com nível de confiabilidade maior, deve -se calcular a incerteza de
medição expandida, cujo valor estará dentro de uma confiabilidade de 95%.
O valor da incerteza de medição combinada contempla também as incertezas
herdadas dos padrões corrigidas se necessário (conforme as diretrizes dos
certificados de calibração correspondentes).

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Incerteza expandida
• A incerteza expandida é calculada pela
expressão:
• Onde k é denominado fator de abrangência.
• O valor k é calculado através de uma tabela
de correlações k (para 95% de confiabilidade)
e ?ef (número de graus de liberdade efetivos):
?ef= Graus de liberdade efetivos
uc = Incerteza de medição combinada
ui = Incerteza de medição para a i-ésima fonte de incerteza
?i = Graus de liberdade para a i-ésima fonte de incerteza
O número de graus de liberdade é dado pela expressão:
?= n - 1

Continua...
• Na distribuição estatística "t" de Student, a qual é utilizada
para nossos cálculos de incerteza, temos, para "n" graus de
liberdade, um fator de abrangência correspondente, que fará
a correção do valor encontrado da incerteza de medi ção em
função do número de graus de liberdade efetivos, que
dependem das incertezas de medi ção combinadas, conforme
visto acima. Ao fazermos o produto entre a incerteza
combinada e o fator de abrangência, estamos informando
que, com 95% de confiabilidade, os resultados apresentados
pelo instrumento de medi ção estarão dentro dos limites de
incerteza que informamos (incerteza expandida).

Relatando a incerteza
• Descrever claramente os métodos utilizados para calcular o
resultado da medi ção e sua incerteza, a partir das
observações experimentais e dos dados de entrada;
• Listar todos os componentes da incerteza e documentar
amplamente como foi avaliado;
• Apresentar a análise dos dados, de tal forma que cada um
dos passos importantes possa ser prontamente seguido e
que os cálculos do resultado relatado possam ser
independentemente repetidos, se necessário;
• Fornecer todas as corre ções e constantes utilizadas na
análise e suas fontes.
• Um modo de se verificar a lista acima é perguntar-se a si
próprio: "Terei eu fornecido suficiente informação de
maneira suficientemente clara, de modo tal que meu
resultado possa ser atualizado no futuro, se novas
informa ções ou dados tornarem disponíveis?"

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Passos para um guia de cálculo da incerteza:
• Fornecer uma descri ção completa de como o mensurando Y é definido, expressando em
termos matemáticos a dependência do mensurando;
• Identificar e aplicar todas s correções significativas;
• Relacionar todas as fontes de incerteza na forma de uma análise de incertezas;
• Fornecer a estimativa y do mensurando Y e sua incerteza padrão c ombinada uc (y); as
unidades de y e de uc (y) devem ser sempre fornecidas;
• Incluir a incerteza padrão combinada relativa. No caso de valores individuais, valores
resultantes de medi ções prévias, valores de correção ou valores da literatura, adotar a
incerteza padrão onde ela foi fornecida ou possa ser calculada. Se não houver nenhum
dado dispon ível a partir do qual a incerteza padrão possa ser calculada, declarar um valor
de u(xi) com base na experiência científica.
• Fornecer o valor de cada estimativa de entrada xi e de sua incerteza padrão u(xi)
juntamente com sua descri ção sobre como eles foram obtidos;
• Fornecer as covariânças estimadas ou coeficientes de correlação estimados,
preferencialmente ambos, associados com todas as estimativas de entrada que são
correlacionadas, e os métodos utilizados para obtê -los;
• Fornecer os graus de liberdade da incerteza padrão para cada estimativa de entrada e
como eles forma obtidos;
• Fornecer a relação funcional Y = f(Xi,Xj,...,Xk) e, quando consideradas úteis, as derivadas
parciais ou coeficientes de sensibilidade. Entretanto, quaisquer desses coeficientes
determinados experimentalmente devem ser fornecidos;
• Expressar o resultado de medi ção como Y = y ± U e fornecer as unidade de y e U;
• Relatar o resultado da mediç ão no certificado de calibração incluindo a estimativa Y do
mensurando, a incerteza expandida associada U e o fator de abrangência k escolhido.

Propagação de incertezas

U – incerteza;
Y = f(x1, x2, ... xn)
1
 ∂Y 2  ∂Y  2
2
 ∂Y  2 
2 2

UY = ±   U12 +   U 2 + ...  U n 


 ∂x1   ∂x2   ∂xn  

Coeficiente de sensibilidade

∂f • Por que conhecer o coeficiente de sensibilidade?

∂xi – Como a variável influencia no resultado final, e com isso podemos


estudar formas de reduzir a incerteza;
– Estudo de interdependência entre variáveis
• Outras análises necessárias:
Para adequar um instrumento a um
• Faixa de tolerância processo de fabricação, usa-se a
• Crit érios de rejei ç ão expressão:

•Chauvenet
•Dixon
•Cochran

•Snedecor
• Ajuste de funç ão
• Análise de R&R A tolerância varia entre 3 a 10
vezes o valor da incerteza.
• MSA – Measurement system analysis
•CEP – controle estatístico de processo

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Análise de R&R
• Método da amplitude;
• Método da média e amplitude;
• Método ANOVA
•Recursos:
•Amostras (peças, grandezas, dispositivos)
•Operadores (no mínimo 2) treinados
•Procedimentos
•Descrição do processo de medida
•Sistema de medi ção
•Amostra compatível

Método da amplitude
• Utilizado para uma avaliação do
comportamento do sistema de medição de
forma mais rápida.
• Erro das medições:

Para cálculo de Rx a diferença entre a maior e a menor


média o valor de d2 é obtido para g = 1.

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d2 – tabulado
m – repetições
E g = n*o
Onde n é o número de
peças e “o” o número de
operadores.

σ Rpt – Repetibilidade

σ Rpd – reprodutibilidade
ICM = R&R
IT – intervalo de
tolerância = 6U para
sistema de medida ou
10U, se for processo.
U é a incerteza
calculada

cálculos
• 1 – cálculo das medias das medidas de cada
operador; Xi n
• 2 – cálculo da m édia das m édias do operador Xop
• 3 – cálculo da media Xp da media Xop
• 4 – Determina-se as amplitudes da amostra de cada
sistema Xmax(i) – Xmin(i)
• 5 – calcula a amplitude m édia do operador Rop
• 6 – calcula a amplitude m édia da media do operador
Rp
• 7 – calcula a amplitude geral das m édias.

X DIFF = X máx − X min

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Cálculo de R&R
• Cálculo do limite m áximo da amplitude.
Onde limite superior máximo da amplitude, RP a amplitude
UCLR = Rp * D4 média e D4 uma constante que vale 3,27 para duas
medições por operador e 2,58 para três.

• Cálculo do valor da repetibilidade.


• VE = Rp*K1 onde VE repetibilidade absoluta, e K1 vale
0,8862 para duas medições e 0,5908 para três.
• Cálculo da Reprodutibilidade.
VO = reprodutibilidade, n é
 (VE )2 
(X * K2 )
o número de peças r é o
2
VO = DIFF −  número de medições por
peça e K2 = 0,7071 para
 nr  dois operadores e 0,5231
para três.

Cálculo de R&R
• Cálculo da Repetibilidade e reprodutibilidade (R&R)

RR = (VE )2 + (VO)2

• Análise por atributos


• Quando um inspetor obtiver resultados fora dos mencionados deve ser
retirado da inspec ç ão e sujeitar a um treinamento.

E – esperado eficientemente
FA – alarme falso

CE – classe errada

20
Cartas de Controle
• Registro de variação do processo
• Alerta a existência de causas especiais -
processo não estável
• Média e Limites de Controle
• Presença de causas especiais - Sinais
Estatísticos

Cartas de Controle
• Antes de aplicar o CEP, é necessário
assegurar a adequação do sistema de
medição utilizado
• Como regra geral, a resolução do
instrumento não deve ultrapassar 1/10 da
faixa de tolerância da característica

Cartas de Controle
• Esquema Geral


LSC

LM

LIC

21
Vantagens da Carta de Controle
• Permitem a monitora ção do desempenho do processo ao
longo do tempo
• Indicam piora ou melhora do processo
• Mostram situações fora de controle de maneira ágil
• Segregam causas especiais das causas comuns,
direcionando a tomada de ações rápida
• Ajudam na prevenção de defeitos, pois permite que o
desempenho do processo seja corrigido antes de surgirem
produtos não aceitáveis
• Permite ao operador o ajuste mais adequado do processo,
evitando ajustes excessivos (a que chamamos super-
controle)
• Documentam todas as ocorrências no processo, atravé s do
diário de bordo
• Permitem ao operador a avalia ção dos resultados de seu
próprio trabalho.

Confirmação Metrológica
• Processo seqüencial planejado, sistematicamente
desenvolvido, implementado, verificado e documentado de
opera ções e avaliações, com periodicidade gerenci ável e
sob condições operacionais e ambientais especificadas, da
consistência de medidas fornecidas por um equipamento,
com os limites de erro permissível para essas medidas e
das incertezas associadas ao resultado dessas medições e
se são condizentes com a distinção necessária para fins de
determinação da conformidade de processos e ou produtos
monitorados pelo equipamento, quando as capacidades
requeridas das medidas estiverem definidas e, assim,
validar, identificar e preservar os estados de exatidão,
repetibilidade e adequação ao uso do equipamento ou,
caso contrário, direcionar as segregações, identificações,
disposi ções e ações corretivas e preventivas cabíveis.

Confirmação Metrológica
• A confirmação metrológica é composta por três critérios:
• Crit ério de Exatidão
• Valida o desvio encontrado perante a tolerância do instrumento.
• E = db + TR e VR - TR = X < VR+ TR Caso contr ário:
• VR- TR = X < VR + TR
• onde:
• E: exatidão do Instrumento (atribuído no Cadastro de Instrumentos);
• db: Desvio M édio da Calibração
• TR: Tolerância do Padrão/Fam ília (atribuído no Cadastro de Famílias)
• VR: Valor do Padrão (Atribuído no Cadastro de Padrões)
• X: Média das Leituras
• Crit ério de Aceitabilidade
• O critério de aceitabilidade verifica se a soma dos desvios e incertezas
encontrados na calibração do instrumento são pelo menos 25% inferiores à
tolerância máxima do processo, ao qual o instrumento est á aplicado, adotando-se
um nível de confiança, normalmente variando entre 3 e 10.
• Crit ério de Adequação ao Uso
• O critério de adequação avalia se a soma dos desvios e das incertezas
encontradas durante a calibração dos instrumentos estão compatíveis com a
tolerância do processo, ao qual encontram-se aplicados, adotando-se um nível
de confiança, normalmente, variando entre 3 e 10.

22
IEC--International Electrotechnical Commission
IEC
• IEC 61010 é o novo padrão para
baixa tensão “equipamentos de
controle, e de teste e medição”.
• IEC 61010 define uma proteção
bastante melhorada e atual
contra “transientes de sobre
tensão”- spikes de tensão.
• IEC 61010 é a base das normas:
ANSI/ISA-S82.01-94 (US)
CAN C22.2 No. 1010.1-92 (CAN)
EN61010-1:1993 (EUR)

IEC 61010 Conceitos Principais


Proteção contra transientes de tensão
• CATEGORIAS: CAT I a CAT IV
O maior risco de transientes ocorre na
maior categoria pois eles podem iniciar
um arco de tensão.
• TESTE DE IMPULSOS: Não se permite
falhas.
Os meters devem ser testados aplicando-se
uma quantidade de impulsos com picos
de tensão determinados.
• ESPAÇAMENTO INTERNO: maior
Distancias entre bornes e altura dos
contatos aumentadas.

Categoria de Sobre Tensão


• O nível de energia de impulsos de tensão são
dependentes da localização.
Quanto mais próximo a fonte de energia, maior o risco
de ocorrências perigosas e maior deve ser a categoria

• IEC 61010 define 4 localizações ou Categorias:


CAT IV “Origem da instalação” Cabines de entrada e
outros cabeamentos externos
CAT III Distribuição da instalação, incluindo
barramentos principais, alimentadores e demais
circuitos; cargas permanentemente instaladas.
CAT II Tomadas ou plugues; cargas remov íveis.
CAT I Circuitos eletrônicos protegidos.

23
Localizaçção das Categorias
Localiza

Aplicações de instrumentos BT V<1000V

Cat Aplicação Exemplos


na conexão da Origem da instalação, onde a conexão de BT é feita á
IV Trifásico
rede da concessionária. rede da concessi ónaria.
Qualquer condutor Medidores de eletricidade e equipamentos de proteção
de sobrecorrente primário.
externo
Linha de baixa tensão do poste à construção
Linhas aéreas para edifícios isolados, linhas
subterrâneas para bombas.
Distribui ção trifásica, Equipamentos em instalações fixas, tais como chaves e
III incluindo iluminação motores.
comercial monofásica. Barramentos e linha de alimentação de plantas
industriais
Painéis de distribuiç ão
Tomadas e conectores com conexões curtas à entrada
da concessionária.

Aplicações de instrumentos BT <1000V


Cat Aplicação Exemplos
II Cargas conectadas Aparelhos domésticos, de escritório, laboratoriais e
à pontos outras cargas similares.
monof ásicos Tomadas ou pontos de tensão com circuitos de
ramificação longos.
Tomadas a mais de 10 metros da fonte de categoria III
Tomadas a mais de 20 metros da fonte de categoria IV.
Eletrônica Circuito e equipamentos eletrônicos protegidos.
I
Equipamento conectado à circuitos nos quais as
medidas são efetuadas e as sobretensões transitórias
estão limitadas em um baixo nível apropriado.
Qualquer fonte de alta tensão de baixa potência
derivado de um transformador de alta impedância de
enrolamento.

24
EPI´s

Simbologia em Instrumentação
Utilizado para
classificar os
instrumentos elétricos

Classificação
segundo a função

25
Classificação
segundo a
integração.
Instrumentos
registradores.

26
Linhas entre os Instrumentos

27
Nomenclatura na instrumentação
• Todo equipamento industrial deve ser
identificado por seu tag. Este tag é formado
pelo nome da área, tipo do equipamento e um
número seqüencial, caso haja mais de uma
equipamento do mesmo tipo na mesma área,
separados por hífens, o que totaliza oito
caracteres.

28
29
Nomenclaturadeinstrumentosemalha sdecontrole:

• R e g r a s bá s i c a s :
• O nome de um instrumento é formado por:
• 1. Conjunto de letras que o identificam
funcionalmente
– Primeira letra: identifica a vari ável medida pelo
instrumento
– Letras subsequentes: descrevem funcionalidades
adicionais do instrumento
• 2. Número
• Identifica o instrumento com uma malha de controle.
Todos os instrumentos da mesma malha devem
apresentar o mesmo número:
• 3 Todas as letras devem ser maiúsculas.

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