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Maio de 2011
INTRODUÇÃO às PRÁTICAS de LABORATÓRIO
Costuma-se dizer que a prática é uma e a teoria é outra, um dito popular de muita
sabedoria mas que, em geral, é mal interpretado. A teoria é, na verdade, uma tentativa de
explicação do fenômeno físico, fisico-químico ou químico, observado ao longo de inúmeras
experimentações ou experimentos. Desta forma, a teoria é, senão, conseqüência da
observação e experimentação que a precede.
Observar tudo; anotar tudo é importante para se fazer uma boa e completa análise
dos resultados obtidos em cada experimento.
Experimentos mal conduzidos podem nos fazer crer que, de fato, na prática a teoria
é outra, quando na verdade se deveria constatar que, na teoria, a prática é outra.
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INTRODUÇÃO À MEDIDA EXPERIMENTAL
(Erros e Tratamentos de Dados)
1. GENERALIDADES
2. MEDIDA EXPERIMENTAL
Durante uma medida experimental pode-se cometer três tipos principais de erros:
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a ) Erros Sistemáticos ( Es ) - É devido, principalmente, a fatos independentes do
operador e é uma parcela, que está sempre presente nas medições mesmo realizadas em
idênticas condições de operação. São exemplos: erros devido ao uso de instrumentação
mal calibrada; erros devido à paralaxe (leituras que dependem da posição do observador),
etc. São erros que agem da mesma maneira afetando os resultados no mesmo sentido.
Os termos, precisão e exatidão, são usados para dar informação sobre a qualidade
das medidas e a confiança que pode-se depositar nelas. A exatidão de uma medida
expressa a diferença que existe entre o valor obtido para a medida e o valor real absoluto
desta medida.
Em geral, o valor real absoluto de uma medida quase sempre não é conhecido,
portanto, na prática, costuma-se convencionar ―padrões‖. Neste caso, uma medida exata é
aquela cujo valor é exatamente como a do padrão e isto implica na inexistência total de
erros.
A precisão de uma medida está vinculada às características do instrumento usado,
do operador e da reprodutibilidade dos resultados.
Uma medida pode ser muito precisa e pouco exata, mas se ela for muito exata é
provável que seja muito precisa. Para entender esta afirmação, veja os exemplos
esquematizados na Figura 1, onde:
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Figura 1
Nota-se que, a média (om) obtida em (a) é mais exata do que em (b), porém, a média
(om) obtida em (b) é mais precisa porque os valores “o” estão menos dispersos.
* O ideal é que a média seja exata e precisa.
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Histerese ( H ) : É a diferença entre a leitura ou medida para um dado valor da
grandeza a medir, quando esta foi atingida por valores crescentes, e a leitura ou medida
quando atingida por valores decrescentes da grandeza a medir.
Sensibilidade ( Sb ) : É a variação do sinal de saída ( leitura L ) correspondente a
uma variação unitária da grandeza a medir (GM GM ). Logo, Sb=L/GM
Flutuação da Sensibilidade ( FS ) : Em função da variação das condições ambientais
e de outros fatores no decorrer do tempo, poderá ocorrer uma flutuação na sensibilidade
do instrumento. Por exemplo, dilatação térmica do tubo de vidro que contém a escala
de um termômetro.
Flutuação do Zero ( FZ ) : Ocorre em função dos mesmos fatores do item anterior. Por
isso, alguns instrumentos de medida contém o que se chama ―botão de ajuste do zero‖.
1 n D1 D2 ...... Dn
Dm
n i
Di
n
Desvio padrão (Dp) ou Erro padrão (Ep) de uma medida, numa série de
medidas: É a raiz quadrada da razão entre a soma dos quadrados dos desvios ou dos
erros e o número de medidas realizadas menos uma. Obs: Servem para indicar a
precisão, ou seja, a qualidade da medida realizada. Quanto menor for o Dp, mais
precisa é a medida.
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n
Di
2
Dp i
n 1
Desvio padrão da média (Dpm) ou Erro padrão da média (Epm) - é a razão entre
o desvio padrão ou erro padrão dividido pela raiz quadrada do número de medidas
realizadas.
Dp
Dpm
n
Obs: Com o desvio padrão da média ou o erro padrão da média juntamente com os
métodos de probabilidade, determina-se o Desvio Provável ( DP ) ou o Erro Provável
(EP ), os quais fornecem os intervalos de confiança da média ou seja, os limites de
confiança do resultado obtido.
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correto expressar esta massa como 11 g porque isto daria a falsa idéia de que o algarismo
que representa as unidades de grama é duvidoso. Por outro lado, também não seria correto
escrever 11,12 g, uma vez que o algarismo da primeira casa decimal já é o duvidoso. Neste
caso, diz-se que o algarismo 2 não é significativo, isto é, não tem significado físico.
A massa desse corpo determinada com a balança analítica deve ser expressa como
11,1213 g, uma vez que a incerteza da medida é de 0,0001 g. Não é correto expressar essa
massa como 11 g, 11,1 g, 11,12 g, 11,121 g, pelas mesmas razões já demonstradas.
Obs: Quando duas ou mais quantidades são adicionadas e/ou subtraídas, a soma ou a
diferença deverá conter tantas casas decimais quantas existirem nos componentes com
menor número delas, por exemplo:
7,0 – 4,7467 = 2,2533 = 2,3 e 500,01 + 20,040 + 2,0881 = 522,1381 = 522,14
Obs: Quando são feitas várias operações sucessivas, é conveniente manter os números que
serão usados nos cálculos subseqüentes com pelo menos dois dígitos além do último
algarismo duvidoso. Como no exemplo já visto, deixa-se para fazer o arredondamento
apenas após a conclusão do cálculo final.
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Deve-se, portanto, evitar sempre que possível trabalhar com valores muito pequenos
de uma grandeza, tendo-se sempre em vista o valor relativo do erro ou desvio que se pode
cometer ou que pode pode-se considerar desprezível.
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Exemplo: Você realizou dez determinações da vazão de um fluido obtendo um valor médio
de 5,45m3 / h. O cálculo do Dpm deu ± 0,15m3 / h. Qual o limite de confiança em que deve
estar a média, com uma probabilidade ou grau de confiança de 68,3% ?. E com 99% ?.
Utilizando-se a Tabela 1, que nos fornece os parâmetros ―t‖ de Student em função
do número de medidas realizadas:
Probabilidade
(n) 68,3% 90,0% 95,0% 99,0%
2 1,80 6,31 12,71 63,66
3 1,32 2,92 4,30 9,93
4 1,20 2,35 3,18 5,84
5 1,15 2,13 2,78 4,60
6 1,11 2,02 2,57 4,03
7 1,09 1,94 2,45 3,71
8 1,07 1,90 2,37 3,50
9 1,06 1,86 2,31 3,36
10 1,05 1,83 2,26 3,25
11 ---- ---- 2,23 3,17
12 ---- ---- 2,20 3,11
13 ---- ---- 2,18 3,06
14 ---- ---- 2,16 3,01
15 ---- 1,81 2,15 2,98
20 1,03 1,73 2,09 2,86
25 1,02 1,71 2,06 2,79
infinito 1,00 1,65 1,96 2,58
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2.4.5. Algarismos Significativos de um Valor Médio : Quando realizamos uma série de
medidas visando achar o valor médio da grandeza e seu limite de confiança, precisa-se
achar o desvio provável da média. Porém, precisamos em muitos casos saber qual a
própria incerteza do desvio provável, ou seja, com quantos algarismos significativos se deve
expressar o desvio provável para que possamos delimitar os algarismos significativos do
valor médio da grandeza.
Demonstra-se que a incerteza (Im) sobre o Dpm em função do número de
1
medidas ( n ) realizadas, pode ser dada por: ( )
2n
Logo o DP pode ser então calculado, já com os devidos algarismos significativos, por:
1
DP = t .Dpm ( )
2n
Exemplo: Você realizou cinco medidas de uma grandeza, obtendo um valor médio
de 9,389..... . No cálculo do Dpm você obteve 0,03846.... . Como representar corretamente
o resultado da grandeza ? Desejando-se um grau de confiança ou probabilidade de 95%.
1
G = Vm ± DP = Vm ± t .Dpm ( ) G = 9,389...± 2,78 .0,03846....( ± 0,316....)
2n
G = 9,389...± 0,10691...( ± 0,316... )
a parcela ( ± 0,316...) indica que a incerteza do DP é aproximadamente ± 30% e portanto o
próprio limite de confiança do DP é de: 0,10691..... .0,316... = ± 0,032... , onde o
algarismo 3 ( primeiro algarismo decimal diferente de zero ) é duvidoso, então não tem
sentido conservar a terceira casa decimal do DP, e como conseqüência, a terceira casa
decimal do valor médio. Logo representamos, então: G = 9,39 ± 0,11
2.4.6. Rejeição de uma Medida: Geralmente ocorre de uma ou mais medidas, de uma
série de medidas, apresentarem uma discrepância muito elevada em relação às demais
medidas. Portanto, resta saber como e quais medidas devem ser rejeitadas, pois elas
afetarão a média, que será tomada como valor mais exato da grandeza medida. Entre os
vários métodos de rejeição, um dos mais rigorosos e mais usados é pelo:
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Tabela 2 - Valores do Coeficiente de Rejeição em Função do Número de Medidas.
n 3 4 5 6 7 8 9 10
Q90% 0,94 0,76 0,64 0,56 0,51 0,47 0,44 0,41
Portanto, o menor e o maior valor da série, agora são: 15,51 e 15,56, os quais
testados novamente pelo teste Q, são aceitos.
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3. PROPAGAÇÃO DOS ERROS OU DESVIOS
Obs: para maior facilidade gráfica, a letra maiúscula representará uma medida e a letra
minúscula o seu respectivo erro ou desvio provável.
3.2. Multiplicação
G = ( A ± a ) .( B ± b ) = ( A .B ) ± ( A .b + B .a )
Obs: Quando tivermos uma seqüência de cálculos do tipo:
G = ( A ± a ) .( B ± b ) .( C ± c ) .( D ± d ) ....... , os cálculos devem ser feitos de
dois em dois membros. Porém, a título de simplificação, pode-se admitir:
G = ( A.B.C.D.....) ± ( B.C.D....a + A.C.D....b + A.B.D....c + A.B.C....d + ......)
3.3. Divisão
G = ln ( A ± a ) = ln ( A ) ± ½ .{ln[( A + a ) /( A - a )]}
G = ( A ± a )( B ± b ) = ( A )B ±1/2 .[( A + a )( B + b ) - ( A - a )( B - b )]
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4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS
B2 C B2
r ; Dp ; a = B/A e b y a.x
A.C n2
Obs: Quando o coeficiente de correlação está próximo de 1, então os n pontos ( x,y ) estão
bem alinhados, ou seja, os resultados apresentam boa linearidade e conseqüentemente um
baixo desvio padrão.
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EXPERIMENTO DE PERDA CARGA (QUEDA DE PRESSÃO) POR
ESCOAMENTOS EM ACESSÓRIOS (ACIDENTES) HIDRAÚLICOS
1 - OBJETIVO
Este experimento tem como objetivo medir a perda de carga (queda de pressão) em
acessórios hidráulicos, que compõe um Circuito Hidráulico, a fim de obter o comprimento
equivalente a um tubo reto, para cada acessório, comparando os resultados experimentais
obtidos com aqueles apresentados na literatura.
O Módulo didático ainda tem como opção complementar a determinação do fator de
atrito de escoamento (Fanning) num tubo reto do mesmo material do Circuito.
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
A presença destes acessórios pode servir para ligar seções de tubos, modificar a
direção da linha de tubos, modificarem o diâmetro de uma linha, interromper uma linha ou
ainda reunir duas correntes para formar uma terceira, entretanto a perda de carga
provocada por esses ―obstáculos‖ causa variação na velocidade do fluido em escoamento.
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O cálculo da perda de carga em tubulações é fundamental para o estudo de uma
instalação hidráulica, seja ela de bombeamento, seja ela por gravidade.
Devemos ter em mente, que a perda de carga, ou seja, a dissipação de energia por
unidade de peso acarreta uma diminuição da pressão estática do escoamento, sendo que
esta diminuição pode ser observada pela representação da Linha de Energia (LE) do
escoamento, que é o lugar geométrico que representa a carga total de cada seção do
escoamento.
Devemos salientar que o estudo do escoamento de um fluido real, é até hoje um
tanto que empírico, já que nem sempre o cálculo teórico corresponde aos resultados
observados na prática, fato este observado principalmente para números de Reynolds
elevados.
As variações de pressão em um sistema de escoamento resultam de variações em
elevações ou de velocidade de escoamento (devido a variações em área) e devido à fricção.
O efeito da fricção age no sentido de diminuir a pressão, isto é, o de causar uma ―perda‖ de
pressão comparada com a do caso ideal de escoamento livre de fricção. A ―perda‖ é dividida
em perdas principais (devido à fricção no escoamento completamente desenvolvido em
porções do sistema com área constante) e perdas secundárias (devido ao escoamento
através de válvulas, tês, joelhos e a efeitos de fricção em outras porções do sistema de área
variável). A perda de carga principal representa a energia convertida de energia mecânica
para energia térmica por efeitos de fricção; a perda de carga para escoamento
completamente desenvolvido em dutos de área constante depende apenas dos detalhes do
escoamento através do duto.
O escoamento através de um encanamento pode requerer a passagem através de
uma variedade de conexões, curvas ou variações abruptas de área. Perdas de carga
adicionais ocorrem principalmente como resultado da separação do escoamento. (Energia é
eventualmente dissipada pela mistura violenta nas zonas separadas). Estas perdas serão
secundárias se o sistema de encanamento em questão inclui comprimentos longos de área
de cano constante. Para que a perda de carga seja devidamente caracterizada deve-se
conhecer detalhadamente algumas características:
Tubulação: Comprimento da linha, joelhos, expansores, válvulas, restrições, tês,
tipos de tubos, diâmetro do tubo;
Fluido: Viscosidade, densidade, que são função do fluido, da temperatura e pressão
do sistema;
Escoamento: Velocidade.
O somatório das perdas provocadas por todos os acessórios presentes num sistema
de escoamento de fluidos pode ser simplificado pelo cálculo de um comprimento equivalente
de um tubo reto que produziria a mesma queda de pressão que todos os acessórios juntos.
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Sempre que a velocidade de um fluido varia, tanto em direção como em valor
absoluto, devido à presença de acidentes, mudanças na direção do fluxo ou diâmetro dos
tubos, produz-se um atrito, devido à configuração geométrica, adicional ao atrito com a
superfície devido ao fluxo através do tubo reto. A perda de carga através das conexões,
expansões e reduções, pode ser expressa em, unidades de comprimento.
O conceito de perda de carga (ΣF) surge nos sistemas reais, em que as perdas
energéticas são significativas. Assim, a análise do balanço de energia mecânica do sistema
é fundamental para a compreensão do conceito de perda de carga. De um modo geral,
simplificado, o balanço energético entre dois pontos quaisquer de um sistema genérico pode
ser escrito como:
(1)
Ou seja, as perdas de energia causadas pelo atrito são devidas a duas parcelas
principais: Fs, o atrito pelicular, e Ff, o atrito de forma. O atrito pelicular ocorre sempre que
existe movimento relativo entre um fluido e a superfície sobre a qual escoa. A pressão de
escoamento é convertida em momento que, por sua vez, é transferido tangencialmente à
superfície da tubulação; assim, a tubulação sofre com uma tensão tangencial, denominada
comumente como arraste. Desta forma, partículas mais próximas à superfície logo ficam
impedidas de se movimentarem pela perda de energia, ao passo que as partículas centrais
à tubulação têm mais liberdade e podem escoar mais livremente. A formação da camada
limite confirma a presença do atrito pelicular Fs.
O atrito de forma Ff é ocasionado principalmente pela presença de acessórios e de
curvas, que provocam distorções no escoamento devido à forma geométrica. Nestes casos,
a configuração da camada limite é prejudicada pela instabilidade causada no fluido por
acelerações e desacelerações inesperadas, condicionadas pela formas geométricas diversas.
A rugosidade do tubo também é importante como fator de contribuição do F f. Em sistemas
de pequena extensão, a parcela de perda de energia em acessórios é relativamente grande.
Perdas extras acontecem por produção de calor no sistema, o que é mais importante
em escoamentos plenamente turbulentos. Em escoamento mais lentos, a energia térmica
que porventura for produzida normalmente é reabsorvida pelo próprio fluido, portanto não
se traduz em efeito de sensível de mudança de temperatura.
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É mais conveniente trabalhar com dimensões de comprimento para a análise de ΣF,
sendo isso alcançado dividindo-se a equação (1) por g, que fornece:
(3)
(4.1)
Este tratamento é particularmente adequado aos cálculos quando a rede está sendo
avaliada como um todo, uma vez que ela permite o tratamento como se o sistema
consistisse em um comprimento equivalente de tubo reto.
Para se projetar uma tubulação, diversos materiais podem ser utilizados e nem todos
podem ser considerados lisos. Aos materiais considerados rugosos deve-se calcular a
rugosidade relativa referente ao tipo de material utilizado.
Para acessórios mais comuns, como válvulas de gaveta e globo, relações (L eq/D) –
comprimento equivalente em diâmetro de tubo – podem ser facilmente encontradas na
literatura e por isso a perda de carga nestes acessórios pode ser escrita equivalentemente à
perda em tubo liso de determinado comprimento.
Quanto a expansões e contrações, os comprimentos são obtidos com mais facilidade
através de uma constante K, característica destes acidentes cuja análise não é tão imediata.
As perdas localizadas nestes equipamentos podem ser escritas como:
(5)
onde K é chamada resistência ou equivalente de cargas cinéticas. Para que a perda seja
relacionada ao Leq, como na equação (3), necessita-se escrever uma relação recíproca entre
Leq e K. Assim, temos:
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(6)
(7)
MV VBS
MTU
VRV
V
G
VB1
e
VB2
RA
BC
Figura 1 – Experimento para Ensaios de Perda carga (queda de pressão) por
Escoamentos em Acessórios (Acidentes) Hidráulicos
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É um circuito hidráulico fechado, composto de:
uma Bomba centrífuga (BC), de 3/4 CV, que impulsiona água através dos circuitos de
tubulações formado por tubos de PVC marron colável de:
Diâmetro nominal (Dn) = 20 mm (equivalente a 1/2‖ de PVC roscável) ►Di= 16,5 mm;
Diâmetro nominal (Dn) =25 mm (equivalente a 3/4‖ de PVC roscável) ► Di= 21,5 mm;
Diâmetro nominal (Dn) = 32mm (equivalente a 1‖ de PVC roscável) ► Di= 27,5 mm
e pelos acessórios hidráulicos (conexões e válvulas características dos processos
hidráulicos de engenharia).
uma Válvula de Regulagem de Vazão (VRV);
um Medidor de Vazão (tipo Rotâmetro) (MV);
uma Válvula tipo gaveta (comporta) (VG), na qual deverá ser determinado o
comprimento equivalente, relativo à perda de carga, com ela totalmente aberta e depois
fechada pela metade) e
uma sequência de Acessórios (acidentes) hidráulicos ligados nos seus respectivos
Manômetros de Tubo em “U” (MTU), conforme especificado na Tabela 1 e
Duas Válvulas de Bloqueio (VB1 e VB2) de final de linha/circuito.
Tabela 1
Obs.:
1) As válvulas VB1 e VB2 foram montadas de modo que se possa operar com o
circuito primário (VB1 aberta e VB2 fechada); ou com o circuito secundário:
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(VB2 aberta e VB1 fechada. No circuito primário determina-se a perda de carga nos
vários acessórios do circuito e, no circuito secundário se pode determinar, também,
o Fator de atrito (Fanning) real num Tubo reto de Dn =25 mm, com 1.200 mm de
comprimento, entre as tomadas de pressão.
2) . ATENÇÃO! A operação do experimento só pode ser feita com uma destas válvulas
(VB1 ou VB2) aberta. A operação do circuito com o bloqueio das duas pode causar
rompimento nas junções das mangueiras dos manômetros com vazamentos de água
e fluido manométrico.
a) Encher o Reservatório (RA) com água até o nível máximo (50 mm do topo da caixa) e
com a Válvula de Regulagem de Vazão (VRV) e a Válvula de Bloqueio (VBS)
abertas.
a) Com a Bomba (BC) ligada, abrir lentamente a Válvula (VRV)* e regular a vazão de
água para a mínima possível. Obs.: Esta vazão será função do Acessório que possui a
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menor perda de carga com um erro máximo admissível da leitura de Δh (lida no
manômetro) de 10% (vide qual será pelo respectivo Manômetro).
(*) ATENÇÃO: abrir ou fechar sempre lentamente esta válvula afim de evitar
rompimentos de fluidos manométricos. Desta maneira, pode-se variar a vazão de
zero até a máxima permitida no circuito.
b) Registrar as quedas de pressão (lido como h) nos vários manômetros relativos aos
diversos acessórios deste ramo. A finalidade é o cálculo dos comprimentos equivalente
deste acidentes em valores de Reynolds baixo.
d) Registrar novamente as quedas de pressão (lido como h) nos vários manômetros
relativos aos diversos acessórios deste ramo. A finalidade é o cálculo dos
comprimentos equivalente deste acidentes em valores de Reynolds alto.
h) Em seguida, abrir totalmente esta Válvula (VG) e baixar a vazão até zero.
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4 - CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS
4.1 - Para cada vazão (baixa e alta), calcule o Comprimento equivalente para cada
acessório, comparando os valores entre eles e comparando com os fornecidos em
literatura. Analise e comente.
4.3. Analise e comente sobre as perdas de carga específicas de cada Contração (Redução)
versus a perda de carga de suas respectivas Expansões (Ampliações).
4.4. Compare o Comprimento equivalente do Cotovelo (Joelho) 90o (20 mm) com o Tê (20
mm) operando a 90o. Analise e comente.
5 - BIBLIOGRAFIA
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EXPERIMENTO DE CURVAS CARACTERÍSTICAS E
ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS
1 - OBJETIVO
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
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A carcaça e o rotor ainda podem apresentar-se de diversas formas de acordo com
o tipo de fluido a ser bombeado, pressão desejada, entre outras, embora os fundamentos
permaneçam os mesmos. Quando uma bomba apresenta somente um rotor, ela é
chamada de bomba de um só estágio. Ao se desejar ter uma combinação de pressão total e
capacidade que não se enquadra numa bomba de um só estágio usa-se uma operação
multistágio. Essas bombas multiestágio podem ser consideradas como bombas com vários
estágios simples, montados sobre um eixo e com vazões em série.
Para traçar a curva característica de uma bomba, parte-se da equação de Bernoulli
aplicada no ponto de sucção e no ponto da descarga, com isso tem-se:
P v 2 W
z Lw f 0 (1)
g 2g g
Para um líquido livre de gases dissolvidos (com fluidos incomprensíveis) e sem
cavitação, o aumento da pressão (P= diferença de pressão através da sucção e descarga);
ao passar por uma Bomba é função da vazão (Q), de sua massa específica (ρ), de sua
viscosidade (µ), da velocidade de rotação (N) e diâmetro (D) do rotor, ou seja:
P f (Q, , , N, D) (2)
P Q N D2 (3)
f i ,
N D
2 2
N D3
ou seja:
Pressão adimensionalizada = fi (vazão adimensionalizada, No de Reynolds)
sendo Hm= altura manométrica da instalação ; Hg= altura geométrica; hf= perda de carga
total.
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A Figura 2 representa a altura de recalque e sucção em uma instalação.
2.2. Perda de Carga: Perdas de carga referem-se à energia perdida pela água no seu
deslocamento por alguma tubulação. Essa perda de energia é provocada por atritos entre a
água e as paredes da tubulação, devido à rugosidade da mesma. Portanto, ao projetar uma
estação de bombeamento, deve-se considerar essa perda de energia.
As perdas de carga são classificadas em 2 tipos:
Perdas de carga contínuas: São aquelas relativas às perdas ao longo de uma tubulação,
sendo função do comprimento, material e diâmetro.
Perdas de carga acidentais: São aquelas proporcionadas por elementos (acessórios
hidráulicos) que compõem a tubulação, exceto a tubulação propriamente dita.
Para o cálculo da perda de carga total, normalmente trabalha-se com o método dos
comprimentos equivalentes, ou seja, através de tabelas, convertendo-se a perda acidental
em perda de carga equivalente a um determinado comprimento de tubulação.
2.3. NPSH requerido e NPSH disponível: O NPSH (Net Positive Succion Head) disponível
refere-se à carga energética líquida e disponível na instalação para permitir a sucção do
fluido, ou seja, diz respeito às grandezas físicas associadas à instalação e ao fluido.
Esse NPSH deve ser estudado pelo projetista da instalação, através da expressão (6):
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O NPSHr (requerido) é a "carga energética líquida requerida pela bomba" para
promover a sucção. Esse NPSHr é objeto de estudo do fabricante, sendo fornecido
graficamente através de catálogos. Observa-se, portanto, que a energia disponível na
instalação para sucção deve ser maior que a energia requerida pela bomba, logo NPSHd
(disponível) > NPSHr (requerido). Caso contrário, haverá cavitação em decorrência de uma
sucção deficiente.
2.4. Cavitação: Quando uma bomba centrífuga opera a elevada capacidade, é possível
instalarem-se baixas pressões não só no ―olho do rotor‖, mas também nas pontas das
palhetas. Quando esta pressão fica abaixo da pressão de vapor do liquido é possível a
ocorrência de vaporização nestes pontos. As bolhas de vapor formadas deslocam-se para
uma região de maior pressão e desaparecem. Esta formação e desaparecimento das bolhas
de vapor constituem o fenômeno da cavitação. O colapso da bolha de vapor é tão rápido
que o liquido atinge as palhetas com grande velocidade, danificar o rotor. Além da erosão
do rotor, a cavitação provoca também ruído e vibração. Pode-se reduzir ou eliminar a
cavitação mediante a diminuição da velocidade da bomba.
Uma bomba em cavitação apresenta as características de queda de rendimento,
marcha irregular, trepidação, vibração e ruídos, podendo levar a destruição das paredes da
carcaça e das palhetas do rotor.
As curvas são funções que descrevem as relações entre pressão de descarga (a carga da
bomba), altura manométrica (H), capacidade (Q), eficiência () e a potência (P) para uma
dada bomba numa certa velocidade de rotação.
Altura manométrica é uma medida de altura de uma coluna de líquido que a bomba poderia
criar resultante da energia cinética que a bomba dá ao fluido. A principal razão para usar
altura ao invés de pressão para medir a energia de uma bomba centrífuga é que a pressão
variará dependendo do fluido, mas a altura permanecerá a mesma.
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A Figura 3 apresenta a curva característica de uma bomba centrífuga, onde
observa-se que o aumento da vazão exige aumento da potência da bomba, aumenta a
eficiência (até um limite máximo) e diminui a altura de coluna de líquido que a bomba
consegue impor. As curvas características são fornecidas pelos fabricantes de bombas
centrífugas em seus manuais.
Ht
Qt
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2.7. Associação de Bombas centrífugas: Quando se associam Bombas centrífugas de
características e Potências iguais, se obtém sistemas bem comportados e amplamente
estudados.
Várias são as razões que levam à necessidade de fazer associação de bombas.
a) Quando a vazão requerida é muito grande e no mercado não existem bombas capazes
de atender à demanda. Neste se faz a associação em paralelo que consiste em fazer duas
ou mais bombas elevarem a água numa única linha ou seja cada uma bombeia um volume
parcial (uma certa vazão).
b) Inexistência de bombas capazes de vencer uma grande altura manométrica. Neste caso
se faz uma associação em série onde as bombas elevam numa linha comum de tal modo
que a anterior bombeia para a aspiração da posterior, recebendo a água maior quantidade
de energia de pressão.
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Observe que, para uma mesma Altura manométrica (HR) de bombeamento a Vazão (Q’)
de uma das Bombas seria ―quase‖ dobrada para a vazão (Q’’) para as duas Bombas em
paralelo. Para um Sistema real qualquer, que tem a sua curva de potência de
bombeamento requerida, quando se associa duas bombas iguais em paralelo, há um ganho
efetivo na vazão (Q* → Q‖), bem como na altura manométrica de bombeamento (H* → HR).
2.7.2. Bombas em série: Quando duas ou mais bombas operam em série a vazão é a
mesma para todas elas, mas as alturas manométricas somam-se, como se vê nos
diagramas a seguir.
Página 30 de 77
Na associação em série, com duas bombas iguais, uma altura manométrica (H’)
corresponde a vazão (Q’) de uma Bomba. Quando se liga a outra Bomba se dispõe da
mesma vazão (Q’) para uma altura manométrica (H”) teoricamente igual a 2H’.
No caso de duas Bombas diferentes (B1 menor que B2) a altura manométrica
total (H”), para a mesma vazão é, teoricamente, igual a H’1+H’2, conforme figura a
seguir:
- em paralelo: Para uma Altura manométrica (Hm); Vazão (Q); Potência hidráulica (P);
Peso específico do fluido escoante ( e duas Bombas temos:
→
→ →
- em Série: A Vazão é a mesma para cada uma das bombas mas as alturas manométricas
são diferentes. Por semelhança.
OBS.: Para Bombas de Potências iguais, tanto as associações em paralelo quanto em série,
o rendimento (η) é aproximadamente igual. No entanto, como a vazão das Bombas em
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paralelo é dobrada, se faz necessário graficar novamente a curva de η versus Q dobrando
os valores de Q para cada valor do rendimento. Graficamente teremos:
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Portanto, o motor absorve energia elétrica da linha e a transforma em energia
mecânica disponível no eixo gerando a potência do motor.
Defini-se: Potencia útil (Pu), ou de saída, a potência mecânica disponível no eixo
do motor e Potencia absorvida (Pa), ou de entrada, a potencia elétrica que o motor
retira da rede. Ou seja, Pa = Pu + perdas
O Rendimento elétrico (ηE) define a eficiência com que é feita esta transformação
de energia aplicada para útil. Portanto, o Rendimento elétrico será a relação entre estas
duas potências, ou seja:
sendo: U a tensão elétrica lida num Voltímetro (volts); I a corrente elétrica lida num
Amperímetro (ampère) e cos φ o fator de potência do motor elétrico que, geralmente fica
no intervalo de 0,65 a 0,75.
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Manômetros tipo Bourdon (MB), ligados nas descargas e Vacuômetros (Va)
ligados na sucção das Bombas, sendo: (MB1) e (Va1) – descarga e sucção,
respectivamente, da Bomba 1; (MU2) e (Va2)– descarga e sucção, respectivamente,
da Bomba 2 e (MU3) e (Va3) – descarga e sucção, respectivamente, da
Associação;
Válvulas de Regulagem de Vazão (VR): (VR1) – na descarga da Bomba 1; (VR2)
- na descarga da Bomba 2 e (VR3) – na descarga da Associação;
Válvulas de Travamento (bloqueio) de Vazão (VT1; VT2; VT3; VT4; VT5 e VT6)
estrategicamente distribuídas no circuito para permitir operações das Bombas
individualmente, ou paralelo ou em série;
Página 34 de 77
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Encher o Reservatório (RA) com água até o nível máximo (50 mm do topo da caixa) e
com todas as Válvulas do circuito abertas. Desta maneira garante-se que as duas
Bombas e o circuito de sucção estejam selados hidraulicamente.
a) Com exceção das Válvulas: (VSC); (VT1); (VT3); (VR3) e (VT7), fechar todas as
outras.
a) Com exceção das Válvulas: (VSC); (VT2); (VT4); (VR3) e (VT7), fechar todas as
outras.
Página 35 de 77
b) Ligar a Bomba (BC2) e fazer as seguintes leituras:
- de pressão (recalque e sucção) inicial nos respectivos: Manômetro (MB2) e
Vacuômetro (Va2) e
- a Tensão (U) e a Corrente (I) elétrica no respectivo Voltímetro e Amperímetro.
Página 36 de 77
3.2.3.1. Com a Bomba (BC1) descarregando (recalcando) na sucção da Bomba
(BC2)
Página 37 de 77
3.2.4. QUARTA PARTE DA PRÁTICA: Realizar Simulação para Cavitação
a) Esta etapa será realizada apenas com a Bomba (BC1). Portanto, com exceção das
Válvulas: (VSC); (VT1); (VT3); (VR3) e (VT7), fechar todas as outras.
b) Ligar a Bomba (BC1) e através da Válvula (VR-1), abrir a vazão de água até o limite
do sistema. Anotar as pressões na sucção e na descarga desta Bomba nos respectivos
Manômetro (MB1) e Vacuômetro (Va1). Anotar, também, no Manômetro (MB3) e
Vacuômetro (Va3).
Página 38 de 77
4.3- Das Curvas Características da Associação em Série
5- BIBLIOGRAFIA
Página 39 de 77
EXPERIMENTO DE ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS:
Determinação da Perda carga e Fluidização – Sistema Sólido-Líquido
1 - OBJETIVO
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
Página 40 de 77
Num escoamento monofásico lento, através de um meio de porosidade () e
comprimento (L), a queda de pressão (P) depende linearmente da vazão, através da
3 d p 2
K (2)
36. .1
2
Das equações (1) e (2) pode-se expressar um fator de atrito (tipo Ergun), por:
2
f = (36.)/(Re. ) (3)
Página 41 de 77
Para vazões mais elevadas, a dependência de (P) com (Q) admite uma forma
quadrática, do tipo:
Uma das correlações mais empregadas é a de Ergun, na qual ele expressa, a forma
quadrática da equação (6.1), como:
Página 42 de 77
Com uma baixa velocidade do fluido, ele escoa nos espaços entre as partículas, sem
promover movimentação do material— é uma simples percolação e o leito permanece fixo.
À medida que se aumenta a velocidade do gás, as partículas afastam-se e algumas
começam a apresentar uma leve vibração — tem-se nesse momento um leito expandido.
Com velocidade ainda maior, atinge-se uma condição em que a soma das forças
causadas pelo escoamento do gás no sentido ascendente igualam-se ao peso das partículas.
Nessa situação, em que o movimento do material é mais vigoroso, atinge-se o que
se chama de leito fluidizado. À velocidade do gás nessa condição dá-se o nome de mínima
velocidade de fluidização, que é a velocidade correspondente ao regime de fluidização
incipiente (KUNII & LEVENSPIEL, 1991; GUPTA & SATHIYAMOORTHY, 1999).
Continuando-se o processo de aumento da velocidade do gás, a fluidização
borbulhante é oregime que se observa após a fluidização incipiente. No caso de partículas
de pequeno tamanho, com densidade geralmente menor do que 1,4 g/cm³, ocorre uma
expansão considerável do leito antes de surgirem as bolhas que caracterizam a fluidização
borbulhante.
No caso de partículas mais densas, entre 1,4 g/cm³ e 4 g/cm³, a expansão do leito
não vai muito além daquela adquirida na condição de fluidização incipiente e as bolhas já
surgem com a velocidade de mínima fluidização (GELDART, 1973; KUNII & LEVENSPIEL,
1991).
Em alguns leitos fundos em vasos de diâmetro reduzido surgem ―slugs‖, grandes
bolhas formadas pela coalescência de bolhas menores, cujo diâmetro é equivalente ao
diâmetro do leito e movimentam-se num fluxo pistonado. Nesse regime observam-se
grandes flutuações na queda de pressão do gás.
A fluidização turbulenta é um regime que antecede a condição de leito de arraste (ou
fluidização rápida) e está além da fluidização borbulhante. Sua identificação e
caracterização corretas ainda são um desafio. Na fluidização turbulenta, as oscilações de
queda de pressão no leito diminuem, pois as grandes bolhas e espaços vazios desaparecem
(BI et al., 2000).
O regime seguinte ao turbulento é o de fluidização rápida, que acontece quando a
velocidade do gás excede a velocidade terminal de sedimentação das partículas e o material
passa a ser arrastado. Com velocidades ainda maiores, suficientes para arrastar todo o
material, atinge-se a condição de transporte pneumático. Para operar o sistema nessas
condições deve haver uma operação subsequente de separação gás-sólido.
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Figura 3 - Regimes de fluidização em função da velocidade superficial do fluido.
Crédito: Sidnei Ribeiro Moraes
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Para um leito particulado em estado de fluidização, um balanço de forças em uma
secção qualquer do leito para um comprimento (altura) H, fornece:
(9)
H- altura do leito.
A teoria das duas fases em fluidização postula que para vazões superiores a da
fluidização incipiente, uma certa quantidade de gás igual a da incipiente percola entre as
partículas , enquanto o restante passa através do leito na forma de bolhas. Com base nesta
teoria, foi desenvolvida uma equação para prever a altura máxima (Hm) do leito:
] (10)
onde: Ho- altura do leito fluidizado incipiente; Uo- velocidade superficial do gás na
fluidização incipiente (velocidade mínima de fluidização); u- velocidade superficial
do gás num dado instante; D- diâmetro interno da coluna; g- aceleração da
gravidade.
A queda de pressão neste caso é também dada pela equação (9), enquanto que a
previsão da expansão do leito é escrita com base em correlações empíricas. Uma das
correlações mais conhecidas é a de Richardson & Zaki (ref. 3)
(11)
onde: ut- velocidade terminal de partícula isolada ; n- expoente que se situa entre
2,4 (para partículas grandes) e 4,6 (para partículas pequenas e líquidos
viscosos).
Página 45 de 77
3 – EQUIPAMENTO, MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Coluna 1 Coluna 2
Página 46 de 77
Reservatório de Água (RA) em circuito fechado;
Bomba centrífuga (BC) de ½ CV;
Coluna de Meio Poroso para Leito Fixo (Coluna 1), de diâmetro interno igual à 75
mm, composto por uma massa de 4.650 gramas de partículas (pedrinhas) cujas
características (esfericidade; diâmetro médio, porosidade do leito) devem ser medidas.
OBS:
a) Amostras de pedrinhas e esfera de viro para caracterizações do leito se encontram
junto ao equipamento, assim como vidrarias necessárias para isto (proveta e balão
volumétrico)
b) Estas pedrinhas podem ser substituídas por pérolas de vidro ou qualquer outro tipo.
Coluna de Meio Poroso para Leito Fluidizado (Coluna 2), de diâmetro interno igual
à 75 mm, composto por uma massa de 3.000 gramas de partículas (pedrinhas) cujas
características (esfericidade; diâmetro médio, porosidade do leito) devem ser medidas.
c) OBS: Amostras de pedrinhas e esfera de viro para caracterizações do leito se
encontram junto ao equipamento, assim como vidrarias necessárias para isto
(proveta e balão volumétrico)
1) Encher o Reservatório (RA) com água até o nível máximo (50 mm do topo da caixa) e
com todas as Válvulas do circuito abertas. Desta maneira garante-se que a Bomba e
o circuito de sucção estejam selados hidraulicamente.
Página 47 de 77
3.1.1. PRIMEIRA PARTE DA PRÁTICA: Ensaios Coluna 1 – Escoamento em Leito Fixo
a) Fechar a Válvula (VR) e a (VB2); abrir (VB1); ligar a Bomba e variar lentamente a
vazão de água, através da válvula (VR) em, no máximo, de 0,5 em 0,5 litros por
minuto até a vazão máxima. Realizar as respectivas medidas de Δh no Manômetro
(MU1). OBs.: A vazão máxima a ser atingida á aquela que provoque a eminência de
movimento de alguma pedrinha no topo da coluna, ou seja, experimento feito sem a
expansão do leito.
b) Em seguida, começar a diminuir a vazão, nos mesmos intervalos, até zero e realizar
novamente as medidas de Δh no manômetro, para verificar possíveis histereses, seja
devido a uma eventual expansão do leito e/ou devido ao fluido manométrico.
b) Fechar a Válvula (VR) e a (VB1); abrir (VB2); ligar a Bomba e variar lentamente a
vazão de água, através da válvula (VR) em, no máximo, de 0,5 em 0,5 litros por
minuto até a vazão máxima. Realizar as respectivas medidas de Δh no Manômetro
(MU2) e os respectivos aumentos na altura (H) do leito.
OBs.:
1) A fluidização incipiente poderá ser notada, no leito em estudo, quando o mesmo torna-se
levemente com aspecto “gelatinoso”, ou seja, leito frouxo. Portanto, a cada aumento de
vazão, faça leves movimentos de “vai e vem” no leito a fim de observar este ponto
(aspecto).
2) Acima deste ponto, teremos o início da formação de bolhas de ar (“slugs”) e com vazões
mais altas podem ocorrer consideráveis oscilações.
3) A vazão máxima a ser atingida á aquela que provoque, no máximo, a fluidização “slug”.
4.1- A partir dos resultados com baixas vazões (faixa linear do gráfico P/L versus q),
determine a permeabilidade K do meio.
4.2- Compare o valor de K experimental com o calculado pela correlação de Carman-
Kozeny (2);
4.3- A partir dos dados obtidos na faixa não linear do gráfico (P/L x q), obtenha os valores
experimentais de K e C, com o auxílio da equação (6).
Página 48 de 77
4.4- Compare o valor de K obtido no item 5.3 com o K do item 5.1 e com o K calculado pela
correlação de Ergun (7).
4.5- Compare o valor de C obtido no item 5.3 com o C calculado pela correlação de Ergun.
4.6- Faça um gráfico, em papel log-log, do fator de atrito f versus Re experimentais,
através das equações (4) e (5) para toda a faixa de vazão. Neste mesmo gráfico,
forneça a curva de f versus Re usando a correlação de Ergun.
4.7- Compare os valores de (P/L) experimentais com os calculados pela correlação de
Ergun (7).
4.8- Faça um gráfico da queda de pressão (ΔP) contra a vazão (Q), em papel normal e
papel log-log e obtenha a queda de pressão suficiente para suportar o leito.
Identifique o ponto de mínima fluidização.
Analise a histerese na leitura de Δh e
Compare com o gráfico esperado a partir dos cálculos da literatura.
4.9- Faça o gráfico, em papel normal, da altura do leito (H) versus vazão de ar (Q) e
coloque no mesmo gráfico a correlação:
5- BIBLIOGRAFIA
Página 49 de 77
EXPERIMENTO DE FLUIDIZAÇÃO
- Sistema Gás-Sólido -
1. OBJETIVO
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
Página 50 de 77
Com uma baixa velocidade do fluido, ele escoa nos espaços entre as partículas, sem
promover movimentação do material— é uma simples percolação e o leito permanece fixo.
À medida que se aumenta a velocidade do gás, as partículas afastam-se e algumas
começam a apresentar uma leve vibração — tem-se nesse momento um leito expandido.
Com velocidade ainda maior, atinge-se uma condição em que a soma das forças
causadas pelo escoamento do gás no sentido ascendente igualam-se ao peso das partículas.
Nessa situação, em que o movimento do material é mais vigoroso, atinge-se o que
se chama de leito fluidizado. À velocidade do gás nessa condição dá-se o nome de mínima
velocidade de fluidização, que é a velocidade correspondente ao regime de fluidização
incipiente (KUNII & LEVENSPIEL, 1991; GUPTA & SATHIYAMOORTHY, 1999).
Continuando-se o processo de aumento da velocidade do gás, a fluidização
borbulhante é oregime que se observa após a fluidização incipiente. No caso de partículas
de pequeno tamanho, com densidade geralmente menor do que 1,4 g/cm³, ocorre uma
expansão considerável do leito antes de surgirem as bolhas que caracterizam a fluidização
borbulhante.
No caso de partículas mais densas, entre 1,4 g/cm³ e 4 g/cm³, a expansão do leito
não vai muito além daquela adquirida na condição de fluidização incipiente e as bolhas já
surgem com a velocidade de mínima fluidização (GELDART, 1973; KUNII & LEVENSPIEL,
1991).
Em alguns leitos fundos em vasos de diâmetro reduzido surgem ―slugs‖, grandes
bolhas formadas pela coalescência de bolhas menores, cujo diâmetro é equivalente ao
diâmetro do leito e movimentam-se num fluxo pistonado. Nesse regime observam-se
grandes flutuações na queda de pressão do gás.
A fluidização turbulenta é um regime que antecede a condição de leito de arraste (ou
fluidização rápida) e está além da fluidização borbulhante. Sua identificação e
caracterização corretas ainda são um desafio. Na fluidização turbulenta, as oscilações de
queda de pressão no leito diminuem, pois as grandes bolhas e espaços vazios desaparecem
(BI et al., 2000).
O regime seguinte ao turbulento é o de fluidização rápida, que acontece quando a
velocidade do gás excede a velocidade terminal de sedimentação das partículas e o material
passa a ser arrastado. Com velocidades ainda maiores, suficientes para arrastar todo o
material, atinge-se a condição de transporte pneumático. Para operar o sistema nessas
condições deve haver uma operação subsequente de separação gás-sólido.
Página 51 de 77
Figura 2 - Regimes de fluidização em função da velocidade superficial do fluido.
Crédito: Sidnei Ribeiro Moraes
Página 52 de 77
caracterização está representada na Figura 3. Apesar da existência de outros critérios de
classificação — veja GUPTA & SATHIYAMOORTHY (1999) — a classificação de grupos de
GELDART (1973) é muito bem aceita e citada com maior frequência na literatura.
Página 53 de 77
Em algumas pesquisas recentes tem-se procurado analisar o comportamento
fluidodinâmico de nanopartículas. O estudo de WANG, RAHMAN & RHODES (2007) é um
exemplo. Os autores mostraram que nanopartículas comportam-se como material do tipo C,
mas que podem passar para o tipo A com altas velocidades superficiais. O comportamento
dessas partículas depende muito da intensidade das forças interpartículas.
O conhecimento dos fenômenos e das leis que regem a fluidização são necessários
para projetos industriais tais como: Secadores de leito fluidizado.
(1)
– Para Fluidização Gás-Sólido: A teoria das duas fases em fluidização postula que para
vazões superiores a da fluidização incipiente, uma certa quantidade de gás igual a da
incipiente percola entre as partículas , enquanto o restante passa através do leito na forma
de bolhas. Com base nesta teoria, foi desenvolvida uma equação para prever a altura
máxima (Hm) do leito:
] (2)
onde: Ho- altura do leito fluidizado incipiente; Uo- velocidade superficial do gás na
fluidização incipiente (velocidade mínima de fluidização); u- velocidade superficial
do gás num dado instante; D- diâmetro interno da coluna; g- aceleração da
gravidade.
(3)
onde: ut- velocidade terminal de partícula isolada ; n- expoente que se situa entre
2,4 (para partículas grandes) e 4,6 (para partículas pequenas e líquidos viscosos).
Página 54 de 77
3 – EQUIPAMENTO, MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Página 55 de 77
OBS:
Amostras de Areia e esferóides poliestireno (PS) de viro para caracterizações do leito se
encontram junto ao equipamento, assim como vidrarias necessárias (proveta e balão
volumétrico) para eventuais caracterizações de densidade, porosidade do leito.
O fluido gasoso a ser utilizado é ar advindo de Compressor de ar da própria estrutura da
Universidade.
a) Escolher o sólido a ser utilizado no experimento: areia fina (que esteja entre 40 a 60
meshes); pérolas (esferóides) de estireno (que esteja entre 20 a 60 meshes), ou outro
material dentro desta granulometria.
Obs.: Da areia e das pérolas de estirenos anexos ao equipamento, realizar as
determinações da densidade por picnometria e a granulometria através de peneiras.
c) Com o leito, inicialmente, compactado, anote sua altura inicial (Ho) e calcule a
porosidade inicial aparente deste leito (ε0) e a altura inicial do Leito (Ho), através da
régua anexada.
d) Em seguida, variar lentamente a vazão de ar, através do Rotâmetro (R) em, no máximo,
de 1 em 1 litro por minuto até a vazão máxima. Para cada vazão, realizar as respectivas
medidas de Δh no Manômetro (MU) e os respectivos aumentos na altura (H) do leito.
OBs.:
1) A fluidização incipiente poderá ser notada, no leito em estudo, quando o mesmo torna-
se com aspecto “gelatinoso”, ou seja, leito frouxo. Portanto, a cada aumento de
vazão, faça leves movimentos de “vai e vem” no leito a fim de observar este ponto
(aspecto).
2) Acima deste ponto, teremos o início da formação de bolhas de ar (“slugs”) e com
vazões mais altas podem ocorrer consideráveis oscilações.
3) A vazão máxima a ser atingida á aquela que provoque, no máximo, a fluidização
“slug”.
Página 56 de 77
4- CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS
4.1- Faça um gráfico da queda de pressão (ΔP) contra a vazão (Q), em papel normal e
papel log-log e obtenha a queda de pressão suficiente para suportar o leito.
Identifique o ponto de mínima fluidização.
Analise a histerese na leitura de Δh e
Compare com o gráfico esperado a partir dos cálculos da literatura.
4.2- Faça o gráfico, em papel normal, da altura do leito (H) versus vazão de ar (Q) e
coloque no mesmo gráfico a relação:
4.4- Com os dados obtidos no experimento, para as partículas utilizadas, compare e analise
sua classificação em relação à Figura 3 apresentada na Introdução.
5- BIBLIOGRAFIA
Página 57 de 77
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO A VÁCUO: PRESSÃO CONTANTE
- Ensaios preliminares de caracterização de tortas -
1 - OBJETIVO
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
Página 58 de 77
Filtração de ar para turbinas, alimentação de caldeiras e tratamento de resíduos e
reciclagem de água utilizada na produção de energia;
Sistemas de filtração e purificação de ar para salas estéreis na produção de
componentes micro-eletrônicos e indústria bioquímica.
Página 59 de 77
O fato de ser ou não prejudicial ao produto uma contaminação muito leve causada
pelo contacto da suspensão ou do filtrado com os diversos componentes do
equipamento.
Figura 1
Página 60 de 77
O fluxo da solução através desses canais é sempre laminar, podendo portanto, ser
representado pela equação da continuidade de Poiseville: (Perry, 1999).
Seja qual for o tipo de equipamento usado, acumula-se gradualmente um bolo de
filtração sobre o meio filtrante e a resistência ao fluxo aumenta progressivamente durante a
operação. No que se refere à variação de pressão no decorrer da filtração, podemos ter:
Filtração à pressão constante;
Filtração com vazão constante e
Filtração mista.
No primeiro caso a vazão vai diminuindo à medida que cresce a espessura do bolo,
sendo utilizado para precipitados pouco compressíveis. Quando se trata de um precipitado
compressível, é preferível começar a filtrar com uma pressão baixa para não tornar o
precipitado pouco permeável, sendo a pressão aumentada à medida que aumenta a
espessura da torta (e portanto a resistência à filtração), mantendo-se constante a vazão do
filtrado. (Perry, 1999).
Resistência :
Da torta : Varia com o tempo porque a espessura aumenta.
Do meio filtrante e canais do filtro.
Tipos de Torta :
Sólidos cristalinos : Tortas abertas que facilitam o escoamento.
Precipitados gelatinosos : Tortas pouco permeáveis.
O tipo da torta depende da natureza do sólido, da granulometria, da forma das
partículas e do grau de heterogeneidade do sólido.
Tortas Deformáveis ou Compressíveis.
Tortas Indeformáveis ou Incompressíveis.
Página 61 de 77
2.1. Formulismo para Filtração com Formação de Torta Incompressível
Velocidade (q):
Cálculo de ΔP1 :
-1
onde α é a resistividade ( resistência específica) da torta [α ] = L.M
Página 62 de 77
Integrando :
Cálculo de ΔP2 :
Página 63 de 77
A integração conduz à relação t x V :
(5)
(6)
(7)
Filtração à Q constante:
(8)
(9)
Página 64 de 77
3
VA1
VA2
11 13
4
VB3 VB1
VB2
9
1 6
VB5 VF
VB4
10
8
12
2 VL
Página 65 de 77
1- Reservatório (de 20 litros) para preparo da suspensão;
2– Bomba centrífuga;
3– Módulo de Filtração, que recebe a alimentação da suspensão;
4– Conexão e Suporte do Meio filtrante;
Figura 3
Válvulas:
VB1 – Válvula para alimentação rápida da suspensão em (3);
VB2 - Válvula de regulagem para recirculação e agitação hidráulica em (1);
VB3 – Válvula para alimentação à regulada à vácuo da suspensão em (3);
VA1 – Válvula de alívio de pressão de (3);
VA2– Válvula de alívio de pressão de (5);
VF - Válvula de Fundo, para escoamento do filtrado de (5) par (12) e posterior descarte.
VB4 e VB5 – Válvulas de bloqueio da Bomba e
VL – Válvula auxiliar para limpezas do circuito.
Página 66 de 77
Materiais necessários
Página 67 de 77
c) Colocar o Meio filtrante (papel) sobre o suporte (4) e molhar com água limpa para
completa aderência. Colocar o conjunto sobre o topo do Módulo de coleta (5);
d) Acoplar (descer) o Módulo de filtração (3) sobre o Módulo de Coleta (5). Obs.: Na tampa
deste Módulo de filtração existe a Válvula de Alívio (VA1) que deve ficar inicialmente
aberta;
e) Com as Válvulas VB2, VB4 e VB5 abertas e as válvulas VB1, VB3, VA2 e VF fechadas; ligar
a Bomba centrifuga (2).
f) Em seguida abrir VB1; fechar pela metade a VB2 e deixar o líquido encher o Módulo de
filtração (3) até atingir o nível indicado.
g) Quando chegar nesta marca, fechar VB1; abrir a VB2 e fechar a VA1.
h) Rapidamente, marcar o nível inicial no Módulo de coleta (5); abrir imediatamente a válvula
VB3 e ligar a Bomba de vácuo. Monitorar o aumento do nível da água, no Módulo de
coleta (5), em função do tempo. Sugestão: marcar o tempo a cada 100 ml de volume.
Obs.: Quando faltar, aproximadamente, 500 ml para encher completamente o Módulo de
coleta (5); abrir a VA1 e fechar VB3 e esperar até escoar toda a água que está no
Módulo de filtração (3).
i) Assim que toda a água escoar; desligar a Bomba de vácuo e deixar a pressão equilibrar
com a atmosférica no Módulo de coleta (5), observado no Manômetro de Tubo em ―U ―.
Obs.: caso a pressão não equalizar em 1 minuto, abrir lentamente a Válvula VA2.
j) Abrir a Válvula VF para esvaziar o Módulo de coleta (5).
k) Em seguida fechar esta válvula e repetir novamente o procedimento a partir do item f).
Obs.: Repetir este teste em branco por três vezes e fazer uma média de ΔV versus Δt.
Página 68 de 77
r) Quando chegar nesta marca, fechar VB1 e fechar a VA1.
s) Rapidamente, marcar o nível inicial no Módulo de coleta (5); abrir imediatamente a válvula
VB3 e ligar a Bomba de vácuo. Monitorar o aumento do nível da água em função do
tempo. Sugestão: marcar o tempo a cada 100 ml de volume.
Obs.: Quando faltar, aproximadamente, 500 ml para encher completamente o Módulo de
coleta (5); abrir a VA1 e fechar VB3 até escoar toda a água que está no Módulo de
filtração (3).
t) Assim que toda a água escoar; desligar a Bomba de vácuo e deixar a pressão equilibrar
com a atmosférica no Módulo de coleta (5), observado no Manômetro de Tubo em ―U ―.
Obs.: caso a pressão não equalizar em 1 minuto, abrir lentamente a Válvula VA2.
u) Abrir a Válvula VF para esvaziar o Módulo de coleta (5);
v) Desapertar as manipulas e subir Módulo de filtração (3) para poder ter acesso e retirar,
cuidadosamente, o Meio filtrante com a Torta.
w) Realizar as seguintes medidas na Torta:
- Medir a Área da Torta (= área do Oring).
- Medir a espessura da Torta.
- Colocar a Torta com o becker na estufa a 105-110 oC por duas horas e pesar a massa
seca (mss) .
Obs.: Repetir este teste, a partir do item n), por três vezes e fazer uma média de ΔV
versus Δt.
Importante: Ao finalizar o experimento:
Tire toda a suspensão residual do reservatório (5) e coloque água limpa, deixando circular
com a Bomba centrífuga por alguns minutos. Em seguida esgotar toda a água. Este
procedimento evita eventuais incrustações na bomba e tubulações.
Observe sempre o nível do óleo da Bomba de vácuo e
Troque a sílica da Coluna de desumidificação (7), caso ele esteja saturada (com cor rosa).
4.2. A partir da tabela anterior, faça o gráfico de V versus t e Δt /ΔV versus V. Analise
estes gráficos e compare com a literatura.
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4.3. Tendo em vista os gráficos do item 4.2 e as equações (4); (6) e (7) e determine:
α = resistividade (resistência específica) da torta, que é função do aumento da camada
(l) de torta e
Rm = resistência do Meio filtrante (Filtro e camada inicial da torta sobre o filtro), que
é uma constante no processo.
-3
Obs.: para esta suspensão o filtrado é a água; viscosidade (µ) = 0.01 cP = 10 Kg / m.s
4.4. A partir das massas da Torta úmida e seca, calcule a porosidade (ε) da Torta. Tendo em
vista a equação (5) e a densidade do sólido (ρs), faça o gráfico do aumento da espessura
da torta (l) em função do tempo (t) e em função do volume de filtrado (V). Analise e
comente.
Exemplos:
01. Em alguns ensaios de filtração realizados em laboratório à pressão constante de 34500
KgF/cm2 (338100 N/m2) com uma suspensão aquosa foram obtidos os resultados abaixo. A
área do filtro é 440 cm2, C = 235 g Sólido /l Filtrado e a 25 oC . Calcular a e Rm em questão.
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-3
µAgua = 0.01 cP = 10 Kg / m.s
Exercício 01. Um teste de filtração foi realizado num laboratório num filtro a ΔP = 50 Kg /
m2 e A = 200 cm 2. Os dados são :
6 - BIBLIOGRAFIA
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EXPERIMENTO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR: Condução em Barras
metálicas (aletas circulares) e Convecção Natural para o Ar
1- OBJETIVO
2 - INTRODUÇÃO
{Energia que entra}-{Energia que sai}-{Energia perdida por convecção}= {Variação de calor com o tempo}
Figura 1 – Condução em aletas
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O coeficiente de transferência de calor por convecção é definido através da seguinte
equação: (1)
T 2T
.T T
hP
2 x (7)
t x C p . . A
As condições de contorno adotadas na resolução da equação (7) são:
no tempo, considera-se T = T, para t = 0;
na posição, para x = 0, toma-se T = T0.
A segunda condição de contorno para a posição (ou seja, para a extremidade oposta
da barra) pode ser assumida de três formas distintas:
1o) T = T, para x ...(barra semi-infinita), que será chamada condição de contorno de
de primeiro tipo.
T
2o) 0 , para x = L ...(barra com extremidade isolada); chamada condição de contorno
t
de segundo tipo.
T
3o) K xL hT T em x=L ......(igualando o calor transmitido por convecção pela
t
extremidade com o calor transmitido por condução na barra em x = L,
chamada condição de contorno de terceiro tipo.
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A solução diferencial da equação (7) toma formas diferentes conforme a condição de
contorno escolhida. Neste trabalho, limitaremos o estudo às condições de contorno de
primeiro tipo e segundo tipo, uma vez que a eventual melhora na descrição do perfil de
temperatura não justifica as complicações matemáticas acrescentadas pela adoção da
condição de contorno de terceiro tipo, desde que a relação A/L seja pequena (que é o caso
das barras utilizadas). Dentre as soluções da equação (7) apresentadas na literatura,
temos:
-x /
(T-T)/(T0-T)= ½ { e . erfc[(x/2 t) - .t ] + e x / .erfc[(x/2.t) + .t ]} (8)
Nesta equação, assim como nas equações apresentadas a seguir, admitiu-se um coeficiente
de transferência de calor (barra-ar) médio (h) constante, ou seja, hx= h = constante.
2) A expressão do perfil de temperatura para o regime permanente pode ser obtido levando
a equação (7) ao limite (t), ou então integrando-se a equação (6) com T / t = 0.
Desta forma obtém-se:
- para a condição de contorno do primeiro tipo: (T - T) / (T0 - T) = e – mx (11)
- para a condição de contorno do segundo tipo:
Para o cálculo do hmédio teórico utilizam-se correlações empíricas, para que seja
possível comparar o valor experimental com o previsto na teoria.
O coeficiente teórico de transferência convectiva de calor (h teórico) pode ser calculado
pelas correlações: do número de Rayleigh e de Nusselt, para cilindro horizontal comprido
apresentada por Incopera (1992).
O número de Rayleigh é calculado pela fórmula a seguir (Incropera):
g Tx T D 3
Ra (13)
E o número de Nusselt médio (Incropera):
2
0,387 Ra 1 / 6
(14)
N u 0,60
9 / 16 8 / 27
0,559
1
Pr
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Com esses dados é calculado o coeficiente teórico (hteórico) (Incropera):
N u k ar
hteórico (15)
Dtubo
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Serão utilizadas quatro barras distintas:
Barra A: Aço inox com diâmetro igual a 25 mm;
Barra B: Aço inox com diâmetro igual a 13 mm;
Barra C: Cobre com diâmetro igual a 13 mm e
Barra D: Alumínio com diâmetro igual a 13 mm;
Cada barra tem uma das extremidades inseridas num Banho termostático
contendo água (Fonte quente) com Controlador de Temperatura. A outra
extremidade de cada barra encontra-se no ar ambiente ou pode ser isolada
termicamente, uma vez que se deseja apenas as condições de contorno do primeiro
e segundo tipos.
Indicadores de Temperatura e Termopares colocados ao longo de cada barra
para as medidas de (T) e estão dispostos nas Barras conforme tabela, a seguir:
3.2.2 - Encher o recipiente do Banho termostático com água até o nível indicado no visor
do mesmo e regular a Temperatura do Banho termostático (fonte quente = To) para a
temperatura de 50o C; Esperar atingir o regime permanente de transferência de calor
ao longo de todas as Barras e então começar a anotar as temperaturas em cada
posição (x) de cada barra inclusive a da fonte quente (T 0).
OBS.: Como curiosidade; após ter devidamente anotado todas as temperaturas do item 4.3,
ligar algum ventilador disponível e direcionar sobre as Barras. Observe a queda brusca
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de temperatura das Barras e, consequentemente, a diferença significativa entre um
Coeficiente convectivo forçado de troca de calor e o convectivo natural.
4.1 - Traçar gráficos do perfil de temperatura ao longo das quatro barras para as duas
situações de (To) realizadas, numa mesma figura. Analise e comente.
4.2 - Traçar gráficos de (T - T)/(T0 - T) versus (x) visando a obtenção do (h) médio para
cada situação de T0 . Analise e comente
4.3 - Compare o valor obtido para (h) médio com o valor encontrado na literatura e
comente sobre possíveis desvios e erros cometidos.
5 – SIMBOLOGIA
6 – BIBLIOGRAFIA
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