Princípios de Metrologia

Científica e Industrial
Professor Márcio Falcão Santos Barroso
DEPEL/UFSJ
 Erro em Medidas
• MOTIVAÇÃO: achar o comprimento do
segmento de reta abaixo

MEDIDA UNIDADE VALOR

1 cm

2 m

3 mm

4 km

5 dm

Instrumentação e Medidas 2
 O que aconteceu?
• Valores diferentes por unidade de medida
• Mas qual é o valor correto?
• Os instrumentos estão corretos?
• São coerentes com o mensurando?
• Que valor estas 5 medições podem nos retornar?
• Que tipo de erro está inserido no processo?
• É possível corrigir?
• Mas por que este interesse?
Instrumentação e Medidas 3
 Base Conceitual
• O que é medir?
– É o procedimento experimental pelo qual o valor
momentâneo de uma grandeza física é
determinado como um múltiplo e/ou uma fração
de um unidade, estabelecida por um padrão e
reconhecida internacionalmente
• Mensurando
– É o objeto da medição. É a grandeza específica
submetida à medição.

Instrumentação e Medidas 4
 Base Conceitual
• Indicação
– É o valor de uma grandeza fornecida por um
sistema (ou instrumento) de medição

Instrumentação e Medidas 5
 Medir para quê?
• Monitorar
• Controlar
• Investigar

Instrumentação e Medidas 6
 Errar é inevitável?
• Precisaríamos:
a) Sistema de medição perfeito
b) Ambiente controlado e PERFEITAMENTE estável
c) Um operador perfeito
d) Valor padronizado para o mensurando único e
perfeitamente definido e estável

Instrumentação e Medidas 7
 Processo de Medição
• Processo precisa estar bem definido:
– Mensurando
– Instrumento
– Qualidade metrológica
• Reprodutível
• Repetitível
• Incerteza associada
– Qualidades dinâmicas

Instrumentação e Medidas 8
 O resultado da medição
• Resultado da Medição:
– É a faixa de valores dentro da qual deve estar o valor
verdadeiro do mensurando.
• Resultado-base:
– É a estimativa do valor do mensurando que, acredita-
se, mais se aproxima do seu valor verdadeiro.
• Incerteza de medição
– É a parcela de dúvida associada à medição.
Corresponde à metade do comprimento da faixa
simétrica e está centrada em torno do resultado-base,
que exprime a faixa de dúvida associada à medição.

Instrumentação e Medidas 9
 O resultado da medição

• RB: resultado-base
• IM: incerteza de medição

Instrumentação e Medidas 10
 ERRO DE MEDIÇÃO
• Tipos de Erros:
– Sistemático: é a parcela previsível do erro.
– Aleatório: é a parcela imprevisível do erro.
• Precisão e exatidão:
– Precisão: repetitividade e pouca variação
– Exatidão: não erra o valor verdadeiro do
mensurando

Instrumentação e Medidas 11
ERRO DE MEDIÇÃO

Instrumentação e Medidas 12
 Caracterização do Erro
• Erro de medição: é a diferença entre o valor
indicado pelo sistema de medição e o valor
verdadeiro do mensurando

E  I  VV
E: erro de medição
I: indicação do sistema de medição
VV: valor verdadeiro do mensurando

Instrumentação e Medidas 13
 Caracterização do Erro

• Problemas:
– Não se conhece o valor verdadeiro
• Solução:
– Decompor em erro sistemático e erro aleatório

E  I  VV
Instrumentação e Medidas 14
 Caracterização do Erro

• Erro sistemático: corresponde ao valor médio

do erro de medição, tomadas várias medições.
• Erro aleatório: corresponde à variação
encontradas nas medições repetidas.

E  I  VV
Instrumentação e Medidas 15
 Caracterização do Erro

E  I  VV Instrumentação e Medidas 16
Erro Sistemático, Tendência e Correção
• Erro sistemático:

Es  I   VV
Es: Erro sistemático
I∞: Indicação do instrumento
VV: valor verdadeiro
• Dois problemas:
– Infinitas medições (indicações)
– Valor verdadeiro do mensurando

Instrumentação e Medidas 17
Erro Sistemático, Tendência e Correção
• Tendência (polarização):

Td  I  VVC
• Ī : média de uma amostra finita
• VVC: valor verdadeiro convencional

Instrumentação e Medidas 18
Erro Sistemático, Tendência e Correção
• Tendência (polarização):

Td  I  VVC
Erro de medição em relação a um padrão determinado.

Instrumentação e Medidas 19
Erro Sistemático, Tendência e Correção

Instrumentação e Medidas 20
Erro Sistemático, Tendência e Correção
• Correção: é a constante aditiva que compensa
o erro sistemático de um sistema de medição

C  VVC  I Td  I  VVC
• Indicação corrigida: é a indicação após a
compensação dos erros sistemáticos

Instrumentação e Medidas 21
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• Erro aleatório da indicação:

Eai  I i  I
• Em termos práticos, o Erro aleatório da
indicação não tem aplicação.

Instrumentação e Medidas 22
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• O que importa é saber qual a dispersão desse
erro.
Eai  I i  I
• Repetitividade: é a faixa de valores simétrica
em torno do valor médio, dentro da qual o
erro aleatório de um sistema de medição é
esperado com um certa probabilidade.

Instrumentação e Medidas 23
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• Medida de Dispersão:
– Desvio-padrão: é uma medida do seu grau de
dispersão (variabilidade) em unidades coerentes
– Grau de liberdade: número de medições
repetitivas menos um

Instrumentação e Medidas 24
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• Incerteza-padrão:

 I i I
n
2
ν=n-1

u i 1


Instrumentação e Medidas 25
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• Repetitividade:

Re  t  u
t : modelo t-Student é utilizado quando não se conhece a a
distribuição de probabilidade de uma amostra. Sendo assim, é
possível inferir, devido ao teorema do valor central, o valor da
variância, para distribuições variáveis.

Instrumentação e Medidas 26
 Erro aleatório, incerteza-padrão e
repetitividade
• Modelo t-Student:

T
V CV I n O valor t é tabelado
u

Instrumentação e Medidas 27
 Efeito da média sobre os erros de
medição
• A média pode reduzir o erro aleatório, mas
não o erro sistemático, que é uma
característica do sistema de medição.

Instrumentação e Medidas 28
 Curva de erro e erro máximo
• Curva de erro: é o gráfico que representa a
distribuição dos erros sistemáticos e aleatórios
ao longo da faixa de medição do sistema de
medição.

Instrumentação e Medidas 29
Curva de erro e erro máximo
A = Td + Re B = Td C = Td - Re

Instrumentação e Medidas 30
 Verificação da Significância de dados
• Uma maneira de ver se existe tendência
(coerência) entre dados (medições), ou se eles
são puramente aleatórios é verifica a sua
correlação, cujo coeficiente é definido como:
  X  Y 
 XY   N 
r  

 X   X 2
 
 Y   Y 2


 
2 2

N   N 
   

Instrumentação e Medidas 31
 Propagação da Incerteza
• Verificar, como uma variável influencia na
composição do erro de uma medida.
• Exemplo: Força é uma composição de
aceleração e massa, ou seja:

F  m.a
Instrumentação e Medidas 32
 Propagação da Incerteza
• Imagina que para media a força, foram feitas
medições, separadas, da massa e da
aceleração do objeto, ou seja, a força F será
obtida indiretamente.

F  m.a
Instrumentação e Medidas 33
 Propagação da Incerteza
• Então, cometeu-se erro ao se obter a medida
de massa e na medida de aceleração.

m  m  um a  a  ua

Instrumentação e Medidas 34
 Propagação da Incerteza
• A incerteza padrão da Força é então:

 F   F 
2 2

uF   um    ua 
 m   a 

Instrumentação e Medidas 35
 Propagação da Incerteza
• Generalizando

2
 G   G   G 
2 2

uG   u x    u y    uz  
 x   y   z 
G  G  uG

Instrumentação e Medidas 36
 EXCÍCIOS
• LISTA 1

Instrumentação e Medidas 37