Você está na página 1de 6

INTRODUÇÃO

Muito se ouve falar sobre métodos de alfabetização, letramento,

letramento matemático, entre outros.

Todos os métodos relacionados ao educar, que já tenham mostrado ou

que venham mostrar sua eficácia são validos. No entanto, este artigo não é focado a uma

única área do conhecimento, mas ao conhecimento propriamente dito.

Considerando que a inteligência seja algo a ser aprendida e

desenvolvida; este estudo aponta caminhos os quais nosso cérebro utiliza para reter as

informações.

A Língua, a Linguagem, a atenção, as emoções e a linguagem corporal

são as ferramentas mais eficazes utilizadas pelo cérebro humano para o

desenvolvimento da inteligência. Inclusive, se valendo uma da outra, para a formação

da memória.

A memória, alem de ser fundamental para a aprendizagem, é o fator

mais importante para a formação do caráter do indivíduo, mesmo sem ser usada em sua

total potencialidade.

“É o que caracteriza cada indivíduo como um ser único. É o que nos insere
dentro da sociedade juntamente com a linguagem, por isso é muito difícil
estabelecer fronteiras entre linguagem e memória.” (BAZ, 2016)

Linguagem, por sua vez se difere de língua (idioma). Dança, musica,

teatro, desenho entre várias outras modalidades das artes, por exemplo, podem ser

consideradas tipos de linguagem. A língua por outro lado se refere a um código

utilizado por grupos socialmente organizados de forma a criar palavras.


“É por meio das palavras que o ser humano pensa. A generalização e a
abstração só se dão pela linguagem e com base nelas melhor compreendemos
e organizamos o mundo à nossa volta. Um dos maiores estudiosos sobre essa
habilidade humana foi o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934),
que em meados dos anos 1920 criou o conceito de pensamento verbal”
(MARTINS; 2016)

Ainda que tão importante, a memória não é perfeita, e até ser

concretizada, sofre modificações por estímulos tantos externos quanto do próprio

organismo. A mesma ainda é dividida em memória de trabalho, memória de curto prazo

e memória permanente.

As memórias também podem ser criadas, ou transformadas de acordo

com o ambiente ou a própria fala. Mas também pode se valer das mesmas ferramentas

para ser aprimorada.

A fim de utilizar os conhecimentos sobre memória para o

aprimoramento da inteligência, se valendo da neurociência de maneira pratica,

utilizando da linguagem para atingir a mente e criar uma ação; surge a Programação

Neurolinguística (PNL).

O QUE É PNL (PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA)

“A Programação Neurolinguística (PNL) é um método de influenciar os


comportamentos do cérebro, através da linguagem e de outros processos de
comunicação. Este método permite que o cérebro responda de forma eficaz
aos estímulos e manifeste melhores e novos comportamentos. Podemos
chamar de “o manual de instruções do cérebro”.”(LARA, Claudio 2016)

Para entender melhor como nosso cérebro funciona, a PNL faz a

seguinte analogia. Quando compramos um computador, ele já vem com um sistema


operacional instalado. Neste sistema operacional existem alguns programas padrões, e

você pode tanto aprender a usá-los da melhor maneira possível quanto instalar novos

Software. Cada um destes aplicativos tem uma função diferente, e para cada um existem

atalhos que facilitam o uso.

Nosso cérebro é como se fosse um supercomputador, porem estudos

apontam que para conseguirmos com computadores uma capacidade de armazenamento

semelhante a do nosso cérebro, precisaríamos aproximadamente de 333 computadores

de ultima geração com capacidade de 3TB cada, ligados em rede.

1 MB = 1.000 KB

1 GB = 1.000 MB

1 TB = 1.000 GB

“Muitos neurocientistas especialistas no campo da computação tendem a


calcular que a capacidade de armazenamento da mente humana se situa entre
10 e 100 terabytes, embora o espectro total de estimativas varie de 1 terabyte
a 2,5 petabytes. Um terabyte é igual a mil gigabytes ou um milhão de
megabytes; um petabyte equivale a mil terabytes.”

Embora esta seja uma comparação simplista, considerando a maquina

que temos; como um computador, nascemos também com um sistema operacional pré-

instalado, com programas padrões prontos para serem utilizados, e uma infinidade de

novos Software a serem configurados. A programação neurolinguística é a ciência que

vai nos ajudar a utilizar cada um destes programas, e ensinar qual a melhor maneira de

acrescentar novos aplicativos.


PROGRAMAÇÃO – INATISMO X EMPIRISMO

Durante muito tempo, estudiosos discutiram a respeito da origem de

nossa inteligência. Será que já nascemos com certas habilidade e dons que serão

desenvolvidos com o amadurecimento biológico, ou desenvolvemos tudo através de

experiências vividas em sociedade?

Dois dos maiores filósofos da historia também se perguntavam e

discutiam entre eles a respeito disso:

“ Platão e Aristóteles. Embora ambos tenham sido discípulos de Sócrates,


Platão defendia a tese de que nascemos com idéias natas, enquanto
Aristóteles pregava que tudo é desenvolvido através da experiência, em que o
contato com o mundo externo é a única forma de se obter conhecimento e
aprimoramento do intelecto.” (DANTAS, Tiago. 2016)

Não seria demagogia dizer que os dois estão certos. O que a

programação neurolinguística indica é que nascemos sim com alguma capacidade a ser

desenvolvida, assim como no inatismo, porem quase tudo o que sucede o nascimento se

da a experiências vividas e aprendidas através de um sistema de memórias, como é dito

no empirismo.

Dentre todas a capacidades inatas a serem desenvolvidas existem

inúmeras possibilidades de discussão, porem, neste momento, vamos nos limitar a

linguagem corporal, incluindo reflexos e expressões faciais. Como, por exemplo, uma

criança que faz cara feia ao sentir o gosto do limão. Sua expressão facial e até mesmo a

contração de alguns músculos do resto do corpo são expressões inatas da linguagem

corporal, que indicam o gosto azedo do limão.


O reflexo é inato e assim como no exemplo anterior se dá a interação

da alteração no ambiente que causa a alteração no organismo, como transpirar ao sentir

calor ou tremer quando está com frio.

Mas nem todo o tipo de reflexo causa mudanças no organismo. Outro

exemplo é como quando um medico coloca o dedo na palma da mão de um recém

nascido. Sem que alguém tenha o ensinado, a criança fecha a mão e aperta o dedo do

medico. Ou quando o bebe sente fome e chora. Ele não sabe que isso levará alguém a

alimentá-lo. Em seguida a criança é colocada no colo da mãe, e sem que ninguém o

tenha ensinado, procura o bico do peito para se alimentar.

Alguns destes gestos inatos acabam se desenvolvendo durante nossas

vidas sem que nos tomemos consciência. Aquele bebe que acaba de saciar sua fome ao

amamentar-se no seio de sua mãe, vira o rosto para o lado. Com a insistência da mãe a

criança vira o rosto para o outro lado. Gerando uma movimentação horizontal com a

cabeça de um lado para o outro que mais tarde passa a ser referencia de negação.

Esta é uma expressão aprendida que podemos supor que seja uma das

primeiras ações programadas pela união de nossos reflexos a interação com o meio

segundo o empirismo. Porem, o mesmo movimento pode ter vários significados em

diferentes culturas.

É aí que entra a programação de nosso cérebro.

Estamos inseridos em um contexto social e cultural, e tanto podemos

desenvolver hábitos provenientes de reflexos primitivos quanto aprender novos

comportamentos.
Como o foco deste artigo é a PNL aplicada no contexto escolar,

vamos nos reter a alguns comportamentos provenientes de reflexos, que por sua vez, são

universais, e que podem influenciar diretamente na maneira com que o individuo

aprende.

A, INFLUENCIA DA LINGUAGEM CORPORAL NA

APRENDIZAGEM

REFERENCIAS:

MARTINS, João Batista. Vygotsky e o conceito de pensamento verbal. 2016.


Disponivem em: <http://novaescola.org.br/conteudo/244/vygotsky-conceito-
pensamento-verbal />. 27 de ago. 2016

BAZ, Erika Infante. Memória. 2016. Disponivel em:


<http://www.sbneurociencia.com.br/erikainfante/artigo4.htm />. 24 de set. 2016

LARA, Claudio. O que é PNL?. 2016 Disponivel em:


<http://sociedadeinternacionalpnl.org/novo/o-que-e-pnl/ />. 24 de set. 2016

WICKMAN, Forrest. THE NEW YORK TIMES, O Estado de S.Paulo. Quantos


megabytes o cérebro humano consegue processar?. 2016. Disponivel em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,quantos-megabytes-o-cerebro-humano-
consegue-processar-imp-,869196 />. 25 de set. 2016

DANTAS, Tiago. "Empirismo x Inatismo"; Brasil Escola. Disponível em:


<http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/empirismo-x-inatismo.htm />. Acesso em 25 de set.
2016.

Você também pode gostar