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LITERATURA DE CORDEL

COMO GÊNERO
DISCURSIVO NO ENSINO DE
LÍNGUA PORTUGUESA
METODOLOGIA DO ENSINO DA
LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORA: DRA. ANA MARIA SÁ MARTINS


COMPONENTES

Glayciele Martins Soares Silva;


Isadora Rabelo Coqueiro Barros;
Ramon de Almeida Miranda;
Verônica Barros Ataides Costa.
PANORAMA GERAL
Série: 1º ano do Ensino Médio;
Gênero discursivo: Literatura de cordel;
Duração: 8 aulas - 1h45min (2 horários);
Avaliação: Diagnóstica e formativa;
Materiais utilizados: Data show, cordéis,
folhas A4, barbante, pregadores.
HABILIDADES A SEREM
DESENVOLVIDAS (BNCC)
EM13LP10
Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes
níveis (variações fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica
e estilístico-pragmática) e em suas diferentes dimensões (regional,
histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), de forma a
ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua
e sobre o fenômeno da constituição de variedades linguísticas de
prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às
variedades linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.
HABILIDADES A SEREM
DESENVOLVIDAS (BNCC)
EM13LP46

Compartilhar sentidos construídos na leitura/escuta de textos


literários, percebendo diferenças e eventuais tensões entre as
formas pessoais e as coletivas de apreensão desses textos, para
exercitar o diálogo cultural e aguçar a perspectiva crítica.
HABILIDADES A SEREM
DESENVOLVIDAS (BNCC)
EM13LP47
Participar de eventos (saraus, competições orais, audições,
mostras, festivais, feiras culturais e literárias, rodas e clubes de
leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.),
inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos
e suas variedades, roteiros e microrroteiros, videominutos,
playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de
outros, inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu
tempo.
HABILIDADES A SEREM
DESENVOLVIDAS (BNCC)
EM13LP54

Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias – mediante


seleção e apropriação de recursos textuais e expressivos do
repertório artístico –, e/ou produções derivadas (paródias,
estilizações, fanfics, fanclipes etc.), como forma de dialogar crítica
e/ou subjetivamente com o texto literário.
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
Apreciar a literatura de Cordel e reconhecer sua importância para a
literatura nacional;
Reconhecer a literatura de cordel como forma de denúncia às mazelas
enfrentadas pelo povo nordestino;
Compreender o conceito de variação linguística para refletir sobre o
preconceito linguístico;
Estimular a leitura e a escrita autoral de cordéis;
Produzir xilogravuras;
Divulgar o trabalho realizado no pátio da escola.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Visa destacar o aspecto formal da língua
portuguesa e os processos de interação social que
se realizam por meio das produções de linguagem.

Este gênero abrange os conteúdos da BNCC


como a oralidade, a leitura, a produção de
texto, a análise linguística.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Ferramenta de comunicação: “a literatura de cordel se constitui,
portanto, um meio de comunicação, um
instrumento de interligação entre as
sociedades.”
Batista (1997, p.18)

Incentiva a habilidade de leitura:


Interação entre leitor e autor
por intermédio do texto.
“o texto não é visto como produto inacabado e
sim como um processo, uma proposta de
sentido que se acha aberta a várias
alternativas de compreensão.” Marcuschi (1997)
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Segundo o pesquisador Gastaldo (apud MORAES,
2005), a falta de leitura dificulta o desenvolvimento
da expressão escrita, fazendo com que os alunos
tenham um vocabulário restrito.

A importância da leitura em sala de aula –


leitura e escrita estão interligadas.
O GÊNERO DISCURSIVO
CORDEL
Aspecto político-social;
Contribui para o crescimento e valorização do
pensamento crítico dos alunos;
Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido,
concebe o pensar certo como primeira condição
para superar a curiosidade ingênua,
constituindo um conhecimento crítico como
base para “práxis” transformadora;
O GÊNERO DISCURSIVO
CORDEL
Assim, o pensar certo é o pensar crítico que
deve fundamentar a pedagogia libertadora, que:

“(...) problematizando as condições da existência


humana no mundo, desafia para a luta e a busca da
superação das condições de vida desumanizadoras.”
(Moreira, 2010, p.97)
DIÁLOGO PROFESSOR-ALUNO

O aluno entrará em contato com novas


perspectivas de mundo.

Vygotsky afirma “o meio social é


determinante no desenvolvimento
humano”.
(NEVES, DAMIANI, 1982, p.6)
APRESENTAÇÃO DA
SITUAÇÃO (aula 1):
Tempo estimado: 40 minutos;
Organizar a sala em “U”;
Sondagem conhecimento prévio.
• “Vocês já ouviram falar sobre a
Literatura de Cordel? Se sim, o quê?”
• “Vocês conhecem algum cordelista?”
• “Já ouviram falar de Patativa do
Assaré?”
• “Saberiam dizer quais os temas
abordados?”
• “Qual a importância desse gênero
discursivo para a cultura brasileira?”
APRESENTAÇÃO DA
SITUAÇÃO (aula 1):
Exibir vídeo “Saga de um Vaqueiro”.
APRESENTAÇÃO DA
SITUAÇÃO (aula 1):
Exibir vídeo “Saga de um Vaqueiro”.

• “O que acharam do vídeo? Foi


interessante?”
• “Qual a linguagem apresentada? Culta
ou informal?”
• “Quais as características que vocês
puderam perceber?”
• “Conseguiram perceber os temas
explorados?”
PRODUÇÃO INICIAL Atividade diagnóstica
(aula 1):
Tendo em vista as características do cordel
como um gênero discursivo que apresenta
narração, romance, religiosidade, mito,
costumes e festas presentes na Região Nordeste
do Brasil, produza um texto narrativo, de no
mínimo 15 linhas, a partir da temática “Cordel”.

Tempo estimado: 1 hora


AULA 2 AULA 3
Serão trabalhados alguns
Entrega da atividade cordéis brasileiros em sala
diagnóstica corrigida aos de aula através da leitura
alunos; direcionada com a
participação dos alunos;
Revisão rápida do “O poeta da roça” (Patativa do
conteúdo do gênero Assaré), “Ser nordestino” (Bráulio
narrativo e das dúvidas Bessa), “Ai se sesse” (Zé da luz).
observadas pelo professor
Identificação (pelos alunos) das
na atividade diagnóstica; características gerais do cordel;
Aula sobre a literatura de Contato dos alunos com Cordéis
cordel apontando brasileiros e seus respectivos autores;
aspectos gerais como a
Abordagem de
oralidade, a musicalidade, aspectos como a
sua linguagem coloquial variação linguística e o
entre outros. preconceito
linguístico para os
alunos.
AULA 4
Revisão sobre as duas características
do cordel vistas na aula anterior;

Regionalismo e Poesia Ritmada a partir dos cordéis:

• “História da rainha” de Arievaldo Viana


Lima.
• “Tolerância Zero” de Ismael Gaião.
• “Ai se sesse” de Zé da Luz.
AULA 5

Introdução a produção
AULA 7
passo a passo do cordel;
Aula dedicada para que
Ênfase nas rimas e os alunos possam ir
xilogravuras; finalizando o que
prepararam para o dia do
Introdução ao projeto. projeto final.

AULA 6
Apresentação dos temas AULA 8
de casa trio para o
projeto; PROJETO FINAL!

Início da produção do
cordel pelos alunos.
Fonte:
https://www.ubec.edu.br
/cecb-exposicao-arte/
Exposição em Campos homenageia literatura
de cordel — Foto: Divulgação/Sesc

Foto: Francisco
Moreira da Costa

Foto: Paloma
Amorim/Especial para o
RioMar Recife
REFERÊNCIAS:
DRUMOND, Kelly. 5 TIPOS DE AVALIAÇÃO ESCOLAR QUE PODEM SER APLICADOS
EM SALA DE AULA. Somos Educação, 2021. Disponível em:
<https://www.somoseducacao.com.br/tipos-de-avaliacao-escolar-que-podem-ser-aplicados-em-
sala-de-aula/>. Acesso em: 1 Dez. 2021.
MARANHÃO. Secretaria Estadual de Educação. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS BASE
NACIONAL COMUM E BASE TÉCNICA. São Luís: 2017.
MEDEIROS, Joseane Maria Araújo; DA SILVA, Rita de Cássia Angelo; DE LEMOS, Daiane Torres.
Literatura de cordel na prática educativa do PIBID. Carpe Diem: Revista Cultural e Científica
do UNIFACEX, v. 14, n. 1 esp., p. 43-53, 2016.
MOURAES, Rosilene Silva; BRITO, Waldicélia Silva de. Avaliação educacional: Por uma práxis
transformadora.
REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, Juliana Cristina Nunes de; MODESTO, Artarxerxes. Variações Linguísticas em sala de
aula. 2011.
OTHERO, Gabriel De Ávila; RIBEIRO Josela Veber. A variação linguística no ensino de Língua
Portuguesa.
SILVA, Mara Cláudia de Oliveira. A leitura do cordel nas aulas de Língua Portuguesa no ensino
médio. 2008.
VICENTINI, Dayanne; VERÁSTEGUI, Rosa de Lourdes Aguilar. A pedagogia crítica no Brasil: A
perspectiva de Paulo Freire.
OBRIGADO!

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