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Amazônia:
construção histórico-geográfica, características
socioeconômicas e patrimônio cultural no Estado do Amapá
Communautés quilombolas en Amazonie: construction historique et géographique, caractéristiques socio-
économiques et du patrimoine culturel dans l'État d'Amapá
Quilombolas communities in the Amazon: historical and geographical construction, socioeconomic
characteristics and cultural heritage in the state of Amapá
E S G V S
https://doi.org/10.4000/confins.10021
Resumos
Português Français English
O objetivo deste trabalho foi mapear localização, histórico, condições de vida e o patrimônio cultural das comunidades quilombolas
do Estado do Amapá, considerando, as 28 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares (FCP) até janeiro de 2013. O
arcabouço metodológico utilizado foi centrado em cinco instrumentos fundamentais; questionário socioeconômico, entrevista
semiestruturada, laudo antropológico, registro fotográfico e cadernos de campo. As questões que nortearam esta produção foram:
Onde se localizam, quais são as origens e condições de vida e que conteúdo do patrimônio cultural caracteriza as comunidades
quilombolas do Amapá? O artigo foi dividido em três partes – Localização e História; Condições de Vida e, por fim, Patrimônio
Cultural. Em todas elas a discussão sobre o espaço da cultura dos grupos investigados perpassa pela apresentação e análise, mas
cada divisão tem um objetivo singular.
L'objectif de cette étude était de cartographier la localisation, l'histoire, les conditions de vie et le patrimoine culturel des
communautés de Marrons (quilombolas) de l'Amapá, les 28 communautés certifiés par la Fondation Culturelle Palmares (FCP) en
Janvier 2013. Le cadre méthodologique utilisé était axé sur cinq instruments clés; questionnaire socio-économique, entretiens semi-
structurés, rapport anthropologique, enregistrements photographiques et carnets de terrain. Les questions qui ont guidé cette
production étaient: où sont-ils, quelles sont leurs origines et leurs conditions de vie et quel patrimoine culturel caractérise les
communautés de Marrons de Amapá? L'article a été divisé en trois parties - situation et histoire ; conditions de vie ; patrimoine
culturel, enfin. Dans chacune d'entre elles la discussion de l'espace culturel des groupes étudiés passe par la présentation et l'analyse,
mais chaque partie a un objectif singulier.
The aim of this work was to map location, history, life conditions and cultural heritage from quilombola communities in the State of
Amapa, considering, for such, the 28 communities certified by Fundação Cultural Palmares (PFC) until January, 2013. The
methodological framework used was centered in five fundamental instruments: socioeconomic survey, semi structured interview,
anthropological report, photographic register and field notebooks. The questions which guided this production were: Where are they
located, what are the origins and life conditions and which cultural heritage content characterizes quilombola communities from
Amapa? The article was divided in three parts: Location and History; Life Conditions and, finally, Cultural Heritage. In all of them
the discussion about the space given to the culture of the investigated groups pervades presentation and analysis, but each division
has a singular objective.
Entradas no índice
Index de mots-clés : Communautés traditionnelles, Marrons; Amapá
Index by keywords: Traditional Communities, Quilombola, Amapá.
Índice geográfico: Amapá
Índice de palavras-chaves: Comunidades Tradicionais, Quilombolas, Amapá
Texto integral
Até a Constituição de 1988, o termo Quilombo estava comumente associado a abordagens e interpretações históricas
e politicas sobre a construção do Brasil como nação (O’DWYER, 2002). Na significação do termo predominava uma
versão do Quilombo dos Palmares como unidade guerreira, constituída a partir de um suposto isolamento,
autossuficiência e homogeneidade, cujo papel político expressava a insurreição negra contra a escravização. A partir de
1988, com a publicação do art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o termo Quilombo, e também
o remanescentes de quilombo, passam a serem termos usados para atribuir direitos territoriais.
A atribuição de direitos através dos termos acima mencionados exigiu que pesquisadores se preocupassem e
debatessem sua conceituação. Os movimentos sociais negros colocavam na ordem do dia o debate politico sobre a
construção, reconhecimento e implantação do direito ao território. Em meio aos debates e disputas políticas, a
Associação Brasileira de Antropologia (ABA) foi convocada pelo Ministério Público (MP) para dar o seu parecer. Em
outubro de 1994, através do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais (GTCNR), os pesquisadores
colocaram por terra a tendência de vincular a construção das definições dos quilombolas a resíduos arqueológicos de
ocupação temporal ou de comprovação biológica (LEITE, 2000).
Desfazia-se, também, a ideia de populações isoladas e homogêneas, formadas de processos insurrecionais.
Procurava-se construir uma conceituação que permitissem compreender o quilombo a partir “de seu aspecto
contemporâneo, organizacional, relacional e dinâmico, bem como a variabilidade das experiências capazes de serem
amplamente abarcadas pela ressemantização do quilombo na atualidade” (LEITE, 2000, p.342). Tratava-se de
construir um conceito que permitisse abarcar experiências históricas constituídas na formação social brasileira e não
uma definição inequívoca e estática.
Além disso, a atribuição de uma identidade social não poderia ser feita de fora para dentro. Ela se estabelece a partir
da dinâmica relacional e reconhecimento dos laços de pertencimentos que unem o grupo tanto no presente como no
passado. Essa perspectiva abriu espaço para que os grupos atribuíssem a si sua identidade, autoreconhendo-se por
meio das noções de pertenças por eles instituídas, memórias de seu processo histórico de formação e no movimento
das forças sociais e instâncias organizativas que os compõe (LEITE, 2010). Sob essa perspectiva, se respeitou a
autonomia dos grupos, sem, no entanto, desconsiderar a necessidade de um trabalho criterioso de antropólogos e
outros profissionais dos órgãos governamentais.
É fato que a aprovação da lei constitucional, o debate sobre a ressignificação do conceito de quilombo e a atuação dos
movimentos sociais projetaram no cenário político brasileiro setores até então invisíveis. Grupos negros urbanos e
rurais unidos por laços culturais que lhes davam coesão se compreenderam e se declararam remanescentes de
quilombos. Eles se organizaram internamente e buscaram a certificação das instâncias governamentais como a
Fundação Cultural Palmares (FCP), iniciando a luta pela efetivação do direito ao território. A tomada de consciência
dos grupos negros sobre seus direitos territoriais ganhou espaço inédito nas disputas pela terra no Brasil,
historicamente marcado pela exclusão e pelo latifúndio.
No Amapá, acompanhando o movimento nacional, essa luta ganhou força pela atuação dos movimentos sociais
negros, especialmente por meio da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Amapá (CONAQ-AP).
Segundo Silva (2012), em 2011, 138 comunidades quilombolas haviam sido identificadas em todo estado. Destas, até
2013, ano da realização desta pesquisa, 28 comunidades (Mapa 1) tinham certidão de autoreconhecimento emitida
pela FCP e, entre elas, 04 comunidades conseguiram o título de propriedade de seu território emitidos pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), são elas: Curiau, Mel da Pedreira, Conceição do Macacoari e São
Raimundo do Pirativa.
Ainda segundo Silva (2012), o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da comunidade do Rosa está
publicado e aguarda o cumprimento da fase de contestação. Outras 04 comunidades estavam com o RTID parcialmente
elaborado, a saber: Ambé, São Pedro dos Bois, São José do Mata Fome, Cinco Chagas do Matapi, Lagoa dos Índios,
Cunani, Engenho do Matapi e Ilha Redonda.
O questionário socioeconômico foi aplicado aos representantes das famílias (Mapa 2) moradoras da comunidade na
quantidade variável de 30% a 35% do universo total das famílias em cada comunidade. A variação aconteceu porque
em muitos casos os moradores estavam ausentes de suas residências, nos trabalhos na roça ou fora da comunidade,
durante as visitas de campo.
Na ausência de dados oficiais confiáveis quanto ao número de famílias residentes foram necessários dois
procedimentos de sistematização para a coleta de dados. Primeiro, estabelecer o critério de família a ser utilizado. O
critério escolhido foi o do grupo de familiares que residiam em uma mesma casa. Neste enfoque, comumente
encontrou-se uma parentela que se estendia dos pais até seus netos e/ou bisnetos, genros e/ou noras e assim por
diante, o que caracterizamos com família extensa.
O segundo foi a contagem por residência habitada regularmente. Em todas as comunidades, mesmo nas maiores, foi
contado o número de residências com famílias moradoras. As informações de vizinhos ou das lideranças sobre a
ocupação das casas, como nas mostradas na Foto 1, foi fundamental para essa contagem. Ainda, assim os dados
apresentados são considerados aproximados, uma vez que, em quase todas as localidades existiam moradias situadas
em espaços denominados de “retiros”, muito afastados e de difícil acesso que podem ter ficado de fora da contagem ou
da lembrança dos informantes ou, ainda, famílias que se declaravam moradoras e foram contabilizadas, mas a
informação era contestada pelas lideranças ou vizinhos.
Ao todo foram identificadas 1128 famílias residentes nas comunidades pesquisadas das quais 392 tiveram
representantes respondendo o questionário. Vale ressaltar que esse número cresceria expressivamente se o critério de
família adotado fosse a família nuclear (cônjuges e filhos).
Foto 1 _ Organização e distribuição espacial das casas na comunidade Nossa Senhora do Desterro.
A renda familiar dos moradores das comunidades se concentra em até um salário mínimo. Dos 392 entrevistados,
215 estão nessa faixa de renda, ou seja, 55%, sendo eles principalmente agricultores. Na segunda faixa de renda, somam
117 respondentes, ou 30%, também com predomínio de agricultores. As duas faixas de rendas somadas chegam a 85%
do total de respondentes (Gráfico 1).
Considerando a renda dos moradores das comunidades, buscou-se identificar os bens móveis que possuem para seus
deslocamentos. O resultado foi que entre os entrevistados, o bem mais comum é a bicicleta, seguida, em menor
proporção, pelo carro, pela embarcação motorizada e pela motocicleta (Gráfico 2).
Gráfico 2 - Bens móveis e renda
Ainda, considerando a renda e a posse de equipamentos domésticos úteis para sobrevivência e qualidade de vida,
verificou-se que os bens mais comuns são, na ordem descrita; fogão, televisão, ventilador, geladeira e aparelho de DVD.
Essa sequencia se repete mesmo nas faixas de renda mais elevadas (Gráfico 3).
Com base nos dados levantados de modo geral, podemos afirmar que as comunidades quilombolas no Amapá são
constituídas por uma população rural com níveis baixos de renda e escolaridade, bem como acesso escasso a bens
domésticos e móveis. A renda de metade dos representantes de familias entrevistadas é complementada por programas
sociais. De acordo com os dados coletados, 50,7% ou 195 dos entrevistados recebem recursos do programa Bolsa
Familia do Governo Federal (33%), do programa estadual Renda Para Viver Melhor (12,2%) e, ainda, auxilios do INSS
(5,4%).
A maioria das comunidades tem acesso a energia elétrica através da rede pública de distribuição, mas existem casos
de comunidades que não contam com esse serviço (Gráfico 5). Entre as que não contam com esse bem estão duas
comunidades na faixa de fronteira entre o Amapá e Guiana Francesa, são elas Cunani no município de Calçoene e São
Tomé do Aporema em Tararugalzinho. Elas refletem a realidade encontrada em outras comunidades que não dispoem
do bem.
Gráfico 5 – Fonte de energia.
Em São Tomé durante algumas horas ao anoitecer os moradores utilizam geradores, tanto coletivo quanto privado,
para iluminar as casas, encher as caixas d’agua e congelar os freezers, que ficam desligados durante o dia. No Cunani, a
energia elétrica era fornecida pela Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA através do Programa “Luz para todos”
que disponibilizava um gerador de energia a diesel e 300 litros de combustível mensal. Os próprios moradores eram
responsáveis por buscar o combustível na cidade de Calçoene. Existe fiação elétrica de distribuição entre as residências
e para o posto de saúde, capela, centro comunitário e escola. Contudo, o gerador quebrou em janeiro de 2013 e desde
então a comunidade está sem eletricidade e água encanada, pois, não há energia para retira a água dos poços amazonas
que abastecem as casas. Alguns moradores utilizam sistemas manuais para captação de água nos poços mais a maioria
é obrigada a utilizar a água do rio para atender as necessidades de cotidianas. Segundo os relatos, muitas foram às
investidas junto a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a prefeitura de Calçoene para tentar sanar o
problema, mas até o momento da realização da pesquisa (26/07/2013) não tinham resposta.
Nenhuma das comunidades tem acesso á agua tratada pela rede de distribuição. A grande maioria dos moradores
consome água de poços ou de outras fontes como igarapé, olhos d’agua ou de minas próximas às residências, o que
aparece classificado com “outra” no Gráfico 6. Muitos utilizam águas captadas direto dos rios.
No que diz respeito à moradia, as casas das comunidades em sua grande maioria são próprias. As moradias de
alvenaria prevalecem com uma pequena margem sobre as de madeira, também, muito presentes, principalmente nas
comunidades ribeirinhas. Vale ressaltar que as construções do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal
em algumas comunidades contribuiu para essa preponderância (Gráfico 8).
Na maioria das casas das comunidades os banheiros são internos, mas são muito comuns os banheiros externos,
principalmente nas moradias de madeira. Algumas residências não possuem banheiro e nesses casos normalmente os
moradores utilizam de vizinhos (Gráfico 9).
A questão do transporte aparece com relevância no gráfico 10, pois, todas as comunidades, exceto as que estão em
áreas urbanas, não dispõem de meios de transporte coletivos. A existência de transporte que lhes permitisse ao menos
buscar com regularidade o tratamento médico na cidade próxima atenderia as necessidades mais emergenciais.
Ainda com relação às condições de saúde nas comunidades, a doença mais presente entre os moradores é a malária.
Enfermidade típica da região, os dados da coleta confirmam altos índices da doença no estado do Amapá. Para coleta
desse dado foi pedido aos entrevistados apontassem as doenças mais comuns no limite de três.
O preparo da gengibirra e do cozido de carne para servir durante os festejos, constantes em muitas comunidades
quilombolas como mostra o Mapa 6, e as ornamentações dos lugares da festa compõem os rituais e marcam a vivência
coletiva do trabalho e a religiosidade de cada grupo.
Mapa 6 – Bebida e comida típica nas comunidades
Outra dimensão explorada nas pesquisas de campo e que compõem o espaço da cultura de todos esses grupos é a
representação que fazem sobre o que é ser quilombola. Para a grande maioria essa é uma representação nova e em
construção. Ela está fortemente associada às questões de reconhecimento por parte do Estado, como a certificação da
Fundação Palmares, o estatuto da associação de moradores, e a representação junto aos movimentos sociais. A
“identidade” quilombola tem também uma forte conotação da luta por direitos e melhores condições de vida.
Considerações Finais
Na primeira parte deste artigo procurou-se situar a localização geográfica das comunidades, as formas de acesso e
sua distância em relação a capital, Macapá. E, ainda, contar, através dos relatos dos entrevistados, dos documentos
levantados junto aos moradores e órgão públicos e trabalhos acadêmicos, a formação da comunidade. Em muitos casos,
a principal fonte de informação foram as narrativas dos moradores.
Vale ressaltar que o próprio termo “comunidade” é usado no trabalho no sentido que os moradores costumam
atribuir ao seu agrupamento, ou seja, um espaço constituído e representado pelo conjunto das moradias, equipamentos
sociais - como escola, centro comunitário e outros – roças, mata, rios e demais elementos que compõe sua
territorialidade e onde se estabelecem suas relações sociopolíticas e econômicas. Para elaboração dessa parte foi
fundamental as anotações do caderno de campo nas viagens até as localidades, as entrevistas e os documentos
apresentados.
Na segunda parte, analisamos as condições socioeconômicas de vida nas comunidades. Essa parte do trabalho esteve
pautada pela explicação da infraestrutura que a comunidade tem ao seu dispor, das condições de moradias, das formas
de trabalho, obtenção de renda, organização econômica e condições de saúde. Sua elaboração foi baseada
principalmente nos dados levantados pelo questionário aplicado aos representantes das famílias de moradores e em
elementos que compunham o laudo antropológico feito durante o trabalho de campo.
Na última parte, buscou-se mapear o denso conteúdo do patrimônio cultural de cada comunidade. As categorias do
Decreto 3.551/2000 ajudaram no recorte analítico, mas a complexidade dessa dimensão escapa a categorização legal e
acadêmica. Procurou-se, no geral, dar voz aos sujeitos da análise para, a partir de seus discursos e práticas – passíveis
de serem percebidas durante o tempo de realização da pesquisa de campo – interpretar os elementos que as
comunidades tomam para si como patrimônio cultural. Para a construção dessa parte foi fundamental o laudo
antropológico produzido na pesquisa de campo, os registros fotográficos, as anotações do caderno de campo dos
pesquisadores e também dados retirados do questionário socioeconômico.
O resultado geral aqui apresentado não esgota nenhuma das dimensões exploradas, mas produz uma síntese do que
são as 28 comunidades que se autoreconhecem com remanescente de quilombos, certificada pela FCP no Amapá, até
janeiro de 2013. Esse artigo permitiu mapear, sem a intensão de promover uma etnografia densa ou uma interpretação
profunda, o patrimônio cultural desses remanescentes de quilombos no estado do Amapá.
O’DWYER, Eliane Cantarino (org.). Quilombos: identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2002.
LEITE, Ilka Boaventura. Os Quilombos no Brasil: Questões Conceituais e Normativas. In Etnográfica, Vol. IV (2),
2000, pp. 333-354
LEITE, Ilka Boaventura. Humanidades Insurgentes: Conflitos e Criminalização dos Quilombos. In ALMEIDA, Alfredo
Wagner Berno de (Org.). Cadernos de debates Nova Cartografia Social: Territórios quilombolas e
conflitos. Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia/UEA Edições, 2010.
MAIA, Joseane. Herança Quilombola Maranhense: histórias e estórias. São Paulo: Paulinas, 2012.
SILVA, Marcelo Gonçalves da. Territórios Quilombolas no Estado do Amapá: Um Diagnóstico. In Anais do XXI
Encontro Nacional de Geografia Agrária.Uberlandia/MG, 15 a 19 outubro de 2012. Disponível
em: www.lagea.ig.ufu.br/xx1enga/anais_enga_2012/eixos/1308_1.pdf Acesso em 04/03/2014.
SILVA, Gutemberg de Vilhena. A Cooperação Transfronteiriça entre Brasil e França: Ensaios e Expectativas
neste século XXI. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), 2013.
GOMES, Flávio dos Santos. (org.). Nas terras do Cabo Norte: Fronteiras, Colonização e Escravidão na Amazônia
Brasileira (séculos XVII-XIX). Belém, Editora Universitária/UFPA, 1999.
Notas
1 No estado do Amapá, 72% do território do Estado são protegidos. As terras públicas estão distribuídas entre o controle da FUNAI,
(6,30%); IBAMA, (30,96%) INCRA, (40,45%), e apenas 40.605 km2 (22,27%) está sob o controle do governo do estado.
2 Trabalho resultado de pesquisa financiada pela Fundação Cultural Palmares (Edital nº 002/2012). Agradecemos aos
pesquisadores Manoel Azevedo de Souza, Christianni Lacy Soares e Milleny Chaves Rodrigues pela colaboração em campo e
elaboração dos resultados
3 O zimba é um ritmo dançado nas festas dos santos. A coreografia se assemelha com o carimbó dançado no Pará, mas o ritmo é
diferente, mais rápido, além da marcação de 02 tambores e 02 varas que faz do zimba uma singularidade do Cunani
Autores
Eliane Superti
Docente na Universidade Federal do Amapá. Pesquisadora do Observatório das Fronteiras do Platô das Guianas (OBFRON) e
Líder do Grupo de Pesquisa Direitos Sociais Cultura e Cidadania, esuperti@gmail.com