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2003
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MPRA Paper No. 38318, posted 28 Feb 2014 12:39 UTC
ESTRUTURA DO MERCADO BRASILEI RO
DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS1
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo estudar a estrutura do setor de flores e plantas
ornamentais do Brasil e verificar as perspectivas de suas inserções no comércio internacional,
pois nos últimos anos têm ocorrido esforços na estruturação do mercado, ampliação do mix de
espécies e variedades, profissionalização dos agentes da cadeia produtiva e maior facilidade de
acesso a novas tecnologias de produção. Foi analisada a estrutura deste setor, tendo como refe-
rência o ano de 2000, com base na teoria insumo-produto e nos métodos de construção de ma-
trizes para obtenção do modelo de insumo-produto e para o cálculo de multiplicadores, índices
de ligações (Rasmussen-Hirschman e puros) e campos de influência. Os resultados permitem
entender melhor o impacto desse setor na economia brasileira e avaliar sua competitividade e
desempenho no mercado internacional.
ABSTRACT: The objective of this paper is to analyze the structure of the flower and orna-
mental plants sector of Brazil and to verify the perspectives of its insertion in the interna-
tional traded. The last years have seen efforts towards structuring the market, increasing the
species and varieties mix, professionalizing the producttion chain actors and easing the access
to new production technology. Starting with reference year 200, we analyzed the sector´s
structure based on both the input-output theory and the matrix construction methods in order
to obtain the input-output model and to calculate the multipliers, linkage indexes (Rasmus-
sen-Hirschman and pure indexes) and influence fields. The results provided a better under-
standing of the impact of this sector on the Brazilian economy and an evaluation of its com-
petitiveness and performance in the international market.
1Versões preliminares deste trabalho foram apresentadas no XLI Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 27 a
30/07/2003, em Juiz de Fora (MG) e no II Encontro de Estudos Regionais e Urbanos, 25 e 26/10/2002, na FGV-SP. Os autores agra-
decem os comentários e sugestões recebidos.
Engenheira Agrônoma, Mestre, Pesquisadora Científica do Instituto de Economia Agrícola (e-mail: lcanefal@iea.sp.gov.br).
2
3Economista, Professor Titular da Universidade de São Paulo (USP) e Professor Associado do Regional Economics Applications Labo-
ratory (REAL) da University of Illinois, EUA e Pesquisador do CNPq (e-mail:guilhoto@usp.br).
Insumos
Mercado
internacional
Supermercados, floriculturas, decoradores, funerárias e
floras
Consumidor final
Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), CEASA- regiões produtoras, tanto em termos de área cultiva-
Campinas e Veiling Holambra, todos localizados no da como de valor da produção, são: Mogi-Mirim,
Estado de São Paulo. Bragança Paulista, Mogi das Cruzes, Campinas,
De acordo com o Ministério da Agricultura, Sorocaba, Itapetininga e Registro. A região de Ati-
há 50 mil pessoas prestando serviços para 2.500 baia, por exemplo, concentra 65% dos produtores do
produtores do setor de flores, sendo que a maio- Estado e cerca de 90% de sua produção é comerciali-
ria se encontra na categoria de pequenos e médios zada no Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP), da
empresários (FLORES, 2001). Ao se considerar que CEAGESP, e no Mercado Permanente da CEASA-
há cerca de 15 pessoas, em média, por hectare, Campinas (INFORMATIVO, 2001).
trabalhando na produção de flores e plantas or- Em relação ao Estado de São Paulo, além da
namentais (ALMEIDA e AKI, 1995), são gerados CEAGESP e CEASA-Campinas, deve-se destacar tam-
aproximadamente 72.750 empregos no Brasil, no bém a atuação do Veiling-Holambra, onde se con-
setor de flores, dos quais São Paulo agrega 71,3% centram grandes produtores, diferenciando-se dos
da mão-de-obra (Aki, 1999, citado em BRASIL, demais pela sua comercialização e pelo uso de tecno-
2001). logia na produção de flores. A figura 3 apresenta
valores da comercialização de flores, nesses canais,
de 1998 a 2001, com valores estimados por Kiyuna et
2.1 - Mercado Interno al. (2002) para a CEAGESP, da ordem de 5% ao ano
para 2000 e 2001, e para CEASA-Campinas, com a-
A produção de flores e plantas ornamentais créscimo de 30%, para os meses de setembro a de-
concentra-se principalmente na Região Sudeste do zembro de 2001 em relação a 2000.
Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, De acordo com Castro et al. (1992), citado em
que representa 74,5% do valor da produção nacional Smorigo (2000), as flores e plantas ornamentais pos-
(dados de 1999, citado em BRASIL, 2001) (Figura 2). suem a seguinte classificação comercial: flores de
De acordo com Kiyuna et al. (2002), suas principais corte (rosa, crisântemo, lírio, cravo, gladíolo, entre
Sudeste (80,6%)
Figura 2 - Participação das Regiões nas Vendas Internas de Flores e Plantas Ornamentais, Brasil, 1999.
Fonte: Brasil (2001).
100.000.000
90.000.000
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
1998 1999 2000 2001
Figura 3 - Comercialização de Flores e Plantas Ornamentais, por Canal de Comercialização dos Produtores, Estado de São Paulo, 1998-2001.
Fonte: Elaborada a partir de Kiyuna et al. (2002).
outras), flores de vaso (violeta, crisântemo, antúrio, plantas envasadas, mudas de plantas ornamentais e
azaléia, begônia, etc.), plantas de interior e paisagis- outros produtos de floricultura.
mo (samambaia, palmeira, etc.), flores e plantas tro- Apesar de a CEAGESP possuir em torno de 30%
picais (helicônia, estrelítzia, entre outras) e folhagens de participação nas vendas em relação ao CEASA-
(gypsofila, cipreste, etc). Arruda; Olivette; Castro Campinas e Veiling Holambra, ela dispõe de uma
(1996) dividiram as flores e plantas ornamentais em série histórica do valor da produção de várias flores e
quatro grupos: flores e folhagens de corte, flores e plantas, nela comercializadas, e que podem auxiliar
14.000,00
12.000,00
Valor da produção (mil R$)
10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
1994 1995 1996 1997 1998 1999
Ano
Figura 4 - Valores da Produção das Principais Flores de Corte, Estado de São Paulo, 1995 - 1999.
Fonte: Elaborada a partir de dados da CEAGESP (1994).
tária constituem-se nos principais entraves às expor- internacionais têm sido atraídas para investirem no
tações brasileiras. Brasil. Esse é o caso da Brasil Cargo Infra-Estrutura
Aki (1997) destaca que há muitas divergências Ltda., com investimentos iniciais de US$345 milhões
entre cada um dos agentes da cadeia (distribuição para a construção de um parque industrial no Muni-
interna), produtores, atacadistas, varejistas, e que cípio de Mogi-Mirim, contando inclusive com com-
tem havido um estímulo crescente à produção de plexo multimodal de transportes e uma Estação
flores nas mais diversas regiões sem que tenham Aduaneira do Interior (EADI), para armazenamento,
ocorrido ações coordenadas quanto às melhores va- embalagem e desembaraço das mercadorias envia-
riedades a serem utilizadas ou mesmo quanto à ca- das ao exterior, principalmente para Europa e EUA
pacidade do mercado em absorver a maior quanti- (STUANI, 2000).
dade de flores, nem sempre de boa qualidade. Além disso, mais recentemente foi criada a
Com o intuito de aumentar a produtividade joint venture BallVanZanten, pela união comercial
da produção de flores para atingir o mercado exter- entre a Van Zanten Schoenmaker (maior produtora
no, tem havido um deslocamento das regiões produ- de mudas de crisântemos do Brasil, de origem ho-
toras da tradicional Holambra (que conta com a coo- landesa) e a Ball Horticultural (maior produtora de
perativa Holambra, onde estão inseridos 150 produ- sementes de flores do mundo, sede em Chicago).
tores) em busca de outros locais com climas mais Essa nova empresa tem por principal objetivo co-
adequados ao seu plantio, destacando-se os Estados mercializar plugs (estágio intermediário entre a se-
do Ceará e Minas Gerais. mente e a muda), que apesar de serem mais eficien-
Por outro lado, com as boas perspectivas do tes economicamente, ainda são pouco utilizados no
programa brasileiro de incentivo às exportações do Brasil (LÍDERES, 2001). Deve-se destacar que a inser-
agronegócio (que inclui agora também o setor de flo- ção dessas novas empresas no Brasil, certamente está
res, por meio do programa FloraBrasilis9), empresas relacionada à implantação da Lei de Patentes e Cul-
9O Programa Brasileiro de Exportação de Flores e Plantas Or- firmado em outubro de 2000, para que fosse conduzido em
namentais (FloraBrasilis) foi criado pelo governo brasileiro por quatro anos nas regiões com produção organizada, com vistas a
meio de convênio entre o Instituto Brasileiro de Floricultura expandir o mercado brasileiro para Alemanha, Holanda, Japão
(IBRAFLOR) e a Agência de Promoção de Exportações (APEX), e Estados Unidos.
tivares, fazendo com que empresas fornecedoras de neamente todos os preços na economia a partir de
sementes dos Estados Unidos e Holanda tenham noções de equilíbrio geral.
interesse em se expandir em vários países (SANTA- De acordo com Miller e Blair (1985) os n se-
NA, 1997). tores da economia possuem relações fundamentais
É interessante observar que essa empresa veio com a teoria de insumo-produto expressas pela
competir com outras já instaladas no Brasil, como a equação (1).
Agroflora-Sakata, que tem disponibilizado aos pro-
n
dutores brasileiros entre 20 e 30 sementes novas (de
origem japonesa), todos os anos. Dentre as novas ∑z
j =1
ij + Ci + Gi + I i + Ei = X i (1)
mentos representam a proporção dos insumos por pode-se também considerar como setores-chave
unidade do produto final fixa. aqueles que apresentarem índices de ligação para
frente ou para trás, maiores que 1 em situações com
AX + Y = X (2) nível de agregação mais alto dos setores.
dução, seu uso é mais adequado para valores mais a) Índice puro de ligação para trás do setor i :
altos (SILVEIRA, 2000). IPTi = ∆r Ari ∆ i Yi
Uma outra forma de se analisar esses índices é Esse índice fornece o impacto puro do valor
normalizá-los, ou seja, dividir o valor da produção da produção total do setor i sobre o resto da econo-
média, em cada setor, pelo valor médio na econo- mia.
mia, conforme foi utilizado por Marjotta-Maistro e b) Índice puro de ligação para frente do setor i :
Guilhoto (2000). Além desse estudo, outros foram IPFi = ∆i Air ∆r Yr
realizados abordando aspectos distintos da realida- Esse índice fornece o impacto puro do valor da
de brasileira, como os de Montoya Rodrigues (1998), produção total do resto da economia sobre o setor i.
Crocomo (1998), Furtuoso (1998), Moretto (2000), c) Índice puro de ligação total do setor:
Rodrigues (2000) e Silveira (2000). IPtotal i = IPTi + IPFi
A partir dos índices puros de ligações pode-se
representar um sistema de insumo-produto para da-
do setor i e o resto da economia, com base na matriz 3.1.3 - Campos de influência
A (equação 6), matriz de coeficientes de insumos
diretos de dimensão n x n. Esse conceito foi desenvolvido por Sonis e
Hewings (1989, 1994). Complementa a análise dos
A Air índices de ligações de Rasmussen-Hirschman, pois
A = ii
Arr
(6) facilita a visualização dos setores que mais influen-
Ari ciam o processo produtivo a partir de suas relações
Onde: com os demais setores da economia.
Aii = matriz que representa os insumos diretos do Para calcular o campo de influência utiliza-se
setor i; as matrizes A (matriz de coeficientes técnicos de
Arr = matriz que representa o resto da economia; produção) e E (matriz de variações incrementais nos
Ari = matriz dos insumos diretos comprados pelo coeficientes diretos de insumo). As inversas dessas
setor i do resto da economia; matrizes são representadas, respectivamente, por L,
Air = matriz dos insumos diretos comprados pelo que é a matriz inversa de coeficientes técnicos de
L = [ I − A] = aij , e por
−1
resto da economia do setor i. produção, ou seja,
A partir da matriz A pode-se obter a sua in- L(ε ) , que é a matriz inversa de variações incremen-
versa (L) e substituí-la na equação (3): tais nos coeficientes diretos de insumo, ou seja,
L(ε ) = [ I − A − ε ] = lij (ε ) . A equação (7) apresen-
−1
X i ∆ ii 0 ∆ i 0 I Air ∆ r Yi
X = 0 ∆ rr 0 ∆ r Ari ∆ i I Yr
ta a matriz do campo de influência.
r
[L(ε )−L ]
F (ε ij ) =
ij
Onde: (7)
ε ij
∆ r = (I − Arr ) , ∆rr = (I − ∆r Ari ∆i Air )
−1 −1 Onde: F (ε ij ) = matriz n x n do campo de
influência do coeficiente a ij (da matriz A).
∆i = (I − Aii ) , ∆ii = (I − ∆i Air ∆r Ari )
−1 −1 Os coeficientes diretos que possuem o maior
campo de influência estão relacionados aos maiores
valores de S ij (equação 8).
Essa equação permite calcular o conjunto de ín-
dices puros para ordenar os setores e avaliar a sua im-
[ ]
n n 2
portância relativa dentro do processo produtivo (GUI-
S ij = ∑∑ f kl (ε ij ) (8)
LHOTO; SONIS; HEWINGS, 1996), descritos a seguir. k =1 l =1
De acordo com Miller e Blair (1985), os mul- Tanto o multiplicador de emprego tipo I como
tiplicadores são importantes indicativos dos im- tipo II (equações 11 e 12, respectivamente) indicam o
pactos que ocorrem na economia e permitem veri- número de pessoas empregadas por unidade mone-
ficar quais os setores afetam mais o sistema eco- tária adicional de demanda final para cada um dos
nômico a partir de alterações exógenas ao modelo setores j , pois ele é dado em unidades físicas.
em relação a variáveis de interesse, como produ-
ME j = ∑ (wn+1,i ⋅ bij )
ção, renda, emprego e exportação. Se for conside- n
(11)
rado o consumo das famílias como variável deter-
i =1
minada fora do modelo, tem-se o multiplicador
tipo I, ou seja, obtém-se o quanto um setor deverá
Onde: wn+1,i = número de empregos por unidade
produzir para que se obtenha uma unidade a mais
monetária produzida.
na demanda final. Ao incluir o consumo das famí-
lias no modelo pode-se obter seus efeitos diretos
ME j = ∑ (wn+1,i ⋅ bij )
n
(sobre o próprio setor), indiretos (sobre os demais (12)
setores) e induzidos (por meio do consumo endo- i =1
b) Para estimar o consumo intermediário a preço bá- ces de ligação de Rasmussen-Hirschman e puros
sico, o valor da diferença obtida no primeiro pas- normalizados para identificar os setores-chave, os
so foi então redistribuído entre os demais produ- campos de influência para conhecer quais os setores
tos empregados no consumo intermediário, atra- que mais impactam os demais setores, os multipli-
vés desse valor pela porcentagem do coeficiente cadores de produção, renda e emprego e alguns ín-
do consumo intermediário, que antes era dirigida dices complementares para auxiliar na análise das
aos respectivos produtos a preços de mercado. exportações.
c) O coeficiente para o valor adicionado a custo de Observa-se que ao analisar o índice de Ras-
fatores foi obtido pela diferença entre um e o coe- mussen-Hirschman (RH) pelo conceito restrito os
ficiente do consumo intermediário, pois os subsí- setores 6 (siderurgia), 8 (outros metalúrgicos), 15
dios e os outros impostos sobre a produção foram (celulose, papel e gráfica), 19 (químicos diversos), 22
considerados iguais a zero. (indústria têxtil) e 36 (transportes) destacam-se como
d) Os coeficientes para o excedente operacional bru- setores-chave (Figura 5). Se for desconsiderada essa
to e para as remunerações foram redistribuídos restrição, verifica-se que o setor de agropecuária
em parcelas para os seus subitens, segundo os pode também ser considerado setor-chave, uma vez
percentuais que esses representavam no exceden- que os outros setores demandam muitos insumos de-
te operacional bruto e nas remunerações do setor le, ou seja, possui índice de ligação para frente maior
agropecuário. que 1. O setor de flores, por outro lado, apresenta
Os valores resultantes desses procedimentos índice para trás maior que 1, indicando que é um
foram multiplicados pelo valor da produção do setor forte demandante de insumos dos demais setores.
flores para o ano 2000 (R$322 milhões), gerando to- Como a abordagem de Rasmussen-Hirschman
dos os dados da coluna do setor flores na matriz de não leva em conta o nível de produção de cada setor
Usos e Recursos. Em cada linha foi subtraído o valor é interessante analisar os índices puros de ligação, a
encontrado para o setor flores para compor o da fim de melhor dimensionar as interações entre os
agropecuária. A construção da matriz de Usos e Re- setores em termos do valor da produção.
cursos prosseguiu com a inclusão de uma linha refe- As figura 6 a 8 apresentam os índices puros
rente ao destino da produção do setor flores. Verifi- normalizados para frente, para trás e total, respecti-
cou-se que o produto flores se destina ao próprio vamente. Na tabela A.1.1 do Anexo 1 estão relacio-
setor, para serviços prestados à família (suposto igual nados esses índices e seus respectivos números de
a 5% do valor da produção), para a exportação e para ordem. Se for utilizado o conceito não-restrito para
o consumo das famílias. Esses valores foram subtraí- analisar os setores-chave observa-se que os setores
dos da linha de outros produtos agropecuários. agropecuária, refino de petróleo, comércio e serviços
prestados à empresa destacam-se em relação aos
demais, tendo como referência o índice puro norma-
5 - RESULTADOS E DISCUSSÕES lizado para frente. Os setores construção civil, co-
mércio, serviços prestados à família e administração
O modelo insumo-produto utilizado funda- pública possuem forte ligação para trás.
mentou-se na tecnologia baseada na indústria. A Deve-se ressaltar que apesar do índice de
partir do valor da produção do setor de flores e plan- Rasmussen-Hirschman indicar o setor de flores co-
tas ornamentais de R$322 milhões concluiu-se que o mo setor-chave, ao se utilizar esse outro enfoque, a
consumo intermediário correspondeu, em 2000, a ponderação pelo nível de produção da floricultura,
35,8% e a demanda final a 64,2% (Tabela 2). Nesse que é muito pequeno quando comparado aos de-
modelo as reexportações foram consideradas nulas. mais setores, força uma redução drástica nos índices
A partir desses dados foram obtidos os índi- de ligações para frente e para trás.
Tabela 2 - Fluxo Circular da Matriz Insumo-Produto para o Setor de Flores e Plantas Ornamentais, 2000
Valor Valor total da produção
Item
(R$ mil) (%)
A - Produto flor 99.171 30,8
B - Serviços prestados à família 16.100 5,0
C - Consumo intermediário = A+B 115.271 35,8
D - Exportações 21.777 6,8
E - Consumo das famílias 184.952 57,4
F - Demanda final = D+E 206.729 64,2
G - Valor total da produção = C+F 322.000 100,0
Fonte: Dados da pesquisa.
3.5
18
3.0 2
2.5
Índice para frente
35
2.0
33 6
1.5
3615 19
4 40
8 22
1.0 9 7
37 38 17
5 21 16
13 31 1 30
42 39 3 29
41 11 32 14 26 10
25 27
0.5 43 34 20 12 2423 28
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4
Índice para trás
Figura 5 - Síntese dos Padrões de Comportamento dos Índices RH para os 43 Setores Brasileiros, 2000.
Fonte: Dados da pesquisa.
6,0
5,6
5,2
4,8
4,4
4,0
3,6
3,2
2,8
2,4
2,0
1,6
1,2
0,8
0,4
0,0
Agropec. exceto flore s
Fab.calçad os
Comércio
Flores
Constr. civil
Ind. café
Art. vestuário
Comunicações
Transportes
Siderurgia
Abate animais
Ind. têxtil
Adm. pública
Fab. óleos veg.
S.I.U.P.
Ind. borracha
Petróleo e gás
Eq. eletrônicos
Art. plásticos
Extrat. mineral
Refino petróleo
Máq. e equip.
Aluguel imóveis
Fab. açúcar
Met. não ferrosos
Elem. Químicos
Ind. laticínios
Outros metal.
Ind. diversas
Madeira e mobiliário
Mineral não met.
Quím. diversos
Farmac. e veterinária
Inst. financeiras
Autom./caminhões
Setores
Figura 6 - Índices Puros Normalizados de Ligações para trás.
Fonte: Dados da pesquisa.
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
2,4
2,8
3,2
3,6
4,0
-0,2
0,2
0,6
1,0
1,4
1,8
2,2
2,6
3,0
3,4
3,8
4,2
4,6
5,0
5,4
Flores
Flores
Agropec. exceto flores
Agropec. exceto flores
Extrat. mineral
Extrat. mineral
Petróleo e gás
Art. vestuário
Setores
Setores
Fab.calçados Fab.calçados
Ind. café Ind. café
Benef. prod. vegetais Benef. prod. vegetais
Abate animais Abate animais
Ind. laticínios Ind. latic ínios
Fab. açúcar Fab. açúcar
Fab. óleos veg . Fab. óleos veg.
S.I.U.P. S.I.U.P.
Comércio Comércio
Transportes Transportes
Comunicações Comunicações
Setores compradores
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
1
3
5
7
9
11
13
15
Setores vendedores
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
56
Multiplicadores de produção
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
M ultiplicadores de em prego Flores
Agropec. Exceto flores
100
105
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
0
5
Extrat. Mineral
Flores Petróleo e Gás
A gropec. Excet Mineral não Met.
Extrat.
fl M iner Siderurgia
Petróleo e G
Met. Não ferrosos
M ineral não M e
Outros metal.
Siderurgi
M et. N ão ferros Máq. E equip.
Outros m et Mat. Elétrico
M áq. E equi Eq. Eletrônicos
M at. Elétric Autom./caminhões
Eq. Eletrônic Peças e outros veic.
A utom ./cam inhõ Madeira e mobiliário
Peças e outros veic Celulose, papel e gráf.
M adeira e m obiliári Ind. Borracha
Celulose, papel e gr
Elem. Químicos
Ind. Borrach
Refino petróleo
Elem . Quím icos
Anefalos; Guilhoto
Refino petról Quím. Diversos
Quím . D iversos Farmac. e veterinária
Farm ac. e veterinári Art. Plásticos
Tipo 1
Setores
A rt. Plástic Ind. Têxtil
Tipo 1 Tipo 2
Setores
Tipo 2
Ind. Caf Benef. Prod. Vegetais
Benef. Prod. Ve getais
Abate animais
A bate anim a
Ind. Laticínios
Ind. Laticíni
Fab. Açúc Fab. Açúcar
Fab. Óleos ve Fab. Óleos veg.
Outros prod. A l Outros prod. Alim.
Ind. Divers Ind. Diversas
S.I.U.P S.I.U.P.
Constr. Civ Constr. Civil
Com érci Comércio
Transportes
Transportes
Com unicaçõ
Comunicações
Inst. Financeir
Inst. Financeiras
Serv. Prest. Fam íl
Serv. Prest. Em pre Serv. Prest. Família
A luguel im óveis Serv. Prest. Empresa
A dm . Pú b lica Aluguel imóveis
Serv. priv. N ão m erca Adm. Pública
Serv. priv. Não mercantis
Estr utur a do Mer cado Br asileir o de Flor es e Plantas Or namentais 57
190000000
180000000
170000000
160000000
150000000
Multiplicadores de renda
140000000
130000000
120000000
110000000
100000000
90000000
80000000
70000000
60000000
50000000
40000000
30000000
20000000
10000000
0
Autom./caminhões
Comunicações
Elem. Químicos
Adm. Pública
Madeira e mobiliário
Máq. E equip.
Comércio
Peças e outros veic.
Outros metal.
Eq. Eletrônicos
Ind. Diversas
Aluguel imóveis
Fab. Açúcar
Extrat. Mineral
Abate animais
Ind. Borracha
Art. Vestuário
Constr. Civil
Ind. Café
Celulose, papel e gráf.
Petróleo e Gás
Art. Plásticos
Mineral não Met.
Ind. Laticínios
Ind. Têxtil
Siderurgia
Inst. Financeiras
S.I.U.P.
Flores
Transportes
Setores
Tipo 1 Tipo 2
Além desses indicadores, foi analisada a gera- valor adicionado em relação aos insumos, enquanto
ção de empregos direta, indireta, induzida e total em o segundo possui uma relação inversa, apesar de
cada setor para cada R$1 milhão produzido (Figura menos expressiva que o agropecuário (Tabela 3).
13). Na tabela A.1.3 do Anexo 1 encontram-se os Sob o ponto de vista do mercado externo, ao
valores desses indicadores. Ao comparar o setor de se analisar o valor das exportações de flores por
flores com os demais setores, observa-se que ele unidade de produção constata-se que possui valor
possui uma capacidade muito maior de gerar em- pouco expressivo, provavelmente por ser um setor
pregos diretos e indiretos, respectivamente, 225,93 e ainda incipiente nesse tipo de transação e muito
121,38, do que o setor agropecuário que possui direcionado ao mercado interno (Figura 14).
107,17 de empregos diretos e 31,15 de empregos
indiretos por R$1 milhão produzido. A partir dessa
informação constata-se que o setor de flores precisa 6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
de multiplicador de emprego relativamente pequeno
para gerar muitos empregos. Assim, se houver Apesar de o setor estar se mobilizando para
maior crescimento desse setor pode haver maiores melhorar seus indicadores de desempenho, há ainda
perspectivas de captação de mão-de-obra, superio- poucos indícios de que os processos de mudanças
res, inclusive ao setor agropecuário. estruturais da floricultura tenham sido implementa-
Como complemento a esse indicador, ao se dos em sua plenitude. Com relação às exportações, o
comparar os setores agropecuário e de flores verifi- setor ainda apresenta-se pouco desenvolvido, po-
ca-se que o primeiro possui participação superior do dendo melhorar significativamente seu desempe-
Tabela 3 – Participação do Valor Adicionado e dos Insumos nos Setores Agropecuário e de Flores e Plantas
58
Flores e plantas ornamentais
Agropecuário
Setor
Valor das exportações por unidade de produção
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Flores Geração de empregos
Agropec. excet o flores
100
200
300
400
500
600
Extrat. mineral
0
Petróleo e gás Flores
Mineral não met. Agropec. exceto flores
Siderurgia Extrat. mineral
Met. não ferrosos Petróleo e gás
Outros metal. Mineral não met.
Máq. e equip. Siderurgia
Mat. elétrico Met. não ferrosos
Eq. eletrônicos Outros metal.
Autom./caminhões Máq. e equi p.
Peças e outros veic. Mat. elétrico
Madeira e mobiliário Eq. eletrônicos
Celulose, papel e gráf.
Autom./caminhões
Peças e outros veic.
Ind. borracha
Emp. diretos
Participação do valor adicionado
A preço básico
Madeira e mobiliário
Elem. químicos
Celulose, papel e gráf.
Refino petróleo
Anefalos; Guilhoto
Ind. borracha
Quím. diversos
Elem. químicos
(em %)
Farmac. e veterinária
Refino petróleo
Art. plásticos
7,39
Setores
0,11
Quím. diversos
Emp. indiretos
Ind. têxtil
Farmac. e veterinária
Art. vestuário
Art. plásticos
Setores
Fab.calçados Ind. têxtil
Ind. café Art. vestuário
Benef. prod. vegetais Fab.calçados
A custo de fatores
Abate animais Ind. café
Emp. induzidos
Ind. laticínios Benef. prod. vegetais
Fab. açúcar Abate animais
Fab. óleos veg. Ind. laticínios
Outros prod. alim. Fab. açúcar
Ind. dive rsas Fab. óleos veg.
7,98
0,11
Emp. total
Comércio
S.I.U.P.
Constr. civil
Transportes
Comércio
Comunicações
Transportes
Inst. financeiras
Comunicações
Serv. prest. família
Inst. financeiras
Participação dos insumos
nho, dado que o Programa FloraBrasilis está incenti- cado de flores. Agroanalysis, Rio de Janeiro, v. 15, n. 9, p.
8-11, set. 1995.
vando os agentes do setor a torná-lo mais competiti-
vo internacionalmente, podendo, inclusive, conduzir ARRUDA, S. T.; OLIVETTE, M. P. A.; CASTRO, C. E. F. Diag-
nóstico da floricultura no estado de São Paulo. Revista
a melhores níveis de qualidade interna do produto.
Brasileira de Horticultura Ornamental, São Paulo, v. 2, n.
As informações do multiplicador de produção 2, p. 1-18, 1996.
tipo II indicam que a endogeneização do consumo
ARRUDA, S. T.; MATSUNAGA, M.; VALERO NETO, J. Sistema
das famílias na demanda final tem impacto maior de cultivo e custos de produção do crisântemo de vaso: um
nesse setor do que nos demais. Como a maior parte estudo de caso. Informações Econômicas, São Paulo, v. 26,
da produção está direcionada ao consumidor final, n. 4, p. 31-38, abr. 1996.
alterações nas políticas econômicas que afetem dire- BRASIL: mostra sua flora. Informativo Ibraflor, v. 7, n. 23,
tamente os componentes da demanda final da eco- mar. 2001.
nomia terão influência direta na expansão ou retra- CEAGESP. Preços deflacionados pelo IGP-DI, ago. São
ção desse setor. Paulo, 1994.
Outro ponto importante a ser ressaltado diz CROCOMO, F. C. Análise das relações inter-regionais e
respeito aos setores-chave da economia, obtidos por intersetoriais na economia brasileira em 1985: uma apli-
meio dos índices de Rasmussen-Hirschman e puros cação de insumo-produto. 1998. 179 p. Tese (Doutorado) -
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universi-
normalizados, cujos conceitos são distintos. Enquan- dade de São Paulo.
to o primeiro indica a floricultura como chave para a
DEMARCHI, C. Guerra das flores movimenta os trópicos.
economia, o segundo índice apresenta ligações para
Gazeta Mercantil Latino-Americana, 28 fev.-04 mar. 2001.
frente e para trás pouco significativos, pois esse setor p. 7-8.
possui nível de produção pequeno quando compa-
FLORES E PLANTAS. Agronegócios, n. 35, 2001. (Disponível
rado aos demais setores. em: <www.bb.com.br/por/noticias/publicacoes/
Merece destaque também o indicador de rce/pubRCEfichaartigo.asp>.
geração de empregos, cujos resultados mostram que FURTUOSO, M. C. O. O produto interno bruto do complexo
o setor de flores apresenta um potencial de expan- agroindustrial brasileiro. 1998. 278 p. Tese (Doutorado) -
são. Assim, se houver a implementação de políticas Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universi-
dade de São Paulo.
direcionadas para o setor agropecuário, especial-
mente para o de flores, no sentido de incentivar o GRAÇA, L. R.; SILVA, G. M. B. Produção de flores e plantas
ornamentais: custos e rentabilidade de algumas espécies
desenvolvimento do setor, direcionando-o para o
na região de Curitiba, 2001. Curitiba: [s.n.], 2002
mercado externo, poderá repercutir em incremento
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