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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Por Andreza Pires, Arthur Esdras, Lucas Moura e Luiz Gomes

A eletricidade é uma constante em nossas vidas na atualidade. Não nos imaginamos


sem luz, computadores, celulares e todos os outros produtos eletrônicos e eletrodomésticos
que utilizam cargas elétricas. Sendo ela tão presente, o seu estudo é imprescindível, e é
justamente na eletrostática que analisamos e estudamos as propriedades e o comportamento
das cargas elétricas.

O desenvolvimento da física assim como de outras ciências se dá de maneira


gradativa, onde um físico estuda certo aspecto e postula leis ou teorias. Dessa forma o físico
adiante pode trabalhar em cima dos estudos feitos anteriormente, assim sendo, podemos
concluir que o conhecimento da física não se dá através da queda de uma maçã.

Desta forma podemos falar do desenvolvimento da eletricidade, partindo do filósofo


grego chamado Tales de Mileto, que ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro,
observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo
próprio âmbar.

Sucedendo os gregos começamos a intensificar os estudos acerca dos conceitos sobre


os efeitos eletrostáticos e magnetostásticos. O físico Gardano é o primeiro a diferenciar as
propriedades do âmbar e do imã.

Já Willian Gilbert, físico britânico postulou a teoria do effluvium a qual diz o seguinte:
Que determinados corpos quando atritados emitiam um effluvium, o qual seria liberado pelo
calor gerado no corpo.

Este pode ser considerado um grande passo no avanço da nossa compreensão atual da
eletricidade já que, começamos a ter uma ideia de movimento, hoje explicado pelos elétrons,
além de ser precursor do conceito de campo, introduzido no inicio do século XIX.

Partindo de como já foi dito acima a respeito do desenvolvimento da física Nicolo


Cabeo introduz o conceito de repulsão elétrica.

Após todo esse mar de teorias e postulados, restam três aspectos importantes a
destacar: 1- A existência de eletricidade vítrea (hoje conhecida como positiva) 2- A existência
de eletricidade resinosa (hoje conhecida como negativa) 3-Fluido elétrico (Segundo a teoria
de B. Franklin quando tivesse excesso desse fluido à carga seria positiva e representada pelo
sinal +, quando o caso é contrario representamos pelo sinal -).

Os processos de eletrização que foram ao longo da historia descobertos são a


eletrização por atrito, a eletrização por contato e a eletrização por indução. Na eletrização por
atrito dois corpos são atritados ou esfregados um no outro tendo ao final um corpo eletrizado
positivamente e outro negativamente. No segundo processo temos um corpo já eletrizado
colocado em contato com outro corpo não eletrizado ou neutro que através da passagem de
elétrons adquire uma determinada carga elétrica. Enquanto que na terceira, por indução, não
há o contado entre os corpos, a eletrização acontece por simples aproximação do corpo
eletrizado ao neutro.

O gerador de Van Der Graaff é uma


máquina capaz de gerar uma diferença de potencial
muito grande. Foi desenvolvido pelo físico que a
nomeia por volta do ano de 1929, basicamente é
composto por duas polias (C, na parte superior e D,
na parte inferior da estrutura), duas agulhas (A, na
parte superior e B, na parte inferior da estrutura),
uma cinta larga (E), um motor, uma esfera oca (F)
e duas hastes feitas de fio de cobre. Tais elementos
se dispõem de forma que as duas polias estejam
distantes verticalmente e unidas pela cinta, num
sistema semelhante a uma bicicleta, onde as polias
seriam representadas pela roda dentada e pelo eixo
traseiro e a corrente seria a tal cinta. Próximo de
cada um dos eixos das polias está uma agulha, a
Figura 1 – Gerador de Van Der Graaff
esfera oca se situa no topo da estrutura, sendo sua
base as duas hastes, seguidas pelo motor e o
composto da segunda polia. Uma dada polia D de material diferente de uma cinta larga E são
tais que no movimento desempenhado pela polia em conjunto com a cinta, carregam-se por
atrito com cargas de mesma quantidade e sinais diferentes (à exemplo, a carga da superfície
da polia é positiva e a da cinta negativa), devido à menor superfície da polia em relação à
cinta, a densidade de sua carga é maior; De acordo com o Poder das Pontas, uma agulha ao
ser colocada a altura do eixo, próximo à superfície de tal cinta produz um campo elétrico entre
a ponta da agulha e a superfície da polia, dado isto, as moléculas de ar ao redor destas
estruturas se ionizam possibilitando que a ponta atue como uma ponte permitindo que as
cargas circulem da ponta à cinta; As cargas negativas que passam pela tal ponte tendem a ir
em direção à polia, porém a cinta se encontra no meio, assim elas se depositam na cinta, que
por estar em contato com a polia cancela parte de sua carga; Tendo em vista o movimento
desempenhado pela cinta, a mesma se move para cima, e quando a carga transportada pela
cinta atinge o topo da estrutura e entra em contato com a agulha A, a carga se transfere para a
superfície da esfera oca F, e continua a se repetir o processo;
É preciso que saibamos o conceito de uma descarga elétrica, segundo o dicionário
Aulete Digital é a condução de eletricidade por meio de um gás ou a partir de uma bateria ou
capacitor.

Há uma espécie de descarga chamada de dielétrica, quando se qualifica algo como


dielétrico significa dizer que esse algo não conduz eletricidade, sendo assim uma descarga
dielétrica é uma descarga que não conduz eletricidade.

Campo elétrico em física pode ser entendido como uma região que se observa certo
tipo de efeito (p.ex., ref. a alguma força, como o magnetismo, a eletricidade, atração
gravitacional), descrito quantitativamente segundo as coordenadas espaciais. Sendo campo
elétrico um campo criado pela distribuição de carga(s) elétrica(s), qualquer que seja o
estado de sua movimentação. (Aulete digital).

O fenômeno dos raios, relâmpagos e trovões se originam da expansão das camadas


mais baixas do ar atmosférico quando entram em contato e cedem calor para o ar de altitudes
maiores. A formação dessas nuvens através do processo supracitado, além da intervenção de
grandezas como umidade do ar e calor especifico da água, influenciam na formação dessas
nuvens que estão eletricamente carregadas.

As nuvens se eletrizam por diferentes formas, possibilitando que as mesmas


apresentem diferentes níveis de condutividade.
Com a formação das nuvens de tempestades eletricamente carregadas podemos
conhecer a interferência de três aspectos físicos importantes carga elétrica, campo elétrico,
eletrização dos corpos.

A nuvem no seu interior possui cargas elétricas positivas e negativas, dispostas da


seguinte forma, as partículas mais leves em forma de vapor água se posicionam na parte
superior da nuvem, já as partículas de gelo mais pesadas e carregadas negativamente se
deslocam para a parte inferior da nuvem e à medida que a carga aumenta, gera-se um
potencial elétrico maior.

O que origina propriamente dito os raios e relâmpagos é quando a ddp (diferança de


potencial) consegue romper a rigidez dielétrica do ar, gerando descargas elétricas que na
maioria das vezes permanecem dentro das nuvens.

A eletricidade tende a ser atraída mais facilmente por corpos arredondados (com
aspecto de curvas). Dado isto, em qualquer corpo eletrizado, a tendência é que haja maior
acúmulo de cargas nas partes mais curvas, como pontas, onde há maior densidade elétrica em
relação às demais áreas do corpo. Tendo em vista tais aspectos, pode-se concluir que regiões
pontudas se eletrizam mais facilmente do que regiões não-pontudas, da mesma maneira que as
pontas perdem carga mais facilmente e portanto, corpos pontudos dificilmente se mantem
carregados por muito tempo. Por tais motivos, percebe-se também que uma vez que o corpo
esteja eletrizado as pontas tem ação muito mais intensa sobre outros corpos do que as demais
regiões não-pontudas do mesmo. Estas conclusões são chamadas de ‘poder das pontas’.
Tendo em vista tais características, é fácil notar que os para-raios tem o formato pontudo
devido a necessidade de que o mesmo seja o caminho mais fácil para a descarga elétrica da
nuvem, pelo princípio de que ele tem facilidade em perder sua carga o mesmo rapidamente
percorre a extensão do para-raios e é aterrado.

Referencias Bibliográficas:

Figura 1 disponível em <


http://www.fisica.ufs.br/egsantana/elecmagnet/campo_electrico/graaf/graaf.htm >

Gerador de Van Der Graaf – disponível em <


http://www.fisica.ufs.br/egsantana/elecmagnet/campo_electrico/graaf/graaf.htm >
Acesso em 24 de abril de 2011 às 21:02 ;

Poder das Pontas – Disponível em: <


http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/carga/poder_pontas/ >
< http://www.brasilescola.com/fisica/processo-eletrizacao.htm >
Acesso em 25 de abril de 2011 às 23:05

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