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Resenha de: O Impacto do Neoliberalismo na educação

brasileira.

Bibliografia:
NETO, F. J. E, CAMPOS, G. R. O Impacto do Neoliberalismo na educação brasileira. PUCPR

Apresentação da Obra:

Educação: Um tesouro a descobrir é um livro advindo do relatório da Conferência Geral da


Unesco de 1993 - Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por
Jacques Delors.

Nesta obra é descrito os desafios para a educação que se apresentam advindo da globalização
e das adversidades sociais e é apresentado os quatro saberes necessários para o século XXI
que seria uma forma de promover a evolução do sistema de ensino vigente.

Descrição da estrutura:

Esta obra é apresentada em três partes e com 9 capítulos contendo 281 páginas.

Resumo da Obra:

Educação: um tesouro a descobrir foi uma obra elaborada em formato de um livro escrito por
Jacques Delors em 1996 que no explica como se da a formação tanto dos alunos e mais jovens,
quanto da formação dos professores, podendo se dizer que trata da “formação por toda a
vida” e nos faz refletir sobre a nossa formação como professores e de que formas nos
devemos nos portar a respeito de nossa constante autoavaliação e auto evolução.

Este livro foi elaborado a partir de uma comissão da ONU cujo objetivo era debater e
raciocinar como seria a educação do século XXI e como novos adventos, como a globalização,
poderiam afetar diretamente todos os alicerces já fundados da educação vigente e como o
sistema educacional deveria se portar para trabalhar em conjunto com estas novas evoluções,
levando em conta os fatores sociais e culturais de cada país.

Jacques Delors ressalta que neste novo século, que devido ao incremento de informações e
transmissão das mesmas, a educação terá um duro objetivo de ao mesmo tempo trazer novos
saberes e novos desenvolvimentos cognitivos, o professor deve servir de mapa para guiar os
alunos nas informações necessárias e não se perderem no meio de todas estas informações.

Para isto, o autor propõe como resposta a estas divergências as quatro aprendizagens
fundamentais sendo:

Aprender a conhecer: Este saber trata de fazer o homem compreender o mundo que o rodeia
para que possa desenvolver capacidades profissionais e comunicar-se dando-lhe uma
finalidade como ser. Mostrar a importância do prazer de compreender, de conhecer e
descobrir novos conhecimentos e trazer-lhes as alegrias do conhecimento e da pesquisa
individual. Isto lhe traz a curiosidade intelectual, estimula o senso crítico e traz a compreensão
do real dando-lhe a autonomia e capacidade de discernir os fatos verídicos dos demais.

Para isto é necessário o uso do aprender a aprender exercitando a atenção, a memória e o


pensamento. Mas é necessário ser seletivo nas informações somente factuais e necessárias e
não abandonar o treino de memorias, por mais que as novas tecnologias nos contribuam para
isto. Isto deve ser implementado e trabalhado dentro das salas de aulas, assim como o
trabalho entre o método dedutivo e indutivo.

Com isto é possível atingir o objetivo educação primaria e formar as bases para o aprender por
toda a vida.

Aprender a fazer: Não é possível aprender a fazer sem o aprender a conhecer. Estes trabalham
em conjunto e prioritariamente e prol da formação profissional. Os avanços tecnológicos
industriais fazem com que seja necessária uma associação do conhecer ao fazer para que se
possa manipular estas tecnologias nos meios fabris, aumentando a exigência do nível de
qualificação (tanto no sentido cognitivo quanto no sentido socioemocional) exigido para a
sociedade.

Com isto é necessário o desenvolvimento de novas habilidades como a comunicação, o


trabalho em equipe, gerir e solucionar conflitos entre outros. Levando em conta a
desmaterialização das economias avançadas, ou seja, a transformação do estilo de negócios
trabalhando sobre a área de serviços (área mercantil, ensino, saúde, especialidades, serviços
sociais etc.) é fundamental o uso destas novas habilidades já citadas, exigindo cada vez mais
competências comportamentais e deixando as competências técnicas.

Deve-se lembrar que cada região e cultura se dá uma forma diferente com relação a estes
tipos de trabalhos, pois ao mesmo tempo que há uma evolução da forma de trabalho em
muitos países, outros continuam com a maioria de sua força de trabalho de maneira informal
ou de trabalhos mais artesanais.

Aprender a viver juntos: Este é maior desafio nos dias de hoje pois o mundo traz muito
violência, o que foi construído em sua história e se acentua ainda mais em meio ao século XX.
Os sistemas atuais favorecem ao separatismo e a competitividade para se atingir um patamar
superior aos demais. Isto favorecer os preconceitos, divergências e separações entre pessoas
ou grupos e isto já está entranhado dentro do sistema de educação atual.

Por mais que pareça simples diminuir estas hostilidades, este é um trabalho muito árduo, onde
somente o debate entre as partes divergentes só irão acentuar mais as divergências e incitar
os conflitos.

Para resolver este problema, deve-se trabalhar em duas vias complementares:

a descoberta do outro – trabalhando primeiramente no conhecimento da diversidade e


semelhanças dos seres humanos, onde o professor não deve inibir as dúvidas pertinentes aos
demais, mas sim incitar aos alunos a buscar este aprofundamento neste quesito. Também
deve se trabalhar no autoconhecimento pois conhecendo a si, é possível entender e ter
empatia pelos demais.

Tender para objetivos comuns – Temos exemplos práticos de como objetivos iguais tendem a
unir pessoas ou grupos conflitantes, como por exemplo, atividades desportivas. É necessário
que se incentive estas atividades cudo trabalho em equipe por um objetivo comum dentro das
escolas, partindo de atividades esportivas, até atividades de cunho social.

Aprender a ser: Desenvolver espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético,


responsabilidade pessoal, espiritualidade é o princípio fundamental discutido pela Comissão.
Neste contexto, todo homem deve ser preparado para ser autônomo de suas ideias e ser capaz
de formar juízo de valor. “Todos os seres humanos devem ter liberdade de pensamento,
discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus
talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino”.

Estes conceitos são fundamentais para a formação de uma sociedade mais avançada e justa e
as escolas têm de reforçar cada vez mais a criatividade e o desenvolvimento de talentos em
áreas especificas (estética, artística, desportiva, científica, cultural e social) para contribuir para
esta evolução social.

Por final, podemos dizer que estes conceitos não se aplicam somente a uma fase da vida, mas
devem perpetuar por toda ela.

Recomendação da Obra:

Esta obra é recomendada para todos os profissionais da educação, em especial para aqueles
que atuarão diretamente dentro das salas de aulas.

Este trabalho servirá de guia para questões vigentes atuais e trará novas perspectivas da
atuação dos professores em sala de aula.

Identificação do Autor.

Jacques Lucien Jean Delors (Paris, 20 de julho de 1925) é um político europeu de nacionalidade
francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.

De origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945, após a Segunda
Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne.

É pai de Martine Aubry, eleita em 2008, primeira secretária do Partido Socialista Francês.

Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação
para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os
Quatro Pilares da Educação.

A 16 de Maio de 1986 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus
Cristo e a 31 de outubro de 1987 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[1]

Em 1988/1989 recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Delors

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