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DIOCESE DE ANÁPOLIS
APOSTILA DE LATIM
Ano
2020
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Índice
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LIÇÃO Nº 1: A LÍNGUA LATINA
O latim foi primeiramente o idioma falado numa pequena zona da Itália Central, à margem
esquerda do rio Tibre, não longe do Mar Tirreno. A cidade principal dessa minúscula região, chamada
Lácio, foi e é ROMA, fundada, segundo consta, por Rômulo, no dia 21 de abril de 754 A.C.
Essa língua do Lácio, seguindo as conquistas dos exércitos de Roma, implantou-se primeira-
mente na Itália Central, depois em toda a Itália, na Espanha, em PORTUGAL, no Norte da África, nas
Gálias (França, Suíça, Bélgica, regiões alemãs ao longo do Reno), na Récia e no Nórico (Áustria), na
Dácia (Romênia) e, menos profundamente, na Grã-Bretanha, na Frísia (Holanda), na Dalmácia e na
Ilíria (ex-Iugoslávia), e na Panônia (Hungria).
O mais vetusto documento da Língua Latina é uma inscrição do 6.° século A.C., mas os mais
antigos textos literários que chegaram até nós, pertencem ao 3.° século antes de nossa era. Nesses
escritos a língua já é bem desenvolvida, mas apresenta ainda alguma incerteza na ortografia e no
emprego das formas.
Foi no 1.° século da era cristã e no século precedente que a Língua Latina teve seu máximo
esplendor. Pertencem a este período, chamado "idade de ouro", os maiores escritores latinos (os
clássicos): Marco Túlio CÍCERO (106- 43 A.C.), político, filósofo, um dos maiores oradores de todos os
tempos; Caio Júlio CÉSAR (100-44 A.C), escritor primoroso, um dos grandes generais da história; Caio
Crispo SALÚSTIO (87-35 A.C.), historiador; Públio VIRGÍLIO Marão (70-19 A.C.), um dos mais excelsos
poetas da humanidade; Quinto HORÁCIO Flaco (65-8 A.C.) e Públio OVÍDIO Nasão (43 A.C.-17 D.C.),
grandíssimos poetas líricos; Tito LIVIO (59 A.C.-17 D.C.), o maior dos historiadores romanos.
Com a queda do Império Romano (476 D.C.) acaba a História Romana e um século depois,
mais ou menos, termina também a História da Literatura Latina, mas o latim continua ainda por qua-
se mil anos, sendo em toda a Idade Média, a língua da Civilização Ocidental, influenciando assim to-
das as obras-primas das literaturas modernas da Europa (e da América).
Em nossos dias o latim não é mais falado em parte alguma, mas é a língua oficial da Igreja e é
estudado em quase todas as nações do mundo, por ser, com razão, considerado elemento precípuo e
fator eficiente de cultura, instrumento indispensável para o conhecimento profundo das línguas neo-
latinas (PORTUGUÊS, italiano, espanhol, francês, romeno, etc.) e meio incomparável para a educação
da inteligência, disciplina do raciocínio e formação do caráter.
1. Alfabeto
O alfabeto latino, por muito tempo, constou unicamente de 21 letras : a, b, c, d, e, f g, h, i, k, l,
m, n, o, p, q, r, s, t, u, x. Para transcrever certas palavras gregas foram, no 1.° século a.C., acrescenta-
das ao alfabeto latino as letras y e z.
O k é raríssimo e sempre pode ser substituído por c: Karthago ou Carthago (Cartago, histórica
cidade do Norte da África).
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2. Pronúncia
É impossível determinar com exatidão qual fosse a pronúncia da língua latina no tempo dos ro-
manos. Por isso, no Brasil, algumas escolas adotaram a PRONÚNCIA ROMANA, usada em Roma nos
nossos dias; outros seguem a PRONÚNCIA TRADICIONAL, comum nas escolas de Portugal e do Brasil;
outras, enfim, adotaram a PRONÚNCIA RECONSTITUÍDA, a qual, com boas bases científicas, se esfor-
ça para imitar a pronúncia usada pelas pessoas cultas de Roma na época de Marco Túlio Cícero
(n.°40).
Para evitar confusões, ensine-se uma só das três...
a) Os ditongos ae e oe soam e: As rosas rosae, pronuncia-se róse; castigo poena, pr. péna.
Quando os grupos ae e oe não formarem ditongo, pode-se colocar o trema sobre o e: Poeta
poëta, pr. po-éta.
b) O c, diante de e e i, tem quase o som de tch (o som do ch inglês em children) : Cícero Cicero,
pr. thcítchero; César Caesar, pr. tchésar.
O grupo ch soa sempre como k: Braço brachium, pr. brákium.
c) O g, diante de e e i, tem quase o som de dg (o som do g na palavra inglesa gentleman): Joe-
lho genu, pr. dgénu; age agit, pr. ádgit.
O grupo gn soa como nh: Cordeiro agnus, pr. ánhus.
d) O j soa como i: Jurar jurare, pr. iuráre.
e) O grupo ph soa f. Filósofo philosophus, pr. filósofus.
f) O s final soa como ss: Nós nos, pr. nóss.
O grupo sc, diante de e e i, soa como o ch português: Desce descendit, pr. dechéndit; saber
scire, pr. chire.
g) A sílaba ti, quando seguida de vogal, soa tsi: Paciência patientia, pr. patsiéntsia.
A mencionada sílaba ti, embora seguida de vogal, soa como em português, quando está no
inicio das palavras ou quando é precedida por s, x ou t: Tiara tiaras, pr. tiáras; porta ostium, pr. ós-
tium; mistura mixtio, pr. mícstio; Brútio (nome de uma região da Itália Meridional) Bruttium, pr. brút-
tium.
O grupo th soa t: Tesouro thesaurus, pr. tesáurus.
h) A vogal u soa sempre: Cobra anguis, pr. ángüis; quinto quintus, pr. Qüintus, cavalo equus
pr. eqüus
i) O x soa gz, quando está entre duas vogais, sendo e a primeira; soa ks em outros casos: Exa-
me examen, pr. egzámen; esposa uxor, pr. úksor.
j) O y soa i e o z soa dz: Lira lyra, pr. lira; zelo zelus, pr. dzélus.
a) Os ditongos ce (ou ae) e oe soam e: As rosas roste, pronúncia: róse; castigo poena, pr. péna.
Quando os grupos ae e oe não formarem ditongo, pode-se colocar o trema sobre o e: Poëta,
pr. po-éta.
b) Os grupos ch, ph e th soam respectivamente k, f, t: Braço brachium, pr. brákium; filósofo
philosophus, pr. filósofus; tesouro thesaurus, pr. tesáurus.
c) A sílaba ti, quando seguida de vogal, soa ci: Amizade amicitia, pr. amicícia.
A mencionada sílaba ti, embora seguida de vogal, soa como em português, quando está no
início das palavras ou quando é precedida por s, x ou t: Tiara tiaras, pr. tiáras; porta ostium, pr. ós-
tium; mistura mixtio, pr. mícstio; Brútio (região da Itália Meridional) Bruttium, pr. Brúttium.
d) A vogal u soa sempre: Cobra anguis, pr. ángüis; quinto quintus, pr. qüintus.
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e) O x soa ks e o y soa i: Esposa uxor, pr. úksor; lira lyra, pr. lira.
a) Os ditongos te (ou ae) e oe soam respectivamente ae e oe: As rosas rosae, pr. rósae; pena
poena, pr. póena.
b) O c tem o som de k: Cícero Cícero, pr. Kíkero. e) O s tem sempre o som de ss: Rosa, pr. ros-
sa.
f) O v soa como u (como o w na palavra inglesa window): Vinho vinum, pr. uinum.
g) O x soa ks: Esposa uxor, pr. úksor.
h) O u soa sempre: Cobra anguis, pr. ángüis.
i) O y tem o som do u na palavra francesa mur (muro). j) O z soa como dz: Zelo zelus, pr. dzé-
lus.
j) O h é levemente aspirado como na palavra inglesa hat (chapéu).
IV - OBSERVAÇÕES FINAIS
4. Acentuação
a) O acento latino não cai nunca sobre a última sílaba: Amor (amor) pronuncia-se ámor.
b) Nas palavras de mais de duas sílabas o acento cairá na penúltima, se esta for longa; cairá na
antepenúltima, se a penúltima for breve: Amabamus (amávamos), pronuncia-se amabámus; Oceanus
(Oceano) pronuncia-se océanus; circumdabitis (circundareis) pronuncia-se circumdábitis.
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LIÇÃO Nº 2: PALAVRAS PARA LEITURA
abyssus; -i (f.): o abismo instrumentum, -i:o instrumento
accipio: recebo, ínsula, -ae: a ilha
aditus: entrada, Judaeus: judeu,
aedes: casa, judex: juiz,
aequinoctium: equinócio, jura: direitos,
aerumna: preocupação, lacrima, -ae: a lágrima
ager, agr-i: o campo laetitia, -ae: a alegria
agrícola, -ae (m.): o agricultor liber, libr-i: o livro
alumnus, -i: o estudante luna, -ae: a lua
amicítia, -ae: amizade lúpus, -i: o lobo
amicitiae: amizades, magister, -tr-i: o mestre
amicus, -i: o amigo magistra, -ae: a mestra
ancilla, -ae: a criada major: maior,
animus, -i: a alma metallum, -i:o metal
ánul-us, -i:o (um) anel modéstia, -ae: a modéstia
aquila, -ae: a águia morbus, -i: a doença
audácia, -ae: a audácia nauta, -ae:o marinheiro
auditus: ouvido, óculus, -i : o olho
aurum, -i: (o) ouro ópera, ae (f. / cf. a obra): o trabalho
bellum, -i: a guerra ornamentum, -i:o ornamento
brachium, (i)-i:o braço parcimonia, -ae: a economia
caelum: céu, pátria, -ae: a pátria
Caesar: César, perículum –i: o perigo
causa, -ae: a causa Philippus: Filipe,
ciconia, -ae: a cegonha pigritia, -ae: a preguiça
coërceo: constranjo, Poenus: cartaginês,
columba, -ae: a pomba poeta, -ae (m.): o poeta
copia, -ae: a fartura pópulus, -i: o povo
corona, -ae: a coroa puella, -ae: a menina
dea, -ae: a deusa púer, púer-i: o menino
Deus, De-i: (o) deus pugna, -ae: o combate; a luta
discípulus, -i : o aluno rana, -ae: a rã
discórdia, -ae: a discórdia regina, -ae: a rainha
domicílium, (i)-i:a morada rivus, -i: o regato
domina, -ae: a senhora rosa, -ae: a (uma) rosa
dóminus , -i: o dono sapientia, -ae: a sabedoria
donum, -i: o presente signum –i:o sinal
equus, equ-i: o cavalo stella, ae: a estrela
femina, -ae: a mulher supérbia, -ae: a soberba
filia, -ae: a filha templum –i: o templo
fílius, fili-i: o filho terra, -ae: a terra
framea: espada, ventus, -i: o vento
gaudium, (i)-i:a alegria via, -ae: a rua (via)
glória, -ae: a glória victória, -ae: a vitória
Hippolitus: Hipólito, vir, vir-i: o varão
Hispalis: Sevilha, vita, -ae: a vida
história, -ae: a história vitium, (i)-i: o vício
hostium: dos inimigos. vox: voz,
íncola, -ae (m. ): o habitante Xenophon: Xenofonte,
inópia, -ae: a pobreza zelus: ciúme,
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LIÇÃO Nº 3: ORAÇÕES EM LATIM
Ave Maria Angelus
Ave Maria gratia plena Dominus V/. Angelus Dómini nuntiávit Maríæ.
tecum. Benedicta tu in mulieribus et R/. Et concépit de Spíritu Sancto.
benedictus fructus ventris tui, Jesus.
Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis, V/. Ecce ancílla Dómini.
peccatoribus, nunc et in hora R/. Fiat mihi secúndum verbum tuum.
mortis nostrae. Amen.
V/. Et Verbum caro factum est.
Pater noster R/. Et habitávit in nobis.
Pater noster, qui es in cælis: sanctificétur V/. Ora pro nobis, sancta Dei Génetríx.
nomen tuum; advéniat regnum tuum; fiat R/. Ut digni efficiámur promissionibus Christi.
volúntas tua sicut in cælo, et in terra. Panem
nostrum cotidiánum da nobis hódie; et dimítte Oremus: Grátiam tuam, quæsumus, Dómine,
nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus méntibus nostris infúnde: ut qui, Angelo
debitóribus nostris; et ne nos indúcas in nuntiánte, Christi Filii tui incarnatiónem
tentatiónem; sed líbera nos a malo. Amem. cognóvimus, per passiónem eius et crucem ad
resurreciónis glóriam perducámur. Per
Gloria eumdem Christum Dóminum nostrum.
R/. Amen
Glória Patri et Fílio et Spirítui Sancto, sicut erat
in princípio et nunc et semper et in sæcula Regina caeli
sæculorum. Amen.
R/ Regína Cæli, lætáre, alleluia;
Veni Sancte Spíritus V/ Quia quem meruísti portáre, alleluia;
Veni Sancte Spíritus reple tuórum corda fidé- R/ Resurréxit, sicut dixit, alleluia;
lium, et tu amóris in eis ignem accénde. Emítte V/ Ora pro nóbis Deum, alleluia.
Spíritum tuum et creabúntur. Et renovábis fa-
ciem terrae. V/ Gaude et lætáre, Virgo Maria, alleluia.
Oremus: Deus, qui corda fidélium Sancti Spíri- R/ Quia surréxit Dóminus vere, alleluia.
tus illustratióne docuisti da nobis in eódem
Spíritu recta sápere,et de ejus semper consola- Oremus. Deus, qui per resurrectiónem Filii tui
tióne gaudére. Per christum Dóminum nos- Dómini nostri Jesu Christi mundum lætificáre
trum. Amen. dignátus es: præsta, quæsumus; ut, per eius
Genitrícem Vírginem Mariam, perpétuæ capi-
Salve, Regina ámus gáudia vitæ. Per eumdem Christum,
Dóminum nostrum. Amém.
Salve, Regina, Mater misericordiae, vita,
dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamamus, Adóro Te devóte
éxsules fiIii Evae. Ad te suspirámus geméntes
et flentes in hac lacrimárum valle. Eia ergo, Adóro Te devóte, latens Déitas,
advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos Quæ sub his figúris vere látitas.
ad nos convérte. Et Jesum benedíctum fructum Tibi se cor meum totum súbiicit,
Ventris tui, nobis, post hoc exsílium, osténde. Quia Te contémplans totum déficit.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo María! Visus, tactus, gustus in te fállitur;
V/. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix. Sed audítu solo tuto créditur;
R/. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi. Credo quidquid dixit Dei Fílius;
Nil hoc verbo veritátis vérius. Tu septifórmis múnere,
In cruce latébat sola Déitas; digitus patérnæ déxteræ,
At hic latet simul et humánitas; tu rite promíssum Patris
Ambo tamen credens atque cónfitens, sermóne ditans gúttura.
Peto quod petívit latro poenitens.
Plagas, sicut Thomas, non intúeor, Accénde lumen sénsibus,
Deum tamen meum te confíteor; infúnde amórem córdibus,
Fac me tibi semper magis crédere, infírma nostri córporis
In te spem habére, Te dilígere. virtúte firmans pérpeti.
O memoriále mortis Dómine!
Panis vivus vitam præstans hómini; Hostem repéllas lóngius
Præsta meæ menti de Te vívere, pacémque dones prótinus;
Et Te illi semper dulce sápere. dúctore sic te prævio,
Pie pellicáne, Iesu Dómini! vitémus omne nóxium.
Me immúndum munda tuo sánguine:
Cuius una stilla salvum fácere Per te sciámus da Patrem
Totum mundum quit ab omni scélere. noscámus atque Fílium,
Iesu, quem velátum nunc aspício, teque utriúsque Spíritum
Oro, fiat illud quod tam sítio; credámus omni témpore.
Ut Te reveláta cernens fácie,
Visu sim beátus tuæ glóriæ. Amen. Deo Patri sit glória,
et Fílio, qui a mórtuis
Sub tuum surréxit, ac Paráclito,
in sæculórum sæcula. Amen.
Sub tuum praesídium confúgimus, Sancta Dei
Génetrix. Nostras deprecatiónes ne despícias V/. Emítte Spíritum tuum et creabúntur.
in necessitátibus, sed a perículis cunctis libera R/. Et renovábis fáciem terræ.
nos semper, Virgo gloriósa et benedícta. Amen
Oremus: Deus, qui corda fidélium Sancti
Sancte Michael Archangele Spíritus illustratióne docuísti, da nóbis in
eódem Spíritu recta sápere, et de eius semper
Sancte Michael Archangele, defende nos in consolatióne gaudére. Per Christum Dóminum
prælio; contra nequitiam et insidias diaboli Nostrum. Amen.
esto præsidium. Imperet illi Deus, supplices
deprecamur: tuque, Princeps militiæ cælestis, Pange lingua
Satanam aliosque spiritus malignos, qui ad
perditionem animarum pervagantur in mundo, Pange língua gloriósi
divina virtute in infernum detrude. Amen. Córporis mystérium,
Sanguinísque pretiósi,
Veni Creátor quem in mundi prétium
fructus ventris generósi,
Veni, creátor Spíritus Rex effúdit géntium.
mentes tuórum vísita,
imple supérna grátia, Tantum ergo Sacraméntum
quæ tu creásti, péctora. venerémur cérnui:
et antíquum documéntum
Qui díceris Paráclitus, novo cedat rítui:
altíssimum donum Dei, praestet fides suppleméntum
fons vivus, ignis, cáritas sénsuum deféctui.
et spiritális únctio.
Genitóri, Genitóque
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laus et iubilátio, Ex Maria Virgine: Et homo factus est
salus, honor, virtus quoque Crucifixus etiam pro nobis:
sit et benedíctio; Sub Pontio Pilato,
Procedénti ab utróque Passus et sepultus est.
compar sit laudátio. Amen. Et resurrexit tertia die,
Secundum Scripturas.
V/. Pánem de caélo praestitísti eis. Et ascendit in cælum:
R/. Omne delectaméntum in se habéntem. Sedet ad dexteram Patris.
Et iterum venturus est cum gloria,
Orémus: Deus, qui nobis sub Sacraménto Iudicare vivos et mortuos:
mirábili Passiónis tuae memóriam reliquísti; Cuius non erit finis.
tríbue, quaésumus, ita nos Córporis et Et in Spiritum Sanctum,
Sánguinis tui sacra mystéria venerári; ut Dominum et vivificantem:
redemptiónis tuae fructum in nobis júgiter Qui ex Patre Filioque procedit.
sentiámus. Qui vivis et regnas in saécula Qui cum Patre et Filio,
saeculórum. Simul adoratur, et conglorificatur:
R/. Amen Qui locutus est per Prophetas.
Et unam, sanctam, catholicam,
Alma Redemptóris Mater Et apostolicam Ecclesiam.
Confiteor unum baptisma,
Alma Redemptoris Mater, quae pervia caeli In remissionem peccatorum.
Porta manes, et stella maris, succurre cadenti, Et exspecto resurrectionem mortuorum Et
Surgere qui curat, populo: tu quae genuisti, vitam venturi sæculi. Amen.
Natura mirante, tuum sanctum Genitorem
Virgo prius ac posterius, Gabrielis ab ore Actus fidei
Sumens illud Ave, peccatorum miserere.
DEUS meus, firmiter credo Te esse unum
Ave, Regína cælórum Deum in tribus distinctis Personis, Patre, Filio
et Spiritu Sancto; et Filium propter nostram
Ave, Regina Caelorum, salutem incarnatum, passum et mortuum esse,
Ave, Domina Angelorum: resurrexisse a mortuis, et unicuique pro
Salve, radix, salve, porta meritis retribuere aut praemium in Paradiso
Ex qua mundo lux est orta: aut poenam in Inferno. Haec ceteraque omnia
Gaude, Virgo gloriosa, quae credit et docet catholica Ecclesia, credo
Super omnes speciosa, quia Tu ea revelasti, qui nec ipse falli nec nos
Vale, o valde decora, fallere potes.
Et pro nobis Christum exora.
Actus spei
Credo
DEUS meus, cum sis omnipotens, infinite
Credo in unum Deum, Patrem omnipotentem, misericors et fidelis, spero Te mihi daturum, ob
Factorem cæli et terræ, visibilium omnium et merita Iesu Christi, vitam aeternam et gratias
invisibilium. Et in unum Dominum, Iesum necessarias ad eam consequendam, quam Tu
Christum, Filium Dei unigenitum Et ex Patre promisisti iis qui bona opera facient,
natum, ante omnia sæcula. Deum de Deo, quemadmodum, Te adiuvante, facere
lumen de lumine, Deum verum de Deo vero. constituo. Amen.
Genitum, non Factum, Consubstatialem Patri:
Per quem omnia facta sunt. Actus caritátis
Qui propter nos homines, Et propter nostram
salutem, Descendit de cælis. DEUS meus, ex toto corde amo Te super
Et incarnatus est de Spiritu Sancto, omnia, quia es infinite bonus et infinite
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amabilis; et ob amorem Tui proximum meum Decálogus seu Dei mandata
diligo sicut meipsum, eique, si quid in me
offendit, ignosco. Ego sum Dominus Deus tuus:
1º non habébis deos alios coram me;
Actus contritionis 2º non assúmes nomen Dómini Dei tui in
vanum;
DEUS meus, ex toto corde paenitet me 3º memento ut dies festos sanctífices;
omnium meorum peccatorum, eaque 4º honóra patrem et matrem tuam;
detestor, quia peccando, non solum poenas a 5º non occídes;
Te iuste statutas promeritus sum, sed 6º non moecháberis;
praesertim quia offendi Te, summum bonum, 7º non furtum facies;
ac dignum qui super omnia diligaris. Ideo 8º non loquéris contra proxímum tuum falsum
firmiter propono, adiuvante gratia Tua, de testimónium;
cetero me non peccaturum peccandique 9º non desiderábis uxórem eius;
occasiones proximas fugiturum. Amen. 10º non concupísces eius bona.
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LIÇÃO Nº 4: ORDO MISSÆ
C.: In nómine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti. T.: Et cum spíritu tuo.
T.: Ámen.
D.: Léctio sancti Evangélii secúndum N.,
C.: Dóminus vobíscum. T.: Glória tibi, Dómine.
T.: Et cum spíritu tuo.
D.: Verbum Dómini,
T.: Laus tibi, Christe.
C.: Fratres, agnoscámus peccáta nostra, ut apti
simus ad sacra mystéria celebránda.
T.: Confíteor Deo omnipoténti et vobis, fratres, Liturgia Eucharistica
quia peccávi nimis cogitatióne, verbo, ópere et
C.: Oráte, fratres: ut meum ac vestrum sacrifícium
omissióne: mea culpa, mea culpa, mea máxima
acceptábile fiat apud Deum Patrem
culpa. Ideo precor beátam Maríam semper
omnipoténtem.
Vírginem, omnes Angelos et Sanctos, et vos,
T.: Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis
fratres, oráre pro me ad Dóminum Deum
ad laudem et glóriam nóminis sui, ad utilitátem
nostrum.
quoque nostram totiúsque Ecclésiae suae sanctae.
C.: Misereátur nostri omnípotens Deus et, dimíssis
ORAÇÃO EUCARÍSTICA II
peccátis nostris, perdúcat nos ad vitam aetérnam.
T.: Ámen.
V. Dóminus vobíscum.
C.: Kyrie, eléison. R. Et cum spíritu tuo.
T.: Kyrie, eléison. V. Sursum corda.
C.: Christe, eléison. R. Habémus ad Dóminum.
T.: Christe, eléison. V. Grátias agámus Dómino Deo nostro.
C.: Kyrie, eléison. R. Dignum et iustum est.
T.: Kyrie, eléison. Vere dignum et iustum est, æquum et salutáre, nos
tibi semper et ubíque grátias ágere: Dómine,
Glória in excélsis Deo sancte Pater, omnípotens ætérne Deus: Qui
et in terra pax homínibus bonae voluntátis. domum oratiónis muníficus inhabitáre dignáris, ut,
Laudámus te, grátia tua perpétuis fovénte subsídiis, templum
benedícimus te, Spíritus Sancti ipse nos perfícias, acceptábilis vitæ
adorámus te, splendóre corúscans. Sed et visibílibus ædifíciis
glorificámus te, adumbrátam, Christi sponsam Ecclésiam perénni
grátias ágimus tibi propter magnam glóriam tuam, operatióne sanctíficas, ut, innumerábili prole
Dómine Deus, Rex caeléstis, mater exsúltans, in glóriam tuam collocétur in
Deus Pater omnípotens. cælis. Et ídeo, cum Sanctis et Angelis univérsis, te
Dómine Fili unigénite, Iesu Christe, collaudámus, sine fine dicéntes:
Dómine Deus, Agnus Dei, Fílius Patris, Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus Deus Sábaoth.
qui tollis peccáta mundi, miserére nobis; Pleni sunt caeli et terra glória tua. Hosánna in
qui tollis peccáta mundi, súscipe deprecatiónem excélsis. Benedíctus qui venit in nómine Dómini.
nostram. Qui sedes ad déxteram Patris, miserére Hosánna in excélsis.
nobis. Quóniam tu solus Sanctus, tu solus Dóminus,
tu solus Altíssimus, Iesu Christe, cum Sancto C.: Vere Sanctus es, Dòmine, fons omnis
Spíritu: in glória Dei Patris. Amen. sanctitàtis. Hæc ergo dona, quæsumus, Spìritus tui
rore sanctìfica, ut nobis Corpus et Sanguis fiant
Dòmini nostri, Jesu Christi.
Qui cum Passiòni voluntàrie traderètur, accèpit
panem et gràtias àgens fregit, dedìtque discìpulis
suis, dicens:
L.: Verbum Dómini.
T.: Deo grátias. ACCÌPITE ET MANDUCATE EX HOC OMNES:
D.: Dóminus vobíscum. HOC EST ENIM CORPUS MEUM QUOD PRO VOBIS
TRADÈTUR.
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Sìmili modo, postquam cenàtum est, accìpiens T.: Quia tuum est regnum, et potèstas, et glòria in
et càlicem, ìterum gràtias àgens dedit discìpulis sæcula.
suis, dicens.
C.: Dòmine Jesu Christe, qui dixìsti Apòstolis tuis:
ACCÍPITE ET BÍBITE EX EO OMNES: Pacem relìnquo vobis, pacem mean do vobis; ne
HIC EST ENIM CALIX SÁNGUINIS MEI NOVI ET respìcias peccata nostra, sed fidem Ecclèsiæ tuæ;
AETÉRNI TESTAMÉNTI, QUI PRO VOBIS ET PRO eàmque secùndum voluntàtem tuam pacificàre et
MULTIS EFFUNDÉTUR IN REMISSIÓNEM coadunàre dignèris. Qui vivis et regnas in sæcula
PECCATÓRUM. HOC FÁCITE IN MEAM sæculòrum. T.: Amen.
COMMEMORATIÓNEM.
C.: Pax Dómini sit semper vobìscum. T.: Et cum
C.: Mysterium fìdei. spiritu tuo.
T.: Mortem tua annuntiàmus, Dòmine, et tuam
resurrectiònem confitèmur, donec vènias. T.: Agnus Dei, qui tollis peccàta mundi; miserère
nobis. Agnus Dei, qui tollis peccàta mundi;
C.: Mèmores ìgitur mortis et resurrectionis eius, miserère nobis.Agnus Dei, qui tollis peccàta
tibi, Dòmine, panem vitæ, et calicem salùtis mundi; dona nobis pacem.
offèrimus, gràtias agèntes quia nos dignos habuisti
astàre coram te et tibi ministràre. C.: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccàta mundi.
C.: Et sùpplices deprecàmur ut Corporis et Beàti qui ad cenam Agni vocàti sunt.
Sànguinis Christi partìcipes a Spìritu Sancto T.: Dòmine, non sum dignus, ut intres Sub tectum
congrègemur in unum. meum, sed tantum dic Verbo, et sanabitur anima
C.: Recordàre, Dòmine, Ecclèsiæ tuæ toto orbe mea.
diffùsæ, ut eam in caritàte perfìcias una cum Papa
nostro N. et Epìscopo nostro N. et univèrso clero. Ritus conclusionis
C.: Memènto etiam fratrum nostròrum, qui in spe
C.: Dòminus vobìscum.
resurrectiònis dormièrunt, omniùmque in tua
T.: Et cum spìritu tuo.
miseratiòne defunctòrum, et eos in lumen vultus
C.: Benedìcat vos omnipotens Deus, Pater, et Filius,
tui admìtte.
et Spìritus Sanctus.
C.: Omnium nostrum, quæsumus, miserère, ut cum
T.: Amen.
beàta Dei Genetrice Virgine Maria, beàtis Apòstolis
C.: Ite, missa est.
et òmnibus Sanctis, qui tibi a sæculo placuèrunt,
T.: Deo gràtias.
ætèrnæ vitæ mereàmur esse consòrtes, et te
laudèmus et glorificèmus per Filium tuum Jesum Anima Christi, sanctifica me.
Christum. Corpus Christi, salve me.
C.: Per ipsum, et cum ipso, et in ipso, est tibi Deo Sanguis Christi, inebria me.
Patri omnipotènti, in unitàte Spìritus Sancti, omnis Aqua lateris Christi, lava me.
honor et glòria per òmnia sæcula sæculòrum. Passio Christi, conforta me.
T.: Amen. O bone Iesu, exaudi me.
Intra tua vulnera absconde me.
C.: Præcèptis salutàribus mòniti et divìna Ne permittas me separari a te.
institutiòne formàti, audèmus dicere: Ab hoste maligno defende me.
T.: Pater noster... In hora mortis meae voca me.
Et iube me venire ad te,
C.: Lìbera nos, quæsumus, Dòmine, ab òmnibus ut cum Sanctis tuis laudem te
malis, da propìtius pacem in dièbus nostris, ut, ope in saecula saeculorum.
misericòrdiæ tuæ adiùti, et a peccàto simus Amen.
semper lìberi et ab omni perturbatiòne secùri:
exspectàntes beatam spem et advèntum Salvatòris
nostri Jesu Christi.
12
LIÇÃO Nº 5: VOCABULÁRIO
1. Partes do Corpo humano
13
nasus oculus os, oris os, ossis
14
2. Nome de animais
15
gallina gallus insectum mus
16
3. Urbis partem
17
4. Res et acta
gravedo ianitor
18
Atividades
( ) auris
( ) anser
( ) apis
(1) Partes do corpo humano ( ) caput
( ) crus
(2) Nomes de animais ( ) mus
( ) dens
( ) felis
( ) genu
( ) frons
( ) cochlea
( ) bufo
III. Traduza as seguintes palavras que são partes do corpo humano ou nomes de
animais.
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Lição Nº 6: ANÁLISE MORFOLÓGICA
1. SUBSTANTIVO E ARTIGO
Definição:
O substantivo representa uma realidade, que existe em si e separadamente, na filosofia cha-
mada uma “substancia”. Pode ser abstrato (só no espírito) ou concreto (feito de material).
O artigo define um substantivo ou adjetivo usado como substantivo. Sua origem etimológica é
geralmente um pronome demonstrativo da língua latina.
MODELOS DE ANÁLISE:
2. Aplicação
1. O trem. 2 A rua. 3 As águas. 4 Um dia. 5 As ovelhas. 6 As figueiras. 7 Os bispos
3. ADJETIVO E NUMERAL
Definição:
O adjetivo determina os acidentes de qualidade.
O numeral determina a multiplicação ou os acidentes de quantidade.
MODELOS DE ANÁLISE:
4. Aplicação
1. A rosa vermelha. 2. Um belo espetáculo. 3. As leis humanas. 4. O argumento claro. 5. As frias
neves. 6. Um homem santo. 7. Uma vida pura.
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5. VERBO
Definição:
O verbo representa uma realidade que é movimento, ação, paixão, ou mudança duma subs-
tancia ou acidente.
MODELOS DE ANÁLISE:
Procure o professor dar noções claras sobre os tempos compostos e sobre a voz passiva.
6. Aplicação
1. O menino chama a irmã. .2 Antônio quer um pão. 3. Ris. 4. Estais tristes. 5. Cairão. 6. Vereis os
pais. 7. O rio corre. 8. Os bois puxam o arado. 9. O pão está barato. 10. O menino brincava. 11. Ca-
ía muita chuva. 12. O menino foi chamado.
7. PRONOME
Definição:
O pronome faz as vezes de um termo gramatical qualquer.
MODELOS DE ANÁLISE:
8. Aplicação
1. Tu vais. 2. Ele chegará. 3. Nós escrevemos a tarefa. 4. Quantos livros compraste? 5. Eu sou vis-
to. 6. Este carro é ruim. 7. João deu lhes uma lição.
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9. ADVÉRBIO
Definição:
O advérbio modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
MODELOS DE ANÁLISE:
10. Aplicação
1. Eu não canto esta canção. 2. Então ele era pequeno. 3. Certamente sabes a lição. 4. Porventura
irás? 5. Sempre corajoso! 6. Iremos já. 7. Não estudas afincadamente. 8. Não partis logo? 9. Onde
está meu filho? 10. Estudaremos agora a língua latina. 11. Este livro parece velho demais. 12. Ja-
mais cometereis uma falta deliberadamente. 13. Eu tenho ainda quatro maçãs. 14. Catão está bas-
tante irritado. 15. Tu cantavas aquela parte muito bem. 16. Recentemente ele já não quer os teus
livros. 17. amanhã seremos premiados.
11. PREPOSIÇÃO
Definição:
A preposição geralmente determina o acidente de lugar, posição e posse.
MODELOS DE ANÁLISE:
12. Aplicação
1. Ele está em casa. 2. Carlos caiu no chão. 3. O escritor passeia por Curitiba. 4. Eu corro pelo pátio.
5. Catão discute com Pedro. 6. Horácio ficou amigo de Augusto. 7. Os alunos do nosso mestre lutam
pela vitória. 8. Cairão muitas bênçãos sobre esta casa. 9. Conforme as tuas palavras, ele não é religi-
oso. 10. 0 cavalo está sem freio. 11. Pela pátria. 12. Durante a guerra.
13. CONJUNÇÃO
Definição:
A conjunção liga duas partes de oração.
MODELOS DE ANÁLISE:
Vou verbo, 1ª pess. sing. pres. In- Partirei, verbo, 1ª pess. sing. fut.
dicativo do pres. simples, indicat.
e Conjunção se conjunção
volto. verbo, etc. queres. verbo, etc.
14. Aplicação
1. Nem Pedro nem Paulo. 2. Também João fugiu. 3. Queres queijo ou leite? 4. Antônio partiu, mas
ainda não- chegou. 5. Meu filho estuda as lições, todavia não passa de ano. 6. Eu já trabalhava,
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quando ele ainda estava no berço. 7. Se não trabalhas, não ganhas o teu sustento. 8. Aquele menino
não faz as tarefas, porque está doente. 9. Este médico sabe latim como um padre. 10. Vejo que tra-
balhas muito rapidamente. 11. Enquanto eles não chegam, nós ouviremos alguns discos. 12. Se so-
mos premiados, ficamos alegres.
15. INTERJEIÇÃO
Definição:
A interjeição tenta de provocar uma reação emocional no ouvinte.
MODELOS DE ANÁLISE:
16. Aplicação
1. Maria. 2. Bravo, Luís! 3. Ai dos inimigos de Deus! 4. Sus, às armas! 5. Alunos, caluda! 6. Oxalá
João apareça! 7. Coragem, meus filhos! 8. Oxalá sejais recompensados!
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Lição Nº 7: ANÁLISE SINTÁTICA
Definições:
ORAÇÃO é uma palavra ou conjunto de palavras que contem um enunciado completo: Traba-
lho. O aluno chegou. Deus é justo. Trabalhai. João partirá? Oxalá os meninos venham!
NOME pode corresponder aos conceitos morfológicos de: substantivo, adjetivo, numeral e
pronome.
Verbos de LIGAÇÃO são os verbos SER e ESTAR, quando não são usados como verbos auxilia-
res: Tiago é (verbo de ligação) bom. Os meninos estão (v. de ligação) doentes. - Nestes exemplos: Tia-
go foi ferido; os meninos estão brincando; os verbos "ser" e "estar" não são verbos de ligação, porque
foram usados como auxiliares.
Transitivos:
- diretos: A raposa matou o coelho.
- indiretos: A raposa depende do coelho.
Intransitivos: O coelho morreu.
Obs. - Para saber se um verbo é transitivo direto, transitivo indireto ou intransitivo, consulte-
se um bom dicionário da língua portuguesa e preste-se atenção ao seguinte:
É TRANSITIVO todo verbo que, ordinariamente, pede mais alguma palavra: O caçador matou...
o quê? Isso depende... de quem?
a) É transitivo DIRETO o verbo que pede alguma palavra, ordinariamente, sem nenhu-
ma preposição: O raio queimou a casa; o navio corta as ondas; Deus criou o mundo.
b) É transitivo INDIRETO o verbo que pede alguma palavra com preposição: Eu obede-
ço a meus superiores; vós gostais de livros novos; os acusados recorreram ao juiz.
É INTRANSITIVO o verbo que não pede nenhuma palavra: A chuva passou; os meninos não vol-
tarão; as águias voam; os inimigos fogem; vós correis.
NB. - A palavra exigida pelo verbo transitivo, e não exigida pelo verbo intransitivo, é, geral-
mente, um substantivo.
Uma maneira simples de distinguir verbos transitivos e intransitivos é de construir uma frase
reflexiva. Com um verbo intransitivo esta frase fica sem sentido: O coelho morreu a si mesmo.
Em vez com um verbo transitivo traz um sentido: O coelho matou a si mesmo.
2. Aplicação
Indiquem-se os nomes que aparecem nas orações seguintes:
1. Tenho cinco livros. 2. Nós e os outros alunos partiremos amanhã. 3. O nosso mestre é bondoso.
4. Carlos é obediente. 5. Estes meninos amam os livros. 6. Nós não temos muitos amigos. 7. Quem
chegou?
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Diga-se se os verbos das orações seguintes são de ligação ou não:
1. Eu não estou triste. 2. Vós sois felizes. 3. O mestre corrigirá os nossos erros. 4. Por que não obe-
deceis a vossos pais? 5. O trem já chegou. 6. Os nossos soldados quando partirão? 7. Rui Barbosa foi
doutíssimo.
SUJEITO é o termo da oração, a respeito do qual, se diz alguma coisa: O aluno (sujeito) chegou.
Deus (sujeito) é justo.
Embora ainda não o tenhamos explicado, saiba o aluno que o sujeito traduz-se, em latim, com o caso
NOMINATIVO.
PREDICADO VERBAL é o termo da oração que indica aquilo que se diz acerca do sujeito: Deus "é
justo"; o professor "estava triste"; o menino "morreu"; o caçador "matou o leão"; os alunos "recorre-
ram ao diretor".
Quando o predicado for constituído por um verbo de ligação acompanhado por um nome, dare-
mos a este nome a denominação de NOME PREDICATIVO DO SUJEITO, e o traduziremos em latim
com o mesmo caso do sujeito, como se vê por estes modelos de análise sintática:
Para não complicar a analise sintatica demais ficamos coma seguinte nomenclatura:
O verbo como conceito morfológico serve também na análise sintática. O assim chamado nome
predicativo do sujeito chamamos simplesmente o predicado ou predicativo.
4. Aplicação
Faça-se a análise sintática das seguintes orações:
1. O Brasil é grande. 2. A América é um continente. 3. César foi ditador. 4. Vós éreis maus. 5. Eles
são médicos. 6. Tu foste ingrato. 7. O rei foi vítima. 8. Os soldados foram valorosos. 9. Deus é rei.
10. A Itália é uma península. 11. Virgílio foi poeta. 12. Rui foi orador.
Quando o verbo do predicado não for de ligação, diremos somente se esse verbo é transitivo ou in-
transitivo:
Um verbo transitivo pode ser empregado intransitivamente, como aqui aconteceu com o verbo "ven-
cer".
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5. Aplicação
1. Os meninos partiram. 2. As torres caíram. 3. Os inimigos chegaram. 4. Vós partireis. 5. Catão
morreu. 6. Tu choras. 7. Carlos trabalha. 8. Eu aprenderei. 9. Os soldados combateram. 10. Um
menino escutou. 11. Eles rezam. 12. Os alunos estudam.
O sujeito pode estar subentendido ou assim chamado oculto: Trabalhas; trabalhai. - O sujeito
nessas orações está subentendido, e é respectivamente tu e vós.
O sujeito e qualquer predicado (verbo ou nome) são chamados termos essenciais porque, em ge-
ral, são necessários para que haja uma oração.
6. Aplicação
1. Os brasileiros e os argentinos foram aliados. 2. O Brasil foi império. 3. A guerra será terrível, e
desastrosas serão as conseqüências. 4. Caxias foi valoroso, e valorosos foram os brasileiros. 5. Riem,
porque não entendem. 6. Os leões, os leopardos e os tigres são feras. 7. Os meninos brincam, sal-
tam e correm. 8. Pedro canta, mas não entoa. 9. És forte, mas não trabalhas. 10. Não trabalhas,
quando deves. 11. És mestre e não sabes. 12. Antônio e José são irmãos.
8. COMPLEMENTO VERBAL
COMPLEMENTO VERBAL é o termo que completa o sentido do verbo. Nestas orações: "Nós estu-
damos latim; os alunos obedecem ao mestre", os termos "latim" e "ao mestre" completam o sentido
dos verbos "estudar" e "obedecer". O complemento verbal subdivide-se em duas classes: OBJETO DI-
RETO e OBJETO INDIRETO.
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OBJETO DIRETO é a palavra ou expressão que, geralmente sem auxilio de nenhuma preposição,
completa o sentido de um verbo transitivo DIRETO.
9. Aplicação
1. O lobo matou o cordeiro. 2. Os cidadãos defendem a pátria. 3. Os alunos estudam a lição. 4. Tu
não cumpres o dever. 5. Quero um pão. 6. Temístocles venceu os persas. 7. Os meninos amam os
brinquedos. 8. Desejamos pão. 9. O mestre premiou os alunos. 10. Os piratas assaltaram os navios.
11. Os índios abandonaram as matas. 12. Vejo um menino e um homem.
OBJETO INDIRETO é a palavra ou expressão que, por meio de alguma preposição, completa o sen-
tido de um verbo transitivo DIRETO ou INDIRETO.
Há diversas espécies de objeto indireto; porém, aos estudantes de latim, por ora, só interessa o
objeto indireto precedido por uma destas preposições: a (ao, à, aos, às) e para.
Esse objeto indireto traduz-se em latim com o caso dativo:
Numa oração pode haver mais de um objeto direto, mais de um objeto indireto, etc.
O pronome oblíquo o (a, os, as) é, ordinariamente, objeto direto, ao passo que o pronome oblíquo
lhe (lhes) nunca é objeto direto, mas indireto.
Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, podem ser objeto direto ou indireto conforme o senti-
do: Ele me (obj. dir.) salvou; ele me (obj. indir.) salvou a vida.
10. Aplicação
1. Obedeceste ao mestre. 2. A Lourenço agrada a leitura. 3. Isso basta para mim. 4. Virgílio dedicou
um livro a Mecenas. 5. Domingos sempre obedeceu aos superiores. 6. O estudo não agrada aos pre-
guiçosos. 7. O professor deu presentes aos alunos. 8. O capitão entregou a bandeira aos vencedores.
9. Por que não recorreste a mim? 10. Nós amamos a piedade, porque agrada a Deus. 11. Os meni-
nos são bons; o professor os ama e lhes entrega presentes e mimos. 12. O professor nos louvou e
nos deu um livro.
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11. COMPLEMENTO NOMINAL
COMPLEMENTO NOMINAL: Como os verbos transitivos pedem ordinariamente mais alguma pala-
vra que lhes complete o sentido, assim também há substantivos, adjetivos ( e até alguns advérbios )
que, geralmente, exigem um complemento que lhes inteire a significação: A resposta "ao professor" (
completa o sentido de "resposta" ) foi arrogante; a fundação "da cidade" ( completa o sentido de
"fundação" ) foi solene; os deputados eram "favoráveis" "ao projeto" (completa o sentido de "favorá-
veis"); os vereadores responderam favoravelmente ao pedido" (completa o sentido de "favoravel-
mente").
Esse complemento exigido pela significação do substantivo, do adjetivo ou do advérbio, chama-se
COMPLEMENTO NOMINAL.
De todos os complementos nominais, aos estudantes de latim, por ora, só interessa o complemen-
to nominal precedido pelas preposições a (ao, à, aos, às) e para, o qual se traduz em latim, geralmen-
te, com o DATIVO, como o objeto indireto:
12. Aplicação
1. Tu és fiel ao dever. 2. O estudo não é agradável aos preguiçosos. 3. És obediente aos pais?
4. Isso é agradável aos pequenos. 5. O frio é prejudicial aos doentes. 6. Não sou favorável ao proje-
to. 7. Somos contrários ao fumo.
14. Aplicação
1. O mar é agitado pelos ventos. 2. A casa foi derrubada pela enchente. 3. Tu és perseguido pelo
ódio. 4. Os romanos eram favorecidos pela sorte. 5. O mundo é governado pela providência. 6. Os
pagãos foram corrompidos pelos vícios. 7. Vós sois vencidos pela discórdia.
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15. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
30. - Os termos acessórios da oração são três: adjunto adnominal, aposto, adjunto adverbial e o Vo-
cativo.
1. ADJUNTO ADNOMINAL
2. Atributo
O adjunto adnominal pode ser expresso por um adjetivo, por um pronome adjetivo ou por um
numeral, que NÃO sejam predicativos: "Belas" flores; "estes" homens são bons; os "meus" meninos
partiram; chegaram "cinco" aviões. - Pelos gramáticos latinos este adjunto adnominal é chamado
"atributo".
O atributo deve estar no mesmo gênero, número e caso do substantivo por ele modificado. Por
isso, o atributo que modifica o sujeito, chamar-se-á atributo do sujeito; o atributo que modifica o
predicativo do sujeito, chamar-se-á atributo do predicativo do sujeito; o que modifica o obj. dir. cha-
mar-se-á atributo do obj. dir., etc.:
3. Aplicação
1. Os aviadores brasileiros são intrépidos. 2. Os meninos desobedientes não merecem louvores.
3. Os meus amigos virão. 4. Tu serás o meu conforto. 5. Estes meninos são cegos. 6. César foi um
capitão destemido. 7. Comprei um cavalo branco. 8. Os vencedores receberam prêmios valiosos.
9. O presidente entregou aos soldados valorosos muitas medalhas. 10. Fernando é um professor ex-
celente. 11. Eles eram alunos medíocres. 12. Aqueles belos cavalos correm bem.
4. Adjunto restritivo
O adjunto adnominal pode também ser expresso por um substantivo precedido pela preposição de
(do, da, dos, das) indicando posse ou qualidade: Os livros "de João' são novos; homem "de cultura'.
Este adjunto adnominal que indica posse ou qualidade, pelos gramáticos latinos é chamado ADJUNTO
RESTRITIVO; traduz-se (em latim) com o caso GENITIVO:
O adjunto adnominal pode também ser expresso por um substantivo precedido por uma prep. que
não seja de: Carteira sem dinheiro; ponte sobre o rio.
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O adjunto adnominal pode, em 4.° lugar, ser expresso pelo artigo: Chamei o amigo; um médico. -
Este adjunto adnominal não costuma ser analisado pelos gramáticos latinos, visto que, em latim, o
artigo não existe.
5. Aplicação
1. O meu companheiro é filho do médico. 2. Paris é a capital da França. 3. O nosso mestre é um
exemplo de constância. 4. Esta cidade é a pátria de um poeta. 5. Os filhos ilustres são a honra de
seus pais. 6. Os livros são os portadores da ciência. 7. As leis dos romanos eram justas. 8. Eu conhe-
ço os alunos de meu pai. 9. Algumas casas da América Setentrional são altíssimas. 10. Os livros de
Pedro caíram. 11. O exército do Brasil é valoroso. 12. Os móveis da sala nobre são uma dádiva de
um gentil benfeitor de nossos alunos.
6. APOSTO
APOSTO é um substantivo que, sem auxílio de preposição, se junta a um outro substantivo ou a
um pronome substantivo para determinar-lhe o sentido.
O aposto traduz-se em latim com o mesmo caso do substantivo ou do pronome ao qual se une.
Por isso traduzir-se-á com o genitivo o aposto que se junta ao adjunto restritivo; com o dativo o que
se junta ao obj. indir., etc.:
7. Aplicação
1. João, o ferreiro, era bom . 2. Eu sou José, o pescador. 3. Mário, o criado, corria, mas não chegou.
4. Licurgo, o legislador, era espartano. 5. Vós, os vereadores, sois a defesa do nosso município. 6. O
imperador Augusto foi um grande benfeitor de Roma. 7. O doutor Aleixo é professor de Geografia .
8. O filósofo Platão era discípulo do filósofo Sócrates. 9. As riquezas do Brasil, república da América
Latina, são incalculáveis. 10. Ninguém dos meus filhos era amigo de Filipe, o contador. 11. Tiago, o
filho de Sérgio, chegou ontem. 12. Os cristãos foram perseguidos pelo ódio de Nero e de Diocleciano,
crudelíssimos imperadores.
8. ADJUNTO ADVERBIAL
O ADJUNTO ADVERBIAL pode ser representado:
a) Por um advérbio: Os nossos soldados combateram fortemente.
b) Por uma expressão que indique uma circunstância que modifica o sentido do verbo, como veremos
examinando os adjuntos adverbiais mais comuns.
30
9. VOCATIVO
O VOCATIVO indica a pessoa, o animal ou a coisa, à qual se dirige a palavra. Muitas vezes é prece-
dido pela interjeição ó e é seguido por algum sinal de pontuação. Traduz-se em latim pelo caso VO-
CATIVO:
complemento nominal
agente da passiva
10. Aplicação
1. Meninos, eu sou o vosso mestre. 2. Ó Carlos, por que não estudas? 3. Vós sois, ó jovens, a espe-
rança da sociedade. 4. Amigos, sejamos fortes e puros. 5. Fazei, ó alunos, as vossas tarefas. 6. João,
entrega estes livros aos alunos do segundo ano. 7. Tu és imenso, ó mar. 8. Mamãe, nosso amigo
chegará hoje. 9. Ouvi, meus queridos meninos, a história da pesca milagrosa. 10. Por que jornais,
nobres deputados, foi atacado nosso projeto? 11. Excelentíssimos senadores, sede favoráveis às ini-
ciativas do nosso Governo.
31
dades aos alunos. 11. O saber e a inteligência dos alunos são para os professores causa de alegria. 12.
Os meninos doam rosas às meninas. 13. Os mercenários amam o ouro e a prata. 14. Os pais louvam
o trabalho dos meninos. 15. O filho prepara um presente para o pai. 16. Os pais eram contrários à
reforma.
12. Faça a análise sintática das seguintes frases colocando os casos em latim
1. Maria comprou um carro. 2. O diretor fez as recomendações aos alunos. 3. A lua ilumina a terra.
4. Os poetas amam as coroas de rosas. 5. Os poetas louvam a laboriosidade das meninas. 6. Nós do-
amos aos poetas uma coroa de rosas. 7. A cegonha devora as rãs. 8. Tu amas os poetas. 9. Os mari-
nheiros amam a lua e as estrelas. 10. A senhora repreende as criadas. 11. Os agricultores doam ro-
sas aos poetas. 12. Vós amais a laboriosidade dos agricultores. 13. A senhora chamará as criadas.
14. O trabalho dos agricultores fertilizará a terra. 15. A história é mestra da vida. 16. A vida dos agri-
cultores é mestra de economia e de modéstia. 17. A Grécia é pátria de poetas. 18. As injúrias serão
causa de inimizades. 19. A Sicília é uma ilha da Itália. 20. A economia e a modéstia são para os agri-
cultores causa de fartura. 21. As vitórias sempre trazem alegria aos habitantes das ilhas. 22. A audá-
cia será causa de discórdias. 23. A economia é a glória dos agricultores. 24. Um amigo é um presente
de Deus. 25. Os templos eram a morada dos deuses. 26. Os vícios são a ruína das almas. 27. A confi-
ança é muitas vezes causa de males. 28. As guerras são causa de doenças. 29. Os agricultores não
amam as batalhas e as guerras. 30. As meninas amam as rosas.
13. Marque os sujeitos das frases e diga qual o caso a que pertencem:
14. Marque e identifique se o objeto das frases é direto ou indireto e diga qual o
caso a que pertencem.
b) Obedeceste ao mestre.
c) Desejamos pão.
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g) O professor deu presentes aos alunos.
15. Identifique nas frases abaixo o Agente da Passiva e diga qual o caso a que
pertence.
a) Tu és fiel ao dever.
16. Marque e identifique o atributo e o adjunto restritivo das frases e diga qual o
caso a que pertencem.
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17. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
1. Os alunos estudam. 2. Antônio e José são irmãos. 3. Os índios abandonaram as matas. 4. Do-
mingos obedecia aos superiores. 5. Vós sois vencidos pela discórdia. 6. O exército do Brasil é valo-
roso. 7. João, o ferreiro, era bom. 8. Meninos, eu sou o vosso mestre. 9. A economia e a modés-
tia são para os trabalhadores causa de fartura. 10. Nós somos, ó jovens, o presente da Igreja. 11.
Os frutos foram comidos pelos pássaros. 12. Marcos Antônio, o pintor, estava fora de casa. 13.
Maria e Marta doaram aos meninos e meninas as frutas do pomar. 14. Os gladiadores combate-
ram, porém morreram logo. 15. As crianças correm e brincam. 16. As maçãs e melões foram doa-
dos pelos meninos. 17. As paroquianas compraram os livros. 18. O saber e a inteligência dos pro-
fessores são para os alunos causa de grande alegria.
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LIÇÃO Nº 8: INTRODUÇÃO ÀS DECLINAÇÕES
Gêneros
O latim, além do masculino e do feminino, tem também o gênero neutro, isto é, nem masculino
nem feminino.
Terminação
O adjunto restritivo, o obj. indir., o obj. dir., etc., exprimem-se, em português, por meio de artigos
e preposições.
Em latim não há artigos; os complementos e os adjuntos se exprimem, em geral, por meio de mo-
dificações na parte final das palavras.
À parte final variável de qualquer nome chamaremos TERMINAÇÃO.
Casos e declinações
a) DECLINAR (ou flexionar) quer dizer acrescentar à parte invariável de um nome as terminações
dos casos.
c) As DECLINAÇÕES dos substantivos são cinco e distinguem se pela terminação do genitivo singu-
lar, a qual é:
-ae na primeira declinação;
-i na segunda;
-is na terceira;
-us na quarta;
-ei na quinta.
Por isso os dicionários registram os substantivos, dando por extenso o nominativo sing. e acres-
centando a terminação do genit. sing.:
✓ Nauta, ae marinheiro (1.ª decl.);
✓ avus, i avô (2.ª decl);
✓ civis, is cidadão (3.ª decl.);
✓ manus, us mão (4.ª decl.);
✓ species, éi espécie (5.ª decl.).
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Lição Nº 9: PRIMEIRA DECLINAÇÃO
Pertence à primeira declinação toda palavra que tem o genitivo singular em «ae». Quase
todas as palavras desta declinação são de gênero feminino, havendo algumas do gênero masculino
(nomes de homens, de seres do sexo masculino, de certas profissões e de alguns rios).
Note o aluno a existência de casos iguais (no singular há três casos terminados em «a» e dois
em «ae»; o plural tem dois terminados também em «ae» e dois terminados em «is». Isso não traz
confusão. A análise dos termos da oração indica em que caso está a palavra. Justamente no fato de o
latim obrigar-nos a analisar, a pensar, é que está a sua importância e proveito para a nossa
inteligência, educando-nos, instruindo-nos, desenvolvendo nossa capacidade de análise científica, de
concentração de espírito e de atenção.
Na declinação, o radical permanece invariável em todo o decurso da declinação. Nenhuma
dificuldade, portanto, para declinar uma palavra, pois basta, uma vez descoberto o radical,
acrecentar-lhe a desinência do caso que se deseja. O importante é saber muito bem de cor as
desinência e declinações a que pertence a palavra.
O aluno precisa saber de pronto qualquer desinência sem ter de pensar nas demais nem em
palavra nenhuma; se eu pedir o acusativo singular, deve o aluno dizer logo «am», sem nem de longe
pensar nas desinências anteriores. De igual forma, se eu pedir o acusativo singular de «nauta» deve
dizer prontamente «nautam», sem pensar nos demais casos, nem, muito menos, em rosa, ae.
Todos os substantivos da 1a declinação se flexionam como rosa, rosae (f):
Existem alguns substantivos da 1ª declinação que no singular significam uma coisa, e no plural
podem ter um segundo significado ou um significado especial:
SINGULAR PLURAL
angustia = brevidade angustiae = desfiladeiros, garganta
cera = cera cerae = tábuas escritas
copia = abundância copiae = exército, tropas
fortuna = sorte fortunae = bens, riquezas
gratia = favor, graça gratiae = agradecimentos
littera = letra litterae = carta
mola = mó, moinho molae = maxilas
opera = obra operae = operários
vigilia = véspera vigiliae = sentinelas
Outros substantivos há, ora comuns, ora próprios, que só se usam no plural, coisa que
também em português existe (óculos, núpcias, Campinas, primícias, Atenas, Tebas, víveres, Campos,
Santos, Andes etc).
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Nomes comuns Nomes próprios
divitiae, arum = riqueza Athenae, arum = Atenas
indutiae, arum = trégua Syracusae, arum = Siracusa
insidiae, arum = cilada Thebae, arum = Tebas
nuptiae, arum = núpcias Venetiae, arum = Veneza
tenebrae, arum = trevas
Calendae, arum = Calendas (1º
dia do mês)
Nonae, arum = 5º ou 7º dia dos
meses romanos
1. QUESTIONÁRIO
1) Para que a palavra pertença 1ª declinação, como deve terminar no genitivo singular?
2) De que gênero são as palavras pertencentes à 1ª declinação?
3) Quais as desinências da 1ª declinação?
4) O fato de haver desinências iguais numa declinação perturba a compreensão de um texto
latino? Por quê?
5) Há alguma dificuldade para declinar uma palavra em latim? Por quê?
6) Qual o radical de «planta, ae»? Como fez para encontrá-lo? Decline essa palavra, discrimi-
nando todos os casos.
7) Existem na 1ª declinação nomes que no singular tem um significado e no plural, outro? Dê
três exemplos, discriminando a significação.
8) Cite dois nomes próprios locativos da 1ª declinação que só se usam no plural. Cite três
comuns nas mesmas condições e decline um deles.
O vaso caiu por descuido do menino. (por – não se traduz); (descuido – coloca-se no ablativo)
Ignavia reginae. (Por covardia da rainha)
Assim como o vocativo português nem sempre vem acompanhado da interjeição «ó»,
também em latim este «o» só aparece em casos de ênfase.
Da mesma maneira que não se leva em consideração o artigo português, tampouco se deve
considerar a preposição «de» do adjunto adnominal restritivo, a preposição «a» ou «para» do objeto
indireto, nem, em alguns casos, a preposição «por» de certos adjuntos adverbiais.
Assim temos o seguinte para a tradução dos casos:
= genitivo – de (do, da, dos, das).
= dativo – a / para (ao, à, aos, às, para o, para a, para os, para as).
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= ablativo – por (pelo, pela, pelos, pelas).
3. Aplicação
a) Declinem-se estes substantivos femininos: Casa, casae choupana; luna, lunae lua; rota, rotae
roda; coróna, coronae coroa; via, viae rua; lácrima, lacrimae lágrima.
b) Declinem-se estes substantivos masculinos: Conviva, ae comensal; colléga, ae colega; nauta, ae
marinheiro; poeta, ae poeta; íncola, ae habitante; scurra, ae bobo.
4. Tradução
a) A formiga (formíca, ae, f), a uma formiga, da formiga, ó formiga, das formigas.
b) A pomba (columba, ae, f.), da pomba, das pombas, ó pombas, a uma pomba, às pombas.
c) A ilha (ínsula, ae, f.), ó ilha, de uma ilha, a uma ilha, pela ilha, pelas ilhas.
d) desertor (tránsfuga, ae, m), do desertor, aos desertores, dos desertores.
e) estrangeiro (ádvena, ae, m.), de um estrangeiro, ao estrangeiro, dos estrangeiros.
f) agricultor (agrícola, ae, m.), aos agricultores, os agricultores (obj. dir.).
Vocabulário da 1ª Declinação:
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pugna, -ae: o combate supérbia, -ae: a soberba
rana, -ae: a rã terra, -ae: a terra
regina, -ae: a rainha terra, -ae: a terra
rosa, -ae: a (uma) rosa tuba, -ae: a trombeta
ruina, -ae: a ruína umbra, -ae: a sombra
sapientia, -ae: a sabedoria via, -ae: a rua (via)
silva, -ae: a floresta victória, -ae: a vitória
sollertia, -ae: a laboriosidade vigilancia, -ae: a vigilância
statua, -ae: a estátua viola, -ae: a violeta
stella, ae: a estrela vita, -ae: a vida
stultitia, -ae: a estultícia
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LIÇÃO Nº 10: SEGUNDA DECLINAÇÃO
1. Aplicação
a) Declinem-se estes substantivos masculinos: equus, equi cavalo; murus, i muro; lupus, i lobo; dis-
cípulus, i aluno; óculus, i olho; pópulus, i povo; ventus, i vento.
b) Declinem-se estes substantivos femininos: pirus, i pereira; malus, i macieira; abyssus, i abismo.
c) VERSÃO. - Ao cavalo, aos lobos, dos anéis, pelos anéis, pelo anel, ao muro, de um muro, dos lo-
bos, aos lobos, os lobos (acusat. e nominat), aos alunos, dos olhos, pelos olhos, do povo, das maciei-
ras, ao abismo, ó lobo, ó alunos.
Aplicação
Decline-se: Telum, i dardo; brachium, brachii braço; signum, i sinal; templum, i templo; verbum, i
palavra; praemium, praemii prêmio.
Vocabulário da 2ª Declinação
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LIÇÃO Nº 11: TERCEIRA DECLINAÇÃO MASCULINOS E FEMININOS
1. Parissílabos e imparissílabos
São parissílabos os substantivos que no genit. sing. têm o mesmo número de sílabas que no nomi-
nat. sing.: Nominat.: ovis, genit.: ovis (ovelha); vulpes, vulpis (raposa), etc.
São imparissílabos os substantivos que no genit. sing. não têm o mesmo número de sílabas que no
nominat. sing.: Nominat.: virtus, genit.: virtútis (virtude); arbor, árboris (árvore), etc.
Os substantivos imparissílabos têm estas terminações:
2. Declinação de um imparissílabo
Casos Singular Plural
Nom. sermo o discurso sermón-es os discursos
Gen. sermón-is do discurso sermón-um dos discursos
Dat. sermón-i ao discurso sermón-ibus aos discursos
Ac. sermón-em o discurso sermón-es os discursos
Voc. sermo ó discurso sermón-es ó discursos
Abl. sermón-e pelo discurso sermón-ibus pelos discursos
3. Aplicação
a) Declinem-se estes masculinos: leo, leónis leão; mos, moris costume; venát-or, -óris caçador;
homo, hóminis homem; miles, mílitis soldado; ordo, órdinis ordem.
b) Declinem-se estes femininos: virgo, vírginis virgem; potéstas, potestátis poder; laus, laudis lou-
vor; lex, legis lei; múlier, mulíeris mulher.
1
O nominat. sing. é dado pelo DICIONÁRIO. - Não se esqueça o aluno que a parte invariável de um nome se obtém tirando a
terminação do genit. sing.
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NEUTROS DA 3.ª DECLINAÇÃO
Casos Singular Plural
Nom. tempus o tempo témpor-a os tempos
Gen. témpor-is do tempo témpor-um dos tempos
Dat. témpor-i ao tempo tempór-ibus aos tempos
Ac. tempus o tempo témpor-a os tempos
Voc. tempus ó tempo témpor-a ó tempos
Abl. témpor-e pelo tempo tempór-ibus pelos tempos
4. Aplicação
Declinem-se estes substantivos neutros:
Nomen, nóminis nome; iecur,iécoris (ou iecínoris) figado (não tem plural); corpus, córporis corpo;
flumen, flúminis rio; caput, cápitis cabeça; iter, itíneris viagem; sidus, síderis estrela.2
Vocabulário da 3ª Declinação
2
Como se vê, também os neutros no nominat. sing. não têm uma terminação igual para todos os substantivos. - Note-se também o
acento do dat. e abl. pl. dos substantivos proparoxítonos no genit. sing.: Nomínibus, corpóribus, etc.
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orígo, orígin-is: a origem sóror, sorór-is: a irmã
ovis, ov-is: a ovelha témpus, témpor-is (n.): o tempo
panis, pan-is: o pão turris, túrr-is: a torre
pars, part-is: a parte urbs, urb-is: a cidade (capital)
pater, patr-is: o pai venátor, venatór-is: o caçador
pax, pac-is: a paz victor, victór-is: o vencedor
pons, pont-is (m.): a ponte virgo, virgin-is: a virgem
potéstas, potestát-is (f): o poder vírtus, virtút-is: a virtude
rátio, ration-is: a razão, o motivo vis, (róbor-is): a força
rex, reg-is: o rei volúntas, voluntát-is: a vontade
sálus, salút-is: a salvação vox, voc-is: a voz
sénex, sen-is: o ancião vulpes, vulp-is: a raposa
societas, societát-is: a companhia
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LIÇÃO Nº 12: QUARTA DECLINAÇÃO MASC. E FEM.
(GEN. SING.: -US)
Aplicação
NEUTROS DA 4ª DECLINAÇÃO
Os neutros da 4 declinação flexionam-se como genu, us (joelho):
Aplicação
Declinem-se estes neutros: veru, us espeto; cornu, us chifre.
Vocabulário da 4ª Declinação
3
Na flexão dos substantivos cujo nominativo é proparoxítono, deve-se deslocar o acento no dat. sing. e no gen., dat. e abl. pl.:
EXERCÍTUI, EXERCÍTUUM, EXERCÍTIBUS.
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lacus, us: o lago specus, us: a caverna
magistratus, us: o magistrado spíritus, -us o espírito
manus, us a mão status, us: o estado, condição
motus, -us o movimento usus, us: o uso
nurus, us: o pórtico venatus, us: a caça
progréssus, -us o progresso veru, us (n.): o espeto
quercus, us: o carvalho vultus, -us o rosto
sensus, -us o sentido
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LIÇÃO Nº 13: QUINTA DECLINAÇÃO
(GEN.SING.: -EI)
Da mesma forma se declinam res, rei coisa, plebes, plébei plebe, spes, spei esperança, fides, fidei4
fé, requies, requiéi descanso, effigies, effigiéi, efigie, etc. - Note-se, porém, que só dies e res têm to-
dos os casos do plural; os outros substantivos (da 5a decl.) no plural só têm os casos terminados em -
es e, assim mesmo, raramente.
5. Aplicação
Decline-se: Meridies, éi meio-dia; pernícies, éi desgraça; progenies, éi descendência, acies, éi (f) cam-
po de batalha; facies, éi face; fides, fidei fé, fidelidade; spes, spei esperança; res, rei coisa.
Vocabulário da 5ª Declinação
4
Nos polissílabos, o "e" da terminação "ei" é acentuado, se for precedido por "i".
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LIÇÃO Nº 14: FORMANDO FRASES (SINGULAR E PLURAL)
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Imperium Romanum
Ubi est imperium Romanum? Imperium Romanum est in Europae, in Asia, in Africa.
Hispania et Syria et Aegyptus provinciae Romanae est.
Germania non est provincia Romana: Germania in imperio Romano non est.
Sed Gallia et Britannia sunt provinciae Romanae.
In imperio Romano multae sunt provinciae. Magnum est imperium Romanum.
Litterae et numeri
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Fluvius et oppidum vocabula Latina sunt.
Ubi quoque vocabulum Latinum est.
In vocabulo ubi sunt tres litterae.
In capitulo primo mille vocabula sunt.
In vocabulo insula sex litterae et tres syllabae sunt: syllaba prima in-, secunda -su-, tertia -la.
In vocabulo non sunt tres litterae et una syllaba.
GRAMMATICA LATINA
Singularis et pluralis
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PENSVM A
PENSVM B
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_________________ est Sparta? Sparta est in Graecia: Sparta oppidum _____________ est.
Delphi ______________ oppidum Graecum est.
Euboea, Naxus, Lesbos, Chios ________________ Graecae sunt.
In Graecia sunt _____________ insulae.
Quid est III? III _________________ est.
______________ est A? A littera est.
A, B, C ________________ Latinae sunt.
______________ littera Latina est? ________ littera __________, sed littera _______ est.
Insula _______________ Latinum est.
PENSVM C
Exercitium I
Exercitium II
Exercitium III
Exercitium IV
Exercitium V
Exercitium VI
Latim Português
Salve(te)! Olá!
Vale(te)! Passa bem! /Adeus!
Quid agis? Como vais?
Quid annus est? Que ano é?/Em que ano estamos?
Illud estne tuum? Isto é teu?
Non scio. Não sei.
Quid edere possum? O que posso comer?
Intellego. Eu percebo. /Eu entendo.
Ita/ Sic. Sim.
Non. Não.
Fortasse. Talvez.
Scisne Latine? Sabes Latim?
Aliquisne domum est? Está alguém em casa?
Ubi est caupona bona? Onde fica uma boa estalagem?
Quid tempus est? Que horas são?
Mea culpa. Culpa minha.
Scisne Latine?
Fortasse.
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