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No Projeto Ser Criança são atendidas 170 crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, no horário
alternado da escola formal.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Todas as nossas atividades são desenvolvidas de acordo com as necessidades do grupo, tendo como
base o PTA, Plano de Trabalho e Avaliação.
Nosso objetivo é promover a aprendizagem através do lúdico, de forma criativa, construindo novos
conhecimentos e potencializando habilidades individuais, partindo do interesse das crianças e
adolescentes e valorizando sempre o alternativo e a opinião da criança principalmente nas rodas.
Desde a notícia de que iríamos receber algumas visitas para conhecer o nosso trabalho, enchemo-nos
de expectativas e alegria, pois a cada dia nosso trabalho vem sendo reconhecido e valorizado por todo
Brasil. Essas pessoas que nos visitaram são donos da Lepper que fabrica acessórios para cama, mesa
e banho, vindos de Santa Catarina. Os empresários pediram-nos que, juntos às crianças,
desenvolvéssemos um trabalho onde todos exporiam sua criatividade, usando materiais de nossa
região com a tinta de terra , sementes ,etc.
Fomos para a praça da Prefeitura participar das oficinas, realizadas pelo Banco do livro. São oficinas
que trabalham a aprendizagem através do lúdico, como: oficinas de livros, jogos, teatro, história. As
atividades realizadas foram muito importantes, pois as crianças estavam brincando e aprendendo.
Cada um fez seu grupinho: uns iam para a barraca de livros; outros para os bancos brincar com os
jogos; outros preferiam ler em um canto da praça mais reservado. Finalmente chegou o momento
mais esperado: o “teatro”. Foi um momento de muita atenção, onde só se ouvia a voz dos
personagens. Todos ficaram vidrados na história que acontecia.
Essas oficinas vêm despertando o interesse das crianças pelo estudo, incentivando-as à leitura e
tornando as mais responsáveis com suas tarefas de casa. Os grupos estiveram bastante interessados,
pois foi uma aprendizagem através da diversão. Quando as atividades são interessantes, as crianças
participam e não se dispersam.
O saber é algo que construímos juntos. Participando é que aprendemos a conviver com tanta
informação. O foco principal foi despertar e incentivar uma aprendizagem de forma lúdica e
satisfatória nas crianças e adolescentes tendo como pretexto o envolvimento com outras crianças e a
oportunidade de interagir com a comunidade, uma vez que curiosos se aproximaram.
• Poesia
Estamos trabalhando com atividades mais voltadas para a aprendizagem, cujo objetivo principal é
promovermos atividades lúdicas e criativas, que valorizam a leitura, escrita e as 4 operações e
incentivam a socialização, alegria, felicidade interesse e formas mútuas de expressar e resgatar nossa
cultura.
Todo o trabalho feito com livros, textos e filmes contribuem para o aprendizado das crianças e
adolescentes. O riquíssimo material que temos em mãos, como os Bornais e as Algibeiras só vêm nos
ajudar a atingir nossos objetivos e as crianças, a cada dia, mostram maior interesse pela leitura, tendo
então, maior êxito na aprendizagem.
O trabalho com os livros, no Projeto, tem sido bastante freqüente e valorizado pelas crianças. É através
deles que discutimos vários temas como valorização, respeito, socialização, entre outros, e a cada dia
vemos que as crianças estão mostrando o desejo de transformação.
Livros, textos e filmes trabalhados: Textos “O paraíso perdido”, “Divina comédia”, “As três irmãs”,
“Exilo dos cânticos” “A vaquinha”, “Eu tenho valor”. Livros: “Os passarinhos e a minhoca”, “Um
presente de fada”, “Confusão na roça”, “A cabra do senhor Joaquim”, “Semana suada”, “O ga-ga-
gato comeu”, “Chapeuzinho vermelho”. Filmes “Vida de inseto”, “Pinóquio”, “Floresta feliz”. É através
deles que podemos trabalhar vários temas, que despertam o gosto pela leitura e influencia na
aprendizagem.
• Programação de Férias
Nestas férias fizemos uma programação diferente dos anos anteriores. Como de costume tínhamos a
colônia de férias, mas como a maioria das educadoras iriam para a faculdade e as educadoras, que
ficariam junto com as mães cuidadoras, nunca tinham participado, estavam iniciando no trabalho,
achamos melhor programar algo de acordo com a experiência delas!
A cada dia eram realizadas de cinco a seis provas valendo pontos, que foram distribuídos por
diferentes jurados da comunidade, de acordo com o merecimento. As provas eram todas voltadas para
• Folia do Livro
Depois de termos tido duas semanas de provas em uma animada gincana onde foram feitos vários
trabalhos com livros e teatros e arrecadados 249 livros para o Banco do Livro, aconteceu a Folia do
Livro que contou com a participação de todas as crianças e adolescentes do Projeto. Essa folia teve
como objetivo mostrar à comunidade um pouco do trabalho que é realizado no Projeto Ser Criança e
descontrair no encerramento da programação de férias. A folia aconteceu em 3 praças, que foram
ornamentadas para receber os demais participantes da gincana, que teriam teatro e contação de
história, tirados dos livros.
• Biblioteca Virtual
Para ampliar ainda mais o nosso conhecimento, é que estamos com novidades. Agora, temos
computadores com os quais desenvolveremos atividades interessantes para a aprendizagem e o
conhecimento, através das enciclopédias virtuais. Cada educador teve o dia de levar seu grupo para
conhecer os computadores e o que iremos trabalhar. A novidade deixou as crianças muito
empolgadas. Para a maioria era a primeira vez que tocava em um computador. Foi um momento de
muita emoção para muitos, pois era momento de grandes descobertas para eles. A euforia das
crianças foi muito grande. Via-se no olhar de cada um a emoção que sentiam no contato com o
computador.
Nosso objetivo, com os computadores é que através da pesquisa o grupo possa ter uma aprendizagem
eficiente, sem ficar restrita apenas a pesquisas e, que através dela, possamos trabalhar teatros,
danças, jogos e brincadeiras que tragam resultado significativo, ampliando ainda mais nosso
conhecimento de forma lúdica e todos possamos crescer.
Vejo que a cada ano o projeto vem sofrendo transformações para melhor adaptar às suas
necessidades. Durante esse tempo pudemos observar quanto o Projeto vem crescendo e quanto o
CPCD vem se esforçando para ampliar o desenvolvimento do Projeto, oferecendo melhores condições
de trabalho para que as pessoas trabalhem satisfeitas esforçando-se para que o Projeto seja um
espaço prazeroso para as crianças e educadores. Percebemos também que o CPCD quer investir cada
vez mais no nosso crescimento pessoal, incentivando-nos a buscar sempre mais conhecimento. Uma
evidencia disso é o investimento que esta fazendo para crianças e educadores na compra de vários
livros infantis, infanto-juvenis e para adultos.
Quanto à condenação, vejo que no momento em que está junto com a crianças e educadores,
acompanhando-nos nas alegrias e dificuldades do Projeto, as coisas se encaminham muito melhor.
Até as crianças ficam mais calmas, deixando o dia mais prazeroso. Estar na linha de frente de um
trabalho requer muita responsabilidade, por isso devemos ficar atentos a tudo que acontece no
trabalho para que seja alcançado tudo que se espera.
Todos os educadores procuram desempenhar da melhor forma o seu trabalho não deixando de ser
equipe. Buscam sempre o crescimento e a inovação. Todas as críticas feitas são aceitas pelo grupo,
tornando uma equipe madura e flexível às mudanças.
Cada um procura se esforçar o máximo, mostrando disposição para o trabalho proposto, tornando
mais fácil alcançar tudo que se quer para o projeto. A sintonia que temos dentro do trabalho faz com
que ele seja prazeroso e cria um clima de cumplicidade, crescimento, troca e aprendizagem.
Neste mês também tivemos nosso encontro com os pais, quando desfrutamos de bate-papos
enriquecedores. Durante nossas atividades, foram confeccionadas bonecas e usamos computador.
A participação dos pais foi muito boa. Estavam ansiosos para iniciar os trabalhos com computador e,
gradativamente, foram se apropriando e aproveitando a oportunidade de ampliar seus horizontes.
Estar com os pais é um motivo a mais para refletirmos e mostrarmos nossa metodologia fazendo com
que crianças e educadores, pais e comunidade em geral se apropriem da nossa roda.
Neste mês tivemos mais uma vez a oportunidade de mostrar nosso trabalho e ampliar o elo entre
Projeto, comunidade e escola. Fomos convidados a participar, juntamente com as escolas estaduais,
da Feira de Brinquedos, realizada no Planalto Tênis Clube, dando início ao Projeto Amigo da Escola.
Tivemos uma manhã repleta de atividades envolventes como teatro, contação de causos, amostra de
jogos educativos e apresentação de corais. O encontro nos permitiu mostrar a comunidade um pouco
do nosso trabalho e foi gratificante porque tivemos o reconhecimento das pessoas que visitaram nosso
espaço e nos elogiaram muito.
Na Feira de Brinquedos, pudemos mostrar nossa solidariedade, doando todos os brinquedos e jogos
às escolas. Esta foi uma iniciativa para chamar a atenção da comunidade e levá-la a contribuir de
alguma forma com nossas escolas.
O Coral Meninos de Araçuaí fez também uma performance na Escola Estadual Industrial São José, em
comemoração ao Dia dos Estudantes, levando nossa música e também retribuindo a aceitação quando
de nossa viagem a Paris.
Tivemos no Projeto a visita do pessoal da Lepper de Santa Catarina, uma empresa que confecciona
roupas de cama, mesa e banho.
A chegada da Gabi, Paulo, Cristina Loyola e Marcos foi esperada com muita ansiedade. Estávamos
entusiasmados para recebê-los da melhor forma possível, uma vez que já tínhamos um contato mesmo
que por carta com a Gabi e a Cristina Loyola. Na roda, tivemos a oportunidade de conhecê-los e
participar de um momento bastante agradável que foi a nossa brincadeira.
Receber bem as pessoas é essencial e por isso temos procurado conscientizar as crianças a que
receberam todos com respeito e boa educação.
O Coral Meninos de Araçuaí foi convidado a participar da inauguração da escola Sesi, Senai que
contou com a participação de vários ministros, dentre eles o Ministro Siro Gomes e outras autoridades.
As demais crianças do Projeto também participaram da inauguração, que apresentou várias atrações
como: barraquinhas com exposição de produtos que fazem parte da cultura do Vale como, pedras
preciosas, artesanato, produtos indígenas. Também havia vários brinquedos para as crianças se
divertirem: pula-pula, cinuquinha, ping-pong, balão de ar, trenzinho da alegria etc.
O passeio foi muito importante, pois as crianças se divertiram bastante e conheceram um pouco mais
de nossa cultura e novos Projetos que estão sendo implantados na cidade.As crianças menores deram
mais importância ao exterior do evento, onde estavam os brinquedos e os adolescentes ficaram mais
interessadas em ouvir as proposta dos envolvidos no Projeto, até fazendo críticas entre eles sobre o
discurso dos políticos.
AVANÇOS OBTIDOS
DIFICULDADES ENCONTRADAS
- A agressividade não deixa de ser problema, pois as brincadeiras como lutinhas e a até palavras
obscenas vêm provocando brigas ou até atritos, causando-nos problemas;
- A sexualidade está muito aguçada, principalmente nas crianças menores e, por mais que se faça
trabalho e rodas, não temos conseguido muito êxito;
- Apesar da higienização ser um grande avanço há muitas crianças que têm muito piolho e só a
higienização que os educadores fazem no Projeto não esta surtindo efeito;
- O barulho de máquinas da construção da quadra do Colégio Nazareth muitas vezes impossibilita
ouvir na roda grande;
- Conversa paralela na hora da roda grande e o calor muito forte deixam as crianças muito agitadas.
BREVE SINTESE
“Com essas pinturas podemos mostrar às visitas um pouco da nossa região como as tintas feitas com
terra e que usamos para fazermos nossas atividades.”
Guilherme de Matos - 14 anos.
“O que eu mais gostei nessa atividade foi a participação do grupo. Todos estavam envolvidos com o
que faziam.”
Ramon Rodrigues - 13 anos
“Cada vez que recebemos uma visita aqui no Projeto ficamos muito felizes, pois nos sentimos
valorizados e importantes.”
Elaine Teixeira - 13 anos
“Foi muito bom receber os elogios feitos pelas visitas, porque, às vezes, não percebemos nossos dons.”
Aline Amaral - 13 anos
“Eu fico muito contente quando se coloca na roda que vamos participar de oficinas feitas pelo Banco
do Livro, na praça. Elas são muito divertidas e a gente aprende muito.”
Jéssica de Matos - 7 anos
“Depois que comecei a participar dessas oficinas, estou melhorando com as minhas atividades da
escola.”
Tainara Nunes - 7anos
“Nós ficamos todos com a atenção nos jogos, pois eles eram muito interessantes e não tivemos tempo
para brincadeiras sem graça.”
Lauro Rocha - 7 anos
“Já é a quarta vez que participamos das oficinas do Banco do Livro e cada vez é uma emoção nova.”
Michele Figueiredo - 8 anos
“Acho que as oficinas só têm a contribuir com o rendimento da aprendizagem, o raciocínio rápido,
com os jogos e brincadeiras. Vêm nos ajudando a compreender melhor o sentido das coisas.”
Nélio do Nascimento - 15 anos
“Eu esperava pouco da oficina, mas aconteceu muito. Os jogos foram importantes e o teatro foi
interessante. Acho que foi o jeito como arrumou o cenário e as personagens se vestiram.”
Alan Costa - 12 anos
“Adorei o jogo “pif do substantivo”. Essas oficinas vieram nos oferecer outras opções de atividades fora
do Projeto.”
Nélio Nascimento - 15 anos
“Achei mais interessante quando cada pessoa escolhia a oficina que apreciava mais. Eu fiquei indeciso
e fui para a oficina de leitura. Gostei muito. Enquanto eu lia, ouvia o educador lendo para os
pequenos e perguntando às crianças o que estava acontecendo na estória.”
Douglas da Silva - 14 anos
• Atividade Poésia
“Gosto muito de atividade como esta, pois me faz refletir sobre minhas atitudes. Às vezes faço coisas
sem pensar e acabo ferindo os sentimentos das pessoas que me quer bem.”
Douglas Silva - 12anos
“Enquanto a gente discutia pensei muito o quanto é bom ouvir o pensamento do outro. Parece que a
chance da gente aprender é maior, porque as palavras de um vêm completar o pensamento do outro.”
Julita - 12anos
“Acho que a poesia só veio contribuir para enriquecer a atividade, porque enquanto a gente discutia
pensava também nas nossas atitudes.”
Jaqueline Viana - 11anos.
“O bom dos livros que discutimos é porque além da leitura a discursão nos levou a aprender que o
importante não é ler por ler e sim entender o que se lê. A mensagem deste livro nos alerta que não
devemos brigar por causa de coisas bobas, pois isso não nos leva a nada.”
Sabrina Aparecida - 10 anos
“Eu achei interessante porque muitas vezes fazemos inimizades até sem conhecer as pessoas, pois nós
brigamos com elas sem saber o jeito que elas resolvem as situações.”
Anália Pereira - 13anos
“Gostei de ler e discutir, pois esses livros nos ensinam a ser humildes e pacientes. Ensinam também a
resolver os nossos problemas através de conversas”.
Viviane Rodrigues - 11anos
“É bom ler e discutir porque nos comparamos com os personagens das histórias e eles nos ensinam
várias coisas importantes.”
Jéssica Ferreira - 11anos
“Gostei muito da gincana por ter sido realizada de forma diferente. Cada equipe mostrou sua
capacidade e assim todos compartilharam os bons momentos.”
Lucinéia Santos - 14 anos
“Adorei passar as férias aqui no Projeto. Esse ano foram dias diferentes e animados, tinha um grande
objetivo, unir todos nós. Adorei esse jeito novo de fazer gincana.”
Adenilson Ferreira dos Santos - 13 anos
“Foi bom participar. Eu me senti incentivada para a leitura, diverti bastante, cantei, pulei, aprendi a
competir, a perder e a ganhar pontos. Mesmo quem ficou em 3º lugar, ganhou, porque aprendeu
através das brincadeiras e da participação.”
Crisleide Teixeira - 9 anos
“A gincana foi ótima. As crianças e surpreenderam foram com sua criatividade. Usaram muito bem a
mente. O desempenho de cada equipe foi lindo! Tiveram respeito um pelo outro e em cada prova
víamos que todos estavam usando bem o raciocínio. Além de tudo, víamos como as crianças estavam
lutando para trazer novidades. Tivemos uma arrecadação maravilhosa de livros, o teatro foi muito
bem feito e vejo que as crianças são verdadeiros artistas e que terão sucesso no mundo artístico.
Quero parabenizar todas educadoras por organizar essa maravilhosa gincana e por incentivar a
leitura. Todas as crianças souberam aproveitar bem, sem brigas e cooperaram com sua equipe. Nunca
vi tanta criança brincar sem brigas e com tanta paz.”
Cleidalson - Jurado
“Eu gostei.A gincana foi uma oportunidade muito boa que ensinou muito mais a gente. Gostei muito
das provas que eu participei, porque é brincando que se aprende. Não importa se teve primeiro ou
segundo lugar porque todos contribuíram para ser muito legal e foi bom também que todos trouxeram
livros. Foi tudo muito bom.”
Sara Gonçalves - 9 anos.
• Biblioteca virtual
“Fiquei muito feliz de ter a chance de conhecer e mexer no computador pela primeira vez.”
Feliphe Ferreira - 7 anos
“Nossa! Não sabia que tinha um mundo tão grande dentro do computador.”
Matheus Lemes - 6 anos
“Eu nunca tinha nem pegado num mouse e hoje pude até conhecer outros lugares através do
computador.”
Lara Rocha - 8 anos
“Depois desse computador até as nossas pesquisas da escola vão ser mais bem feitas porque vamos
ler um montão de pesquisas.”
Michael Eduardo da Silva - 8 anos
“Quando falei com meus colegas da escola que tinha chegado computador no Projeto para a gente,
eles quase não acreditaram.”
Jhonatan Ferreira - 7 anos
“Trazer computadores para o Projeto foi um grande investimento, porque com eles nós vamos
atualizar, fazer pesquisas e descobrir muitas coisas boas através deles.”
Leandro Rodrigues - 10 anos
“Cada dia que mexo no computador é diferente. Cada momento sentado de frente, mexendo, a
curiosidade aumenta e a sensação é melhor.”
Vinicius Pacheco - 13 anos.
“Acho que depois de tudo que li me deu medo pelo que já fiz.”
Daniel Melo - 13 anos
“Acho que essas informações ajudam a construir nosso conhecimento e o que a gente tem que fazer é
divulgar o que aprendemos.”
Jaqueline Viana - 11 anos
“Avalio a atividade como positiva porque foi uma oportunidade que tivemos de entender a importância
de prevenir o câncer.”
Verberth Rodrigues - 14 anos
“Cada vez que eu clicava, descobria coisas interessantes. Foi uma descoberta atrás da outra.”
André Souza - 12 anos
“O texto ensina que a gente não pode só depender dos outros. Quando queremos alguma coisa,
temos que ir em busca.”
Mário Felipe - 12 anos
“A vaca no texto tinha um significado bom e ruim porque dava alimento, mas não mostrava outra
forma de vida. O texto mostra que não podemos estar acomodados, temos sempre que buscar o
melhor pra nossa vida.”
Danywell Pereira - 12 anos
“O texto da vaquinha mostra que muitas vezes estamos acomodados com a nossa vida. No texto, a
vaquinha dava alimento àquela família, mas não permitia que fizesse outras coisas. A atividade foi
importante porque aprendemos a ir em busca de coisas melhores para nossa vida, retirando dela
todas as vaquinhas que nos deixam acomodados.”
Angélica Aparecida Pereira
• Poesia
Aprendendo a reciclar
Reciclar é diversão
Não devemos sujar o chão
Com tanta poluição
Criação:
INTRODUÇÃO
O Projeto Ser Criança II funciona no prédio do Se Ame e atende 157 crianças e adolescentes, com
idade entre de 6 a 15 anos. É um lugar de muitos sonhos e momentos prazerosos. Há momentos de
troca de carinho e de informações para contribuir com o desempenho e reflexão da equipe de
educadores.
A “Educação pelo brinquedo” é o nosso tema principal, criando oportunidades para as crianças que
desejam aprender o que é “ser criança de verdade”, desenvolvendo suas potencialidades e
habilidades.
Utilizamos a “Pedagogia da Roda” que é o momento mais importante para brincarmos, cantarmos,
resolvermos os problemas que surgem e também para contarmos as novidades do dia-a-dia. Temos
direito de opinar e dar sugestões para melhorar o trabalho.
• Relaxamento
Com o objetivo de trabalhar a não violência e a agitação demasiada das crianças, foi feito um
relaxamento. Colocamos no local uma música ambiente, essência de flores e cada criança recebeu
uma toalha para se deitar no chão e ficar à vontade. Depois que todos fecharam os olhos, a atividade
começou com uma história com o tema: “cuidado que devemos ter com o outro, confiança, respeito e
harmonia”.
A música tocava enquanto cada criança recebia massagem, que na verdade era afeto, carinho e
momento de reflexão. Muitas delas não conseguiram concentrar-se, mas foi produtivo. Receberam
carinho e em alguns momentos elas faziam movimentos com o corpo ao som musical.
A brincadeira dos Escravos de Jó já é bem conhecida pelas crianças, mas andava meio esquecida.
Reencontramo-la na Mala e Cuia e aproveitamos para ouvir, dançar e brincar.
Quando a brincadeira começou, houve participação de todos, porém, como a regra estabelecida
manda reiniciar quando errar, até cumprir cada etapa, alguns foram desistindo. Tentamos algumas
formas de trazê-los de volta à roda, até atingirmos o objetivo.
Discutimos sobre os erros e por que aconteciam. Falamos sobre a persistência e relacionamos as
etapas da brincadeira com a vida e o dia-a-dia. Temos muitos degraus para percorremos, que serão
superados, um a um, para chegarmos aonde queremos ou ao objetivo proposto. Quando desistimos,
perdemos a oportunidade de saber o que aconteceria.
Com a história do bosque encantado, onde todos eram felizes e tudo se realizava, trabalhamos a
música “Nesta rua tem um bosque.” Houve um pouco de dificuldade para iniciar a atividade, mas
assim que se iniciou a música, o silêncio foi se fazendo presente.
Passear é uma das atividades preferidas do Projeto,mas em todo o passeio levamos uma atividade
para fazer ou um lugar para conhecer. Desta vez, foi a Associação dos Artesãos de Araçuaí. Entramos
e começamos a apreciar as peças. Ouvimos a explicação da secretária de como funciona a loja e
quais os artesãos que expõem suas peças. Em seguida, fomos ver o lugar em que fazem as peças.
Não havia ninguém trabalhando. O que vimos e a explicação foram suficientes para entendermos um
pouco do seu funcionamento.
Uma criança descobriu peças de um participante do Projeto e foi uma alegria. Talvez a mais
importante.
• Poesia
Criar poesias no Projeto tem sido uma rotina, apesar de algumas crianças terem muitas dificuldades
para ler, escrever e criar,mas estamos conseguindo desenvolver a sensibilidade, o protagonismo,
escrita e leitura, além de alegria e prazer quando as vêem no Jornalzinho e no mural do Projeto.
• Biblioteca virtual
Uma sala de informática foi montada com o objetivo de desenvolver atividades que despertem
interesse pela aprendizagem e ampliem conhecimentos, através das enciclopédias virtuais.
As crianças estavam eufóricas para usarem o “mouse” e entrar nos programas existentes para
conhecer as enciclopédias.
Poucas eram as crianças que já tinham visto um computador de perto. Em cada rosto se via felicidade
e a surpresa de estar diante do computador.
Conhecemos enciclopédias e os jogos. Os jogos foram a atração das crianças. Diante das
dificuldades, os colegas tinham a preocupação em ajudar.
• Desenhos “Lepper”
A “Lepper” é uma fabrica de Joinville, Santa Catarina, que confecciona roupas de cama, mesa e
banho. Um representante veio nos visitar e também nos proporcionou uma “Oficina de desenhos” que,
eventualmente, poderão ser impressos nas estamparias das confecções. O que aprendemos na oficina
foi repassado para as crianças. Elas adoraram fazer os desenhos e, através deles, puderam expressar
seus sentimentos e também retratar um pouco da nossa cultura.
Desenhar bem é uma habilidade que poucos têm, mas fazem o possível para sair o melhor possível.
As crianças esperam um dia poder ver alguns desenhos em lojas da nossa cidade.
• Banco do livro
Sempre vamos ao “Banco do Livro”. Dessa vez, fizemos outro trajeto, passando por ruas diferentes.
Entramos no centro histórico, rua onde iniciou a nossa cidade e poucos conheciam. Falamos que
naquela rua os canoeiros chegavam com as mercadorias para comercializá-las. Isso acontecia há 134
anos. Eles se interessaram pela história e faziam perguntas. Combinamos fazer uma pesquisa
detalhada sobre a história de Araçuaí, nossa raiz.
Chegamos à praça do Banco do Livro e encontramos uma estante com livros e jogos. No meio da
praça tinha uma fonte com um peixe vivo e uma perereca de plástico. Isso chamou a atenção do
grupo, queriam fazer o peixe mexer, foi uma alegria! Em seguida o grupo se sentou e começou a ler e
jogar. Dois grupos do Ser Criança I chegaram e continuamos a atividade juntos.
Assistimos a um teatro encenado pelas Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de educação. Essa é
uma das oportunidades para as crianças terem acesso aos vários tipos de músicas, teatro, história, etc.
As histórias de chapeuzinho Vermelho todos já conhecem, mas contamos de forma diferente: pedimos
às crianças que fossem os personagens. Tínhamos lobo, vovó, chapeuzinho e sua mãe. Todos ficaram
atentos.
Depois discutimos o papel de cada personagem e a relação com nossa vida real. Na discussão
falamos sobre o respeito pelas diferenças, cumprir as regras, saber ouvir. È bom quando realizamos
uma atividade interessante para o grupo e todos se envolvem.
Fizemos um passeio em frente à estação elétrica da CEMIG. Lemos o livro que fala do egocentrismo e
depois de ouvir a história fizemos o debate. O grupo discutiu a melhor forma de agir, como deveria
ser o tratamento com os colegas e a divisão de materiais. Cada um pôde falar em que poderíamos
melhorar para o grupo ser mais harmonioso. A atividade foi tranqüila, apesar de demorada.
• Casa de Cleison
Visitamos um amigo que está doente. Ele não está freqüentando o grupo porque sofreu um acidente e
está em repouso. Houve uma expectativa muito grande quando combinamos a visita no dia anterior.
O grupo manifestou desejo de levar uma surpresa para ele. Como tínhamos pouco tempo para
preparar, resolvemos contar uma história durante a visita. Ele é uma pessoa que gosta de história, é a
sua atividade preferida.
Contamos a história “O cemitério das trevas” - coleção Calafrio. Ela conta sobre os fantasmas que
queriam passar um susto no coveiro. Para sua surpresa o coveiro não tinha medo. Ficaram sem
alcançar o objetivo. Mesmo assim trancaram o coveiro dentro do porão para saírem vencedores.
Conversamos sobre “querer vencer a qualquer custo”, pois essa é uma realidade no grupo. Algumas
crianças não aceitam perder, querem ganhar sempre.
Fomos para a casa de uma criança do Projeto. Chegando, sua avó nos esperava. Sentamos debaixo
do pé de mangueira. Foi uma visita impar, pois ouvimos a história dos três cabritinhos. Depois
discutimos como se deve comportar diante de pessoas estranhas e como evitar problemas para os
pais. Eles não querem ver seus filhos nas mãos de estranhos. Essa foi uma lição para o grupo, pois
apesar da pouca idade, alguns gostam de sair sem acompanhante. A história mostrou o perigo que
isso pode causar.
A princípio, foi complicado ouvir a história, pois algumas crianças tiveram dificuldade em ouvir.
Queriam pegar manga verde, o que não estava combinado. Mas tudo se resolveu com uma boa
conversa.
• Dinâmica da Garrafa
Estamos enfrentando um período no Projeto de relações difíceis, com muita agressividade física e
verbal. Temos dado atenção especial às atividades que têm como objetivo melhorar as relações e
incentivar a harmonia e o respeito mútuo. Numa dinâmica, dividimos o grupo em duas equipes e foi
oferecida uma garrafa contendo suco de limão para uma equipe e, para a outra, água.
Todos tinham que se imaginar bebendo uma bebida deliciosa, depois invertemos as garrafas. Alguns
disseram ao beber a água que sentiram o gosto de fanta, coca, guaraná ou aquilo que mais de
gostamos; outros, de água mesmo.
Avaliamos falando da importância de darmos à nossa vida mais alegria, entusiasmo. Ela terá o sabor
que dermos a ela. Se formos otimistas, mais tolerantes e amigos teremos mais carinho, harmonia e
uma boa convivência.
• Revista de idéias
Fizemos essa atividade para entrosarmos melhor e também para melhorar a convivência e vencer a
agressividade.
A primeira etapa da atividade foi pensar nos sonhos que temos. Depois, representar em forma de
desenho e preencher uma pequena ficha com nome, idade, o que mais gosto, o que me deixa triste,
feliz etc.
Assim, sintetizamos nossas propostas para acabar com as brigas e para que haja mais harmonia em
nossas brincadeiras que é o que nos deixa mais felizes no Projeto.
• Teatro mudo
Dividimos o grupo em quatro equipes e cada uma ficou com um tema para apresentar na roda,
através de um teatro mudo.
A primeira equipe ficou de representar um escritório; a segunda, uma escola; a terceira, o Projeto e a
quarta, um hospital.
Em cada apresentação fomos anotando tudo que entendemos de cada uma e percebemos que nem
sempre o que passamos é o que as pessoas entendem. Isso é o motivo de muitas das brigas ocorridas
no Projeto, principalmente na quadra durante o futebol.
Discutimos que temos que ser mais tolerantes e pacientes uns com os outros e esperar, pelo menos,
uma explicação antes de agredir o outro.
Foram distribuídas várias revistas, papel, tesoura e cola. Cada pessoa teria que procurar o que
representa seus sonhos.
Fizemos a apresentação na roda, frisando o respeito que devemos ter pelo outro, respeitando suas
escolhas e ajudando-o na realização de seus sonhos.
Como muitos optaram por jogador de futebol e é uma questão a ser trabalhada no Projeto, falamos
um pouco sobre as regras do futebol e da união e companheirismo que deve haver numa equipe: um
tem que sempre completar o outro e não jogar com egoísmo e agressividade.
Conversamos também sobre as atitudes de uma boa professora, um bom médico, artesão e outros e
avaliamos nosso comportamento em relação aos mesmos concluindo que precisamos melhorar muito,
pois assim já estamos em busca da realização dos nossos sonhos.
Fizemos o futebol de mãos dadas com o objetivo de desenvolver o companheirismo e união do grupo.
Paramos o jogo e fomos para a roda avaliar por que não deu certo e concluímos que faltou
cooperação e paciência.
Voltamos para a quadra e recomeçamos o jogo que durou dessa vez uns dez minutos. Mais uma vez
voltamos pra roda e avaliamos. Percebemos que não podemos ter tanta ansiedade e pensar só em
ganhar. Temos que lembrar que temos alguém do nosso lado que tem limites diferentes do nosso, e
mais uma vez fomos à quadra. Na terceira vez, conseguimos jogar.
Várias revistas foram distribuídas para as crianças que estavam sentadas em grupos de quatro
pessoas.
Colamos as palavras em uma folha de papel ofício, depois de recortadas. Lemos em voz alta,
separamos em sílabas, contamos, escrevemos o número de letras ao lado da palavra. Essa atividade
foi um pouco difícil para quem ainda não sabe ler, mas o objetivo era conhecer as letras para ajudar
na alfabetização.
• Jogo do Dado
Fizemos o jogo do dado. Cada criança jogava o dado e, de acordo com a letra sorteada, formávamos
palavras. Dessa forma foi possível diagnosticar o nível de aprendizagem de cada criança.
Depois de repetir a atividade, constatei que houve êxito na aprendizagem, o que motiva o grupo.
• Cálculos Matemáticos
As crianças que estão no 1º ano não sabem ler e têm muitas dificuldades em fazer leitura. Têm
facilidade quando a leitura é auxiliada por gravuras.
• Jogos
Escolhemos o “jogo da forca”. Assim, cada grupo pôde formar o maior numero possível de palavras
corretas. O resultado foi bom. Essa atividade é dinâmica e a euforia, às vezes, atrapalha. Quando isso
acontece, voltamos para a roda a fim de esclarecer o que ocorreu e confirmar as regras que devem ser
seguidas. Esse jogo é da enciclopédia virtual.
Fomos convidados para participar da inauguração do SESC/ SENAI em nossa cidade. Houve uma
“Rua de lazer” e personagens da literatura infantil se fizeram presentes nas brincadeiras, no trenzinho
da alegria e coordenavam as atividades nos brinquedos.
Demos uma volta na cidade de trenzinho e encontramos nossos amigos do Ser Criança I e
Fabriquetas. As crianças ficaram contentes com a variedade de brinquedos, como a cama elástica,
balão mágico, totó, etc. Houve uma apresentação do coro “Meninos de Araçuaí.”
Assistimos à abertura da solenidade e algumas autoridades estavam presentes, dentre elas o ministro
Ciro Gomes.
Foi um dia especial para as crianças que voltaram felizes e com muitas histórias para contar.
• Semana da Criança
Para finalizar a semana, tivemos a “Folia do livro” entre os dois Projetos Ser Criança. Os livros lidos
foram temas dos teatros apresentados e as crianças ilustraram a literatura infantil e infanto-juvenil. Os
Projetos Fabriquetas e o Banco do Livro também foram parceiros.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
Todas as vezes que acontecem reuniões com o grupo de pais, esse contato é valioso para todos.
Cada um tem oportunidade de expressar o que pensa e no grupo de pais temos maior intimidade e
sabemos mais a fundo a realidade de cada criança. É ali que muitos pais esquecem os problemas do
dia e se divertem contando causos, piadas e desabafando. É um envolvimento gostoso que temos.
Formamos realmente uma grande família.
Fazemos o encontro quinzenal . A grande novidade foi a “Biblioteca Virtual”. Muitos pareciam não
acreditar no que viam. Sentiram dificuldades em manusear, pois para muitos ainda é um instrumento
estranho e era o primeiro contato. Mostramos as Enciclopédias e, aos poucos, foram tomando gosto,
o medo passou e transformou-se em uma novidade. Todos tiveram acesso às Enciclopédias, jogos,
músicas e danças. Combinamos pesquisar algum assunto, trazer para a roda e apresentar para os
filhos.
Trabalhamos também com a “dinâmica do dado” que, em cada lado, há uma tarefa com objetivo de
trabalhar o carinho, harmonia, união, respeito entre as pessoas. Discutimos o que a dinâmica trouxe
de bom para cada um, as experiências das brincadeiras, cantigas de rodas que brincavam quando
crianças e hoje isso não acontece com freqüência.
Fizemos cartões de tinta de terra, trocamos entre os participantes, presenteando-os e falando o que a
pessoa representa para ele. Alguns pais são tímidos, mas isso não impediu que levantassem,
presenteassem, falando, ainda que com poucas palavras, mas com muito carinho.
Fomos procurados pela Escola Estadual Professora Aparecida Dutra onde estuda a maioria das
crianças do Projeto. A diretora falou da importância do Projeto na vida das crianças e pediu que
déssemos maior atenção a algumas crianças que estão com mais dificuldades.
Estamos trabalhando com atividades que estimulem o interesse pela leitura e as quatro operações
matemáticas, além de fazermos o dever de casa .
Na necessidade, recapitulamos a matéria através de jogos, filmes, etc. para quem tem dificuldades.
AVANÇOS OBTIDOS
DIFICULDADES ENCONTRADAS
O Ser Criança é reconhecido pelo seu trabalho e pelas transformações ocorridas na vida das pessoas
envolvidas no processo. A “educação pelo brinquedo” nos permite aprender sem amarras, sendo o
prazer e a alegria os ingredientes que não podem faltar. Às vezes, desanimamos e deixamos nossa
estima diminuir, mas a persistência, coragem e, sobretudo, a crença nesse método, levanta a bandeira
da educação como o jeito de ser, viver, fazer e querer fazem com que olhemos para frente e
busquemos mais. Brincar de varrer o chão, de picar os legumes, cantar, dançar, fazer bonecas de
pano para alegrar o ambiente, pesquisar na biblioteca virtual, além de nos trazer diversão, estimula a
aprendizagem, valorização e proporciona felicidade e cidadania.
Não dá para participar da grande roda da vida e sair dela sendo o mesmo que entrou. Não importa
quanto tempo ficou, importa o que aprendeu e o que ensinou. Acreditando nessas trocas é que vamos
seguindo em frente, conseguindo fazer com que nosso trabalho cresça e seja reconhecido por toda a
sociedade.
Esperamos um Brasil sem muros, que as crianças possam brincar na rua e aceitar doce de estranhos,
onde velhos possam contar histórias de vida nas praças sem serem ignorados ou penalizados, onde os
jovens sejam conscientes e valorizem as pequenas e grandiosas coisas que a vida nos oferece.
Esperamos um Brasil mais justo e mais feliz.
Tó Santana - Coordenadora Ser Criança II
ANEXOS
• Relaxamento
“A música estava suave, viajei para bem longe, senti um cheirinho gostoso e a mão que tocava meu
corpo me fez sonhar.”
Thiago Miranda - 7 anos
“Senti a mão macia me tocando, deu uma vontade de chorar, mas virou uma coisa boa. Não sei o que
foi, mas foi bom.”
Joyce Ingrid Souza - 8 anos
“Relaxei, foi muito bom. Senti o cheiro do vento no meu rosto e falei com os animais!”
Paloma Mendes - 8 anos.
“A brincadeira é difícil, toda brincadeira é difícil, mas essa... Foi bom porque cheguei ao final, não
gosto de desistir.”
Marimar Pêgo - 7 anos
“Fiquei nervoso, é difícil brincar. Queria que acabasse logo, isso me atrapalhou.”
Adailton Esteves - 8 anos
“Se todos tivessem ficado na brincadeira, teríamos conseguido, juntos. Não tivemos paciência, isso nos
fez desistir. É ruim desistir das coisas com tanta facilidade.”
Michele Vieira - 8 anos
• Música
“A música me faz feliz e leve. Fico pensando: será que algum dia teremos uma rua assim?”
Luana Carvalho - 8 anos
“Às vezes, fico pensando como seria bom se a terra fosse coberta de brilhantes e se cada pedra
representasse uma coisa boa em nossas vidas.”
Adailton Gonçalves - 8 anos.
“As peças são bonitas e adorei as casinhas de madeira. É bom ver o que os outros fazem.”
Maria Cristina Oliveira - 7 anos
“O artesanato me chamou a atenção. Vi muitos brinquedos e enfeites de barro que também podemos
fazer. Brincar na praça é um dia diferente.”
Gleyciane J Costa - 8 anos
“Vi como fazem as peças, foi interessante. Às vezes, vemos as peças prontas e não imaginamos como
é bonito fazer.”
Maria Luana Miranda - 8 anos
• Criação de poesias
“Mesmo quem não sabe escrever, fez um pouco levada pela poesia.”
Maria Luana Miranda - 8 anos
• Biblioteca Virtual
“Aprendemos o alfabeto, escrever correto. Gostei de ajudar Marina, pois tenho computador em casa.”
Mateus Carvalho - 9 anos
“Conheci hoje e gostei de escrever. É difícil, mas sei que vou aprender rápido.”
Gleyciane Costa - 8 anos
“Foi uma experiência boa para todos e uma atividade diferente. Temos muitas coisas novas e vamos
aproveitar.”
Luana Miranda - 8 anos
“Fico muito feliz quando vamos fazer atividades nos computadores, posso conhecer até outras cidades,
através deles.”
Gardênia Kitéria - 9 anos
“Gostei de mexer com o computador, pois eu nunca tinha pegado. Não sei ler, mas tem um fone que
foi falando muita coisa no meu ouvido. Foi muito bom.”
Joyce - 6 anos
“Agora ficou muito bom para a gente fazer pesquisa. Nos computadores aqui do Projeto, a gente
encontra tudo. Hoje fiz minha pesquisa sozinha, já aprendi como pesquisar.”
Tamires Fernandes - 9 anos
“Eu acredito que existe saci, mas nunca vi um e gostei muito de poder mexer no computador.”
Erivelton Lopes - 10 anos
“É difícil esperar a vez para mexer nos computadores. Tem tanta coisa para a gente ver, que fico
apressadinha para chegar a minha vez.”
Amanda Fonseca - 9 anos
“São diferentes esses computadores, mas é bom tem muitas coisas para a gente aprender.”
Wesley Franco - 9 anos
“Adoro o dia de vir para a sala de informática. Adoro brincar de jogo no computador.”
Marlon Fernandes - 8 anos
• Desenhos Lepper
“Espero que meu desenho seja escolhido,porque fiz com tanto carinho!”
Paloma Mendes - 8 anos
“Adorei pintar. Desenhei um castelo. Aqui, na minha cidade nem tem, mas meu grande sonho é ter
um.”
Michele Vieira - 7 anos
“A pintura nos traz alegria. Fiz com muito amor e gostaria que o tempo fosse maior. Todos
colaboraram.”
Joyce Ingrid - 8 anos
“Eu quero ver meu desenho estampado nas toalhas. Todos os desenhos ficaram bonito e cada um do
seu jeito.”
Marlon Fernandes - 8 anos
“Gostei do teatro. Sei que não há bruxa, é imaginação nossa. Ninguém vira sapo, mas nos contos de
fadas acontece tudo e nos deixa sonhar.”
Michele Vieira - 7 anos
“Foi bom e importante brincar com as outras crianças do Projeot. Aprendi com eles e eles com a
gente.”
Marcos Pêgo - 7 anos
• Algibeira
“Às vezes, desobedecemos aos nossos pais, fazemos coisas erradas e depois, quem sai perdendo é a
gente, e os pais ficam preocupados.”
Gleiciane Nunes - 8 anos
“Foi bom ouvir a história. Isso pode acontecer com a gente. Devemos ter cuidado e não desobedecer
às pessoas e é o que mais acontece.”
Luana Carvalho - 8 anos
“Todos participaram. Não teve bagunça na hora das discussões. A história fala das coisas que
devemos fazer.”
Adriele Neres - 7 anos
“Às vezes, não gostamos do que o outro fala e brigamos. Temos que aprender a ouvir o que o outro
fala e dividir melhor o material. Ninguém vive sozinho.”
Caroline Souza - 8 anos
“Gostei da história. Sei que fadas só existem na nossa imaginação, mas o importante é aproveitarmos
a história para aprender a melhorar o nosso comportamento.”
Paloma Mendes - 8 anos
“A visita foi boa. É bom receber os amigos dos nossos filhos em nossa casa. Eu não ouvia e nem
contava há muito tempo. A história desenvolve a mente. Espero que as crianças cresçam com essa
amizade. Meu filho estava precisando ver vocês aqui.”
Cristalino Luiz de Sá - Pai de Cleison Sá
“Gostei que vocês vieram aqui. Estava com saudade. Demoraram a vir, mas quando vieram trouxeram
novidade. Espero melhorar logo e voltar para o Projeto.”
Cleisson Sá - 8 anos
“A história foi boa. Vimos onde erramos e em que devemos melhorar. A inveja é uma doença minha
vó quem dizia!”
Raissa Moreira - 8 anos
“A roda estava calma e o dia foi diferente. O grupo bagunçou, mas resolveu. A história foi boa para
fazer a gente pensar. Achei bonita...”
Adriele Neres - 8 anos
“Foi bom ouvir a história. Todos pararam, prestaram atenção e ouviram dona Preta.”
Adailton Gonçalves - 8 anos
• Atividade da Garrafa
“Gostei muito dessa atividade. Fiquei curiosa, senti realmente um gosto diferente na água.”
Tamires Fernandes - 9 anos
“Estava tão boa essa dinâmica! Aprendi que é importante a gente dar um gosto bom para nossa vida.”
Wesley Franco - 8 anos
“Foi bom beber do suco e da água também, porque ela tinha sabor não sei se de fanta ou suco de
laranja, mas era bom.”
Gardênia Kitéria Alves - 9 anos
“Vou dar para minha vida um gosto de fanta. Sei que assim ela vai ficar gostosa, sem tristezas.”
Talita Alves - 9 anos
“Senti primeiro um gosto de vinho na água, mas sei que o vinho, se bebermos demais, deixa nossa
vida triste.”
Carolaine Nicolau - 9 anos
• Revista
“Gosto muito de dançar, por isso desenhei uma bailarina. Foi importante a revista. Sei que vai ajudar.”
Crislaine Ramalho - 9 anos
“Desenhei-me vestida de médica. Quero ser uma para ajudar as pessoas e, aqui no Projeto, quero
também ajudar para acabar com as brigas.”
Bruna Aguilar - 8 anos
“Desenhei-me como uma professora porque gosto de ensinar. Essa revista do grupo vai nos unir mais
e nos fazer lembrar de melhorar nosso comportamento.”
Amanda Fonseca - 9 anos
“Eu fiz um forte delegado, que sou eu, defendendo as pessoas. Gosto muito de ajudar todos.”
Alber Costa - 8 anos
“Desenhei eu cantando. Quero ser uma grande cantora. Já comecei no coral dos Meninos de Araçuaí,
mas não quero parar por aqui e a revista, além de ajudar a melhorar nosso comportamento, serve
para mostrar para as pessoas um pouco de nós.”
Tamires Fernandes - 9 anos
“Muitas vezes não temos paciência, nem esperamos o outro dar uma explicação e logo partimos para
a briga.”
Anderson Jardim - 13 anos
“Foi muito interessante essa atividade. Eu mesmo, quando apresentou o hospital, pensei que fosse um
asilo. Na verdade, muitas vezes fazemos algo sem intenção de machucar ninguém e as pessoas
entendem diferente.”
Joyce Jardim dos Santos - 13 anos
“Hoje foi bom que todos participaram e essa atividade me fez perceber que temos que ser mais
pacientes, não estourar por qualquer coisinha, pois muitas vezes é um pequeno acidente e a gente
entende como se fosse uma agressão.”
Sheila Aguilar - 11 anos
“No futebol, principalmente, acontecem muitas brigas porque um vai na bola, acerta o braço no outro
e isso gera uma briga. Não entendem que isso pode acontecer no jogo.”
Raniere Oliveira - 12 anos
“Temos que deixar o Projeto mais harmonioso, por isso temos que buscar mais dialogo para resolver
as coisas.”
Nubia Pêgo - 14 anos
“Eu escolhi a figura de um policial do exército, pois quero cuidar da segurança de todos. Posso ajudar
aqui no Projeto como um bom policial, incentivando as pessoas a não brigar.”
Raniere Oliveira - 12 anos
“Meus sonhos são vários, mas sei que para realizar qualquer um deles tenho que, desde já, buscar
formas de realizá-lo bem.”
Joyce Jardim - 13 anos
“Eu sonho em ser um jogador de futebol, mas sei que pra isso preciso ser mais disciplinado na
quadra.”
Carlos Michael - 12 anos
“Quero ser um grande jogador de futebol. Tenho que mudar minhas atitudes desde já, pois não
conseguimos jogar nem uma pelada no Projeto, sem confusões.”
Evandro Mendes - 12 anos
“Precisamos jogar com espírito de equipe, termos mais união, lutarmos para aproximar nossos sonhos
da nossa realidade.”
João Batista Fernandes - 11 anos
“Penso em ser uma dançarina famosa e poder ajudar minha família e outras pessoas também, mas
hoje vi que tenho, desde já, de ajudar da maneira que posso.”
Núbia Pego - 14 anos
“Pensei que não íamos conseguir jogar. Esse jogo é mais difícil, pois temos que pensar no outro.”
Pablo Ramalho - 11 anos
“Foi difícil jogar com Joyce. No inicio, eu xinguei, mas depois vi que tinha que orientá-la e ter mais
paciência.”
João Batista Fernandes - 11 anos
“No inicio achei o jogo ruim, mas depois gostei. É legal jogarmos assim, juntos.”
Jhonatan Santana - 11 anos
“O João corre bem mais do que eu, por isso ficou difícil, mas no final ele me ajudou e deu certo.”
Joyce Jardim - 13 anos
• Rua de Lazer
“Adorei o passeio. Andei de trenzinho. Foi muito divertido rodar a cidade e ainda sobrou tempo pra
brincar.”
Adailton Gonçalves - 8 anos
“Eu vi Ciro Gomes de pertinho. Minha mãe e meu pai gostam dele. Pena que eles não foram.”
Maria Luana Miranda - 9 anos
“Esse dia foi muito feliz para todos nós. Nunca vou esquecer.”
Joyce Ingrid Souza - 10 anos
“Foi um dia cheio de surpresas para nós. A praça estava cheia de brinquedos legais e tivemos
oportunidade de passear no trenzinho.”
Mayra Miranda - 10 anos
“Senti um frio na barriga quando estava na cama elástica. Pulei tão alto que me sentia livre de tudo.”
Ianca Carvalho - 9 anos
“Queria que minha irmãzinha mais nova fosse. Ela ia ver o que é felicidade!”
Beatriz Lourenço - 7 anos
• Semana da Criança
“O passeio no rio foi tão bom que nem queria mais voltar pra casa.”
Marimar Pêgo - 8 anos
“O que eu mais gostei foi dos dois turnos juntos. Assim, revi alguns amigos.”
Amanda Fonseca - 9 anos
“Eu não consegui dormir direito no dia do passeio. Fiquei com medo de perder o ônibus e não ir.”
Marlon Fernandes - 9 anos
“Tem tanto livro na Algibeira e nos Bornais que fica até difícil escolher um. Ainda bem que podemos
levar pra casa.”
Pablo Mendes - 11 anos
“Nossa! Gostei muito de participar do passeio junto com as crianças. Fico sempre no escritório e sair
assim faz tão bem!”
Vascilene Gama - Secretária escritório CPCD
“Gostei muito de participar da semana no Projeto. Meu menino gosta demais e contribuir, para mim, é
o maior prazer.”
Furtunata Pinheiro - Mãe de Marilton Pinheiro
“Jóia, bacana! É a primeira vez que venho. Achei ótimo, temos que participar da vida dos nossos
filhos.”
Judite Martins - Mãe de Iasmim Martins
“Maravilhoso! Cada dia tem coisa especial: o computador faz abrir a mente. A evolução está aí e as
crianças precisam acompanhar.”
Leidinê Matos - Mãe de Bruno Matos
“Eu estava só olhando . Achei interessante e vi como as crianças aprendem e ficam mais espertas.”
Dalva Galvão - Mãe de Sérgio Galvão
“Adultos quase não brincam. Aqui, é especial: ajudam a gente a ser criança, de verdade.”
Furtunata Pinheiro - Mãe de Marilton Pinheiro
“Através das brincadeiras, descobrem-se os talentos. As crianças de hoje não brincam mais, só querem
televisão e game.”
Maria Nilda Rodrigues - Avó de Mateus Rodrigues
“Nós esquecemos que somos mães e aqui viramos crianças. Deixamos os problemas em casa. As
crianças é que são felizes. Ai de nós! Se tivéssemos tido esse acompanhamento, às vezes, seríamos
mais felizes.”
Edna Carvalho - Mãe de Tiago e Luana Carvalho
“É bom saber que ainda existe alguém que gosta da gente sem interesse. Os pais que não vêm não
sabem o que estão perdendo.”
Leidinê Matos - Mãe de Bruno Matos
Poesia
Menina moça