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Bibliografia.
11-09189 CDU-347.9
N. Pág.
1 Organograma da jurisdição francesa ............................................................................................................. 335
2 Disposição dos membros e demais figurantes de um tribunal correctionnel (França) ............................... 339
3 Disposição de uma cour d’assises .................................................................................................................... 340
4 Mapa da circunscrição administrativa da França ......................................................................................... 343
5 Organograma dos tribunais ingleses de justiça ............................................................................................ 345
6 Membros e figurantes de uma magistrates’court .......................................................................................... 346
7 Disposição dos membros e figurantes de um tribunal criminal da Inglaterra (crown court) ................... 347
8 Organograma dos tribunais civis de justiça (civil courts) ............................................................................. 347
9 Organograma dos tribunais criminais de justiça (criminal courts) ............................................................. 354
10 Organograma do sistema jurisdicional da Alemanha .................................................................................. 356
11 Mapa dos tribunais de circuito dos Estados Unidos da América ................................................................ 362
12 Organograma do sistema judiciário americano dos Estados Unidos da América ..................................... 366
13 Organograma do sistema judiciário do Japão ............................................................................................... 384
14 Composição de um tribunal sumário japonês ............................................................................................. 385
15 Salas de audiência do Tribunal de Distrito de Tóquio ................................................................................. 385
16 Organograma do poder judiciário do Brasil .................................................................................................. 421
17 Guia para pequenas casos de cobrança junto a uma county court (Inglaterra e País de Gales) ................ 515
18 Como postular recebimentos de estipêndios ou retribuições ..................................................................... 515
19 O réu admite parcialmente minha demanda ............................................................................................... 516
20 Uma defesa contra minha demanda .............................................................................................................. 516
21 Da execução do julgado .................................................................................................................................. 517
22 Pagando sua condenação ................................................................................................................................ 517
23 Como requerer uma ordem de execução? .................................................................................................... 518
24 A função do juiz. Algumas questões respondidas ........................................................................................ 518
25 Guia de assistência jurídico ........................................................................................................................... 519
26 Carta aos usuários das cortes .......................................................................................................................... 520
27 Cortes escocesas de justiça ............................................................................................................................. 521
28 Guia do processo sumário em tribunal primário ......................................................................................... 522
29 Pequenas causas na sheriff court .................................................................................................................... 523
30 Carta das cortes de justiça (Irlanda do Norte) .............................................................................................. 524
31 Reclamações contra membros da administração judiciária da Irlanda do Norte ...................................... 525
32 Acesso à justiça (República da Irlanda) ........................................................................................................ 526
33 Guia do tribunal de pequenas causas do Estado de Nova York ................................................................... 527
34 Instruções para o serviço de notificação do Estado de Nova York ............................................................... 528
35 Petição inicial referente a uma ação de outorga de escritura (Distrito Federal — México) ..................... 532
36 Petição inicial de feito em juízo ordinário de maior quantia (Panamá) ................................................... 536
37 Contestação de feito em juízo ordinário de maior quantia (Panamá) ....................................................... 540
38 Peça introdutória de uma pequena causa em um tribunal administrativo (Edinburgh — Scottland) .... 540
Trata-se de publicação que procura ser completa dentro das limitações humanas, por abordar tema
que é, ao mesmo tempo, geral e particular, ao cuidar dos principais sistemas de direito e das diversas jurisdições.
E isso é feito em abordagem tanto teórica como pragmática.
Primeiro, por ser o direito comparado (DC) o tema da maior expressão da cultura jurídica universal,
com variadas funções aqui estudadas (Cap. I); segundo, pela abordagem téorico-pragmática por tratar
dos principais ramos do direito pela prática forense, tendo sido estudadas mais de cinquenta jurisdições
diferentes em todo o mundo (Caps. VI, X e XIII), e das duas principais carreiras diretamente ligadas ao
poder judiciário (VII), magistratura e ministério público (Caps. XIV e XV), além da advocacia, sendo esta
abordada oportunamente no decorrer da narrativa.
Com a sua experiência auferida como advogado, magistrado, representante do ministério público,
professor de direito e processo do trabalho, além de sociologia jurídica, teve condições de imprimir à obra
jurídica cunho histórico e sociológico, ciências que se irmanam pela relação da história com a experiência do
passado (Caps. III-IV), da sociologia com a vida humana em sociedade, e ambas com o direito, visto ser
também este de natureza social.
Sendo o direito derivado da ética, ao lado da moral e das convenções sociais, não poderia o livro ser
insensível diante da gravidade dos problemas generalizados de natureza jurídico-social, não descuidando,
quando necessário, da primeira (ética) — sobretudo na versão cristã pelo seu caráter de universalidade,
bem como da economia, pelo seu domínio e influência em todas as atividades hodiernas.
Com efeito, inevitável a etiqueta de escrito crítico às deficiências dos organismos judiciários, onde e
como se apresentam, quer por motivo de estagnação, deficiências ou corrupção. Registrando, por outro
lado, os aspectos positivos dos sistemas e jurisdições dos respectivos países onde a justiça evoluiu do ponto
de vista jurídico-administrativo, oferecendo prestação jurisdicional objetiva, rápida, isenta e acessível
quanto ao custo e à disponibilização dos tribunais.
Uma palavra sobre o aspecto formal: narrativa cuidadosa no sentido de atender às qualidades de
estilo, titulação abundante e pertinente, bibliografia correta, mais de cem figuras como pequena mostra
do farto material recolhido nas jurisdições dos países visitados em pesquisa direta e indireta do autor
durante quinze anos.
Cumpre, finalmente, registrar integração acidental entre o autor e a Editora, qualificando os trabalhos
do ponto de vista técnico e linguístico, no sentido de produzir obra original, sui generis, de conteúdo,
documentada, além de outros elementos técnicos capazes de recomendá-la no Brasil e no exterior, pela
variedade de objetos identificando ou comparando aspectos sociojurídicos de dezenas de jurisdições.
Por esta simples notícia editorial, complementada pelas informações, dados e teses, que a leitura
desta publicação revelará, podemos afirmar que se trata de um livro diferente.
Toda obra apresenta dois aspectos principais: forma e conteúdo. É tão comum preocupar-se tão só
com este último elemento, que geralmente a forma é negligenciada. A ponto de haver certos escritores
tradicionais que requerem especialistas para interpretá-los, para que possam ser mais bem entendidos.
É claro que as editoras se esmeram na apresentação gráfica dos seus trabalhos, o que supre, em parte,
tal deficiência. Mas não é a mesma coisa quando o autor cuida atentamente dos dois aspectos indicados
para que nenhum deles seja negligenciado.
1. O aspecto formal do livro é representado pela normatização técnica do texto, de modo a apresentá-lo
revestido dos elementos básicos do estilo, tais como correção, clareza, simplicidade, concisão, objetividade e,
se possível, revestido de esquemas e outros recursos visuais.
Deve-se acrescentar ainda a didática como fator indispensável, não só nos trabalhos destinados ao
ensino regular, mas também em toda obra destinada, de qualquer modo, a transmitir conhecimentos.
É formalizada e didática a obra que apresenta, além das qualidades do estilo, indicativos para facilitar
ao leitor, fornecendo-lhe elementos seguros e precisos de informação e orientação, tais como:
a) títulos, subtítulos, itens, alíneas, figuras, números, letras, esquemas, organogramas, quadros
sinóticos, e outros indicadores que despertem a atenção do leitor para partes, trechos e aspectos
especiais do texto.
Esses marcos balizadores são necessários para evitar que importantes elementos de destaque e orientação
sejam omitidos em textos que, assim, tornam-se longos, áridos, insípidos, como as estradas sem sinalização,
capazes de levar os transeuntes a destinos indesejáveis com perda de tempo e aborrecimentos;
b) textos sóbrios, em estilo simples e claro, devidamente pontuados, a fim de evitar que o leitor tenha
necessidade de exercer espetacular exercício de atenção e memória para compreender certas passagens.
Ou que tenha até mesmo o trabalho de traçar sinais de orientação à margem da página a fim de
compreender o conteúdo das ideias do autor lançadas, sem qualquer critério, em parágrafos longos,
confusos, ambíguos e mal pontuados;
c) destaque especial e responsabilidade para as citações, sobretudo quando mais longas, bem como
para as informações e ideias especiais, para que se possa orientar pelos balizamentos indicados e outros
utilizados pelas editoras mais habilitadas tecnicamente;
d) padronização do texto em face da utilização racional de todos os elementos de linguagem, comunicação
e recursos gráficos aqui referidos, de modo a demonstrar que não se trata de mero emprego eventual
ou improvisado deles, mas dentro do devido planejamento, estudo e aplicação prática;
e) outras técnicas de motivação que, quer quanto aos elementos de comunicação humana, quer quanto
ao conteúdo, devam ser acionadas, para que o leitor não perca o mínimo de estímulo para um maior
aproveitamento da leitura.
O correto manejo dos recursos supracitados e dos vários tipos gráficos (grifo, negrito, travessão, etc.)
é instrumento valioso para enfatizar informações e ideias nos trechos, parágrafos, frases e até vocábulos no
procedimento redacional.
Trata-se de importante processo auxiliar de valorização da redação dos trabalhos científicos, quase
nunca ou pouco utilizado como recurso técnico, perdendo-se oportunidades capazes de capacitar o seu
nível de compreensão e utilização prática.
A importância do direito comparado pode ser demonstrada sob vários aspectos. Do ponto de vista
jurídico, sociológico, histórico, ético, cultural, didático, como fonte de direito, instrumento formador ou
reformador de jurisdição, legislação ou instituto jurídico, e ainda como principal instrumento de unificação
e aprimoramento do direito.
1. Dados históricos
O embrião do direito comparado — DC estaria na Grécia antiga, pois se conta que Licurgo em Esparta
e Sólon em Atenas, antes de criar as suas leis, viajaram pelo mundo então conhecido com o intuito de
pesquisar sobre o assunto.
Os romanos encarregados de redigir a Lei das XII Tábuas ter-se-iam informado antes, especialmente
na Grécia, sobre leis estrangeiras, o que influenciou, sem dúvida, a primeira legislação romana.
Platão, em sua obra As Leis, utilizou-se de comparações, o mesmo ocorrendo com Aristóteles, ao
pesquisar e questionar as constituições então existentes.(1) Registra-se que este último filósofo teria pesquisado
nada menos de 153 constituições de cidades então existentes, para o fim de escrever sua conhecida obra
denominada A Política.
Já nos tempos modernos, publica-se em Genebra (1748) a obra denominada O Espírito das Leis
(L’Espirit dès lois), de Montesquieu, que, por ela, haveria de ser considerado o pai do DC.
Em suas pesquisas de duas décadas — no campo que hoje diríamos do direito comparado — o autor
viajou pela Europa de 1728-1731 — sentiu-se decepcionado com as repúblicas do seu tempo, mas mostrou-se
seduzido até ao entusiasmo pelas instituições inglesas. Isto porque todas as suas meditações, todos os seus
estudos preparavam-no para esse trabalho, orientando-o.
Escreve-se, então, que:
“A teoria da liberdade política à inglesa vem lançar-se, como torrencial afluente, na teoria geral dos
governos, modificando-lhe o curso”.(2)
(7) A Consolidação das Leis do Trabalho (Brasil) estabelece, no seu art. 8o, que: “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho,
na falta de dispositivos legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros
princípios e normas gerais do direito, principalmente o direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o direito público”.
(8) NOVO AURÉLIO — Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.