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Direito Processual Comparado

Estudo jurídico-pragmático das mais diversas


jurisdições em todo o mundo

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Octacílio Paula Silva
Advogado. Ex-representante do Ministério Público. Juiz do Trabalho aposentado.
Professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

Direito Processual Comparado


Estudo jurídico-pragmático das mais diversas
jurisdições em todo o mundo

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Projeto de Capa: FÁBIO GIGLIO
Impressão: CROMOSETE
Setembro, 2012

Versão impressa - LTr 4298.9 - ISBN 978-85-361-2251-9


Versão digital - LTr 7418.0 - ISBN 978-85-361-2300-4

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Silva, Octacílio Paula
Direito Processual comparado : estudo jurídico-pragmático das mais
diversas jurisdições em todo o mundo / Octacílio Paula Silva. — São
Paulo : LTr, 2012.

Bibliografia.

1. Direito comparado 2. Direito processual I. Título.

11-09189 CDU-347.9

Índice para catálogo sistemático:

1. Direito processual comparado 347.9


Agradecimentos
Cumpre-me agradecer, sensibilizado, as atenções e deferências recebidas
de parte dos presidentes, magistrados e serventuários dos tribunais e juízos visitados
em muitos países, e do material judiciário coletado, tão valioso quanto
importante do ponto de vista jurídico e histórico.
Esse gesto de colaboração, além de desinteressado, demonstra espírito científico e de
engajamento na pesquisa de alguns anos, sem cuja participação seria impossível a
realização do projeto editorial no que se refere ao seu lado pragmático.
O referido acervo enriquece o presente trabalho não só do ponto de vista formal —
pela centena de imagens selecionadas e editadas — mas sobretudo por haver
proporcionado rara oportunidade de um texto jurídico reunir, no âmbito
do direito comparado, dois importantes fatores de um trabalho científico:
— a teoria (do direito processual) pesquisada nos principais
sistemas e ramos jurídicos, nas mais diversas jurisdições; e
— a prática (dos tribunais) nas várias partes do mundo hodierno.
Agradeço especialmente a participação do amigo, desenhista, projetista e técnico
em computação Jacques Alexandre S. Moreira que, além de encarregar-se das
imagens ou figuras que ilustram a obra, prestou constante e competente assistência
técnica ao autor para que este pudesse desenvolver seu trabalho a contento
no que se refere à apresentação gráfica do texto.
Agradeço finalmente ao estimado filho Sílvio de Almeida Paula Silva, que
acompanhou o autor em várias das suas viagens de estudo, fotografando boa parte
das imagens publicadas; e a todos os que, direta ou indiretamente, colaboraram
com a longa pesquisa e elaboração deste livro que ora é levado à publicação,
na certeza de que a crítica dos leitores o completará e enriquecerá.
O autor.

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Sumário

Índice de figuras ................................................................................................................................................... 43


Prefácio .................................................................................................................................................................. 47
Um livro diferente ............................................................................................................................................... 51

Capítulo I — Introdução ao Direito Comparado ............................................................................................ 53


1. Dados históricos ................................................................................................................................................ 53
1.1. Direito processual e direito comparado .................................................................................................. 53
2. Natureza do direito comparado. Os léxicos definem ciência como: ............................................................ 54
2.1. Caráter normativo do direito .................................................................................................................... 55
2.2. Direito comparado como ciência ............................................................................................................ 56
2.2.1. Conceito e requisitos ...................................................................................................................... 56
2.3. Teoria do direito comparado .................................................................................................................... 57
2.3.1. Integração e intercâmbio científico ............................................................................................... 57
2.3.2. Fator histórico ................................................................................................................................. 58
2.3.3. Fator sociológico ............................................................................................................................. 58
2.3.4. Fator psicológico ............................................................................................................................. 59
2.3.5. Fator político ................................................................................................................................... 59
2.3.6. Fator econômico ............................................................................................................................. 60
2.3.7. Crise econômica ............................................................................................................................. 60
2.3.7.1. Repercussão no direito ...................................................................................................... 60
2.4. Método comparativo ................................................................................................................................. 61
2.5. Enfoque sociojurídico do direito comparado ......................................................................................... 61
3. Conceitos ........................................................................................................................................................... 63
3.1. Novo conceito de direito comparado ....................................................................................................... 63
4. Principais funções ............................................................................................................................................ 64
5. Finalidades ........................................................................................................................................................ 65
6. Objeto do direito comparado ........................................................................................................................... 66
6.1. Legislação escrita e direito costumeiro .................................................................................................... 66
7. Direito constitucional e direito comparado ................................................................................................... 67
7.1. Três matrizes ideológicas .......................................................................................................................... 67
7.2. Da teoria à prática ...................................................................................................................................... 68
8. Direito e relações internacionais em face do direito comparado .................................................................. 68
8.1. Direito internacional privado .................................................................................................................. 69
8.2. Globalização e direito comparado ........................................................................................................... 70
9. Direito comparado e a generalização das normas trabalhistas ...................................................................... 71
9.1. Caráter unificador ..................................................................................................................................... 72
9.2. Função informal e integradora da processualística do trabalho ............................................................ 73
10. Sinopse do esquema do direito comparado .................................................................................................. 74

Capítulo II — Dois Importantes Sistemas de Direito ..................................................................................... 75


1. Sistema romano-germânico ............................................................................................................................ 75
1.1. Características do sistema ......................................................................................................................... 76

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  7

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1.2. Predestinação do modelo romanista ....................................................................................................... 76
1.3. Máquina judiciária onerosa ..................................................................................................................... 76
1.3.1. Carreiras judiciárias em face do sistema anglo-saxônico ............................................................ 76
2. Common Law .................................................................................................................................................... 77
2.1. Dados históricos ........................................................................................................................................ 78
2.1.1. Nascimento do common law ........................................................................................................... 78
2.2. Figura do precedente (precedent) .............................................................................................................. 79
2.3. Princípio básico do julgador .................................................................................................................... 79
3. Envelhecimento e falhas das leis ..................................................................................................................... 80
4. Recepção dos dois sistemas jurídicos .............................................................................................................. 80
4.1. Dupla recepção e influências diversas ..................................................................................................... 81
5. Pontos de contatos entre os dois modelos ...................................................................................................... 82
5.1. Alguns aspectos de identidade ................................................................................................................. 82
5.2. Papel do juiz .............................................................................................................................................. 83
5.3. Direito misto ............................................................................................................................................. 83
5.4. Antinomias ................................................................................................................................................ 83
6. Direito comunitário ......................................................................................................................................... 85
7. Outros sistemas jurídicos ................................................................................................................................. 86
7.1. Direito hindu ............................................................................................................................................. 86
7.2. Direito chinês ............................................................................................................................................ 87
7.3. Sistema japonês ......................................................................................................................................... 88
7.4. Direito muçulmano .................................................................................................................................. 89

Capítulo III — Direito Histórico-Comparado ................................................................................................. 91


1. Direito e suas origens ....................................................................................................................................... 91
1.1. Natureza divina da lei ............................................................................................................................... 92
1.2. Primeiros juízes ........................................................................................................................................ 92
1.3. Caráter sagrado do julgador ...................................................................................................................... 93
1.3.1. Justiça de Babilônia ........................................................................................................................ 93
2. Poder, religião e direito .................................................................................................................................... 94
2.1. Aspectos evolutivos do direito grego ........................................................................................................ 94
2.1.1. Sistema confederativo ..................................................................................................................... 95
2.1.2. Competência jurisdicional ............................................................................................................. 96
2.2. Hibridismo jurídico-religioso: direito hebraico ..................................................................................... 96
2.2.1. Três instâncias jurisdicionais ........................................................................................................ 97
2.3. Natureza e características da lei e da jurisdição na Antiguidade ........................................................... 97
2.3.1. Tribunais gregos .............................................................................................................................. 98
2.3.2. Rico processo de arbitragem ........................................................................................................... 98
2.4. Direito romano ......................................................................................................................................... 99
2.5. Os bárbaros ................................................................................................................................................ 100
2.5.1. Sacro império Romano-Germânico ............................................................................................. 100
2.6. Direito germânico ..................................................................................................................................... 101
2.6.1. Princípio da territorialidade ........................................................................................................... 101
2.6.2. Legislação escrita dos bárbaros ....................................................................................................... 101
2.6.3. Compilações dos romanos ............................................................................................................. 103
2.7. Os muçulmanos ........................................................................................................................................ 105
2.7.1. Organização judiciária .................................................................................................................... 105
2.7.2. Três recomendações aos juízes ...................................................................................................... 106

8  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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3. Divisão do poder jurisdicional ........................................................................................................................ 106
3.1. Justiças concorrentes na Idade Média ..................................................................................................... 106
3.1.1. Jurisdição senhorial ........................................................................................................................ 106
3.1.2. Meios irracionais de provas ............................................................................................................ 107
3.1.3. Justiça eclesiástica ........................................................................................................................... 107
3.1.3.1. Jurisdição: duas faces da Igreja ......................................................................................... 107
3.1.4. Jurisdição real ................................................................................................................................. 108
3.1.4.1. Justiça delegada .................................................................................................................. 109
3.2. Direito ibérico ........................................................................................................................................... 109
3.2.1. Caráter estatutário ........................................................................................................................... 109
3.2.2. Normatização local ......................................................................................................................... 110
3.2.3. Instituições político-administrativas ............................................................................................ 110
3.2.3.1. Feudos ................................................................................................................................. 111
3.2.3.2. Conselhos ........................................................................................................................... 112
3.2.3.3. Behetrías .............................................................................................................................. 112
3.2.3.4. Hermandades ...................................................................................................................... 112
3.2.4. Direito colonial em formação ........................................................................................................ 112
3.2.5. Processo unificador do direito espanhol ....................................................................................... 113
3.2.6. Confronto com o direito canônico ................................................................................................ 113
3.2.7. Direito nacional em face do direito romano ................................................................................ 114
3.2.8. Influência francesa na construção do direito espanhol ............................................................... 114
3.2.9. Individualismo jurídico e direito comparado .............................................................................. 115
3.2.10. Dificuldades na evolução do direito: considerações ................................................................... 115
3.3. Direito português ...................................................................................................................................... 116
3.3.1. Instituições políticas e estatutos legais .......................................................................................... 117
3.3.1.1. Forais ................................................................................................................................... 118
3.3.1.2. Leis gerais ............................................................................................................................ 118
3.3.1.3. Codificação pelas ordenações do reino ............................................................................ 118
3.3.1.4. Legislação colonial ............................................................................................................. 119
4. Justiça na Idade Moderna ................................................................................................................................ 119
4.1. Justiça retida .............................................................................................................................................. 120
4.1.1. Direito de avocação e outros privilégios processuais .................................................................... 120
4.1.2. Ética judiciária ................................................................................................................................ 121
4.1.3. Primeiras reações contra os privilégios ......................................................................................... 121
4.1.4. Intervenção positiva (Inglaterra) ................................................................................................... 122
4.2. Justiça pública ........................................................................................................................................... 122
4.2.1. Procedimento .................................................................................................................................. 122
4.2.1.1. Inovações procedimentais: órgão instrutor ..................................................................... 123
4.2.2. Evolução dos recursos .................................................................................................................... 123
5. Revolução francesa: consequências jurídicas ................................................................................................. 124
5.1. Rompimento com as instituições medievais .......................................................................................... 124
5.2. Ruptura com a velha justiça ..................................................................................................................... 125
5.2.1. Experiência curta da magistratura eletiva ..................................................................................... 125
5.3. Novo modelo judiciário ............................................................................................................................ 125
5.3.1. Organização judiciária pós-revolucionária ................................................................................... 126
5.3.2. Espírito da Revolução ..................................................................................................................... 126

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5.4. Independência do judiciário (Inglaterra e França) ................................................................................ 126
5.4.1. Papel da teoria da separação dos poderes ...................................................................................... 127
5.4.2. Natureza institucional do judiciário ............................................................................................. 128
5.4.3. Pioneirismo na Bélgica ................................................................................................................... 128
5.4.4. Imagem do judiciário ..................................................................................................................... 130
5.4.5. Submissão ao primado da lei ......................................................................................................... 130
5.5. Codificação ................................................................................................................................................ 131
5.5.1. Vantagens e desvantagens da codificação ...................................................................................... 131
5.5.2. Códigos modernos .......................................................................................................................... 132
5.5.3. Movimento Constitucional ........................................................................................................... 133
6. Direito legislado e consuetudinário ................................................................................................................ 133
6.1. Predomínio do direito legislado .............................................................................................................. 134
6.2. Problemas do direito estatutário .............................................................................................................. 135
6.2.1. Vezos da escritura ........................................................................................................................... 135
6.2.2. Efeitos do abandono do direito consuetudinário ......................................................................... 136

Capítulo IV — Evolução Histórica do Direito Inglês ..................................................................................... 137


1. Período anglo-saxônico ................................................................................................................................... 137
2. Conquista dos normandos ............................................................................................................................... 137
3. Origem do common law .................................................................................................................................... 138
4. Direito inglês e direito romano ....................................................................................................................... 139
4.1. Legis actionnes e actions of law ................................................................................................................... 140
4.1.1. Principais aspectos de identidade .................................................................................................. 141
4.1.1.1. Quanto ao conceito ............................................................................................................ 141
4.1.1.2. Quanto ao caráter público da ação ................................................................................... 141
4.1.1.3. Quanto ao órgão jurisdicional .......................................................................................... 142
5. Consolidação da justiça real: aparecimento do tribunal do júri ................................................................... 142
6. Writ ou form of action ....................................................................................................................................... 143
6.1. Action on the case ........................................................................................................................................ 144
6.2. Common law e seu sistema de forças ........................................................................................................ 144
7. Equity ................................................................................................................................................................. 145
7.1. Aparecimento da Equity ........................................................................................................................... 145
7.2. Procedimento ............................................................................................................................................ 145
7.2.1. Principais características do procedimento .................................................................................. 146
7.3. Lord chancellor e a equity ........................................................................................................................... 147
7.3.1. Conflitos entre as duas jurisdições ................................................................................................ 147
7.4. Fim da equity como tribunal independente ............................................................................................ 147
8. Reformas jurisdicionais nos últimos séculos ................................................................................................. 148
8.1. Count courts ................................................................................................................................................ 148
8.2. Corte marcial ............................................................................................................................................. 149
8.3. Cortes inferiores ........................................................................................................................................ 149
8.4. Casa dos Lordes ......................................................................................................................................... 149
8.5. Retração do tribunal do júri ..................................................................................................................... 150
9. Tribunais eclesiásticos ..................................................................................................................................... 150
9.1. Fim dos tribunais eclesiásticos na Inglaterra .......................................................................................... 150

10  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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10. Fase contemporânea de reformas .................................................................................................................. 151
10.1. Legislação complementar (tradicional) do common law ................................................................... 151
10.2. Importância dos atos legislados (statutes) ........................................................................................... 152
10.2.1. O mundo das normas .............................................................................................................. 152
10.2.2. Ajustes da legislação britânica (statutes) no Séc. XX ............................................................. 153
10.3. Magistrate’s Court .................................................................................................................................. 154
10.3.1. Competência ............................................................................................................................ 154
10.3.2. Auxiliar importante ................................................................................................................. 154
10.4. Tribunal criminal (Crown Court) ........................................................................................................ 155
10.4.1. Competência e procedimento ................................................................................................. 156
10.5. Coroner’s court ....................................................................................................................................... 157
10.5.1. Aspectos de direito comparado ............................................................................................... 157

Capítulo V — Fundamentos do Estado Moderno ............................................................................................. 159


1. Filosofias estatais .............................................................................................................................................. 159
1.1. Estado teológico ......................................................................................................................................... 160
1.1.1. Justificação do poder divino dos reis ............................................................................................. 160
1.2. Estado liberal ............................................................................................................................................. 161
1.2.1. Antecedentes históricos .................................................................................................................. 162
1.2.2. Escola liberal ................................................................................................................................... 162
1.2.3. Efeitos do liberalismo ..................................................................................................................... 162
1.3. Estado intervencionista ............................................................................................................................. 163
1.3.1. Postulados e movimentos intervencionistas ................................................................................ 163
1.3.2. Doutrina social da Igreja ................................................................................................................ 164
1.3.3. Regulamentação da economia pelo Estado ................................................................................... 164
1.3.4. Revolução socialista ........................................................................................................................ 164
1.3.5. Função integradora do direito comparado .................................................................................... 164
1.3.6. Primórdios da legislação social ...................................................................................................... 165
1.3.6.1. Inglaterra ............................................................................................................................ 165
1.3.6.2. França ................................................................................................................................. 165
1.3.6.3. Alemanha ........................................................................................................................... 166
1.3.6.4. Itália .................................................................................................................................... 166
1.3.6.5. Espanha ............................................................................................................................... 166
1.3.7. Marcha do movimento socializante a partir da Europa ............................................................... 167
1.3.8. Teor e primeiros passos da regulamentação laboral .................................................................... 167
1.3.9. Frustrações do intervencionismo .................................................................................................. 168
1.3.10. Princípios intervencionistas e o material humano .................................................................... 169
1.4. Pós-liberalismo ......................................................................................................................................... 169
1.4.1. Nova filosofia político-econômica: globalização .......................................................................... 169
1.5. Resumos das fases evolutivas dos direitos sociopolíticos ....................................................................... 170
1.6. Direitos comunitários ............................................................................................................................... 170
1.6.1. Novos elementos de direito comparado ........................................................................................ 170
1.7. Era da economia ........................................................................................................................................ 170
1.7.1. Percalços do intervencionismo ..................................................................................................... 170
1.7.2. Estado-econômico .......................................................................................................................... 171
1.7.3. Principais características da nova era econômica ........................................................................ 171

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  11

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2. Estrutura do Estado .......................................................................................................................................... 172
2.1. Estado unitário .......................................................................................................................................... 172
2.1.1. Estrutura do estado francês ............................................................................................................ 173
2.1.2. Orgãos locais ................................................................................................................................... 173
2.1.2.1. Conselho municipal .......................................................................................................... 173
2.1.2.2. Conselheiros ....................................................................................................................... 174
2.1.2.3. Maire ................................................................................................................................... 174
2.1.2.4. Municipalidade (municipalité) ......................................................................................... 174
2.1.3. Órgãos regionais .............................................................................................................................. 174
2.1.3.1. Departamento (Départment) ............................................................................................. 174
2.1.3.2. Conselho geral (Conseil général) ........................................................................................ 175
2.1.3.3. Presidente do conselho geral ............................................................................................. 175
2.1.3.4. Préfet .................................................................................................................................... 176
2.1.3.5. Sous-préfet ........................................................................................................................... 176
2.1.3.6. Região ................................................................................................................................. 176
2.1.3.7. Prefeito regional ................................................................................................................. 177
2.1.3.8. Comissão de desenvolvimento econômico regional (CODER) ..................................... 177
2.1.3.9. Conselho regional .............................................................................................................. 177
2.1.3.10. Presidente do conselho regional ..................................................................................... 178
2.1.3.11. Conselho econômico-social regional ............................................................................. 178
2.1.4. Administração indireta ................................................................................................................... 178
2.1.4.1. Concessão ........................................................................................................................... 179
2.1.4.2. Affermage ............................................................................................................................ 179
2.1.4.3. Estabelecimento público ................................................................................................... 179
2.1.4.4. Empresas públicas .............................................................................................................. 179
2.1.4.5. Empresas de economia mista ............................................................................................ 180
2.2. Estado regional .......................................................................................................................................... 180
2.2.1. Estado unitário centralizado .......................................................................................................... 180
2.2.2. Estado unitário descentralizado ou estado regional ..................................................................... 180
2.3. Principais elementos do estado: classificação ......................................................................................... 181
3. Democracia ....................................................................................................................................................... 181
3.1. Democracia moderna a partir da Inglaterra ............................................................................................ 182
3.1.1. Fases da democracia ........................................................................................................................ 183
3.1.1.1. Participação do povo na escolha dos governos das cidades gregas e de Roma ............... 183
3.1.1.2. Luta e vitória dos barões .................................................................................................... 183
3.1.1.3. Movimento cívico e libertário das 13 colônias inglesas .................................................. 183
3.1.1.4. Revolução francesa ............................................................................................................ 184
3.1.1.5. Movimento intervencionista ............................................................................................ 184
3.1.1.6. movimentos variados contra regimes ditatoriais ............................................................. 184
3.1.1.7. Aparecimento da URSS ..................................................................................................... 184
3.1.1.8. Autoextinção dos regimes comunistas ............................................................................. 184
3.1.2. Abertura política ............................................................................................................................. 185
3.1.3. Destino do autoritarismo ............................................................................................................... 185
3.1.4. Difícil aprendizado da democracia ................................................................................................ 185
3.2. Novo modelo econômico: globalização .................................................................................................. 186
3.2.1. Antecedentes históricos .................................................................................................................. 186

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3.2.2. Neoliberalismo ................................................................................................................................ 186
3.2.3. Controvérsias sobre globalização ................................................................................................... 187
3.2.3.1. Aspectos positivos .............................................................................................................. 187
3.2.3.2. Aspectos negativos .............................................................................................................. 188
3.2.4. Outros tipos de globalização .......................................................................................................... 188
3.2.5. Globalização dos direitos humanos ............................................................................................... 189
3.3 Democracia comunitária .......................................................................................................................... 189
3.3.1. Conceito de democracia comunitária e direito constitucional ................................................... 190
4. Poderes do Estado moderno ............................................................................................................................ 191
4.1. Formas de governo .................................................................................................................................... 191
4.2. Classificação .............................................................................................................................................. 192
4.2.1. Origem e evolução do governo de gabinete: Inglaterra ................................................................ 192
4.2.1.1. Independência do gabinete ............................................................................................... 194
4.2.1.2. Soberania popular .............................................................................................................. 194
4.2.2. Regime britânico na atualidade ..................................................................................................... 194
4.2.2.1. Responsabilidade dos ministros ....................................................................................... 195
4.2.3. Caracteres gerais do governo de gabinete ...................................................................................... 195
4.3. Presidencialismo ....................................................................................................................................... 196
4.3.1. Origem do presidencialismo (USA) .............................................................................................. 196
4.3.2. Principais eventos ........................................................................................................................... 196
4.3.3. Direito inglês e direito americano ................................................................................................. 197
4.3.4. Constituição americana ................................................................................................................. 197
4.3.5. Pioneirismo no constitucionalismo americano .......................................................................... 198
4.4. Divisão de poderes ..................................................................................................................................... 199
4.4.1. Inspiração de Montesquieu ........................................................................................................... 199
4.4.2. Aspecto prático da divisão .............................................................................................................. 200
4.4.3. Relatividade da separação dos poderes no constitucionalismo norte-americano ..................... 201
4.4.4. Outros tipos de divisão de poderes ................................................................................................. 201
4.4.5. Divisão de poderes no Reino Unido .............................................................................................. 202
4.4.6. Prerrogativas do poder executivo ................................................................................................... 203
4.5. Poder de iniciativa normativa .................................................................................................................. 204
4.5.1. Papel da oposição ............................................................................................................................ 205
4.5.2. Normas restritivas dos parlamentares ........................................................................................... 205
4.5.2.1. Brasil ................................................................................................................................... 205
4.5.2.2. México ................................................................................................................................ 206
4.5.2.3. Uruguai ............................................................................................................................... 206
4.5.2.4. Chile .................................................................................................................................... 206
4.5.2.5. Algumas causas do fenômeno restritivo .......................................................................... 207
4.5.3. Sistemas liberais para os projetos de leis ....................................................................................... 207
4.5.4. Veto .................................................................................................................................................. 207
4.5.4.1. Veto legislativo ................................................................................................................... 208
4.5.5. Decreto ............................................................................................................................................. 209
4.5.6. Delegação de poderes ...................................................................................................................... 210
5. Duas filosofias político-econômicas ............................................................................................................... 210
5.1. Liberalismo ................................................................................................................................................ 210
5.1.1. Antecedentes históricos .................................................................................................................. 211
5.1.2. Conceito e fundamentos ................................................................................................................ 211

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  13

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5.2. Reação contra o liberalismo ..................................................................................................................... 212
5.3. Intervencionismo estatal .......................................................................................................................... 213
5.3.1. Conceito de intervencionismo ...................................................................................................... 213
5.3.2. Efeitos práticos da filosofia intervencionista ................................................................................ 214
5.3.3. Distorções intervencionistas .......................................................................................................... 214
5.3.4. Abusos ético-jurídicos .................................................................................................................... 214
5.3.5. Persistência da filosofia intervencionista ...................................................................................... 215
5.3.6. Encruzilhada do intervencionismo ............................................................................................... 215
5.3.7. Privatizações .................................................................................................................................... 215
5.3.8. Privatizações na América Latina .................................................................................................... 215
5.4. Liberalismo, intervencionismo e direito comparado ............................................................................. 216
5.4.1. Conceito e princípios liberais ........................................................................................................ 216
5.4.2. Legados do liberalismo ................................................................................................................... 216
5.4.3. Legados liberais da Revolução Francesa ........................................................................................ 217
5.4.4. Princípios ético-jurídicos ............................................................................................................... 217
5.4.5. Primeira reforma da justiça ........................................................................................................... 217
5.4.6. Antagonismo dos intelectuais às ideias do liberalismo ............................................................... 218
5.5. Legado do intervencionismo ao direito do trabalho ............................................................................... 218
5.5.1. Princípio da proteção ...................................................................................................................... 218
5.5.2. Princípio da realidade ..................................................................................................................... 218
5.5.3. Princípio da razoabilidade .............................................................................................................. 219
5.5.4. Princípio inquisitivo ou inquisitório ............................................................................................ 219
5.5.5. Função de consolidação do direito comparado ............................................................................ 219
5.6. Universalização das normas e princípios do direito do trabalho pelo direito comparado .................. 219
5.7. Tríplice função dos princípios e do direito comparado ......................................................................... 220
5.7.1. Função interpretativa ...................................................................................................................... 220
5.7.2. Função de elaboração do direito .................................................................................................... 220
5.7.3. Função de aplicação do direito ...................................................................................................... 220
5.7.4. Função cultural ............................................................................................................................... 220
6. Administração pública ..................................................................................................................................... 220
6.1. Modalidades práticas ................................................................................................................................ 221
6.2. Descentralização administrativa .............................................................................................................. 221
6.3. Entes autônomos de administração ........................................................................................................ 222
6.3.1. Conceito de autarquia .................................................................................................................... 222
6.3.2. Outros entes administrativos ......................................................................................................... 223
6.3.2.1. Public corporations .............................................................................................................. 223
6.3.2.2. Public companies ................................................................................................................. 223
6.4. EUA: Primórdios das agências governamentais e do direito administrativo ........................................ 223
6.4.1. Agências administrativas ................................................................................................................ 224
6.5. Administração científica .......................................................................................................................... 224
6.5.1. Figuração da organização administrativa ...................................................................................... 225
6.5.2. Evolução da economia e da administração ................................................................................... 225
6.5.3. Evolução da administração pública ............................................................................................... 226
6.5.4. Elementos complicadores do Estado ............................................................................................. 226
6.6. Serviço público americano: evolução histórica ...................................................................................... 227
6.6.1. Resistências às mudanças ............................................................................................................... 227

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6.6.2. Planos pioneiros de reformas administrativas .............................................................................. 228
6.6.3. Diversos setores, funções e tarefas público-administrativas ........................................................ 228
6.6.4. Carreira no serviço público ............................................................................................................ 228
6.6.4.1. Aptidões para administração: traços identificadores ....................................................... 229
6.6.5. Advogados no corpo administrativo .............................................................................................. 229
6.6.6. Confirmação da profecia da primeira década do século passado ................................................ 230
6.6.7. Garantias funcionais com responsabilidade ................................................................................. 230
6.7. Renovação da administração anglo-americana ...................................................................................... 231
6.7.1. Última reforma administrativa ...................................................................................................... 231
6.7.2. Renovação da administração britânica ......................................................................................... 231
6.8. Administração pública e o caráter originário do povo ........................................................................... 232
6.8.1. Traços da personalidade ianque ..................................................................................................... 232
6.8.2. Ascensão da classe média ............................................................................................................... 233
6.9. Conceito norte-americano de carreira .................................................................................................... 233
6.9.1. Sentimentos de repúdio e admiração ............................................................................................ 234

Capítulo VI — Direito Constitucional Comparado ........................................................................................ 235


1. Constituições: classificações e aspectos diversos ............................................................................................ 235
1.1. Constituições do mundo antigo .............................................................................................................. 236
1.2. Controvérsias classificatórias ................................................................................................................... 236
2. Berço do constitucionalismo moderno (Inglaterra) ..................................................................................... 237
2.1. Período de autoritarismo e desorganização política ............................................................................... 238
2.2. Restauração democrática .......................................................................................................................... 238
2.3. Estabilidade político-democrática ........................................................................................................... 239
3. Fontes constitucionais ..................................................................................................................................... 239
3.1. Quanto ao common law ............................................................................................................................. 239
3.1.1. Legislação ......................................................................................................................................... 240
3.1.2. Decisões judiciais ............................................................................................................................ 240
3.1.3. Convenções ..................................................................................................................................... 240
3.1.4. Outras fontes ................................................................................................................................... 240
3.2. Fontes constitucionais no direito continental ........................................................................................ 241
3.2.1. Direito natural ................................................................................................................................ 241
3.2.2. Costumes e tradições ...................................................................................................................... 241
3.2.3. Jurisprudência ................................................................................................................................ 242
3.2.4. Doutrina .......................................................................................................................................... 242
3.2.5. Classificação geral das fontes constitucionais .............................................................................. 243
3.2.6. Natureza dos usos constitucionais ................................................................................................ 244
4. Imitação como fenômeno sociojurídico ........................................................................................................ 244
5. Influência negativa nas casas legislativas: lobbies ........................................................................................... 245
6. Corrupção eleitoral ........................................................................................................................................... 245
6.1. Principais efeitos das distorções legislativas ............................................................................................ 246
7. Modalidades de constituições ......................................................................................................................... 247
7.1. Fatores de estabilidade das constituições ................................................................................................. 247

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7.2. Constituição semiflexível (Inglaterra) .................................................................................................. 248
7.3. Elementos definidores das constituições quanto à rigidez .................................................................. 249
8. Elementos do procedimento constitucional ................................................................................................ 249
8.1. Legitimidade ou competência ................................................................................................................ 249
8.2. Iniciativa .................................................................................................................................................. 250
8.3. Quorum .................................................................................................................................................... 250
8.4. Votação e decisão .................................................................................................................................... 251
8.5. Referendum .............................................................................................................................................. 251
8.6. Restrições ................................................................................................................................................. 251
9. Primeira Constituição formal moderna (EUA) ........................................................................................... 252
9.1. Declaração de direitos ............................................................................................................................. 252
9.2. Principais características da Constituição norte-americana ............................................................... 253
9.2.1. Aspecto sócio-histórico ................................................................................................................ 253
9.2.2. Forma de governo ......................................................................................................................... 253
9.2.3. Modalidade formal ....................................................................................................................... 253
9.2.4. Papel da Suprema Corte como fonte constitucional ................................................................. 253
9.2.5. Destaques do constitucionalismo americano ............................................................................ 254
9.2.6. Comparando: sistemas de indicação de juízes ............................................................................ 255
9.3. Carta do povo ........................................................................................................................................... 256
9.4. Civismo constitucional: aspectos comparativos ................................................................................... 256
10. Controle da constitucionalidade ................................................................................................................... 257
10.1. Nascimento da teoria de controle ........................................................................................................ 258
10.2. Justiça constitucional nos Estados Unidos ......................................................................................... 259
10.3. Aspectos comparativos: sistemas norte-americano e latino-americano .......................................... 260
10.3.1. Sistema latino-americano ....................................................................................................... 260
10.3.2. Sistemas mistos ........................................................................................................................ 260
10.4. Divisão da justiça constitucional ........................................................................................................ 261
10.4.1. Recepção europeia ................................................................................................................... 261
10.4.2. Recurso constitucional latino-americano (amparo) ............................................................ 262
10.4.3. Amparo no México .................................................................................................................. 263
10.4.4. Amparo na Argentina .............................................................................................................. 263
10.5. Sistemas de controle constitucional ................................................................................................... 264
10.5.1. Formação e natureza dos tribunais constitucionais .............................................................. 264
10.6. Autocontrole do legislativo .................................................................................................................. 265
10.7. Espécies de controle jurisdicional ....................................................................................................... 265
10.7.1. Controle interno ...................................................................................................................... 265
10.7.2. Controle externo ...................................................................................................................... 266
10.7.3. Controle constitucional e o direito extranacional ................................................................ 266
10.7.4. Controle legal ........................................................................................................................... 266
10.7.4.1. Cour de Cassation (França) ....................................................................................... 267
10.8. Controle jurídico-comunitário ........................................................................................................... 267
10.9. Fundamento do controle constitucional ............................................................................................ 268
10.9.1. Influência política .................................................................................................................... 269
10.10. Jurisdições especiais (constitucionais) ............................................................................................. 270
10.10.1. Cortes constitucionais ......................................................................................................... 270
10.10.1.1. Conseil constitutionnel (França) .......................................................................... 270

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10.10.1.2. Itália ..................................................................................................................... 270
10.10.1.3. Espanha ............................................................................................................... 270
10.10.1.4. Alemanha ............................................................................................................ 270
10.10.1.5. Rússia .................................................................................................................. 270
10.10.1.6. Polônia ................................................................................................................ 271
10.10.1.7. Hungria ............................................................................................................... 271
10.19.1.8. Romênia .............................................................................................................. 271
10.10.1.9. Equador ............................................................................................................... 271
10.11. Integração jurisdicional: algumas dificuldades ............................................................................... 271
10.11.1. Algumas diretrizes de convivência ..................................................................................... 272
11. Estrutura constitucional dos poderes ........................................................................................................... 272
11.1. Poderes do Estado e sua natureza sociojurídica ................................................................................. 273
11.1.1. Figuração do estado .................................................................................................................. 273
11.2. Poder executivo .................................................................................................................................... 274
11.2.1. Classificação do poder executivo quanto ao sujeito .............................................................. 274
11.2.1.1. Estrutura monocrática ............................................................................................. 274
11.2.1.2. Estrutura dualista ...................................................................................................... 275
11.2.1.3. Estrutura colegiada ................................................................................................... 275
11.2.1.4. Premissas do poder ................................................................................................... 275
11.2.2. Manifestações democráticas e ideológicas ............................................................................. 275
11.2.2.1. Conquistas eleitorais ................................................................................................ 275
11.2.3. Riscos na formação democrática ............................................................................................ 276
11.2.3.1. Sonhos e ilusões democráticas ................................................................................. 276
11.2.3.2. Vestígios dos regimes totalitários ............................................................................. 277
11.2.4. Eleição do chefe do executivo nos Estados Unidos ............................................................... 277
11.2.5. Ética eleitoral dos americanos ................................................................................................ 279
11.2.5.1. Fundos de campanha de Bill Clinton para reeleição .............................................. 279
11.2.6. Funções do poder executivo .................................................................................................... 280
11.2.6.1. Denominação ............................................................................................................ 280
11.2.6.2. Funções ...................................................................................................................... 281
11.2.6.3. Poderes vinculados e discricionários ...................................................................... 281
11.2.6.4. Complexidade dos atos e decisões ........................................................................... 281
11.2.7. Chefe do poder executivo (presidente) ................................................................................... 282
11.2.7.1. Natureza e complexidade das funções presidenciais ............................................. 282
11.2.8. Dificuldades do sistema presidencialista ................................................................................ 283
11.2.9. Novo cargo executivo (Argentina) .......................................................................................... 283
11.2.10. Poder executivo do parlamentarismo .................................................................................. 284
11.2.10.1. Rainha da Inglaterra ............................................................................................. 284
11.2.10.2. Coroa ..................................................................................................................... 285
11.2.10.3. Primeiro-ministro ................................................................................................ 285
11.2.10.4. Gabinete ................................................................................................................ 286
11.2.10.5. Comissões e subcomissões do gabinete .............................................................. 288
11.3. Poder Legislativo ................................................................................................................................... 288
11.3.1. Distorções do poder .................................................................................................................. 288
11.3.2. Princípios fundamentais da representação popular .............................................................. 289
11.3.3. Distorcendo os fins democráticos e legislando em causa própria ........................................ 289

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11.3.4. Origem dos parlamentos modernos e soberania popular ..................................................... 289
11.3.4.1. Pequena carta ............................................................................................................ 290
11.3.4.2. Teoria da soberania popular ..................................................................................... 290
11.3.5. Dificuldades dos legislativos hodiernos .................................................................................. 290
11.3.5.1. Desvirtuamento da nobreza originária da representação popular ........................ 291
11.3.6. Funções precípuas dos legislativos .......................................................................................... 291
11.3.7. Classificação das funções parlamentares ................................................................................ 292
11.3.7.1. Função legislativa ...................................................................................................... 292
11.3.7.2. Função de controle ................................................................................................... 292
11.3.7.3. Função financeira ..................................................................................................... 293
11.3.7.4. Órgão especial de controle: auditoria financeira (Argentina) ............................... 293
11.3.7.5. Teoria da direção política ......................................................................................... 294
11.3.7.6. Sistemas de nomeação de órgãos jurisdicionais e administrativos ....................... 294
11.3.8. Sistemas legislativos ................................................................................................................. 295
11.3.9. Bicameralismo: argumentos favoráveis .................................................................................. 295
11.3.10. Unicameralismo: algumas vantagens................................................................................... 296
11.3.11. Os dois modelos legislativos e a economia .......................................................................... 296
11.3.11.1. Ônus público de legislar em causa própria ........................................................ 297
11.3.12. Representatividade mais equitativa: desnecessidade de duas casas legislativas ................. 297
11.3.12.1. Forma prática de representatividade parlamentar .............................................. 297
11.3.13. Outras particularidades do legislativo .................................................................................. 298

Capítulo VII — Poder Judiciário ........................................................................................................................ 300


1. Estabilidade da Instituição ............................................................................................................................... 300
2. Desafios do poder judiciário ............................................................................................................................ 301
3. O poder de julgar .............................................................................................................................................. 301
3.1. Importância da função ............................................................................................................................. 302
3.2. Denominação ............................................................................................................................................ 302
3.2.1. Qualificação e autonomia .............................................................................................................. 302
4. Origem e evolução da justiça ........................................................................................................................... 303
4.1. Antiguidade ............................................................................................................................................... 303
4.2. Idade Média ............................................................................................................................................... 304
4.2.1. Justiça senhorial .............................................................................................................................. 304
4.2.2. Justiça eclesiástica ........................................................................................................................... 304
4.2.3. Justiça real ....................................................................................................................................... 305
4.2.3.1. Justiça delegada .................................................................................................................. 305
4.2.3.2. Justiça retida ....................................................................................................................... 305
4.2.4. Principais características da justiça medieval ............................................................................... 305
4.2.5. Direito muçulmano ....................................................................................................................... 306
4.3. Idade Moderna .......................................................................................................................................... 306
4.4. Revolução francesa ................................................................................................................................... 306
5. Origem do poder jurisdicional ........................................................................................................................ 307
5.1. Fontes do poder ......................................................................................................................................... 308
5.1.1. Fontes do poder judiciário .............................................................................................................. 308
6. Conceitos e princípios institucionais ............................................................................................................. 309
6.1. Princípios e diretrizes do judiciário ........................................................................................................ 309

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7. Traços jurídico-culturais da América Latina ............................................................................................... 310
7.1. Fontes compartilhadas da Europa continental ..................................................................................... 310
7.2. Direito e solidariedade ............................................................................................................................ 311
8. Jurisdição institucionalizada ........................................................................................................................ 311
8.1. Heterocomposição excessiva: jurisdição brasileira .............................................................................. 312
8.2. Jurisdição latino-americana ................................................................................................................... 312
9. Conceituação e identidades do judiciário .................................................................................................... 312
9.1. Identidades e disparidades ...................................................................................................................... 313
9.2. Judiciário: definição e justificativa ........................................................................................................ 313
10. Princípios da jurisdição ................................................................................................................................. 313
10.1. Princípios gerais ................................................................................................................................... 314
10.2. Princípios processuais .......................................................................................................................... 314
10.3. Princípios do procedimento ................................................................................................................ 315
11. Dificuldades da justiça contemporânea ....................................................................................................... 315
11.1. Garantias da justiça .............................................................................................................................. 315
11.2. Carreiras organizadas ........................................................................................................................... 316
11.3. Elitismo corporativismo ....................................................................................................................... 316
11.4. Justiça institucionalizada ..................................................................................................................... 316
11.5. Choque de princípios em face dos juízes leigos ................................................................................. 317
11.6. Origem social e profissional do magistrado ........................................................................................ 318
11.7. Deformidades e vícios da justiça ......................................................................................................... 318
11.7.1. Garantias para o juiz ................................................................................................................ 318
11.7.2. Garantias para a sociedade ....................................................................................................... 318
11.7.3. Traços da personalidade do juiz .............................................................................................. 319
11.7.4. Ultraproteção ............................................................................................................................ 319
11.7.5. Traços das carreiras .................................................................................................................. 319
11.7.6. Autonomia política, administrativa e financeira ................................................................... 319
11.7.7. Autocontrole ou total autonomia da magistratura ................................................................ 320
11.7.7.1. Efeitos do autocontrole ............................................................................................. 320
11.7.8. Controle externo ...................................................................................................................... 321
11.7.8.1. Princípio lógico e racional ....................................................................................... 321
11.7.8.2. Da vitaliciedade ......................................................................................................... 321
11.7.8.3. Da inamovibilidade .................................................................................................. 321
11.7.9. Efeitos positivos do controle indireto ..................................................................................... 322
11.7.10. Conselho Nacional de Justiça (Brasil): órgão semieclético ................................................. 322
11.8. Morosidade e onerosidade da justiça .................................................................................................. 323
12. Oligarquias nas instituições públicas e o poder judiciário ......................................................................... 324
12.1. Intervenção do judiciário no âmbito dos outros poderes .................................................................. 324
12.2. Princípios básicos em face dos limites do judiciário ......................................................................... 324
12.3. Intervenção do judiciário: escândalos no legislativo (Brasil) ............................................................ 325
12.4. O drama dos Estados emergentes para assegurar direitos e exigir deveres ....................................... 325
12.5. Individualização público-administrativa e o judiciário .................................................................... 326
12.6. Ações populares para sanar abusos administrativos em faculdade pública de direito .................... 326
12.6.1. Congestionamento e morosidade da justiça .......................................................................... 327
12.6.1.1. Processo judicial mais teórico que objetivo ............................................................ 327
12.6.2. Principais causas de emperramento da justiça ...................................................................... 327

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  19

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12.7. Itens de abuso e outras irregularidades administrativas mais comuns em unidade universitária ... 327
12.7.1. Ação popular n. 2: improbidade administrativa, fraudes e outras irregularidades ............. 328
12.7.2. Primeira reação contra a impunidade: AP-3 ......................................................................... 328
12.7.3. Necessidade de respaldo administrativo a certas decisões judiciais ..................................... 329
12.8. Conceito e fundamentos da ação popular .......................................................................................... 329
12.8.1. Aspecto sociojurídico da ação popular ................................................................................... 330
12.8.2. Sentido amplo da expressão “moralidade administrativa” ................................................... 331
12.9. Aparecimento de oligarquias como quistos de corrupção na administração pública .................... 331
12.10. Sistema fraudulento de eleições acadêmicas .................................................................................... 331
12.11. Prerrogativas do poder judiciário e as resistências do conservadorismo administrativo .............. 332
12.11.1. Abusos sobre abusos no nível universitário ....................................................................... 333
12.12. Missão do judiciário nos Estados em formação ............................................................................... 333

Capítulo VIII — Sistemas Jurisdicionais .......................................................................................................... 334


1. França ................................................................................................................................................................ 334
1.1. Jurisdições civis ......................................................................................................................................... 335
1.1.1. Tribunais de instância (Tribunaux d’instance) .............................................................................. 336
1.1.2. Tribunais de grande instância (Tribunaux de grande instance) ................................................... 336
1.2. Jurisdições especiais .................................................................................................................................. 336
1.2.1. Tribunal de commerce ...................................................................................................................... 336
1.2.2. Conseil prud’hommes ....................................................................................................................... 337
1.2.3. Tribunal paritário de arrendamento rural (Tribunal paritaire de baux ruraux) ......................... 337
1.2.4. Jurisdições de seguridade social ..................................................................................................... 337
1.3. Jurisdições criminais ................................................................................................................................ 338
1.3.1. Tribunal de police ............................................................................................................................. 338
1.3.2. Tribunal correctionnel ...................................................................................................................... 339
1.3.3. Cour d’assises .................................................................................................................................... 339
1.4. Jurisdição de segundo grau (cour d’appel)............................................................................................... 340
1.5. Cour de cassation ........................................................................................................................................ 341
1.6. Jurisdições administrativas ....................................................................................................................... 341
1.6.1. Tribunais administrativos (tribunaux administratives) ................................................................ 342
1.6.2. Tribunais administrativos de apelação (cours administratives d’appel) ....................................... 342
1.6.3. Conseil d’État ................................................................................................................................... 342
1.7. Conselho Constitucional (Conseil Constitutionnel) ................................................................................. 344
1.8. Tribunal dos Conflitos (Tribunal des conflits) ......................................................................................... 344
2. Inglaterra ........................................................................................................................................................... 344
2.1. Duas jurisdições europeias: diferenças .................................................................................................... 345
2.2. Disposição das cortes inglesas de justiça ................................................................................................. 345
2.2.1. Magistrates’Court, Crown Court and Coroner’s Court .................................................................... 346
2.2.2. County courts .................................................................................................................................... 346
2.3. High Court of Justice ................................................................................................................................... 348
2.3.1. Queen’s Bench Division .................................................................................................................... 348
2.3.1.1. Commercial Court .............................................................................................................. 348
2.3.1.2. Admiralty Court ................................................................................................................. 349
2.3.1.3. Divisional Court .................................................................................................................. 349
2.3.1.4. Election court ....................................................................................................................... 349

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2.3.2. Chancery Division ............................................................................................................................ 350
2.3.2.1. Competência e subdivisões da Chancery Division ........................................................... 350
2.3.3. Family Division ................................................................................................................................ 350
2.3.3.1. Divisional Court .................................................................................................................. 351
2.4. Tribunals ..................................................................................................................................................... 351
2.5. Court of Appeal (Civil Division) ................................................................................................................ 352
2.6. Court of Appeal (Criminal Division) ......................................................................................................... 352
2.7. The House of Lord ....................................................................................................................................... 353
2.8. Judicial Committee of the Privy Council .................................................................................................... 353
2.9. Reino Unido (United Kingdom) ............................................................................................................... 354
2.10. Comparando ............................................................................................................................................ 355
3. Alemanha .......................................................................................................................................................... 356
3.1. Tribunais cantonais (Amtsgerichte) ......................................................................................................... 357
3.2. Tribunais de Land (Landgerichte) ............................................................................................................ 357
3.3. Tribunais superiores de Land (Oberlandesgerichte) ................................................................................ 357
3.4. Corte federal de justiça (Bundesgerichtshof) ............................................................................................. 357
3.5. Outros tribunais ........................................................................................................................................ 358
3.5.1. Tribunais administrativos .............................................................................................................. 358
3.5.1.1. Alemanha e França: identidades no processo administrativo ........................................ 358
3.6. Tribunal Constitucional Federal (Bundesverfassungsgericht) ................................................................. 359
3.7. Comparando .............................................................................................................................................. 359
4. Estados Unidos da América ............................................................................................................................. 359
4.1. Sistema norte-americano em face de outras federações ........................................................................ 360
4.2. Direito americano em face do direito do seu colonizador (Inglaterra) ................................................ 360
4.2.1. Independência da Suprema Corte ................................................................................................. 360
4.3. Jurisdição federal ...................................................................................................................................... 361
4.3.1. Tribunais Distritais (District Courts) ............................................................................................. 361
4.3.2. Tribunais de apelação (Courts of appeal or circuit courts) ............................................................. 361
4.3.3. Corte Suprema (Supreme Court) .................................................................................................... 363
4.4. Jurisdições dos Estados ............................................................................................................................. 363
4.4.1. Tribunais de primeiro grau: denominações variadas ................................................................... 364
4.4.2. Tribunais inferiores ........................................................................................................................ 364
4.4.3. Tribunais de apelação e supremo .................................................................................................. 364
4.2.4. Juízes estaduais ............................................................................................................................... 365
4.5. Comparando .............................................................................................................................................. 366
5. Espanha ............................................................................................................................................................. 367
5.1. Direito ibero-americano ........................................................................................................................... 367
5.2. Jurisdição espanhola ................................................................................................................................. 367
5.3. Princípios jurisdicionais .......................................................................................................................... 368
5.4. Consejo General del Poder Judicial ............................................................................................................. 368
5.4.1. Competência do CGPJ .................................................................................................................... 369
5.4.2. Comparando ................................................................................................................................... 369
5.5. Tribunais de primeiro grau ...................................................................................................................... 370
5.5.1. Juzgados de Paz ................................................................................................................................ 370
5.5.2. Juzgados de Primera Instancia e Instrucción ................................................................................... 371
5.5.2.1. Juzgados de instrucción ....................................................................................................... 371

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5.5.3. Juzgados de menores ......................................................................................................................... 371
5.5.4. Juzgados de vigilancia penitenciaria ............................................................................................... 371
5.5.5. Juzgados de lo social .......................................................................................................................... 371
5.5.6. Órgãos de conciliação laboral ........................................................................................................ 372
5.5.7. Juzgados de lo contencioso-administrativo ....................................................................................... 372
5.5.8. Juzgados de lo penal .......................................................................................................................... 372
5.6. Tribunais colegiados ................................................................................................................................. 372
5.6.1. Audiencias provinciales .................................................................................................................... 372
5.6.2. Tribunales superiores de justicia ....................................................................................................... 373
5.6.2.1. Sala civil y penal ................................................................................................................. 373
5.6.2.2. Sala de lo contencioso-administrativo ................................................................................. 373
5.6.2.3. Sala de lo social .................................................................................................................... 374
5.6.2.4. Sala especial ........................................................................................................................ 374
5.6.3. Audiência Nacional ........................................................................................................................ 374
5.6.3.1. Sala de lo penal .................................................................................................................... 374
5.6.3.2. Sala de lo contencioso-administrativo ................................................................................. 374
5.6.3.3. Sala de lo social .................................................................................................................... 375
5.6.4. Tribunal Supremo .......................................................................................................................... 375
5.6.4.1. Sala de lo civil ...................................................................................................................... 375
5.6.4.2. Sala de lo penal .................................................................................................................... 375
5.6.4.3. Sala de lo contencioso-administrativo ................................................................................. 376
5.6.4.4. Sala de lo Social ................................................................................................................... 376
5.6.4.5. Sala quinta de lo militar ..................................................................................................... 376
5.6.4.6. Sala especial del Tribunal Supremo .................................................................................... 376
5.6.5. Tribunal Constitucional ................................................................................................................. 376
5.6.5.1. Composição e divisão interna do TC ................................................................................ 377
5.6.5.2. Natureza do Tribunal Constitucional .............................................................................. 378
5.6.5.3. Funções e competência do TC .......................................................................................... 378
5.7. Comparando (direito continental europeu) ........................................................................................... 379
5.7.1. Natureza do poder judiciário ......................................................................................................... 379
5.7.2. Sistemas unitário e federal ............................................................................................................. 379
5.7.3. Uma ou mais ordens de jurisdição ................................................................................................ 380
5.7.4. Jurisdições especiais ....................................................................................................................... 380
5.7.5. Recurso de cassação e duplo grau de jurisdição ........................................................................... 381
6. Japão .................................................................................................................................................................. 382
6.1. Organização dos poderes .......................................................................................................................... 383
6.2. Diretrizes constitucionais do judiciário .................................................................................................. 383
6.3. Tribunais .................................................................................................................................................... 384
6.3.1. Tribunal Sumário ........................................................................................................................... 384
6.3.2. Tribunal de Distrito ........................................................................................................................ 386
6.3.3. Tribunal de Família ........................................................................................................................ 386
6.3.4. Tribunal de Apelação ...................................................................................................................... 386
6.3.5. Corte Suprema (CS) ....................................................................................................................... 387
6.4. Magistratura .............................................................................................................................................. 388
6.5. Comparando .............................................................................................................................................. 388

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7. México ............................................................................................................................................................... 388
7.1. Primeira Constituição social democrática .............................................................................................. 388
7.1.1. Aspecto formal ................................................................................................................................ 389
7.2. Dualidade jurisdicional ............................................................................................................................ 389
7.3. Jurisdição federal ...................................................................................................................................... 390
7.3.1. Juízes de distrito .............................................................................................................................. 390
7.3.2. Competência dos juízes distritais .................................................................................................. 391
7.3.2.1. Os juízes federais penais (jueces federales penales) ............................................................ 391
7.3.2.2. Os juízes de amparo penais ............................................................................................... 391
7.3.2.3. Os juízes de distrito em matéria administrativa .............................................................. 391
7.3.2.4. Os juízes de distrito civis federais (jueces de distrito civiles federales) .............................. 391
7.3.2.5. Os juízes laborais de distrito ............................................................................................. 391
7.3.3. Jurado federal .................................................................................................................................. 391
7.3.4. Tribunais unitários de circuito ...................................................................................................... 392
7.3.5. Tribunais colegiados de circuito .................................................................................................... 392
7.3.6. Tribunal Electoral (TE) .................................................................................................................... 393
7.3.6.1. A competência do TE ........................................................................................................ 394
7.3.7. Suprema Corte de Justicia ................................................................................................................ 394
7.3.7.1. Dados históricos ................................................................................................................. 394
7.3.7.2. Competência da SCJ .......................................................................................................... 395
7.3.7.3. Função especial de investigação ........................................................................................ 395
7.3.8. Consejo de la Judicatura Federal (CJF) ............................................................................................ 395
7.4. Jurisdição especializada do trabalho ........................................................................................................ 396
7.4.1. Juntas Federales de Conciliación (permanentes) ............................................................................ 396
7.4.2. Juntas de Conciliación Accidentales ................................................................................................. 397
7.4.3. Juntas Locales de Conciliación .......................................................................................................... 397
7.4.4. Junta Federal de Conciliación y Arbitraje ........................................................................................ 397
7.4.5. Juntas Locales de Conciliación y Arbitraje ....................................................................................... 397
7.5. Jurisdições dos Estados ............................................................................................................................. 398
7.5.1. Jurisdição do Estado de Sonora ..................................................................................................... 398
7.5.1.1. Juízos de primeira instância ............................................................................................. 398
7.5.1.2. Tribunales Regionales de Circuito ....................................................................................... 398
7.5.1.3. Supremo Tribunal de Justicia ............................................................................................. 399
7.5.1.4. Consejo del Poder Judicial ................................................................................................... 399
7.5.2. Comparando: controle externo da judicatura .............................................................................. 399
7.5.3. Jurisdição do Estado de Jalisco ...................................................................................................... 400
7.5.3.1. Primeira instância .............................................................................................................. 400
7.5.3.2. Tribunal Administrativo ..................................................................................................... 400
7.5.3.3. Tribunal Electoral ............................................................................................................... 400
7.5.3.4. Tribunal de Arbitraje y Escalafón ...................................................................................... 400
7.5.3.5. Supremo Tribunal de Justiça ............................................................................................... 400
7.5.4. Outros Estados ................................................................................................................................ 401
7.6. Comparando .............................................................................................................................................. 401
7.6.1. Influência norte-americana ........................................................................................................... 401
7.6.2. Identidades e dessemelhanças latino-americanas ........................................................................ 401

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7.6.3. Aspectos do sistema romano-germânico de direito ..................................................................... 402
7.6.4. Algumas particularidades ............................................................................................................... 402
8. Argentina ........................................................................................................................................................... 403
8.1. Federação Argentina ................................................................................................................................. 403
8.1.1. Resumo histórico ............................................................................................................................ 403
8.1.2. Nascimento da federação ................................................................................................................ 403
8.1.3. Importância das províncias ............................................................................................................ 404
8.2. Tribunais .................................................................................................................................................... 404
8.3. Jurisdição nacional ................................................................................................................................... 405
8.4. Tribunais nacionais da Capital federal .................................................................................................... 405
8.4.1. Competência ................................................................................................................................... 406
8.4.2. Competência recursal ..................................................................................................................... 406
8.5. Tribunais nacionais nas províncias ......................................................................................................... 406
8.6. Cámaras nacionales de apelaciones (2a instância) .................................................................................... 406
8.7. Suprema Corte de Justicia .......................................................................................................................... 407
8.8. Jurisdições provinciais .............................................................................................................................. 408
8.8.1. Jurisdição da Capital Federal (Buenos Aires) ............................................................................... 408
8.8.2. Jurisdição da Província de Mendoza ............................................................................................. 408
8.9. Comparando .............................................................................................................................................. 409
8.9.1. Figura dos “conjueces” ..................................................................................................................... 409
9. Brasil .................................................................................................................................................................. 410
9.1. Federação brasileira ................................................................................................................................... 410
9.1.1. Artificialidade federativa ................................................................................................................. 410
9.2. Dualismo jurisdicional ............................................................................................................................. 410
9.2.1. Justiça estadual ................................................................................................................................ 411
9.2.2. Jurisdições especializadas ............................................................................................................... 411
9.3. Justiça centralizada: dados históricos ...................................................................................................... 411
9.4. Descentralização da justiça ....................................................................................................................... 412
9.4.1. Justiça federal .................................................................................................................................. 412
9.4.2. Juízes federais .................................................................................................................................. 413
9.4.3. Tribunais regionais federais ........................................................................................................... 413
9.5. Justiça do trabalho ..................................................................................................................................... 413
9.5.1. Competência em razão da matéria ................................................................................................ 414
9.5.2. Juntas de conciliação e julgamento ............................................................................................... 415
9.5.3. Varas do jrabalho ............................................................................................................................. 415
9.5.4. Tribunais regionais do trabalho ..................................................................................................... 416
9.5.5. Tribunal Superior do Trabalho ...................................................................................................... 416
9.6. Justiça Eleitoral ......................................................................................................................................... 417
9.6.1. Evolução histórica ........................................................................................................................... 417
9.6.2. Instituição da justiça eleitoral ........................................................................................................ 418
9.6.3. Organização e competência ........................................................................................................... 418
9.7. Justiça militar ............................................................................................................................................ 419
9.8. Justiça dos Estados .................................................................................................................................... 420
9.8.1. Resumo histórico ............................................................................................................................ 420
9.8.2. Fracasso da competência jurídico-legislativa dos Estados ........................................................... 420

24  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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9.8.3. Unificação legislativa ...................................................................................................................... 421
9.8.4. Organização e competência ........................................................................................................... 421
9.9. Comparando .............................................................................................................................................. 422
9.9.1. Dificuldades das jurisdições latino-americanas ........................................................................... 422
9.9.2. Controle jurisdicional .................................................................................................................... 422
9.9.3. Descentralização da instrução judicial ......................................................................................... 423
9.9.4. Modelo alemão ............................................................................................................................... 423
9.9.5. Paternalismo judiciário .................................................................................................................. 424
9.9.6. Controle externo da jurisdição ...................................................................................................... 424
9.9.7. Defesa do sistema federativo .......................................................................................................... 425
9.9.8. Reforma da justiça (Brasil) ............................................................................................................. 426
9.9.9. Reforma sobre reforma ................................................................................................................... 427
9.9.10. Resistência às reformas ................................................................................................................. 427
9.9.11. Dispositivos legais inócuos ........................................................................................................... 427

Capítulo IX — Classificação de Juízes e Tribunais .......................................................................................... 429


1. Autonomia e natureza dos poderes do Estado ................................................................................................ 429
2. Estrutura e hierarquia dos tribunais ............................................................................................................... 430
3. Tipos de tribunais ............................................................................................................................................. 431
4. Classificação genérica (tribunais) ................................................................................................................... 431
4.1. Particularidades ......................................................................................................................................... 432
4.2. Classificação e perfil do julgador ............................................................................................................. 432
4.3. Natureza do conservadorismo judiciário ................................................................................................ 433
5. Tribunais colegiados ........................................................................................................................................ 434
5.1. Juízes populares ou não profissionais ..................................................................................................... 434
5.2. Vantagens e desvantagens da representação popular ou de categoria ................................................... 435
5.2.1. Tribunal do júri e suas dificuldades .............................................................................................. 435
5.2.2. Distorções do sentido social da representação voluntária ........................................................... 435
5.3. Formação profissional e arte de julgar ..................................................................................................... 436
5.3.1. Modalidades de ingresso na magistratura profissional ................................................................ 436
5.3.2. Formação do julgador ..................................................................................................................... 436
5.3.3. Arte de tomar decisão ..................................................................................................................... 437
5.3.4. A letra da lei e o espírito do direito ................................................................................................ 437
5.3.5. Três difíceis atividades humanas ................................................................................................... 438
5.3.6. Missão do juiz ................................................................................................................................. 438
5.4. Sindicatos e associações de classe: responsabilidade ético-jurídica ...................................................... 438
5.4.1. Conceito e modalidades de sistemas sindicais .............................................................................. 438
5.4.2. Direcionamento saudável dos sindicatos e associações de classe ................................................ 439
6. Classificação dos tribunais colegiados de primeira instância ....................................................................... 439
6.1. Tribunais mistos ....................................................................................................................................... 441
6.1.1. Escabinato ....................................................................................................................................... 442
6.1.2. Composição variada ........................................................................................................................ 442
6.2. Aspectos positivos da colegiatura ............................................................................................................. 442
6.2.1. Seleção e treinamento de magistrados .......................................................................................... 443
7. Juízos singulares em face dos colegiados ........................................................................................................ 444
7.1. Tendência para a singularidade dos tribunais primários ....................................................................... 444

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7.1.1. Comparando ................................................................................................................................... 444
7.1.1.1. Jurisdições latino-americanas .......................................................................................... 444
7.1.1.2. França e a tendência hodierna .......................................................................................... 444
7.1.1.3. Destaque para o juízo unipessoal: Inglaterra e Canadá .................................................. 445
7.1.1.4. Singularidade japonesa ..................................................................................................... 445
7.1.1.5. Caracteres dos tribunais unipessoais ................................................................................ 445
7.2. Competência e ética do magistrado ......................................................................................................... 445
8. Modalidades de juízes (classificação) ............................................................................................................. 446
8.1. Aspecto técnico ......................................................................................................................................... 447
8.2. Aspecto ético .............................................................................................................................................. 447
8.3. Aspecto ético-jurídico ............................................................................................................................... 448
8.4. Aspecto ético-técnico ................................................................................................................................ 448

Capítulo X – Processo Judicial “in genere” ....................................................................................................... 450


1. Justiça primitiva ............................................................................................................................................... 450
1.1. Egito antigo ................................................................................................................................................ 450
1.2. Imprecisão e falta de ordenamento nos documentos antigos ............................................................... 450
2. Processo romano .............................................................................................................................................. 451
2.1. Ações da lei (legis actiones) ........................................................................................................................ 451
2.2. Processo formulário (per formulas) ......................................................................................................... 452
2.3. Processo extraordinário (extraordinaria cognitio)................................................................................... 452
2.3.1. Fonte do processo moderno ........................................................................................................... 452
2.4. Jus honorarium (pretor) ............................................................................................................................. 453
3. Processos romano e britânico ......................................................................................................................... 453
3.1. Comparando: similitudes nos dois modelos ........................................................................................... 453
3.1.1. Forms of action: procedimento britânico ....................................................................................... 454
3.1.2. Procedimento romano ................................................................................................................... 454
3.1.3. Procedimento inglês ....................................................................................................................... 455
3.1.4. Conclusão ........................................................................................................................................ 455
3.2. Legado do direito romano ......................................................................................................................... 456
3.2.1. A Normandia ................................................................................................................................... 456
3.2.2. Sistema jurisdicional da Normandia ............................................................................................ 457
3.2.3. Comparando ................................................................................................................................... 458
3.2.4. Conclusões em face das três jurisdições ........................................................................................ 458
3.3. Herança romana na processualística britânica ....................................................................................... 460
4. Aspectos processuais na Idade Média ............................................................................................................. 461
4.1. Descentralização jurisdicional ................................................................................................................. 461
4.2. Retrocesso processual e cultural .............................................................................................................. 462
4.3. Jurisdição muçulmana ............................................................................................................................. 463
5. Processos moderno e contemporâneo ............................................................................................................ 463
5.1. Idade Moderna: lenta evolução processual ............................................................................................. 464
5.2. Evolução do processo britânico: aparecimento da Equity ...................................................................... 464
5.3. Nova filosofia de organização judiciária: Revolução francesa ............................................................... 464
5.3.1. Princípios ético-jurídicos ............................................................................................................... 465
5.3.2. Reforma da justiça .......................................................................................................................... 465

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6. Fases evolutivas do processo ............................................................................................................................ 465
6.1. Aspectos comuns dos primeiros tempos ................................................................................................. 465
6.2. Problemas organizacionais e humanos ................................................................................................... 466
6.3. Formalismo procedimental ...................................................................................................................... 466
6.4. Marcos principais da trajetória jurisdicional .......................................................................................... 467
6.4.1. Regularização da justiça privada .................................................................................................... 467
6.4.2. Arbitragem facultativa .................................................................................................................... 467
6.4.3. Início da publicização do processo ................................................................................................ 467
6.4.4. Justiça pública ................................................................................................................................. 468
6.5. Instabilidade da Justiça ............................................................................................................................. 468
7. Formas de solução dos conflitos de interesse ................................................................................................. 469
7.1. Formas jurídicas ........................................................................................................................................ 469
8. Elaboração científica do processo ................................................................................................................... 469
8.1. Doutrina do processo ................................................................................................................................ 470
8.1.1. Da teoria à prática ........................................................................................................................... 470
8.2. Elementos fundamentais da ciência processual ..................................................................................... 471
8.2.1. Ação .................................................................................................................................................. 471
8.2.2. Jurisdição ......................................................................................................................................... 471
8.2.3. Processo ........................................................................................................................................... 471
8.3. Ação: teorias e pragmatismo ..................................................................................................................... 471
8.3.1. Institucionalização do direito de ação ........................................................................................... 472
8.4. Instrumentos asseguradores das prerrogativas institucionais: comparando ........................................ 472
8.4.1. Heterogeneidade processual (Argentina) ...................................................................................... 473
8.4.2. Conscientização dos problemas jurídicos ..................................................................................... 474
9. Jurisdição: classificação .................................................................................................................................... 475
9.1. Competência ............................................................................................................................................. 476

Capítulo XI — Processo Civil Comparado ....................................................................................................... 477


1. Generalidades processuais ............................................................................................................................... 477
2. Fatores evolutivos do contencioso privado ..................................................................................................... 478
2.1. Aparecimento do procedimento acusatório ............................................................................................ 478
2.2. Procedimento inquisitório ....................................................................................................................... 478
2.3. Sistema misto ............................................................................................................................................ 479
2.4. Significado do procedimento inquisitório .............................................................................................. 479
2.5. Comparando .............................................................................................................................................. 479
2.6. Evolução do procedimento quanto à forma ............................................................................................ 480
2.6.1. Procedimento escrito ...................................................................................................................... 480
2.6.2. Declínio da escritura ....................................................................................................................... 480
2.6.3. Oralidade ......................................................................................................................................... 481
2.6.3.1. Oralidade real ..................................................................................................................... 481
2.6.3.2. Oralidade relativa ............................................................................................................... 481
2.6.4. Direito francês ................................................................................................................................. 481
2.7. Princípios institucionais (Revolução francesa) ...................................................................................... 482
2.7.1. Código napoleônico ........................................................................................................................ 482
2.7.2. Código de processo civil francês .................................................................................................... 483

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  27

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3. Princípio básico do processo civil: Dispositivo .............................................................................................. 483
3.1. Conceitos e fundamentos dos princípios ................................................................................................ 483
3.2. Filosofia do princípio dispositivo ............................................................................................................. 484
3.3. Restrições ao princípio dispositivo .......................................................................................................... 484
4. Princípios derivados do dispositivo ................................................................................................................. 484
4.1. Nemo judex sine actore ............................................................................................................................... 485
4.2. Contraditório ............................................................................................................................................. 485
4.3. Ne eat judex ultra petita partium .............................................................................................................. 485
4.4. Duplo grau de jurisdição .......................................................................................................................... 486
4.5. Princípio da conciliação ........................................................................................................................... 487
5. Conciliação e arbitragem ................................................................................................................................. 487
5.1. Conciliação na Antiguidade ..................................................................................................................... 487
5.2. Óbices da justiça ........................................................................................................................................ 488
5.3. Fases históricas do processo ...................................................................................................................... 488
5.4. Uma vocação conciliatória (Japão) .......................................................................................................... 489
5.5. Trilogia do entendimento ......................................................................................................................... 490
5.6. Conciliação: conceito e classificação ....................................................................................................... 490
5.7. Comparando .............................................................................................................................................. 491
5.7.1. Conciliação na Espanha ................................................................................................................. 491
5.7.2. Juízes conciliadores: França ........................................................................................................... 492
5.7.3. Conciliadores italianos ................................................................................................................... 493
5.8. Mediação .................................................................................................................................................... 493
5.9. Comissões populares de mediação (China) ............................................................................................ 494
5.10. Mediação e conciliação (Argentina) ...................................................................................................... 494
5.10. 5.10.1. Assistência jurídica na mediação ............................................................................................... 495
6. Arbitragem ........................................................................................................................................................ 495
6.1. Evolução histórica ..................................................................................................................................... 495
6.2. Natureza, fundamento e importância da arbitragem ............................................................................. 496
6.3. Arbitragem britânica ................................................................................................................................. 497
6.3.1. Aspectos positivos e negativos do modelo britânico .................................................................... 498
6.4. Arbitragem na América Latina ................................................................................................................. 498
6.4.1. Processo arbitral (Bolívia) .............................................................................................................. 499
6.4.2. Processo evolutivo da arbitragem (Brasil) ..................................................................................... 500
6.4.3. Entidades internacionais de intercâmbio e arbitragem ............................................................... 500
6.5. Arbitragem internacional ......................................................................................................................... 501
6.5.1. Modalidades .................................................................................................................................... 502
6.5.2. Aspectos básicos da arbitragem internacional .............................................................................. 502
6.5.3. Arbitragem comercial ..................................................................................................................... 503
6.5.3.1. Compromisso arbitral ....................................................................................................... 503
6.5.4. Convenção de Viena ....................................................................................................................... 504
6.5.5. Lei-modelo de arbitragem internacional ...................................................................................... 505
6.5.6. Normas arbitrais ............................................................................................................................. 505
6.5.7. Arbitragem no MERCOSUL .......................................................................................................... 506
6.5.8. Pequena arbitragem ........................................................................................................................ 507

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7. Mediação, arbitragem e relações humanas ..................................................................................................... 507
7.1. Recomendações para manter um bom relacionamento ....................................................................... 507
7.2. Relações humanas e deformação profissional ........................................................................................ 508
8. Processo judicial ............................................................................................................................................... 509
8.1. Ação ............................................................................................................................................................ 509
8.1.1. Conceito de ação ............................................................................................................................. 510
8.1.2. Natureza jurídica ............................................................................................................................ 510
8.1.3. Elementos da ação .......................................................................................................................... 510
8.1.3.1. Causa ................................................................................................................................... 511
8.1.3.2. Sujeito ................................................................................................................................. 511
8.1.3.3. Objeto ................................................................................................................................. 511
8.2. Codificação das normas processuais ........................................................................................................ 511
8.2.1. Código argentino ............................................................................................................................. 511
8.3. Procedimento civil .................................................................................................................................... 513
8.3.1. Fórmulas procedimentais .............................................................................................................. 513
8.3.2. Ritos Processuais ............................................................................................................................. 513
8.3.2.1. Comparando: classificação dos ritos processuais ............................................................ 514
8.4. Acesso aos tribunais: orientação prévia (common law) .......................................................................... 514
8.4.1. Reino Unido .................................................................................................................................... 514
8.4.2. Irlanda .............................................................................................................................................. 518
8.4.3. Estados Unidos ................................................................................................................................ 527
8.4.4. Comparando: sistema romano-germânico ................................................................................... 529
8.4.5. Similitude e diferença básicas entre os dois sistemas de direito ................................................. 529
8.5. Fases do procedimento ............................................................................................................................. 529
8.5.1. Elementos ou aspectos do procedimento ...................................................................................... 530
8.5.1.1. Postulação .......................................................................................................................... 530
8.5.1.2. Formulários ........................................................................................................................ 531
8.5.1.3. Subfases postulatórias ........................................................................................................ 545
8.5.2. Instrução (provas) ........................................................................................................................... 546
8.5.3. Comparando: Juiz de instrução (Itália) ........................................................................................ 547
8.5.4. Reino Unido .................................................................................................................................... 549
8.5.5. Fase decisória ................................................................................................................................... 549
8.5.6. Conceito de sentença ...................................................................................................................... 550
8.5.7. Partes e conteúdo da sentença ....................................................................................................... 552
8.5.8. Tribunal de sentença (Itália) ......................................................................................................... 552
8.5.8.1. Composição do tribunal (collègio) .................................................................................... 552
8.5.8.2. Decisões judiciais ............................................................................................................... 553
8.5.9. Sentenças e outras peças judiciais: aspecto formal ....................................................................... 553
8.6. Processo britânico ..................................................................................................................................... 612
8.6.1. Pragmatismo do profissional do direito ........................................................................................ 612
8.6.2. Preparação postulatória .................................................................................................................. 612
8.6.3. Assistência jurídica ......................................................................................................................... 613
8.6.4. Conceito e ajuizamento ................................................................................................................. 613
8.6.4.1. Peça introdutória da ação: writ ......................................................................................... 613
8.6.4.2. Intimação do réu sob cominação e risco ......................................................................... 613

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  29

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8.6.5. Divisão do procedimento ............................................................................................................... 614
8.6.6. Procedimento em uma county court .............................................................................................. 614
8.6.7. Ação ordinária em uma county court ............................................................................................. 614
8.6.8. Pre-trial Revew ................................................................................................................................. 615
8.6.9. Instrução (trial) ............................................................................................................................... 615
8.6.10. Defaut action .................................................................................................................................. 616
8.7. Injonctions (França) ................................................................................................................................... 616
8.7.1. Ordem de pagar (injonction de payer) ............................................................................................ 616
8.8. Pequenas causas (EUA) ............................................................................................................................ 616
8.8.1. Defendendo em juízo ..................................................................................................................... 620
8.9. Processo judicial na África do Sul ........................................................................................................... 622
8.9.1. Ação (summons) ............................................................................................................................... 623
8.9.2. Magistrate’s court ............................................................................................................................. 624
8.9.3. Fase introdutória da ação (summons) ............................................................................................ 624
8.9.4. Julgamento à revelia (default judgment) ........................................................................................ 628
8.9.5. Audiência preparatória (pré-trial conference) ................................................................................ 630
8.9.6. Notificação (subpoena) .................................................................................................................... 631
8.10. Comparando: diferença básica nos dois principais sistemas de direito .............................................. 632
8.10.1. Sistema romano-germânico ...................................................................................................... 632
8.10.2. Common law ................................................................................................................................ 632
8.10.3. Ação monitória ........................................................................................................................... 632
8.10.4. Características da ação monitória (Brasil) ................................................................................ 633
8.10.5. Antecedentes da ação ................................................................................................................. 633
8.10.5.1. Direito romano ............................................................................................................ 633

Capítulo XII — Processo Penal Comparado .................................................................................................... 634


1. Natureza e conceito de processo penal ........................................................................................................... 634
1.1. Teoria da relação jurídica ......................................................................................................................... 634
1.1.1. Conceituação de processo .............................................................................................................. 635
1.1.2. Classificação .................................................................................................................................... 635
1.2.3. Direito penal comunitário ............................................................................................................. 635
2. Evolução histórico-comparada do processo penal ......................................................................................... 636
2.1. Processo romano ....................................................................................................................................... 636
2.2. Processo germânico .................................................................................................................................. 637
2.3. Processo inquisitorial ............................................................................................................................... 637
2.4. Direito canônico ....................................................................................................................................... 638
2.5. Processo italiano ....................................................................................................................................... 638
2.5.1. Natureza dos processos e das penas ............................................................................................... 639
2.5.2. Tipos de procedimento criminal ................................................................................................... 639
2.6. Processo espanhol ..................................................................................................................................... 640
2.6.1. Procedimento penal ....................................................................................................................... 640
2.6.2. Diretrizes do procedimento penal espanhol ................................................................................. 640
3. Classificações procedimentais ......................................................................................................................... 641
4. Sistemas fundamentais de procedimento ....................................................................................................... 642
4.1. Nascimento do processo penal ................................................................................................................. 642
4.2. Processo acusatório ................................................................................................................................... 642

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4.2.1. Aspectos fundamentais do processo acusatório ............................................................................ 642
4.3. Processo inquisitivo .................................................................................................................................. 643
4.3.1. Características do processo inquisitivo ......................................................................................... 643
4.4. Sistema misto de procedimento .............................................................................................................. 644
5. Princípios do direito processual penal ............................................................................................................ 644
5.1. Princípios gerais do processo penal ......................................................................................................... 645
5.1.1. Princípio de ne procedat judex ex officio ......................................................................................... 645
5.1.2. Da disponibilidade nas impugnações ............................................................................................ 645
5.1.3. De in dubio pro reo .......................................................................................................................... 645
5.1.4. Do livre convencimento do juiz .................................................................................................... 645
5.1.5. Da motivação ................................................................................................................................... 646
5.1.6. Do direito de defesa ......................................................................................................................... 646
5.1.7. Da contestação ................................................................................................................................ 646
5.1.8. Do contraditório ............................................................................................................................. 646
5.1.9. Da lealdade processual .................................................................................................................... 646
5.1.10. Da imediação do juiz .................................................................................................................... 646
5.1.11. Da oralidade ................................................................................................................................... 647
5.2. Princípios peculiares do processo penal .................................................................................................. 647
5.2.1. Princípio da indisponibilidade em primeira instância ................................................................ 647
5.2.2. Do “favor libertatis” ......................................................................................................................... 648
5.2.3. Da legalidade ou da reserva legal ................................................................................................... 648
5.2.4. De in dubio pro reo .......................................................................................................................... 648
5.2.5. De non reformatio in pejus ............................................................................................................... 649
5.3. Outros princípios e postulados (França) ................................................................................................. 649
5.3.1. Composição dos tribunais: qual o melhor modelo? .................................................................... 649
5.3.2. Separação das funções .................................................................................................................... 650
5.3.3. Diferentes níveis de jurisdição penal ............................................................................................ 650
6. Procedimento penal ......................................................................................................................................... 650
6.1. Ação penal ................................................................................................................................................. 650
6.2. Procedimento francês ............................................................................................................................... 651
6.2.1. Fase investigatória (polícia judiciária) .......................................................................................... 651
6.2.1.1. Órgãos e agentes da polícia judiciária .............................................................................. 651
6.2.2. Ministério Público .......................................................................................................................... 652
6.2.2.1. Princípios e cargos do MP ................................................................................................. 652
6.2.2.2. Principais características funcionais ................................................................................ 652
6.2.3. Ação penal ....................................................................................................................................... 653
6.2.4. Fase instrutória (juiz de instrução) ............................................................................................... 653
6.2.4.1. Encerramento da instrução ............................................................................................... 654
6.2.5. Segundo grau da instrução (Chambre d’accusation) .................................................................... 654
6.2.5.1. Decisão da câmara de acusação ......................................................................................... 655
6.2.6. Fase de julgamento ......................................................................................................................... 655
6.2.7. Cour d’assises .................................................................................................................................... 655
6.2.7.1. Procedimento na cour d’assises .......................................................................................... 656
6.2.7.2. Das deliberações ................................................................................................................. 656
6.2.8. Tribunal correcional ....................................................................................................................... 657
6.2.8.1. Do procedimento ............................................................................................................... 657

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  31

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6.2.9. Tribunal de polícia .......................................................................................................................... 657
6.2.9.1. Do procedimento ............................................................................................................... 658
6.2.10. Resumo da processualística criminal (França) .......................................................................... 658
6.3. Modernização do processo penal ............................................................................................................. 659
6.3.1. Recomendações do Conselho da Europa ...................................................................................... 660
6.4. Procedimento penal português ................................................................................................................ 660
6.4.1. Polícia criminal .............................................................................................................................. 661
6.4.2. Ministério público e assistente ...................................................................................................... 661
6.4.3. Instrução processual ....................................................................................................................... 662
6.4.4. Juiz de instrução ............................................................................................................................. 662
6.4.5. Modernização processual: flexibilização do procedimento ........................................................ 663
6.4.5.1. Novas concepções criminais ............................................................................................. 663
6.5. Reforma do processo penal (Itália) .......................................................................................................... 664
6.5.1. Resumo histórico ............................................................................................................................ 664
6.5.2. Princípio da oportunidade ............................................................................................................. 664
6.5.3. Processo penal e garantias constitucionais ................................................................................... 665
6.6. Procedimento penal espanhol .................................................................................................................. 665
6.6.1. Sistema espanhol e o procedimento simplificado: plea barganing ............................................. 665
6.7. Outras jurisdições criminais: aspectos procedimentais ......................................................................... 666
6.7.1. Guatemala — Código Procesal Penal de 1992 (Decreto n. 51) ..................................................... 666
6.7.2. México — Código Federal de Procedimientos Penales .................................................................... 668
6.7.3. Bolívia — Código de Procedimiento Penal ...................................................................................... 670
6.7.4. Costa Rica ........................................................................................................................................ 670
6.7.5. Nicarágua: ausência de órgão permanente de persecução criminal (MP) — Código de Instrucción
Criminal — CIC de 1974 ................................................................................................................ 672
6.7.5.1. Sistema “sui generis” de acusação, porém com economia de gastos ............................... 673
6.7.5.2. Ritos e competência ........................................................................................................... 673
6.7.6. Panamá ............................................................................................................................................ 673
6.7.6.1. Ministério Público ............................................................................................................. 675
6.7.6.2. Funções ecléticas do MP ................................................................................................... 677
6.7.6.3. Modernização técnica da jurisdição panamenha ............................................................ 677
6.8. Procedimento penal inglês ....................................................................................................................... 678
6.8.1. Função da polícia e das Magistrate’s Courts ................................................................................... 678
6.8.2. Persecução criminal ....................................................................................................................... 678
6.8.3. Inexistência do Ministério Público como instituição ................................................................. 679
6.8.4. Novo órgão de persecução britânica .............................................................................................. 679
6.8.5. Início do procedimento mediante mandado de prisão ................................................................ 681
6.8.6. Procedimento na Crown Court ...................................................................................................... 683
6.8.6.1. Convocação do acusado ..................................................................................................... 683
6.8.6.2. Quando o réu confessa-se culpado (guilt) ........................................................................ 684
6.8.6.3. Quando o réu nega a acusação (not guilt) ........................................................................ 684
6.8.6.4. Procedimento e julgamento no júri ................................................................................. 684
6.9. Irlanda do Norte ........................................................................................................................................ 684
6.9.1. Tribunal especial para terroristas .................................................................................................. 685
6.9.2. Júri ................................................................................................................................................... 685

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6.10. Órgão oficial de persecução criminal no Reino Unido (Escócia) ....................................................... 686
6.10.1. Órgão assemelhado ao Ministério Público ............................................................................... 686
6.10.2. O Ministério Público poderia ser de origem escocesa ............................................................. 687
6.10.3. Outros dados sobre a origem do MP (Portugal) ....................................................................... 688
6.10.4. Tese da origem francesa do MP ................................................................................................. 688
6.10.5. Origem como acusador público (Itália) .................................................................................... 689
6.11. Jurisdição criminal (Escócia) ................................................................................................................ 689
6.12. Processo penal norte-americano ........................................................................................................... 690
6.12.1. Particularidades em face do legado do colonizador ................................................................. 690
6.12.2. Influência da Constituição e da Suprema Corte ...................................................................... 691
6.12.3. Fases do procedimento ............................................................................................................... 691
6.12.4. Procedimento nos crimes graves (felonies) ................................................................................ 692
6.13. Comparando ............................................................................................................................................ 692
6.13.1. O júri ........................................................................................................................................... 692
6.14. Processo penal canadense ...................................................................................................................... 693
6.14.1. Princípios processuais de garantias individuais ....................................................................... 693
6.14.2. Notitia criminis e comparecimento em juízo ........................................................................... 693
6.14.3. Espécies de delitos (sistema federal) .......................................................................................... 696
6.14.4. Procedimento provincial ........................................................................................................... 697
6.14.5. Órgão de persecução ................................................................................................................... 698
6.14.6. Instrução e julgamento (trial) ................................................................................................... 698
6.15. Brasil: realidade do processo penal ......................................................................................................... 698
6.15.1. Autonomia do Inquérito Policial .............................................................................................. 698
6.15.2. Aspecto redundante no procedimento penal ........................................................................... 699
6.15.3. Causas da autonomia do inquérito ........................................................................................... 700
6.15.4. Endurecimento da instrução preliminar .................................................................................. 701
6.15.5. Principais falhas da instrução preliminar (inquérito policial) ............................................... 701
6.15.6. Características do processo penal brasileiro ............................................................................. 702
6.15.7. Mudanças necessárias ................................................................................................................ 703
6.15.7. 6.15.7.1. Atualização da legislação ............................................................................................. 703
6.15.8. Problema jurídico-administrativo requer mudança de atitude .............................................. 704
6.15.9. Reformas judiciárias preconizadas ............................................................................................ 704

Capítulo XIII — Processo do Trabalho Comparado ....................................................................................... 705


1. Antecedentes históricos do processo social .................................................................................................... 705
1.1. Frustrações e excessos do liberalismo ..................................................................................................... 705
1.2. Aparecimento do direito do trabalho ....................................................................................................... 705
1.3. Caráter público do processo ..................................................................................................................... 706
1.3.1. Processo publicista .......................................................................................................................... 706
2. Processo do trabalho: resumo evolutivo ......................................................................................................... 707
2.1. Natureza do processo trabalhista .............................................................................................................. 707
2.2. Inadequação do processo comum ........................................................................................................... 708
2.3. Direito coletivo: primeiros passos ............................................................................................................ 708
2.4. Duas filosofias socioeconômicas ............................................................................................................. 709
2.4.1. Percalços do socialismo .................................................................................................................. 709
2.4.2. Integração das duas teorias ............................................................................................................. 709
2.4.3. Nova concepção socioeconômica .................................................................................................. 709

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  33

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2.5. Técnicas do procedimento social ............................................................................................................. 710
2.5.1. Restrição aos procedimentos jurisdicionais nos conflitos coletivos ........................................... 710
2.5.2. Dissídio coletivo: Brasil .................................................................................................................. 711
2.5.2.1. Restrição constitucional ao dissídio coletivo ................................................................... 711
2.5.3. Arbitragem: importante instrumento integrativo da autocomposição com a jurisdição .......... 711
2.5.3.1. Arbitragem nos Estados Unidos ........................................................................................ 712
2.5.3.2. América Latina: pouco uso da arbitragem ....................................................................... 712
2.6. Primeiro tribunal trabalhista: os prud’hommes (França) ....................................................................... 713
2.6.1. Extinção temporária dos conseils prud’hommes ............................................................................. 713
2.6.2. Reconstituição e aprimoramento do tribunal trabalhista ........................................................... 713
2.6.3. Estruturação e composição dos conseils prud’hommes .................................................................. 713
2.7. Outras jurisdições trabalhistas ................................................................................................................. 714
2.7.1. Itália ................................................................................................................................................. 714
2.7.2. Alemanha ......................................................................................................................................... 714
2.7.3. Reino Unido .................................................................................................................................... 715
2.7.4. Tribunal comunitário do trabalho ................................................................................................ 716
2.7.5. Espanha ............................................................................................................................................ 716
2.7.5.1. Primeiros órgãos institucionais do trabalho .................................................................... 716
2.7.5.2. Tribunais industriais ......................................................................................................... 716
2.7.5.3. Jurisdição dos tribunais industriais .................................................................................. 717
2.7.5.4. Comités paritários e jurados mixtos .................................................................................. 717
2.7.5.5. Magistratura do trabalho ................................................................................................... 717
2.7.5.6. Atualidade da jurisdição laboral-espanhola .................................................................... 717
2.7.5.7. Conciliação prévia: CEMAC ............................................................................................. 718
2.7.6. Bélgica .............................................................................................................................................. 723
2.7.6.1. Jurisdição do trabalho (especial) ...................................................................................... 723
2.7.6.2. Juízes sociais ....................................................................................................................... 724
2.7.6.3. Estrutura e organização interna ........................................................................................ 724
2.8. Pragmatismo dos juízes classistas e profissionais ................................................................................... 724
2.8.1. Vícios da magistratura profissionalizada ...................................................................................... 724
3. Estrutura da magistratura do trabalho ............................................................................................................ 725
3.1. Problemas e vícios da magistratura organizada em carreira pública .................................................... 725
3.1.1. Corporativismo ............................................................................................................................... 725
3.1.2. Coleguismo ..................................................................................................................................... 726
3.1.3. Carreirismo ..................................................................................................................................... 726
3.1.4. Elitismo ............................................................................................................................................ 726
3.1.5. Onerosidade .................................................................................................................................... 727
3.1.6. Constrangimento das partes ........................................................................................................... 727
3.1.7. Feudo judiciário .............................................................................................................................. 727
4. Princípios do processo trabalhista ................................................................................................................... 728
4.1. Classificação dos prncípios ....................................................................................................................... 728
4.1.1. Eduardo Couture ............................................................................................................................ 728
4.1.2. Menendez Pidal .............................................................................................................................. 729
4.1.3. Nelson Nicoliello ............................................................................................................................ 729
4.1.4. López ................................................................................................................................................ 729
4.1.5. Nestor Buen ..................................................................................................................................... 729
4.1.6. Mozart Victor Russomano ............................................................................................................. 729

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4.1.7. Isis de Almeida ................................................................................................................................ 730
4.1.8. Francisco Cordova Romero ............................................................................................................ 730
4.1.9. Valor dos princípios jurídicos ........................................................................................................ 731
4.1.10. Sentido pedagógico ....................................................................................................................... 731
4.2. Classificação dos princípios em face da processualística trabalhista ..................................................... 731
4.3. Princípios com maior ou menor ênfase no direito processual do trabalho ......................................... 731
4.4. Princípios gerais em face do processo do trabalho ................................................................................. 731
4.4.1. Oralidade ......................................................................................................................................... 731
4.4.2. Imediatidade ou imediação (do juiz) ............................................................................................ 732
4.4.3. Eventualidade .................................................................................................................................. 732
4.4.4. Dispositivo ....................................................................................................................................... 732
4.4.5. Inquisitivo ou inquisitório ............................................................................................................. 732
4.4.6. Contraditório ................................................................................................................................... 732
4.4.7. Conciliação ...................................................................................................................................... 733
4.4.8. Instrumentalidade das formas ....................................................................................................... 733
4.4.9. Lealdade e boa-fé ............................................................................................................................. 733
4.4.10. Duplo grau de jurisdição ............................................................................................................. 734
4.4.10.1. Circunstâncias negativas .............................................................................................. 734
4.4.11. Economia processual ................................................................................................................... 735
4.5. Princípios próprios do direito processual do trabalho ........................................................................... 735
4.5.1. Princípios e peculiaridades ............................................................................................................ 735
4.5.1.1. Algumas diferenças ............................................................................................................ 736
4.6. Princípios especiais do processo do trabalho .......................................................................................... 736
4.6.1. Princípios concretos ....................................................................................................................... 736
4.6.1.1. Princípio protecionista ...................................................................................................... 736
4.6.1.2. Caráter normativo da sentença ......................................................................................... 736
4.6.1.3. Despersonalização do empregador ................................................................................... 737
4.6.1.4. Simplificação procedimental ............................................................................................ 737
4.6.2. Princípios abstratos ......................................................................................................................... 737
4.6.2.1. Princípio da ultrapetição ................................................................................................... 737
4.6.2.2. Da iniciativa ex officio da ação ........................................................................................... 737
4.6.2.3. Da coletivização das ações individuais ............................................................................. 737
5. Sistemas de conciliação .................................................................................................................................... 738
5.1. Órgãos conciliatórios ................................................................................................................................ 738
5.1.1. Conciliação nos conflitos coletivos ............................................................................................... 739
5.1.2. Modelos de órgãos conciliatórios: comparando ........................................................................... 739
5.1.3. Tentativas de conciliação: obrigatoriedade ................................................................................... 740
5.1.4. Modelo espanhol ............................................................................................................................. 740
5.1.5. Conciliação e retrocesso: Brasil ..................................................................................................... 741
5.1.6. Procedimento gradual: Argentina ................................................................................................. 741
5.1.7. Tríplice natureza de conciliação: Peru .......................................................................................... 741
5.1.8. Sistema suíço de conciliação e mediação ...................................................................................... 742
5.1.8.1. Órgãos cantonais de conciliação ....................................................................................... 742
5.1.8.2. Órgão federal de conciliação ............................................................................................. 742
5.1.8.3. Características do sistema .................................................................................................. 743

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  35

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5.2. Arbitragem ................................................................................................................................................. 743
5.2.1. Arbitragem na Suíça ....................................................................................................................... 743
5.2.2. Tribunais arbitrais criados por convenções coletivas ................................................................... 744
5.2.3. Composição e competência ........................................................................................................... 744
5.2.4. Conclusões ...................................................................................................................................... 745
5.3. Aspectos referentes à arbitragem: comparando ...................................................................................... 745
6. Tribunais do trabalho ....................................................................................................................................... 746
6.1. Classificação dos tribunais trabalhistas: Perez Batija ............................................................................. 746
6.1.1. Particularidades da jurisdição trabalhista ..................................................................................... 747
6.2. Nova esquematização dos tribunais trabalhistas .................................................................................... 748
6.3. Natureza do objeto da matéria trabalhista ............................................................................................... 748
6.4. Organização da Justiça do Trabalho no Brasil ......................................................................................... 748
6.4.1. Relação de emprego e relação de trabalho ..................................................................................... 749
6.4.1.1. Subjetivação da competência em razão da matéria ......................................................... 750
6.4.2. Tribunais trabalhistas de primeiro grau ........................................................................................ 750
6.4.3. Varas do trabalho ............................................................................................................................. 751
6.4.3.1. Elitização da justiça trabalhista ......................................................................................... 751
6.4.4. Tribunais regionais ......................................................................................................................... 751
6.4.5. Tribunal Superior do Trabalho ...................................................................................................... 752
6.4.5.1. Competência do TST ......................................................................................................... 753
6.4.6. Reforma e direito comparado ........................................................................................................ 753
6.4.7. Elitismo corporativista .................................................................................................................... 754
6.5. Tribunais colegiados ................................................................................................................................. 754
6.5.1. Variações constitucionais e de composição .................................................................................. 754
6.5.2. Representação classista: princípio da paridade ............................................................................. 755
6.5.3. Juízes leigos: conceito e importância ............................................................................................ 755
6.5.4. Novos julgadores, antigas recomendações .................................................................................... 756
6.5.5. Duas modalidades de juízes: consenso e recomendações ........................................................... 756
6.5.6. Inglaterra: jurisdição especial do trabalho .................................................................................... 757
6.5.6.1. Industrial tribunal .............................................................................................................. 757
6.5.6.2. Reclamação trabalhista ...................................................................................................... 758
6.6. Tribunais singulares ................................................................................................................................. 758
6.6.1. Juízos de primeira instância .......................................................................................................... 758
6.7. Elementos comuns nas jurisdições trabalhistas ..................................................................................... 759
6.7.1. Participação dos jurisdicionados na composição dos tribunais .................................................. 759
6.7.2. Estímulo às soluções amigáveis ..................................................................................................... 759
6.7.3. Acessibilidade à tutela jurisdicional .............................................................................................. 760
7. Conflitos trabalhistas ........................................................................................................................................ 760
7.1. Classificação .............................................................................................................................................. 761
7.2. Especialização e autonomia do processo do trabalho ............................................................................. 761
7.3. Conflitos sindicais ..................................................................................................................................... 761
7.4. Dissídios individuais ................................................................................................................................. 762
7.4.1. Suíça ................................................................................................................................................. 762
7.4.1.1. Tribunais cantonais: critérios procedimentais ................................................................ 762
7.4.1.2. Jurisdição federal ............................................................................................................... 763
7.4.1.3. Particularidades jurídico-culturais .................................................................................. 763

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7.5. Conflitos coletivos: formas de solução .................................................................................................... 764
7.5.1. Técnicas de discussão e resolução ................................................................................................. 764
7.6. Jurisdição como forma de solução dos conflitos coletivos .................................................................... 765
7.6.1. Sentença normativa ........................................................................................................................ 765
7.6.2. Importância temporária da sentença normativa .......................................................................... 766
7.6.3. Arbitragem indireta ........................................................................................................................ 766
7.7. Outros casos de jurisdição nos conflitos coletivos: comparando .......................................................... 767
7.7.1. Modelo mexicano de ação coletiva ............................................................................................... 767
7.7.2. Negociação, greve ou arbitragem: Nicarágua ................................................................................ 767
7.7.2.1. Instrumento pragmático em face das circunstâncias do país ......................................... 768
7.7.3. Integração das formas de solução dos conflitos coletivos: Guatemala ....................................... 769
7.7.3.1. Intervenção da jurisdição nos conflitos coletivos ........................................................... 769
7.7.3.2. Greve condicionada ........................................................................................................... 770
7.7.3.3. Conclusões ......................................................................................................................... 770
7.8. Possíveis causas das dificuldades da autocomposição na América Latina ............................................ 770
8. Jurisdição e competência dos tribunais do trabalho ...................................................................................... 771
8.1. Jurisdição ................................................................................................................................................... 771
8.1.1. Estrutura das jurisdições trabalhistas no âmbito do direito comparado .................................... 772
8.1.2. Jurisdição especial do trabalho ...................................................................................................... 773
8.1.3. Usos e critérios da especialização .................................................................................................. 773
8.2. Competência ............................................................................................................................................. 774
8.2.1. Modalidades de competência ......................................................................................................... 774
8.3. Competência dos tribunais trabalhistas .................................................................................................. 774
8.3.1. Modalidades de competência em razão da matéria ..................................................................... 774
8.4. Comparando .............................................................................................................................................. 775
8.4.1. Inglaterra: competência trabalhista ............................................................................................... 775
8.4.2. República da Irlanda ....................................................................................................................... 776
8.4.2.1. Tribunal sem jurisdição .................................................................................................... 776
8.4.3. Jurisdição e competência dos tribunais sociais: França ............................................................... 776
8.4.3.1. Conceils prud’hommes ......................................................................................................... 776
8.4.3.2. Jurisdições de seguridade social ........................................................................................ 777
8.4.3.3. Tribunais paritários de arrendamento rural .................................................................... 777
8.5. Estrutura da competência ibero-americana ............................................................................................ 777
8.5.1. Espanha ............................................................................................................................................ 778
8.5.2. México ............................................................................................................................................. 778
8.5.3. Nicarágua ......................................................................................................................................... 778
8.5.4. Portugal ............................................................................................................................................ 778
8.5.5. Peru .................................................................................................................................................. 779
8.5.6. Argentina ......................................................................................................................................... 779
8.5.7. Bolívia .............................................................................................................................................. 779
8.5.8. Guatemala ....................................................................................................................................... 779
8.5.9. Panamá ............................................................................................................................................ 780
8.5.10. Aspectos de identificação nas jurisdições ibero-americanas ..................................................... 780
8.5.11. Formas estruturais de jurisdição .................................................................................................. 780
8.5.12. Competência mais ampla ............................................................................................................. 780
8.5.13. Resumo dos aspectos identificadores .......................................................................................... 781
8.5.14. Conclusões .................................................................................................................................... 781

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  37

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8.6. Especialização, composição e grau da jurisdição trabalhista ................................................................. 781
8.6.1. Países nórdicos ................................................................................................................................ 781
8.6.2. Procedimento pragmático: juízes leigos na Europa ..................................................................... 782
8.6.3. Preconceito contra os juízes leigos ................................................................................................ 782
8.6.4. Juízes assessores .............................................................................................................................. 782
8.6.5. Críticas sobre especialização jurisdicional do trabalho ............................................................... 782
8.7. Jurisdições do trabalho: classificação geral .............................................................................................. 783
9. Procedimento trabalhista ................................................................................................................................. 785
9.1. Aspectos gerais e particulares do procedimento ..................................................................................... 785
9.2. Tribunais e procedimentos mais acessíveis ............................................................................................ 786
9.3. Processo publicista .................................................................................................................................... 786
9.3.1. Características ................................................................................................................................. 786
9.4. Evolução e retrocesso do procedimento quanto à forma ....................................................................... 787
9.4.1. Procedimento escrito ...................................................................................................................... 787
9.4.2. Fundamentos da escritura .............................................................................................................. 788
9.4.3. Retrocesso no procedimento escrito ............................................................................................. 788
9.4.4. Efeitos negativos da escritura: burocratização e corporativismo ................................................. 788
9.5. Oralidade: classificação e discussão ......................................................................................................... 788
9.5.1. Direito francês ................................................................................................................................. 789
9.5.1.1. Procedimento escrito ........................................................................................................ 789
9.5.1.2. Procedimento oral ............................................................................................................. 789
9.5.2. Conseil prud’hommes ....................................................................................................................... 790
9.5.2.1. Princípio inquisitório ........................................................................................................ 790
9.5.3. Repercussão no procedimento laboral comparado ...................................................................... 790
9.5.3.1. Influência espanhola ......................................................................................................... 791
9.5.4. Dificuldades de adaptação à nova processualística ....................................................................... 791
9.5.5. Tendência à formalidade da escritura: América Latina ............................................................... 792
9.6. Estrutura e fases do procedimento ........................................................................................................... 792
9.6.1. Fases do procedimento ................................................................................................................... 792
9.6.1.1. Aspectos gerais e particulares ............................................................................................ 793
9.6.1.2. Princípios comuns ............................................................................................................. 793
9.7. Estrutura do procedimento trabalhista .................................................................................................... 793
9.7.1. Postulação ....................................................................................................................................... 793
9.7.1.1. Petição inicial (PI) ............................................................................................................. 794
9.7.1.2. Requisitos da petição inicial ............................................................................................. 794
9.7.1.3. Defesa ou contestação ........................................................................................................ 795
9.7.1.4. Conciliação ......................................................................................................................... 795
9.7.2. Fase probatória ................................................................................................................................ 796
9.7.2.1. Princípios da prova ............................................................................................................ 796
9.7.2.2. Aspectos elementares da prova ......................................................................................... 796
9.7.2.3. Meios de prova ................................................................................................................... 797
9.7.2.4. Hierarquia das provas ........................................................................................................ 797
9.7.2.5. Livre apreciação .................................................................................................................. 797
9.7.3. Fase decisória ................................................................................................................................... 798
9.7.3.1. Sentença ............................................................................................................................. 799
9.7.3.2. Classificação das decisões judiciais ................................................................................... 799
9.7.3.3. Inspiração da sentença ...................................................................................................... 799

38  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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9.8. Principais características do procedimento do trabalho ........................................................................ 800
9.8.1. Direito processual do trabalho: ênfases e características do procedimento ................................ 801
9.8.2. Caráter coletivo e protecionista ..................................................................................................... 801
9.9. Diferenças em face do processo comum ................................................................................................. 802
9.10. Especialização da jurisdição trabalhista ................................................................................................ 802
9.11. Obrigatoriedade de comparecimento a juízo: normas fictas (fictio juris) ........................................... 803
9.11.1. Alguns princípios e a obrigatoriedade processual .................................................................... 804
9.11.2. Procedimento rígido .................................................................................................................. 804
9.11.3. Simplificação do procedimento: comparando ......................................................................... 804
9.11.3.1. Portugal ........................................................................................................................ 805
9.11.3.2. Uruguai ........................................................................................................................ 805
9.11.3.3. Peru .............................................................................................................................. 805
9.11.3.4. Venezuela .................................................................................................................... 805
9.11.3.5. Brasil ............................................................................................................................. 805
9.11.3.6. Costa Rica .................................................................................................................... 805
9.11.4. Procedimento flexível ................................................................................................................ 806
9.11.4.1. Atos de flexibilidade processual ................................................................................. 806
9.11.5. Flexibilidade no common law .................................................................................................... 806
9.11.5.1. Reino Unido (RU) ....................................................................................................... 807
9.11.5.2. Flexibilização e poderes do juiz ................................................................................. 808
9.11.6. Irlanda (República) .................................................................................................................... 808
9.11.7. Procedimento latino-americano em face da flexibilização .................................................... 808
9.11.7.1. Colômbia ..................................................................................................................... 809
9.11.7.2. Chile ............................................................................................................................. 809
9.11.7.3. Argentina ..................................................................................................................... 809
9.11.7.4. México ......................................................................................................................... 810
9.11.7.5. Bolívia .......................................................................................................................... 811
9.11.7.6. Nicarágua ..................................................................................................................... 811
9.12. Riscos e falhas da representação em juízo ............................................................................................. 812
9.12.1. Assistência judiciária deficiente: Brasil .................................................................................... 812
9.13. Classificação dos procedimentos trabalhistas ....................................................................................... 813
10. Carreirismo judiciário ................................................................................................................................... 814
10.1. Carreiras jurídicas e a justiça do trabalho: Brasil ............................................................................... 815
10.2. Quebra do caráter popular da justiça do trabalho .............................................................................. 815
10.3. Pletora de assessores ............................................................................................................................. 816
10.4. Justiça onerosa ...................................................................................................................................... 816
10.5. Nepotismo e outros tipos de protecionismo funcional ..................................................................... 816

Capítulo XIV – Ministério Público do Trabalho e o Direito Comparado .................................................... 817


1. Ministério público criminal ............................................................................................................................ 817
1.1. Inexistência do ministério público criminal: Nicarágua ....................................................................... 818
2. Ministério público como carreira organizada ................................................................................................ 818
3. Ministério público no processo civil .............................................................................................................. 818
4. Função fiscalizadora ......................................................................................................................................... 818
5. Ministério público do trabalho na Bélgica ..................................................................................................... 819
6. Assistência trabalhista do ministério público: Portugal ................................................................................ 820

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  39

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7. Aspectos institucionais: carreiras .................................................................................................................. 820
7.1. Ministério público sob o sistema romano-germânico de direito: comparando ................................ 820
7.2. Ministério público no common law ....................................................................................................... 821
7.2.1. Reino Unido .................................................................................................................................. 821
7.2.2. Estados Unidos .............................................................................................................................. 822
7.2.3. Austrália ........................................................................................................................................ 822
7.2.4. Canadá ........................................................................................................................................... 822
7.2.5. República da Irlanda .................................................................................................................... 822
7.2.6. África do Sul .................................................................................................................................. 822
7.2.7. Hong Kong .................................................................................................................................... 823
8. Ministério público do trabalho no Brasil: carreira sui generis ..................................................................... 823
8.1. Regulamentação das funções do MPT .................................................................................................. 823
8.2. Criação e trajetória do Ministério Público do Trabalho ...................................................................... 824
8.2.1. Institucionalização do MPT: caráter paternalista ...................................................................... 824
8.3. Defesa do MPT ........................................................................................................................................ 825
8.4. Competência e encargos do ministério público: discussão ................................................................. 825
9. Inovações no desempenho sociojurídico do ministério público estadual: Código do Consumidor ....... 826
10. Reforma do ministério público à luz do direito comparado: economia institucional ............................. 827
10.1. Integração do MPT no ministério público federal (MPF) ................................................................ 827
11. Incongruências nas carreiras do serviço público ......................................................................................... 827
12. Peso e repercussão da impunidade ............................................................................................................... 828
12.1. Funções de investigação, promoção e fiscalização em face da atividade judicante .......................... 829

Capítulo XV — Carreiras da Magistratura ....................................................................................................... 830


1. Modalidades e diferenças ................................................................................................................................. 830
2. Carreiras da magistratura e o direito comparado ........................................................................................... 830
3. Sistemas jurisdicionais vigentes ...................................................................................................................... 830
3.1. Nível democrático da jurisdição .............................................................................................................. 831
3.2. Processo classificatório ............................................................................................................................. 831
4. Classificação das jurisdições ............................................................................................................................ 831
4.1. Nomeação pelo poder executivo .............................................................................................................. 832
4.1.1. Jurisdições árabes ............................................................................................................................ 832
4.1.1.1. Síria ..................................................................................................................................... 832
4.1.1.2. Jordânia .............................................................................................................................. 832
4.1.1.3. Direito muçulmano ........................................................................................................... 833
4.1.2. Variantes do sistema ....................................................................................................................... 833
4.1.2.1. Grécia .................................................................................................................................. 833
4.1.2.2. Rússia .................................................................................................................................. 833
4.1.2.3. República da Irlanda ......................................................................................................... 833
4.1.2.4. Canadá ................................................................................................................................ 834
4.2. Indicação pelo poder executivo ad referendum de outro poder ou órgão ............................................. 834
4.2.1. Variantes do sistema jurisdicional ................................................................................................ 834
4.2.1.1. Argentina ............................................................................................................................ 834
4.2.1.2. Brasil ................................................................................................................................... 834
4.2.1.3. México ................................................................................................................................ 834
4.2.1.4. Chile .................................................................................................................................... 835

40  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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4.2.1.5. Japão ................................................................................................................................... 835
4.2.1.6. Estados Unidos ................................................................................................................... 835
4.2.1.7. África do Sul ....................................................................................................................... 835
4.2.1.8. Hungria .............................................................................................................................. 835
4.2.1.9. Reformas pós-comunistas ................................................................................................. 835
4.2.1.10. Maior participação de outros poderes na jurisdição: Índia .......................................... 836
4.2.2. Nomeação pela monarquia ............................................................................................................ 836
4.2.2.1. Espanha ............................................................................................................................... 836
4.2.2.2. Reino Unido ....................................................................................................................... 836
4.2.2.3. Procedimento britânico de recomendação e nomeação ................................................. 836
4.2.2.4. Bélgica ................................................................................................................................. 837
4.2.2.5. Suécia .................................................................................................................................. 837
4.2.2.6. Procedimento sueco de seleção de juízes ........................................................................ 837
4.2.2.7. Comparando ....................................................................................................................... 838
4.2.2.8. Seleção para procedimentos preparatórios ...................................................................... 838
4.2.2.9. Promoção como direito do magistrado: Brasil ................................................................ 838
4.2.2.10. Dinamarca ........................................................................................................................ 839
4.2.2.11. Austrália ........................................................................................................................... 839
4.3. Indicação por conselho superior e nomeação pelo executivo ............................................................... 839
4.4. Nomeação ou indicação pela mais alta corte de justiça ......................................................................... 839
4.4.1. República Dominicana .................................................................................................................. 840
4.5. Indicação ou eleição pelo poder legislativo ............................................................................................. 840
4.5.1. Variantes .......................................................................................................................................... 840
4.5.1.1. Alemanha ........................................................................................................................... 840
4.5.1.2. Suíça ................................................................................................................................... 840
4.5.1.3. Polônia ................................................................................................................................ 840
4.6. Nomeação ou indicação pelo conselho superior da magistratura ......................................................... 840
4.6.1. Sistema de indicação e controle: Peru ........................................................................................... 840
4.6.2. Argentina ......................................................................................................................................... 841
4.6.3. França ............................................................................................................................................... 841
4.6.4. Preeminência do conselho superior .............................................................................................. 841
4.6.4.1. Itália .................................................................................................................................... 841
4.6.4.2. Comparando ....................................................................................................................... 842
4.6.4.3. República Dominicana ..................................................................................................... 842
4.7. Nomeação pela própria corporação ......................................................................................................... 842
4.7.1. Lista de nomes, concurso público e eleição .................................................................................. 842
4.7.1.1. Colômbia ............................................................................................................................ 842
4.7.1.2. Venezuela ........................................................................................................................... 842
4.8. Eleição pelas assembleias populares: sistema comunista ...................................................................... 843
4.8.1. China ................................................................................................................................................ 843
4.8.2. Cuba ................................................................................................................................................. 843
4.8.2. Coreia do Norte ............................................................................................................................... 843
5. Outras características comuns às jurisdições ................................................................................................. 844
5.1. Temporariedade e garantias do magistrado ............................................................................................. 844
5.2. Princípio do juiz natural e da independência do julgador .................................................................... 844

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  41

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6. Aspectos positivos nas carreiras públicas ........................................................................................................ 845
6.1. Principais fatores positivos ....................................................................................................................... 845
6.1.1. Enumeração das vantagens ............................................................................................................ 845
6.1.2. Evolução do serviço público ........................................................................................................... 846
6.2. Valores éticos da carreira pública ............................................................................................................ 846
7. Problemas e vícios da administração pública ................................................................................................. 847
7.1. Carreirismo judiciário: jurisdições imaturas ou malformadas ............................................................. 847
7.1.1. Comportamento funcional: ressalvas necessárias ........................................................................ 847
7.1.2. Efeitos negativos nas carreiras públicas ......................................................................................... 848
7.1.3. Envolvimento da instituição ou poder público ............................................................................ 848
7.1.4. Óbices ao aprimoramento autêntico da carreira .......................................................................... 849
7.1.5. Abusos e facilitações ....................................................................................................................... 849
7.1.6. Conceitos críticos ............................................................................................................................ 849
7.2. Jurisdição onerosa: Brasil ......................................................................................................................... 850
7.2.1. Nepotismo e outros tipos de protecionismo funcional ............................................................... 850
7.2.2. Pletora de assessores jurídicos ....................................................................................................... 850
7.2.3. Carreira especial do ministério público do trabalho .................................................................... 850
7.2.4. Advocacia inflacionada ................................................................................................................... 851
7.2.5. Ensino jurídico desvinculado do mercado de trabalho ............................................................... 851
7.2.6. País dos bacharéis ............................................................................................................................ 851
7.3. Carreiras da justiça e o interesse público ................................................................................................ 851
7.3.1. Psicologia do interesse público versus individualismo ................................................................. 852
7.4. Didática do bom exemplo ........................................................................................................................ 852
7.4.1. Racionalização, economia e segurança funcional: Reino Unido ............................................... 853
8. Carreira pública e a iniciativa privada ............................................................................................................. 853
9. Magistério do direito comparado .................................................................................................................... 854

Referências bibliográficas ................................................................................................................................... 855

42  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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Índice de Figuras

N. Pág.
1 Organograma da jurisdição francesa ............................................................................................................. 335
2 Disposição dos membros e demais figurantes de um tribunal correctionnel (França) ............................... 339
3 Disposição de uma cour d’assises .................................................................................................................... 340
4 Mapa da circunscrição administrativa da França ......................................................................................... 343
5 Organograma dos tribunais ingleses de justiça ............................................................................................ 345
6 Membros e figurantes de uma magistrates’court .......................................................................................... 346
7 Disposição dos membros e figurantes de um tribunal criminal da Inglaterra (crown court) ................... 347
8 Organograma dos tribunais civis de justiça (civil courts) ............................................................................. 347
9 Organograma dos tribunais criminais de justiça (criminal courts) ............................................................. 354
10 Organograma do sistema jurisdicional da Alemanha .................................................................................. 356
11 Mapa dos tribunais de circuito dos Estados Unidos da América ................................................................ 362
12 Organograma do sistema judiciário americano dos Estados Unidos da América ..................................... 366
13 Organograma do sistema judiciário do Japão ............................................................................................... 384
14 Composição de um tribunal sumário japonês ............................................................................................. 385
15 Salas de audiência do Tribunal de Distrito de Tóquio ................................................................................. 385
16 Organograma do poder judiciário do Brasil .................................................................................................. 421
17 Guia para pequenas casos de cobrança junto a uma county court (Inglaterra e País de Gales) ................ 515
18 Como postular recebimentos de estipêndios ou retribuições ..................................................................... 515
19 O réu admite parcialmente minha demanda ............................................................................................... 516
20 Uma defesa contra minha demanda .............................................................................................................. 516
21 Da execução do julgado .................................................................................................................................. 517
22 Pagando sua condenação ................................................................................................................................ 517
23 Como requerer uma ordem de execução? .................................................................................................... 518
24 A função do juiz. Algumas questões respondidas ........................................................................................ 518
25 Guia de assistência jurídico ........................................................................................................................... 519
26 Carta aos usuários das cortes .......................................................................................................................... 520
27 Cortes escocesas de justiça ............................................................................................................................. 521
28 Guia do processo sumário em tribunal primário ......................................................................................... 522
29 Pequenas causas na sheriff court .................................................................................................................... 523
30 Carta das cortes de justiça (Irlanda do Norte) .............................................................................................. 524
31 Reclamações contra membros da administração judiciária da Irlanda do Norte ...................................... 525
32 Acesso à justiça (República da Irlanda) ........................................................................................................ 526
33 Guia do tribunal de pequenas causas do Estado de Nova York ................................................................... 527
34 Instruções para o serviço de notificação do Estado de Nova York ............................................................... 528
35 Petição inicial referente a uma ação de outorga de escritura (Distrito Federal — México) ..................... 532
36 Petição inicial de feito em juízo ordinário de maior quantia (Panamá) ................................................... 536
37 Contestação de feito em juízo ordinário de maior quantia (Panamá) ....................................................... 540
38 Peça introdutória de uma pequena causa em um tribunal administrativo (Edinburgh — Scottland) .... 540

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  43

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39 Detalhes de fatos relativos a pedido de substituição de mercadoria defeituosa em uma sheriff court ...... 543
40 Modelo de resposta do réu (defender) indicadas no texto em uma sheriff court ......................................... 544
41 Impresso disponível para requerer emissão de uma ordem (summons) ..................................................... 545
42 Fluxograma de julgamento conforme o estado do processo (Brasil) .......................................................... 547
43 Pedido de movimentação de processo (summons) em uma sheriff court (Escócia) ................................... 549
44 Fluxograma de processo regular em primeira instância (Brasil) ................................................................ 551
45 Petição de divórcio na Província de Pichincha (Quito – Equador) ............................................................ 554
46 Rol (modelo) de perguntas às testemunhas para a fase instrutória do processo ........................................ 556
47 Inquirição de testemunha no mesmo juízo ................................................................................................. 557
48 Sentença do Juízo Sumário Especial de Conflitos Agrário (Manágua — Nicarágua) .............................. 558
49 Petição de uma requête sobre administração de bens (Québec – Canadá) .................................................. 564
50 Decisão de uma requête ................................................................................................................................... 566
51 Sentença do 6o Juicio Civil de La Paz (Bolívia) ............................................................................................. 569
52 Sentença do 4o Juicio Civil de Guatemala (Guatemala) ............................................................................... 575
53 Sentença de um tribunal de primeira instância (sheriff court) de Glasgow (Escócia) ............................... 585
54 Petição inicial ao Juizado Especial Cível de Belo Horizonte – MG (Brasil) .............................................. 597
55 Defesa ou contestação sobre o mesmo objeto no Juizado Especial Cível .................................................. 602
56 Sentença referente ao mesmo objeto no Juizado Especial Cível ................................................................. 609
57 Formulário de declaração do autor (plaintiff’s statement) em um tribunal de pequenas causas (small
claim court) da Califórnia (USA) ................................................................................................................... 618
58 Formulário de petição inicial (plaintiff’s claim) em um tribunal de pequenas causas (small claim court) .. 619
59 Formulário de defesa (defendant’s claim) no mesmo tribunal municipal (Oakland, CA – USA) ............ 621
60 Formulário de comunicação ao escrivão (registrar) requerendo summons (África do Sul) ...................... 622
61 Formulário de comunicação (summons) ao escrivão (registrar) e ao réu (defendant) ............................... 624
62 Formulário geral para requerer summons, e registro de uma ação ordinária em uma magistrates’s court .... 625
63 Summons iniciando ação em uma magistrates’s court ................................................................................... 628
64 Julgamento à revelia (default judgment) ........................................................................................................ 629
65 Audiência preparatória (pré-trial conference) ................................................................................................ 631
66 Notificação para comparecimento em juízo (depoimento ou exibição de documentos) ........................ 631
67 Sessão de julgamento do Tribunal Tercero de Sentencia Penal da cidade de Guatemala ............................ 667
68 Autor com o presidente do tribunal criminal acima indicado (Guatemala) ............................................ 667
69 Suprema Corte de Justicia del México (Capital) .............................................................................................. 668
70 Tribunal Superior de Justicia del Distrito Federal (cidade do México) ......................................................... 668
71 Capa dos autos de um processo criminal na jurisdição do Distrito Federal .............................................. 669
72 Audiência de julgamento de um juízo criminal de Costa Rica (San José) ................................................. 671
73 Lic. (licenciada) Valéria Arce, juiz primero penal de San José ...................................................................... 671
74 O autor com o representante do ministério público e uma advogada no mesmo juízo ........................... 672
75 Juez primero del Distrito del Crime exibindo as instalações do tribunal do júri de Manágua (Nicarágua) ....... 674
76 Dormitório do tribunal do júri (os jurados não podem abandonar o recinto enquanto não chegarem a
veredicto unânime) ........................................................................................................................................ 674
77 O autor entre um juiz da Capital e dois outros do interior da Nicarágua .................................................. 675
78 Pleno da Corte Suprema do Panamá ............................................................................................................. 675
79 Magistrada presidente da sala criminal da mesma corte .............................................................................. 676
80 O autor no Juzgado 9o de Circuito Penal da cidade do Panamá com o juiz e a secretária ......................... 676
81 Mapa do movimento criminal dos juízos de circuito das províncias panamenhas .................................. 677
82 Formulário da primeira descrição de suspeito da Metropolitan Police Service (Londres) .......................... 680

44  OCTACÍLIO PAULA SILVA

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83 Registro do uso de fotografia ou gravação de suspeito do mesmo serviço policial .................................... 681
84 Organograma dos tribunais (courts) da Inglaterra e País de Gales .............................................................. 682
85 Indictment de um acusado perante a uma crown court (Londres) ................................................................ 683
86 Esboço das personagens que atuam no júri (Irlanda do Norte) .................................................................. 685
87 Organograma estrutural do Crown Office (Escócia) ..................................................................................... 687
88 Primeira sheriff court (Edinburgh) ................................................................................................................. 688
89 Sessão do júri na High Court de Edinburgh .................................................................................................. 690
90 Modelo de comunicação da existência de infração criminal no Distrito de York (Província de Ontário –
Canadá) ............................................................................................................................................................ 694
91 Modelo de ordem de vistoria na mesma província ...................................................................................... 695
92 Organograma do primeiro comparecimento do acusado em juízo (Canadá) ........................................... 696
93 Organograma simplificado das canadian criminal courts ............................................................................. 697
94 Modelo de requerimento de conciliação perante o Centro de Mediación, Arbitraje y Conciliación — CEMAC
(Espanha) ......................................................................................................................................................... 718
95 Modelo de citação para comparecimento no CEMAC ................................................................................ 719
96 Modelo de ata de conciliação realizada perante o CEMAC ......................................................................... 721
97 Ata de tentativa infrutífera de conciliação .................................................................................................... 723
98 Tribunal Regional do Trabalho da 3a Região de Belo Horizonte (Estado de Minas Gerais – Brasil) ....... 752
99 Organograma do poder judiciário brasileiro ................................................................................................ 753

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  45

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Um Livro Diferente

Trata-se de publicação que procura ser completa dentro das limitações humanas, por abordar tema
que é, ao mesmo tempo, geral e particular, ao cuidar dos principais sistemas de direito e das diversas jurisdições.
E isso é feito em abordagem tanto teórica como pragmática.
Primeiro, por ser o direito comparado (DC) o tema da maior expressão da cultura jurídica universal,
com variadas funções aqui estudadas (Cap. I); segundo, pela abordagem téorico-pragmática por tratar
dos principais ramos do direito pela prática forense, tendo sido estudadas mais de cinquenta jurisdições
diferentes em todo o mundo (Caps. VI, X e XIII), e das duas principais carreiras diretamente ligadas ao
poder judiciário (VII), magistratura e ministério público (Caps. XIV e XV), além da advocacia, sendo esta
abordada oportunamente no decorrer da narrativa.
Com a sua experiência auferida como advogado, magistrado, representante do ministério público,
professor de direito e processo do trabalho, além de sociologia jurídica, teve condições de imprimir à obra
jurídica cunho histórico e sociológico, ciências que se irmanam pela relação da história com a experiência do
passado (Caps. III-IV), da sociologia com a vida humana em sociedade, e ambas com o direito, visto ser
também este de natureza social.
Sendo o direito derivado da ética, ao lado da moral e das convenções sociais, não poderia o livro ser
insensível diante da gravidade dos problemas generalizados de natureza jurídico-social, não descuidando,
quando necessário, da primeira (ética) — sobretudo na versão cristã pelo seu caráter de universalidade,
bem como da economia, pelo seu domínio e influência em todas as atividades hodiernas.
Com efeito, inevitável a etiqueta de escrito crítico às deficiências dos organismos judiciários, onde e
como se apresentam, quer por motivo de estagnação, deficiências ou corrupção. Registrando, por outro
lado, os aspectos positivos dos sistemas e jurisdições dos respectivos países onde a justiça evoluiu do ponto
de vista jurídico-administrativo, oferecendo prestação jurisdicional objetiva, rápida, isenta e acessível
quanto ao custo e à disponibilização dos tribunais.
Uma palavra sobre o aspecto formal: narrativa cuidadosa no sentido de atender às qualidades de
estilo, titulação abundante e pertinente, bibliografia correta, mais de cem figuras como pequena mostra
do farto material recolhido nas jurisdições dos países visitados em pesquisa direta e indireta do autor
durante quinze anos.
Cumpre, finalmente, registrar integração acidental entre o autor e a Editora, qualificando os trabalhos
do ponto de vista técnico e linguístico, no sentido de produzir obra original, sui generis, de conteúdo,
documentada, além de outros elementos técnicos capazes de recomendá-la no Brasil e no exterior, pela
variedade de objetos identificando ou comparando aspectos sociojurídicos de dezenas de jurisdições.
Por esta simples notícia editorial, complementada pelas informações, dados e teses, que a leitura
desta publicação revelará, podemos afirmar que se trata de um livro diferente.

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Prefácio

Toda obra apresenta dois aspectos principais: forma e conteúdo. É tão comum preocupar-se tão só
com este último elemento, que geralmente a forma é negligenciada. A ponto de haver certos escritores
tradicionais que requerem especialistas para interpretá-los, para que possam ser mais bem entendidos.
É claro que as editoras se esmeram na apresentação gráfica dos seus trabalhos, o que supre, em parte,
tal deficiência. Mas não é a mesma coisa quando o autor cuida atentamente dos dois aspectos indicados
para que nenhum deles seja negligenciado.
1. O aspecto formal do livro é representado pela normatização técnica do texto, de modo a apresentá-lo
revestido dos elementos básicos do estilo, tais como correção, clareza, simplicidade, concisão, objetividade e,
se possível, revestido de esquemas e outros recursos visuais.
Deve-se acrescentar ainda a didática como fator indispensável, não só nos trabalhos destinados ao
ensino regular, mas também em toda obra destinada, de qualquer modo, a transmitir conhecimentos.
É formalizada e didática a obra que apresenta, além das qualidades do estilo, indicativos para facilitar
ao leitor, fornecendo-lhe elementos seguros e precisos de informação e orientação, tais como:
a) títulos, subtítulos, itens, alíneas, figuras, números, letras, esquemas, organogramas, quadros
sinóticos, e outros indicadores que despertem a atenção do leitor para partes, trechos e aspectos
especiais do texto.
Esses marcos balizadores são necessários para evitar que importantes elementos de destaque e orientação
sejam omitidos em textos que, assim, tornam-se longos, áridos, insípidos, como as estradas sem sinalização,
capazes de levar os transeuntes a destinos indesejáveis com perda de tempo e aborrecimentos;
b) textos sóbrios, em estilo simples e claro, devidamente pontuados, a fim de evitar que o leitor tenha
necessidade de exercer espetacular exercício de atenção e memória para compreender certas passagens.
Ou que tenha até mesmo o trabalho de traçar sinais de orientação à margem da página a fim de
compreender o conteúdo das ideias do autor lançadas, sem qualquer critério, em parágrafos longos,
confusos, ambíguos e mal pontuados;
c) destaque especial e responsabilidade para as citações, sobretudo quando mais longas, bem como
para as informações e ideias especiais, para que se possa orientar pelos balizamentos indicados e outros
utilizados pelas editoras mais habilitadas tecnicamente;
d) padronização do texto em face da utilização racional de todos os elementos de linguagem, comunicação
e recursos gráficos aqui referidos, de modo a demonstrar que não se trata de mero emprego eventual
ou improvisado deles, mas dentro do devido planejamento, estudo e aplicação prática;
e) outras técnicas de motivação que, quer quanto aos elementos de comunicação humana, quer quanto
ao conteúdo, devam ser acionadas, para que o leitor não perca o mínimo de estímulo para um maior
aproveitamento da leitura.
O correto manejo dos recursos supracitados e dos vários tipos gráficos (grifo, negrito, travessão, etc.)
é instrumento valioso para enfatizar informações e ideias nos trechos, parágrafos, frases e até vocábulos no
procedimento redacional.
Trata-se de importante processo auxiliar de valorização da redação dos trabalhos científicos, quase
nunca ou pouco utilizado como recurso técnico, perdendo-se oportunidades capazes de capacitar o seu
nível de compreensão e utilização prática.

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Já se imaginou, p. ex., se formos fazer referência a certo instituto jurídico em 5 ou 6 jurisdições
diferentes, com pequenos comentários, e não dermos destaque no estilo, iniciando parágrafo ou abrindo
alínea para cada uma delas? Ou se o fizermos para 2 ou 3 jurisdições apenas. Estaríamos, assim, relegando
as demais a plano secundário, no fim do mesmo parágrafo, praticamente escondidas!?...
O presente trabalho tem dois planejamentos com constante observância na execução:
— um para o conteúdo do texto;
— outro para a sua forma de expressão; ambos igualmente considerados importantes.
2. Quanto ao conteúdo, direito comparado (DC) é tema a exigir mais de sete fôlegos. Não é a mesma
coisa elaborar trabalho jurídico nacional, ainda que revestido de doutrina alienígena, e abordar tema de DC,
envolvendo dezenas de jurisdições alienígenas, muitas vezes com evolução histórica e abordagem de aspectos
sociojurídicos.
Na sua acepção moderna, aqui desenvolvida, o DC é considerado sob vários aspectos, ou seja, na sua
completude com incursões mais intensas do que qualquer outro ramo do direito em outras ciências humanas.
Ostenta conceito amplo e dinâmico, ao contrário da concepção tradicional de um DC estático,
meramente descritivo de dois ou mais sistemas ou jurisdições diferentes.
O mundo jamais se transformou com a rapidez e a intensidade das últimas décadas. O DC modernizou-se,
mas ainda não se equacionou devidamente dentro do novo quadro de funções, razão pela qual urge
darmos respostas a esta e outras importantes indagações do ponto de vista jurídico-social, como p. ex.:
— o porquê do alargamento das suas funções, consideradas em sentido vertical (histórico) e horizontal
(integração com outras ciências humanas);
— da sua vocação universalista e universitária;
— do seu caráter preservador e divulgador das diversas fontes do direito;
— da sua natureza complementar e integradora dos outros ramos do direito;
— da sua função de compartilhar do sentido ético-universalista do direito com outras ciências afins,
especialmente história, antropologia, filosofia, sociologia, economia, política, psicologia; com disciplinas
correlatas e técnicas auxiliares, como é o caso da estatística.
São estes alguns aspectos da teoria (nova) do DC aqui desenvolvida.
3. Do ponto de vista prático, trata-se do resultado de uma década de pesquisa, redação e revisão de
dados, todos colhidos diretamente nas fontes autênticas, e apenas completados pela Internet.
Foram dois estágios de 2 anos na Europa, visitas a países daquele continente e praticamente a toda a
América do Sul, Central e do Norte, comparecendo a tribunais civis, criminais e trabalhistas; discutindo
com juízes e funcionários aspectos do direito local e comparado; colhendo cópia de sentenças e outras
peças judiciárias, muitas delas constituindo-se figuras numeradas nas páginas do livro.
O direcionamento ou linha da pesquisa foi, sem dúvida, o direito processual, razão do pragmatismo
do principal conteúdo do texto.
4. Natureza ética e social do direito — Por mais que o tempo passe, comprova-se essa natureza do
tema, não podendo ser considerado isoladamente. O caldo de cultura em que se desenvolve é a sociedade,
na qual se encontram os fenômenos mais diversos, concentrando-se os sociojurídico-econômicos. Verifi-
cando-se o entrelaçamento das leis propriamente ditas, com leis econômicas, históricas e sociológicas.
Impossível tratar de um sistema de direito ou simplesmente de um instituto jurídico sem a sua etiologia;
de cuidar de discussões jurídicas ou de decisões judiciais sem avaliar a sua repercussão social e, às vezes, os
seus efeitos econômicos.

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Razão por que não podemos conscientemente mergulhar em estudo de fenômenos jurídico-comparados
sem levar em conta os respectivos registros históricos e efeitos econômicos, incluídos certamente nos
fenômenos sociológicos correlacionados.
Não podemos permitir que os fenômenos jurídicos, nas mais diversas jurisdições, permaneçam isolados,
sem alma e comunicação, isto é, sem a repercussão em outras ciências humanas, particularmente a sociologia.
O teor do trabalho não é meramente descritivo, como aqui também se fala do novo direito comparado.
5. Há críticas sobre aspectos dos sistemas de direito, de certos regionalismos, das jurisdições, e particular-
mente do desempenho das funções públicas, notadamente da magistratura, quando pareça ter havido
desvios ou desvirtuamentos dos fins sagrados das funções público-jurisdicionais, perante o Estado e em
face dos legítimos interesses dos jurisdicionados.
Essas posições críticas não são por mero diletantismo, mas por dever de consciência e cidadania,
tendo certamente como suporte básico a ética, da qual deriva o direito, por se tratar de disciplina normativa,
social, pragmática, tendo como fim a realização do bem comum.
O autor

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Capítulo I

Introdução ao Direito Comparado

A importância do direito comparado pode ser demonstrada sob vários aspectos. Do ponto de vista
jurídico, sociológico, histórico, ético, cultural, didático, como fonte de direito, instrumento formador ou
reformador de jurisdição, legislação ou instituto jurídico, e ainda como principal instrumento de unificação
e aprimoramento do direito.

1. Dados históricos
O embrião do direito comparado — DC estaria na Grécia antiga, pois se conta que Licurgo em Esparta
e Sólon em Atenas, antes de criar as suas leis, viajaram pelo mundo então conhecido com o intuito de
pesquisar sobre o assunto.
Os romanos encarregados de redigir a Lei das XII Tábuas ter-se-iam informado antes, especialmente
na Grécia, sobre leis estrangeiras, o que influenciou, sem dúvida, a primeira legislação romana.
Platão, em sua obra As Leis, utilizou-se de comparações, o mesmo ocorrendo com Aristóteles, ao
pesquisar e questionar as constituições então existentes.(1) Registra-se que este último filósofo teria pesquisado
nada menos de 153 constituições de cidades então existentes, para o fim de escrever sua conhecida obra
denominada A Política.
Já nos tempos modernos, publica-se em Genebra (1748) a obra denominada O Espírito das Leis
(L’Espirit dès lois), de Montesquieu, que, por ela, haveria de ser considerado o pai do DC.
Em suas pesquisas de duas décadas — no campo que hoje diríamos do direito comparado — o autor
viajou pela Europa de 1728-1731 — sentiu-se decepcionado com as repúblicas do seu tempo, mas mostrou-se
seduzido até ao entusiasmo pelas instituições inglesas. Isto porque todas as suas meditações, todos os seus
estudos preparavam-no para esse trabalho, orientando-o.
Escreve-se, então, que:
“A teoria da liberdade política à inglesa vem lançar-se, como torrencial afluente, na teoria geral dos
governos, modificando-lhe o curso”.(2)

1.1. Direito processual e direito comparado


Já no período extraordinário os romanos chegaram a equacionar o processo civil, publicizando-o
parcialmente através das principais figuras do pretor e do iudex, aquele controlando o processo e este
último desempenhando o papel de árbitro.
O direito romano disseminou-se pela Europa e daí por outras partes do mundo, através das primeiras
universidades, e dos países que se foram constituindo após a invasão dos bárbaros.
(1) ANCEL, Marc. Utilidade e métodos do direito comparado — Elementos de introdução geral ao estudo comparado dos direitos. Porto
Alegre: Fabris Editor, 1980. p. 19-20. Apud Ana Luisa C. Coutinho. Direito comparado e globalização. Prim@Facie, a 2, n. 3, jul./dez.
2003. p. 31-32.
(2) MONTESQUIEU. O Espírito das leis. Trad. Lydia Christina. Rio de Janeiro: Agir, 1957. p. 106-107.

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Em fins do Séc. XIX e início do Séc. XX, juristas e copistas encarregaram-se de difundir o direito
romano, e os processualistas europeus, sobretudo alemães e italianos, cuidaram de elaborar os princípios e
esquemas básicos da doutrina moderna do processo para a família de direito denominada romano-germânica.
Tal evolução processual chegou até nossos dias com pequenas particularidades regionais, mas as regras
básicas do processo moderno difundiram-se por todo o mundo, direta ou indiretamente, através do DC.
Isto por que, conforme afirmação mais recente:
“O direito comparado tem vasto campo de atuação, não só na possibilidade de propiciar aperfeiçoamento
do direito interno de um determinado país, mas também no desenvolvimento da própria evolução da
ciência do direito, e, se fosse devidamente explorado, possibilitaria uma melhor organização da sociedade
internacional, dirimindo inúmeros conflitos (...)”(3).
Para o autor espanhol, o direito comparado começou seguindo os passos de outras ciências comparativas,
como a anatomia comparada, e seu objetivo, então, era encontrar no campo jurídico um equivalente aos
órgãos em anatomia, isto é, órgãos análogos desempenhando funções análogas.(4)
Fenômeno sociojurídico praticamente inevitável ocorre nos países em desenvolvimento, cujas jurisdições,
ainda instáveis, buscam incessantemente firmar-se em meio a dificuldades de toda ordem.
Esses esforços são típicos do direito processual, nos seus diferentes ramos, o qual, sendo de natureza
instrumental, tem a difícil missão de tornar o direito, na sua aplicação diuturna, mais eficaz, célere e menos
onerosa.
O direito processual tem como principal aliado nessa tarefa o DC, cuja função é complementar, como
doutrina e fonte inesgotável de subsídios, sua missão fecunda de formar e aprimorar jurisdições, legislações e
institutos jurídicos.

2. Natureza do direito comparado


O conceito moderno de direito comparado depende de procedimento prévio no sentido de resolver
a discussão em torno da sua natureza. Mesmo por que veremos mais adiante que a sua definição atualizada
depende ainda do estabelecimento correto do seu real objeto e da sua finalidade.
Há dissensão entre os autores a respeito da natureza do DC, um grupo deles defendendo a tese da sua
condição de simples método, e não ciência, como ramo do direito.
O resumo dos argumentos mais incisivos nesse sentido alinha-se a seguir, começando por H. C.
Gutteridge, para quem os obstáculos aos estudos jurídicos comparativos se diluiriam se todo mundo
aceitasse a expressão direito comparado apenas como método de estudo e investigação, e não como um
ramo ou divisão especial do direito.
Afirma, ainda, que, em termos gerais, o objeto de comparação não é em si de excepcional importância.
E acrescenta:
“Se por direito se entende um conjunto de regras, é lógico que não pode existir um direito comparado,
pois o processo de comparar normas de diferentes sistemas legislativos não dá origem a novas regras
aplicáveis às relações humanas.”
As dificuldades de enquadramento do DC não se diluiriam facilmente com a sua simples aceitação
como método. Primeiro por se tratar de discussão teórica; segundo, porque os conceitos tradicionais de DC
acham-se desatualizados em face das transformações econômico-sociais, e particularmente das comunicações
levando a maior aprimoramento e troca constante de experiência entre as jurisdições hodiernas.
(3) OLIVEIRA, Marcelo Junqueira de. Direito comparado: sua vital importância. In: Infojus — Informativo Jurídico Eletrônico, 23.11.2000,
p. l. Disponível em: <www.infojus.com.br>
(4) GUTTERRIDGE, H. C. El derecho comparado — Introducción al método comparativo en la investigación y en el estudio del derecho.
Barcelona: Rafael Salvá, 1954. Apud Ana Luísa C. Coutinho. Op. cit., p. 32.

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Quanto à afirmação do caráter normativo do direito, cumpre esclarecer que este último não se
resume a um conjunto de regras, o que o condenaria a uma posição meramente estática; nem que essas
regras deveriam ser sempre aplicadas em plano supranacional para que tivessem natureza jurídica.
Ao contrário, o direito tem sentido dinâmico com vários setores de atuação e de diversificação: cada
ramo tem suas características, tendo o direito atividades variadas conforme se verá mais adiante.
O próprio Gutterridge reconhece que a natureza e a extensão do estudo comparado têm de ser
avaliadas com discrição.(5)
Jean Rivero, na mesma linha (natureza), afirma:
“Sob a denominação de direito comparado somente se pode compreender a ideia de método, que
consiste no estudo paralelo de regras e institutos jurídicos com o intuito de esclarecê-los a partir deste
confronto.”
Também aqui verifica-se que o DC está sendo considerado de modo restrito, no seu enfoque tradicional,
ao passo que, hoje em dia, suas funções estenderam-se de modo dinâmico, não se restringindo mais a mero
“estudo paralelo de regras e institutos jurídicos com o intuito de esclarecê-los a partir deste confronto”.
Apenas para ficarmos em uma das suas funções modernas, hoje o DC é o principal responsável pelas
constantes reformas e aprimoramento do direito constitucional, além de outros ramos do direito, em todo
o mundo.
Cretella Júnior, por sua vez, entende ainda tratar-se de:
“Método de exposição e também de pesquisa, tomando por base a comparação entre fenômenos jurídicos
que acontecem em diversas coletividades.”(6)
A definição de Cretella coloca o DC como aspecto da sociologia, pois cuida dos fenômenos jurídicos,
comparando-os entre si. Ela cai também no mesmo campo limitado acima lembrado, esquecendo-se de
que o direito em foco tem outras finalidades e funções abaixo enumeradas; e uma vasta área de atuação,
conforme aqui se destacou.

2.1. Caráter normativo do direito


O fato de tanto o direito como a ciência do direito girarem em torno de normas não significa que essas
normas não devam ser focalizadas sob vários aspectos, nem que o direito se limitará às normas aplicadas
para solução das controvérsias.
Há muitas formas de estudo das regras jurídicas além da sua função jurisdicional, ou seja, como
instrumento de imposição do direito.
Elas podem ser estudadas até mesmo em face de outras ciências sociais, como, p. ex., do ponto de vista
filosófico, sociológico, econômico, histórico, psicológico, etc.
O caráter normativo do direito não se resume, portanto, ao aspecto jurisdicional ou de aplicação de
normas jurídicas aos casos concretos. Assim, é simplesmente primário querer entender que o DC não é
ciência pelo fato de não constituir um ordenamento jurídico supranacional.
Até já há um conjunto de normas supranacionais, como é o caso do direito comunitário vigente no
âmbito da União Europeia, havendo, inclusive, tribunal da mesma natureza para aplicá-las. Esse caráter
jurisdicional não define, necessariamente, o DC, que tem características diversas dos ramos tradicionais do direito.
O caráter genérico da função normativa do direito serve mais como fator de comprovação da natureza
científica do DC; e até com maior ênfase, por se tratar de função normativa em caráter mais elevado do direito,
ou seja, em plano interjurisdicional e até mesmo, em certas circunstâncias, em plano suprajurisdicional.

(5) COUTINHO, Ana Luísa C. Op. cit., p. 35.


(6) Ibidem, p. 37.

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2.2. Direito comparado como ciência
Não há por que desqualificar o direito comparado dentre os ramos ou áreas de atuação do direito. Se o
direito é considerado ciência, todos os seus ramos o são, porque comungam da mesma natureza deste último.
É claro que todos esses compartimentos de atuação do direito têm características próprias, mas, por
outro lado, todos eles guardam relação com os fenômenos jurídicos, o que é mais completo e mais abrangente
do que a simples referência a conjunto de normas, conforme é costume dizer-se.
O direito possui ramos práticos, como é o caso do direito civil, penal, comercial, trabalhista, administrativo,
tributário, além dos ramos processuais.
E há outros tipos de ramos ou compartimentos teóricos, cujo rol também é bastante numeroso, e que
aparece mais como disciplinas nos currículos universitários: Ciência do Direito, Introdução ao Estudo do
Direito, Teoria Geral do Estado, Teoria da Constitucional, Filosofia do Direito, Sociologia do Direito,
Hermenêutica Jurídica, Teoria do Método Jurídico, etc.
Cada um desses ramos ou disciplinas jurídicas tem seu ângulo de observação através do qual o direito
é focalizado, e cada qual participa do caráter científico deste último.
O DC participa de ambos os grupos, ou seja, tem características teóricas indiscutíveis, mas tem, também,
aspectos pragmáticos como, p. ex., sua inclusão, em algumas jurisdições, como fonte expressa de direito.(7)

2.2.1. Conceito e requisitos — Os léxicos definem ciência como:


“Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados,
dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos,
teorias e linguagem próprias, que visam compreender e possivelmente orientar a natureza e as atividades
humanas.”(8)
Todo conceito é constituído de alguns elementos essenciais que, no conjunto, dão a ideia do objeto
definido. No caso da definição supra — escolhida por conter maior número de elementos — o DC atende
ao rol das ideias nucleares que dão suporte à ciência básica denominada direito.
Assim o direito, ou particularmente o direito comparado, preenche os requisitos conceituais aventados,
tais como se segue:
a) possui conjunto de conhecimentos adquiridos, e historicamente acumulados;
b) dotados de universalidade e objetividade (note-se que o DC tem caráter de universalidade mais
incisivo do que a maioria dos ramos jurídicos, sendo esta uma das suas particularidades);
c) que permitem sua transmissão (a outros ordenamentos jurídicos e organismos de âmbito nacional
e internacional, quer do ponto de vista didático, quer como elemento básico na formação e reforma
de outras jurisdições ou institutos jurídicos);
d) (conhecimentos) estruturados com métodos próprios (os mesmos métodos do direito e das ciências
sociais, com raras exceções);
e) com teorias próprias (o DC comunga as teorias do direito, sobretudo as mais próximas dos seus
ramos internacionais, além de outras teorias sociais, particularmente da sociologia);
f) linguagem própria (também esta é a comum do direito, com aspectos particulares no que se refere
ao seu objeto, funções e finalidades características);

(7) A Consolidação das Leis do Trabalho (Brasil) estabelece, no seu art. 8o, que: “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho,
na falta de dispositivos legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros
princípios e normas gerais do direito, principalmente o direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o direito público”.
(8) NOVO AURÉLIO — Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

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g) que visam compreender e possivelmente orientar a natureza e as atividades humanas (tratando-se de
ciência social ou humana, o direito e seus ramos dirigem-se mais de perto às atividades humanas, com
as suas peculiaridades, notadamente as do direito comparado).

2.3. Teoria do direito comparado


Urge discutir e equacionar uma teoria do direito comparado, a sua doutrina atual, ou seja, estabelecer
o conjunto de conhecimentos e princípios de caráter especulativo-racional que o informa como ramo do
direito e, como tal, participante do caráter científico deste último.
O primeiro passo é procurar superar o entendimento tradicional de que o DC tem por objeto, em suma,
comparar legislações estrangeiras com o objetivo de confrontá-las, ou meramente com o fim de retirar conclusões.
Do contrário, o DC tem campo extenso de atuação e solo fértil de propagação, conforme consta dos
itens deste Capítulo, notadamente: natureza, conceitos, principais funções, finalidades e objeto.
Antes, havia mera comparação praticamente estática, pobre em conteúdo e frágil nos seus efeitos.
Hoje, a comparação assume sentido dinâmico, capaz de irradiar-se dentro e fora do direito, com conteúdo
mais completo e fins de maior interesse jurídico-social.
Não se trata de ramo do direito que se contenta com aspectos jurídicos isolados, como, p. ex., verificar
a existência de determinada norma e confrontá-la com uma ou mais jurisdições alienígenas.
Mas de uma atuação qualificada estabelecendo o objeto de pesquisa dentre os muitos existentes, e os
seus objetivos específicos, que também podem ser vários, como, p. ex.:
— implantar ou reformar legislação (poder legislativo);
— aplicar o direito como instrumento supletivo de jurisprudência (poder judiciário);
— criar órgãos ou institutos jurídicos (poder executivo);
— perquirir a origem de certos institutos jurídicos (aspecto histórico);
— redigir trabalhos jurídicos (aspecto didático); e
— outras finalidades diversas, tais como intercâmbio jurídico-econômico, profissional, cultural, etc.

2.3.1. Integração e intercâmbio científico


Já se lembrou aqui o caráter genérico e universalista do DC. Suas cogitações não se restringem aos
limites do direito, o que, aliás, é a vocação das ciências humanas dos nossos dias.
O mundo não só existe, mas também se comunica, não só do ponto de vista material (meios de
transporte e comunicação), mas também do ponto de vista científico (intercâmbio cultural).
Essa capacidade de mobilidade do DC manifesta-se intensamente, sob o aspecto vertical, quando
retroage no tempo no sentido de aferir as origens de determinado instituto jurídico ou afim; e em sentido
horizontal, quando se comunica com outras ciências ou técnicas existentes na mesma época, ou sem levar
em conta o fator tempo.
No primeiro caso, esse intercâmbio é com a história, responsável no DC pelo estudo da base e desen-
volvimento científico.
Quanto ao intercâmbio em sentido horizontal, o DC mobiliza-se para comunicar-se e aproveitar os
conhecimentos e a experiência das outras ciências e técnicas, particularmente das ciências sociais ou humanas,
notadamente as de maior afinidade técnico-científica com o direito, a saber:
“Sociologia, economia, psicologia, política e filosofia, particularmente a ética.”
Algumas dessas ciências já possuem ramos especializados relacionados com o direito, como é o caso
de sociologia jurídica, filosofia do direito, psicologia jurídica.

DIREITO PROCESSUAL COMPARADO  57

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